Tuesday, August 30, 2011

Lo que el poeta siente


(Posfácio do livro Inquietudes de Horas e Flores, de Marcos Freitas, a ser lançado na 21ª edição do Sarau Videoliteromusical Poemação)

¿Será que eso solamente le importa a quien escribe? ¿Será que nadie acude a la percepción poética del autor? ¿A sus versos inflamados, pasionales, libres?
Me preguntaba esto mientras leía la versión castellana de los poemas de Marcos Freitas, quien presenta un trabajo de alta jerarquía en versos simples y graves.

Es precisamente él mismo, quien se cuestiona: “casi nunca/sé lo que eres./casi nunca/sé lo que somos”, abriendo paso a una perceptible duda existencial, que además se nutre también de su propia juventud ansiosa y cuestionadora: “Entender de la palabra apenas una faz secreta…hasta cuando al fin calla” Es el secreto a voces que el poeta intenta revelar, muchas veces maldiciendo su suerte, pero tratando siempre de golpear donde más duele y de alguna forma llegar a alguien. Porque sin ese alguien no existe la posibilidad de que la poesía exista. Generalmente nos cuestionan a los poetas la oscuridad de nuestros textos y sobre esto se ha dicho tanto y con tanta frecuencia, que es casi redundante aclarar que la palabra poética nace en un sitio diferente, no se puede leer como una carta. La palabra poética se escurre entre los sueños, al decir del poeta: “unos dicen que los sueños deben ser vividos/otros que deben ser divididos/otro que los sueños, sueños son” –en versos de Calderón de la Barca- ¿Qué es la vida? Un frenesí. ¿Qué es la vida? Una ilusión, una sombra, una ficción, y el mayor bien es pequeño…

Sin embargo la concepción de Marcos sobre el poeta se sintetiza en una definición bien elocuente, cuando dice: “El poeta es un cretino/que ama sin destino”. Si vamos a la definición etimológica de Wikipedia, por ejemplo, un cretino es una persona de poca inteligencia o estúpida. ¿Podemos creer realmente que Freitas se considera a sí mismo y a sus congéneres, cretinos y por otra parte, que aman sin destino? Podría ser si se lee por ejemplo el poema Cuadro, en que el poeta quisiera describir a una mujer en colores, poniendo en lugar de sus senos trazos rápidos y que además adoraría borrar todo ese cuadro con un chorro de tinta. Pero sin embargo en su juego poético normaliza su verbo dejándonos saber que: “tu ausencia/ gran vacío/apenas/ramas de árboles/se balancean/frente a mi ventana”.

De todo ese valeroso enfrentamiento consigo mismo, con sus moléculas cerebrales y con sus células sensitivas, descubrimos un ser que sabe que la vida fluye, que el tiempo pasa, que desconoce quién los va a medir o a apagar (terminar), que desconoce además si va a salir ileso del batir del corazón de su amada y que intenta reciclarse a tiempo, usando sus poemas: “mis versos: cartones sucios de envoltorios viejos/mis rimas: latas de cervezas aplastadas con los pies.”

En definitiva son Inquietudes de horas y flores en tinta de un poeta joven, que desde un cerrado de concreto, respirando un clima árido, pinta con sangre los precipicios de sus actos y sabe muy bien el sabor de sus momentos, mientras roe ruidosamente sus líneas inéditas.

Roberto Bianchi, Uruguay.

MARCOS FREITAS: COMO ÁGUA PELA TERRA


(Prefácio do livro Inquietudes de Horas e Flores, de Marcos Freitas, a ser lançado na 21ª edição do Sarau Videoliteromusical Poemação)

O que mais impacta na poesia de Marcos Freitas é a harmonia e sensibilidade com as quais entrelaça assuntos cotidianos com paixões, mantendo o tom de inocência e humor, e conseguindo ser leve e profundo ao mesmo tempo. Acaso, porque a água é o elemento com que o poeta trabalha - seus conhecimentos sobre Hidrologia são bem testemunhados na área científica e profissional -, assim como a água o poeta se desliza com elegância e força pela vida e relacionamentos, por entre os vales da tristeza e as alegrias infantis, entre o fogo do erotismo e as normas da sociedade. Há também um olhar crítico, como no poema pseudo-irônico Alfabetização, sobre o sistema educativo: alfabetizou-se pelo MOBRAL/teve assistência do Projeto Rondon.... Apesar dos acidentes do caminho, como a água sua escrita é certeira, reflexo desse movimento interior, calmo e compensado, de equilibrista.

