Tuesday, September 18, 2012
Lançamento do livro "O que não há", de Denize Cruz
Serviço:
Livro: O que não há
Ilustração: José Rufino
Aeroplano Editora
Lançamento na Livraria Dom Quixote (CCBB - SCES, Trecho 2, 3321-4362)
Data: 18 de setembro de 2012
Horário: 19h
Entrada Franca
Mais sobre a poesia de Denize Cruz:
DENIZE CRUZ
Denize Cruz, nascida em Niterói, Rio de Janeiro, mora em Brasília. Desde a adolescência escreve poemas e vem publicando seu trabalho em prestigiadas revistas literárias, como a Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional, na qual podemos saborear na Edição n°14, de agosto de 2001, o poema Dádiva. Publicou seu primeiro livro de poesia, O fio da pele, pela Editora 7Letras, em maio de 2000. Em 2005, lançou o segundo livro de poemas, Quisera que minha mão sobre teu peito fosse raiz, pela mesma editora, tendo feito lançamentos em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.
Em O Fio da pele, Denize Cruz canta o splendor carnis e o splendor verbis, a carne e o verbo, dentro de uma clara sugestão musical, imprecisa e vaga. Como se formasse uma pequena orquestra dos sentidos. Um acervo de possibilidades. Armonia di canti. Uma tensão, que acena, delicada e tímida, para a frágil película do mundo. Do corpo. Da beleza. Da palavra.
MARCO LUCCHESI,
professor, poeta, ensaísta e tradutor
Denize Cruz é poeta em pleno amadurecimento. Sua poesia, seguindo a tendência moderna, se exprime pelo hai-kai, pelo poema-comprimido, pela fala conceitualística e algo filosófica. Mas vejo em seus momentos menos cerebrais o melhor de suas possibilidades. Quando elabora em torno do cotidiano, das coisas visíveis e palpáveis, é aí onde, a meu ver, melhor consegue captar a essência do poético escondido no prosaico. Os versos inspirados pela vista do armário de roupas, das louças de cozinha, a associação rúcula/vírgula e a polissemia do verbo digerir são mostras suficientes de um virtuosismo em desenvolvimento, de uma capacidade de ver as coisas com o olhar transfigurador do poeta.
IVO BARROSO,
na orelha de Quisera que minha mão sobre teu peito fosse raiz
Na sua poiésis, a autora reúne linha, textura, vibração, movimento, transcendência, tempo e espaço, horizonte, o cotidiano que grita, vão livre, solidão do papel, emboço, paralelas, mãos acimentadas, rachadura, argamassa, aguados, afeto arenoso, o oco do chão, risco, chamas em curva, direção dos ventos, relevo do traço denso, golpe, compasso vivo, traço vermelho, porões sem abraços, maçaneta, porta, espelho, sem descuidar dos alinhavos. (...) Denize Cruz rasgou superfícies com a afiada lâmina de um bisturi, incisou o fio de pele, evitou deformadas cicatrizes...
ITÉRBIO GALIANO,
jornalista e escritor, sobre O fio da pele
O fio da pele é um entrecruzar de coragem, empreendimento e desejo de expressão e ultrapassagem. Assim, nele não vigora essencialmente a metáfora enquanto figura de linguagem. O que encontra-se, sobretudo, é a linguagem como metáfora da vida.
CARMEM SÍLVIA HANNING,
na apresentação do livro O fio da pele
Desafiando rimas. Talvez devesse ser dito: desafiando rotas, como na “Veia Norte”, poema último do livro. Velas à sorte, recolhida a âncora lançada em Brasília na noite do Café com Letras em que se viu brilhar o livro de estréia da poetisa Denize Cruz, de Niterói. Cuidadosa edição da 7Letras, esse Fio da Pele tecido com o primor da palavra, reveste-se de outro especial significado por trazer, na contracapa, comentário do poeta Marco Lucchesi. O lançamento (...) foi inserido em recital poético que se realiza às quartas-feiras naquele misto de café, livraria e espaço cultural. Ao lado dos poetas convidados, pôde-se contar com o privilégio do acompanhamento musical de músicos de talento como o percussionista Jorge Macarrão e do saxofonista e clarinetista Fernando Machado, entre outros músicos e cantores. Muitos leitores, bebedores, paqueradores, poetas, quasepoetas, fotógrafos, esculápios puderam participar da grande performance febril que teve ponto alto com a manifestação de um espectador noturno , inculcado de Baudelaire; “ a poesia é morte”. Ao que outro participante respondeu: “a poesia é grito!” ... e gritos de Aaaaaaaahs ecoaram! Parecia coisa ensaiada para brindar um Fio da pele cotidiano, aranha tecendo o fio da navalha em plena noite brasiliense.
DONALDO MELLO,
poeta, na coluna EIXO CULTURAL BRASÍLIA do jornal literário Ars Clara,
por ocasião do lançamento do livro O fio da pele
Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/denize_cruz.html
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