Como em muitas das vanguardas poéticas, consta nele a preocupação sobre a forma como continente insuficiente. O poeta é consciente das limitações da palavra e de suas batalhas de fronteira com o silêncio: pudesse eu compreender/o poder da palavra,/da fala,/mesmo quando esta/ao fim se cala.

Igualmente encontramos referências a outras leituras e autores em forma de intertextualidades, como no caso de Calderón de la Barca: uns dizem que os sonhos devem ser vividos/outros que eles devem ser divididos/já outro que sonhos sonhos são. A filosofia combina bem com a dúvida criativa: quase nunca/quis saber bem/como de fato você é...quase nunca/sei o que você é./quase nunca/sei o que nós somos.

Há em muitos momentos referências à infância, sem cair na brandura excessiva, renovando as visões, a linguagem, as lembranças. Tem os olhos de um menino sábio, quando se vê no foto taboca, quando come cocada (quebra-queixo), quando o cheiro do coco queimado traz memórias, quando brinca de imaginar lugares míticos em paisagens reais (Sete Cidades).

A magia coabita sem contradições. Vai pelo urbano e pelo mato, pelo interior e pela modernidade, sem trocar de sapato. E não precisa, porque suas palavras se adaptam ao contexto com originalidade. São às vezes meditações sobre a realidade, sem pretender mudá-la, outras vezes, são observações detidas no tempo, procurando o eterno atemporal que reside nos objetos e nas cenas, e até são brincadeiras verbais com duplo sentido.

Enfim, ler Marcos Freitas é entrar na reflexão sobre a realidade mais próxima, de viagem para dentro, e é estar na realidade com consciência de observador atento, sabendo que através dos olhos, como da palavra, estamos mostrando nosso coração.

Alicia Silvestre
Poeta, professora universitária e tradutora.

José Santiago Naud lança Fábrica de Ritos, na 21ª edição do Sarau Poemação


José Santiago Naud: nasceu a 24 de julho de 1930, na cidade de Santiago, RS, Brasil. Poeta e ensaísta. Formado em Letras Clássicas, em Porto Alegre, foi diretor do Instituto do Livro; professor pioneiro do nível médio e fundador da Universidade de Brasília (UnB), em 1962. Lecionou literatura luso-brasileira em Yale e na UCLA; pronunciou conferências sobre cultura em outras universidades norte-americanas e européias. De 1973 a 1985, contratado pelo Itamarati (MRE), foi Diretor do Centro de Estudos Brasileiros, sucessivamente em La Paz (Bolívia), Rosário (Rep. Argentina), Panamá e México. Publicou vinte e um livros, dentre eles: Noite Elementar (Porto Alegre, 1958); Hinos Cotidianos (Rio de Janeiro, 1960); A Geometria das Águas (Porto Alegre, 1963); Conhecimento a Oeste (Lisboa, 1974); Promontorio Milenario (Panamá, 1983); Pedra Azteca (México, 1985); As colunas do templo (Brasília, 1989), O olho reverso (1993), Memórias de signos (Porto Alegre, 1993), O avesso do espelho (1996), Antologia Pessoal (Brasília: Thesaurus, 2001). Lança na ocasião o livro Fábrica de Ritos (Brasília: Thesaurus, 2011).

"A poesia de JSN se pauta num timbre sinfônico e fala em nome de uma coletividade, vendo os acontecimentos não apenas no aspecto fático, porém igualmente na repercussão subjetiva, aspecto em que realmente são história. Quanto à mãe morta, “Minha Elegia (II)” oferece-nos por vezes momentos de angustiosa tensão com uma crispação de imagens que sugere a audácia dos Metaphysical Poets da Inglaterra seiscentista."
José Paulo Moreira da Fonseca (1959)

"Sempre o considerei um poeta sério e de importância."
Erico Veríssimo (1962)

"A leitura de A geometria das águas foi para mim uma viagem como poucas vezes tenho feito – viagem meditativa e reveladora de verdades que não se esgotam com serem achadas... Agradeço-lhe muito a honra e a alegria de sua “Conversa Crepuscular” – grave alegria que terá sido um dos prêmios da minha vida."
Carlos Drummond de Andrade (1963)

MERCEDES SOSA E MILTON NASCIMENTO: ETERNAMENTE!!!


As músicas que encantaram o mundo na voz da Cantora das Américas e do Cantor Brasileiro do Século. De compositores como Violeta Parra, Ataualpa Yupanqui, Milton Nascimento, Fernando Brandt, Murilo Antunes, Fito Paez, entre outros.

Com os músicos:
Rodrigo Vivar: voz e violão (Chile)
Márcio Bomfim: voz e violão (Brasil); e
Jorge Macarrão: Percussão (Brasil).

Quinta, 01/09/2011, no FEITIÇO MINEIRO (SCLN 306 - Asa Norte)
21:30 h.
Reservas: 32723032
Couvert: R$ 15,00

Espetáculo não recomendado para menores de 15 anos.

Tuesday, August 23, 2011

POEMAÇÃO VINTE UM - Uma Homenagem ao Poeta Francisco Alvim


A Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola abre suas portas para o Vigésimo Primeiro POEMAÇÃO privilegiando mais uma vez a poesia brasiliense.

O Poemação 21 faz uma homenagem ao poeta Francisco Soares Alvim Neto, ou simplesmente Chico Alvim: nascido em Araxá, Minas Gerais, 1938, poeta e diplomata, publicou em Brasília seu primeiro livro de poesias, Sol dos Cegos, em 1968. Integrou o Grupo Frenesi, com Cacaso, Chacal, Geraldo Carneiro e Roberto Schwarz. Sua poesia é de filiação modernista, oswaldiana, possui os traços marcantes no trabalho dos chamados poetas marginais.
Alvim ganhou o prêmio Jabuti de Poesia, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, em 1982, por Passatempo e Outras Poesias, e em 1989 por Poesias Reunidas: 1968-1988. Sua obra mais recente é Elefante, de 2000.
Sandra Fayad: poeta, economista, ecologista, é autora do livro "Animais que Plantam Gente" traz dois pré-lançamentos no XXI Poemação, dois livros de poesia, pela Editora Art Letras, ambos ilustrados por seu neto, Thiago, e revisados pela sua filha, Tatiana: “Cerrado Capital – A Vida Em Duas Estações”, que descreve o clima e a paisagem no Planalto Central; e “Poemas Síntipos”, obra que contempla a atividade poética no formato criado pelo poeta português Fernando Oliveira (Ferool), onde a estrutura é constante e inédita e a rima é, preferencialmente, rica. Sandra é goiana-catalana, descendente de sírios-libaneses e candanga de coração. Mora em Brasília desde 1967. Escreve poesias desde os doze anos de idade.
Marcos Freitas: nasceu em Teresina, Piauí, em 1963. Engenheiro civil, poeta, contista e letrista faz o lançamento do livro "Inquietudes de Horas y Flores" (2011). Edição bilíngue (português-espanhol) de poemas selecionados de Marcos Freitas, traduzidos ao espanhol por Carlos Saiz, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).
Tem mais de 60 artigos publicados em revistas e anais de congressos nacionais e internacionais. Participou de várias antologias, possui nove livros editados culminando em “Urdidura de Sonhos e Assombros”, de 2010, uma coletânea de seus poemas.
Marcelo Torres: escritor, jornalista, servidor público, nasceu na Bahia e mora em Brasília desde 2002. Publicou “O Fuxico” (contos e crônicas) e “O bê a bá de Brasília – dicionário de coisas e palavras da capital” lançado em junho passado.
Menezes y Morais: A íris do olho da noite (Editora Thesaurus), romance lançado em agosto no restaurante Carpe Diem é o novo livro de José Menezes de Morais. Poeta, jornalista e professor, diz que a ficção o consome durante várias estações. “Passo de dois a quatro anos em processo de gestação. Quando não tem mais como correr daquilo, faço um espelho dos personagens, me sento diante do computador e só Deus sabe”. Está em Brasília desde 1980. Nasceu e viveu a infância em Altos, Piauí. Sua estréia literária foi em 1975 com “Laranja partida ao meio”, com dez livros lançados.
Isis Albuquerque: natural de Santos-SP. Presidente do Instituto de Artes Afro-Brasileiro Professora Zilda Dias com formação em Teologia, iniciou-se no ramo das artes ainda na infância. Cria suas obras inspirada em seus antepassados, cultua suas raízes e se sente um pouco cabocla, gosta da natureza e do respeito a todos os seres viventes na condição de cada um. Ecologista nata, ama o oculto e o mistério.
Lucia Viana: atriz, maranhense, nos apresenta o espetáculo de “Quilombagem”, nascido no Maranhão após o lançamento da carta do Plano de Erradicação do Trabalho Escravo, realizado pelo Governo do Estado, em 2007. Depois de apresentações nas cidades de Imperatriz e São Luiz do Maranhão “Quilombagem” ganhou repercussão internacional. O espetáculo foi exibido nas cidades de Madrid, Barcelona, Sevilla, Santiago, Gijón, Mieres, Oviedo e Lugo.
João Roberto Costa: o Joãozinho da Vila é poeta “Eu escrevo porque é a maneira de me sentir em sintonia com as pessoas que estão próximas ou distantes da minha visão de universo, procuro ser o mais simples possível para que todos entendam e não fiquem dúvidas desnecessárias. Minha influencia é a poesia NATIVA, a poesia que nasceu em Brasília e aqui vem lutando para continuar viva e nativa”. Autor de “50 anos – Obras Completas em Apenas um Volume”.
José Santiago Naud: nasceu a 24 de julho de 1930, na cidade de Santiago, RS, Brasil. Poeta e ensaísta. Formado em Letras Clássicas, em Porto Alegre, foi diretor do Instituto do Livro; professor pioneiro do nível médio e fundador da Universidade de Brasília (UnB), em 1962. Lecionou literatura luso-brasileira em Yale e na UCLA; pronunciou conferências sobre cultura em outras universidades norte-americanas e européias. De 1973 a 1985, contratado pelo Itamarati (MRE), foi Diretor do Centro de Estudos Brasileiros, sucessivamente em La Paz (Bolívia), Rosário (Rep. Argentina), Panamá e México. Publicou vinte e um livros, dentre eles: Noite Elementar (Porto Alegre, 1958); Hinos Cotidianos (Rio de Janeiro, 1960); A Geometria das Águas (Porto Alegre, 1963); Conhecimento a Oeste (Lisboa, 1974); Promontorio Milenario (Panamá, 1983); Pedra Azteca (México, 1985); As colunas do templo (Brasília, 1989), O olho reverso (1993), Memórias de signos (Porto Alegre, 1993), O avesso do espelho (1996), Antologia Pessoal (Brasília: Thesaurus, 2001). Lança na ocasião o livro Fábrica de Ritos (Brasília: Thesaurus, 2011).
A música fica a cargo de Daniel Kirjner sociólogo, ator, roqueiro e compositor. Integrante da banda Metrópole Locomotiva e mestre pela UnB, com dissertação sobre a vida e obra de Lupicínio Rodrigues, nos apresenta um pouco desse trabalho. Ao final a plateia mostra o talento em Poesia na Plateia. Sorteio de livros para a plateia. O Poemação é realizado todas as primeiras terças do mês no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, sob a coordenação dos poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas.

POEMAÇÃO 21
Homenagem ao Poeta Francisco Alvim
participantes
Menezes y Morais, Isis Albuquerque, João Roberto Costa, Sandra Fayad , Lucia Viana, Marcelo Torres, Marcos Freitas, José Santiago Naud e Daniel Kirjner.

LOCAL: Auditório da Biblioteca Nacional (2º Andar)
Data: 06 de setembro de 2011
Horário: das 19h00min às 21h00min
Entrada Franca

Monday, August 22, 2011

Inquietudes de Horas e Flores, de Marcos Freitas (edição bilíngue)


IRREVERSIBILIDADE

o tempo presente,
presente de um deus?
o tempo passado,
passado sem os meus.
o tempo futuro,
futuro para os seus?


IRREVERSIBILIDAD

el tiempo presente,
¿presente de un dios?
el tiempo pasado,
pasado sin los míos.
el tiempo futuro,
¿futuro para los suyos?


Marcos Freitas. Do livro “Inquietudes de Horas e Flores” (edição bilíngue: português-espanhol; 2011). Tradução de Carlos Saiz.
Lançamento: 21ª edição do Sarau Videoliteromusical Poemação, dia 6 de setembro, na Biblioteca Nacional de Brasilia.
A edição do livro contou com os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

Thursday, August 18, 2011

GOVERNAR É ...

governar é abrir estradas
governar é construir postos de saúde
governar é apoiar a marcha das margaridas
governar é preservar as florestas e os rios
governar é faxinar os ministérios
governar é ser solidário com os movimentos sociais
governar é não aceitar nenhuma corrupção
governar é fazer a reforma agrária
governar é investir pesado em educação
governar, de fato, não é alocar pessoas para resolver certos assuntos, dos quais eles não têm a menor noção

marcos freitas

Menezes y Morais lança novo livro: um romance ambientado na capital federal


Felipe Moraes
Publicação: 18/08/2011 09:39 Atualização:

O escritor detalha o livro A íris do olho da noite: personagens reais e também com a cara de Brasília

Desde adolescente, Menezes y Morais senta-se em frente à mesa de trabalho e só sai dali quando consegue se libertar dos pensamentos que antes ocupavam a sua mente. Quando firma os pés no chão e levanta-se da cadeira, é inevitável, ele reclama de dor, as costas estão moídas. Sua mãe, Isabel Menezes de Morais, costumava gritar para ele: “Vem comer, meu filho!”. Hoje, não é mais assim. Mas a produção ainda é obstinada, esfomeada: de 20 livros inéditos, já publicou 11. O mais recente é o romance A íris do olho da noite (Thesaurus), que ele lança hoje, às 19h, no restaurante Carpe Diem. Mais chegado à poesia, Morais diz que a ficção o consome durante várias estações. “Passo de dois a quatro anos em processo de gestação. Quando não tem mais como correr daquilo, faço um espelho dos personagens, me sento diante do computador e só Deus sabe”, explica.

Dos nove volumes restantes, ele ainda guarda um romance, uma novela, um livro de contos, um de ensaios de história e uma coletânea de entrevistas (com Cora Coralina, Jorge Amado e outros autores). O resto é poesia. “Me considero essencialmente poeta. Mas isso não quer dizer que, aqui, eu seja um poeta de férias escrevendo um livro. São métodos diferentes”, delineia. No caso de A íris, o processo começou ainda no século passado e só terminou em 2006. De lá para cá, veio “apertando parafusos, melhorando a linguagem”.

O cuidado do escritor, natural de Altos, no Piauí, foi em criar uma escrita com a cara de Brasília. A história concentra conflitos e discussões em torno de um casal liberal: um economista e uma professora, formados na UnB, e pais de dois filhos pré-adolescentes. A malha narrativa, adianta Morais, não cede ao melodrama. “Não cai no sentimentalismo ou na tragédia. É um romance de ideias, psicológico, e com um pouco de história real”, classifica.

De carne e osso
Em meio aos conflitos, discussões e encontros, aparecem personagens reais da cidade: o poeta Cassiano Nunes e o compositor Renato Matos, por exemplo. Morais segue a trilha deixada por Dante Alighieri na Divina comédia. “Pessoas que Dante não gostava foram colocadas no purgatório ou no inferno”, diverte-se. “Essa técnica foi retomada por Balzac e Jorge Amado. Na minha visão, é uma sacudida no leitor. E faz com que ele pense: ‘É ficção ou realidade?’”, continua.

Formado em jornalismo, Morais aprendeu a amar a literatura por incentivo da mãe, que o alfabetizou com livros de cordel. Na rede instalada na varanda de casa, o menino gostava de se espreguiçar para trás e ficar de cabeça para baixo, enquanto ouvia as frases saindo da boca da mãe. Pai de seis filhos — um já falecido — e avô de três netos, ele vê a literatura local como madura e com identidade própria. “Temos muita gente produzindo coisas boas no teatro, na literatura, no cinema e na música. Brasília já tem uma dicção própria em todas essas áreas”, acredita. E trata a escrita como uma atividade ao mesmo tempo egoísta e generosa. “É um ato solitário e radicalmente solidário”, diz.

Leia trecho do livro A íris do olho da noite, de Menezes y Morais :

De sútibo, nos umbrais do tempo
Na primeira vez que o Homem acordou de súbito, a sensação de mal-estar foi ainda mais estranha. "Instalou-se a crise?", indagou, nos subterrâneos d'alma. Tudo era hiperesquisito: a Mulher, os filhos, a cumplicidade do quarto (não o apartamento como um todo), a vida lá fora e.. a Vizinha do lado!, cujo assédio lhe desafia a provação monogâmica e lhe infla o ego de ser humano desejado; mas ele não permitia que o assédio passasse de olhares, sorrisos, insinuações. Certa vez ela tocou a campainha do apartamento, vestida apenas "de shortinho apertadinho e curto", conforme o relato da Mulher, que abriu a porta e a atendeu. Desconcertada, a bela Vizinha perguntou pelo Homem, disse que apertara a campainha porque precisava de um roldo emprestado, para limpar o apartamento, o dela desapareceu na mudança. A Mulher contou isso para o Homem com ar de cizânia, porém aceitou os argumentos de defesa e acalmou-se. O pensamento do Homem focou-se nas contas atrasadas de água e condomínio, na alta do preço da sobrevivência diária, no patrão e no sistema que, sem mais nem menos, lhe tiram do sério. O que fazer? Especialmente o sistema, visto que o patrão pode ser apenas mais uma de suas vítimas, deixava o Homem num estado de nervos no qual se desconhecia.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/08/18/interna_diversao_arte,266028/menezes-y-morais-lanca-novo-livro-um-romance-ambientado-na-capital-federal.shtml

Wednesday, August 17, 2011

Paulo César Pinheiro - CAPOEIRA DE BESOURO


Fala indignada de Negro à BBC Londres


Quem são as “bestas selvagens” inglesas?


Artigo
Quem são as “bestas selvagens” inglesas?

Com mais 2.300 prisões e mais de 1.200 processados por roubo ou violência, o desfile pelos tribunais não mostrou nenhuma “besta selvagem”. Ao invés disso, o perfil dos acusados surpreendeu os britânicos que tiveram que enterrar a primeira caracterização simplista – negros, afrocaribenhos, pobres e excluídos. Designers gráficos, estudantes universitários, professores, adolescentes, púberes, desempregados, marginais, um aspirante a entrar no exército, uma modelo: a variedade desafia qualquer estereótipo. O artigo é de Marcelo Justo, direto de Londres.
Marcelo Justo - Correspondente da Carta Maior em Londres

“Indignados” não são. Nenhum discurso articula o protesto, não existe uma lista mínima de demandas como ocorreu com as manifestações dos estudantes ingleses contra a triplicação do valor das matrículas universitárias no ano passado. Os distúrbios em Londres e outras cidades inglesas se parecem mais com os de Paris em 2005, ou os de Los Angeles em 1992. O primeiro ministro David Cameron e a poderosa imprensa conservadora não querem entrar em complexas reflexões sociológicas. “O que ocorreu é extremamente simples. Trata-se de pura delinquência”, disse Cameron no debate parlamentar convocado em caráter de emergência. O autor de vários livros de história militar, entre eles“A batalha das Malvinas”, Max Hastings, foi mais longe: “São bestas selvagens.

Comportam-se como tais. Não têm a disciplina que se necessita para ter um emprego, nem a consciência moral para distinguir entre o bem e o mal”, escreveu no Daily Mail.

Com mais 2.300 prisões e mais de 1.200 processados por roubo ou violência, o desfile pelas cortes não permitiu ver nenhuma “besta selvagem”. Ao invés disso, o perfil dos acusados surpreendeu os britânicos que tiveram que enterrar a primeira caracterização simplista – negros, afrocaribenhos, pobres e excluídos – para começar a entender um fenômeno complexo. Designers gráficos, estudantes universitários, professores, adolescentes, púberes, desempregados, marginais, um aspirante a entrar no exército, uma modelo: a variedade era de um tamanho suficiente para desafiar qualquer estereótipo. Cerca de 80% dos que desfilaram pelos tribunais têm menos de 25 anos. A metade dos processados são menores de 18: muito poucos superam os 30 anos.

O apelido de “besta selvagem” tem uma arrogância de classe que não deveria ocultar seu principal objetivo: despojar os distúrbios de qualquer significado. A milhões de anos luz desta perspectiva, Martins Luther King dizia que “os distúrbios são a linguagem dos que não têm voz”. Na Inglaterra, o problema é que esta linguagem foi, em vários momentos, um balbucio ininteligível.

Macbeth na encruzilhada
O conflito começou com os protestos pela morte de Mark Duggan, no bairro de Tottenham, baleado pela polícia que, aparentemente, foi rápida demais no gatilho. Em um primeiro momento era um protesto político local marcado pela tensão étnica em um bairro pobre: o primeiro objeto de ataque foram dois carros de patrulha da polícia queimados pelos manifestantes. Este pontapé inicial converteu-se rapidamente em quatro noites de saques de grandes lojas, roubo indiscriminado de comércios de bairro e indivíduos e enfrentamentos com a polícia em bairros pobres de Londres e da maioria das grandes cidades da Inglaterra.

Mas além de expressar uma exuberância dionisíaca, destrutiva e raivosa, que sentido pode ter o incêndio de uma pequena loja familiar de móveis no sul de Londres que havia sobrevivido a duas guerras mundiais? Como explicar que dois tipos com aspecto de hooligans simularam ajudar um jovem ferido para roubar-lhe o que ainda não tinham lhe roubado, como ocorreu com o estudante malaio Ashrag Haziq? Os distúrbios foram então “um relato contato por um idiota cheio de som e fúria que não significa nada”, como na famosa definição que Shakespeare faz da vida em Macbeth?

Nos distúrbios houve de tudo. A presença de bandos de jovens e o roubo meramente oportunista estiveram tão na ordem do dia como o uso de torpedos via celular para coordenar os ataques em lojas e bairros. Em uma sociedade onde o dinheiro se converteu em valor absoluto, a identidade parece definir-se, para muita gente, pela posse de tênis de marca ou do modelo de celular mais recente, ao qual essas pessoas não tem acesso porque vivem mergulhados na pobreza. Se a oportunidade aparece, por que não? Isso é o que fazem os banqueiros, os políticos, as grandes fortunas.

O atual ministro da Educação, Michael Gove, disparou indignado contra “uma cultura da cobiça, da gratificação instantânea, do hedonismo e da violência amoral”. O mesmo Gove gastou em 2006, 10 mil dólares para sua casa e passou a conta para a Câmara dos Comuns como parte de sua “dieta” parlamentar. Entre os objetos adquiridos, havia uma mesa que custou mais de 1.000 dólares, um móvel Manchu por 700 dólares e um abajur de 250 dólares.

Pobreza e gangues
Um dos casos que contribuíram para romper o estereótipo foi o de Alexis Bailey, um professor de escola primária de 31 anos, muito respeitado em seu trabalho, preso em uma loja da Hi-fi em Croydon, sul de Londres. Bailey ganha 1.000 libras em mês (cerca de 1.600 dólares) e paga de aluguel mais da metade disso: 550 libras (uns 900 dólares). No caso de Bailey, como no de Trisha, graduada em Psicologia Infantil que acaba de perder seu trabalho, percebe-se o núcleo de uma narrativa distinta da “mera delinquência” de “bestas selvagens”. “Ainda estou pagando o empréstimo que recebi para estudar. Cameron não faz nada. Não tem ideia do que é ser jovem. Dizem que nos aproveitamos dos benefícios. Mas queremos trabalho”, disse Trisha ao The Guardian.

Estes germens de discurso apareceram várias vezes. Na voz de uma mãe em um supermercado (“não tem nada, o que vão fazer?”), na de um jovem desempregado (“é preciso se rebelar”). As gangues juvenis são a expressão final e niilista deste fenômeno de não pertencimento social e de falta de perspectiva de vida. “As gangues oferecem uma relação de pertencimento a uma estrutura, uma disciplina, um respeito que os jovens não encontram em nenhum outro lado”, escreve Ann Sieghart no The Independent.

Esta semana, em um primeiro distanciamento de sua própria caracterização dos distúrbios, David Cameron lançou uma revisão de toda a política governamental para “recompor uma sociedade exausta”, evitar uma “lenta desintegração moral” e “solucionar problemas sociais que cresceram durante muito tempo”. É um começo. O que está claro é que as prisões, que em sua maioria já estão superpovoadas, não resolvem o problema de fundo: em alguns meses os mesmos jovens sairão para as ruas. A grande questão é se uma coalizão como a conservadora-liberal democrata, que fez do ajuste fiscal uma religião, pode levar adiante uma política mínima que comece a lidar com um fenômeno que tem complexas raízes econômicas sociais e culturais.

Tradução: Katarina Peixoto

Convite Exposição Entre Laços - Memorial Darcy Ribeiro


Tuesday, August 16, 2011

TERESINA 159 ANOS









O prefeito autorizou início de obras em comunidades da zona Leste

Após agressão, mãe perfura olho da filha na zona Norte

Governo monitora movimento e discute proposta para PMs

Mulheres brasileiras querem calcinhas cada vez menores

O Orçamento Popular é a exteriorização da vontade da comunidade

Há 25 empresas que desejam produzir tablets em todo o Brasil

Mulheres piauienses são homenageadas com nome de ruas de Teresina

Monday, August 15, 2011

OH, LAURA MOURA


Oh, Laura Moura,
deu novo crash na bolsa lá fora
(democratas e republicanos não se entendem):
as hipotecas estão pelos olhos da cara.
quem disse que as casas iriam cair de preço?

Oh, Laura Moura,
o gado continua miúdo, cabrum, não é mesmo Dobal?
a noite permanece assaz quente
e o povo todo – com fome – sonhando no sertão
em meio à polvadeira seca do nosso querido Piauí.

marcos freitas

CÂNTICOS AO GUERREIRO MANDU LADINO



o mato cheiroso daquela hora
é flecha certeira
é grito tupinambá

o mato cheiroso daquela hora
é onça pintada
é pintura jaicó

o mato cheiroso daquela hora
é rede de embira
é artefato timbira

o mato cheiroso daquela hora
é cobra na ribanceira
é saudação pimenteira

o mato cheiroso daquela hora
é lágrima de miridan
é lamento acaraó

o mato cheiroso daquela hora
é silvo guerreiro
é nado tremembé

o vento airoso daquela hora
é canto ladino
é elegia arani

marcos freitas

Poemas (quebrados) do cárcere, de Gilney Viana


Wednesday, August 10, 2011

Lançamento de Filhos da Mãe Gentil, de José Ribamar Garcia


As inscrições ao Prêmio Cassiano Nunes 2011 Ensaio foram prorrogadas até 15 de Agosto

EDITAL DE CHAMADA

Concurso Nacional de Prosa
Prêmio Cassiano Nunes 2011- Ensaio

O Espaço Cassiano Nunes, como espaço de pesquisa nas áreas de Letras e Arte da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, informa que estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional de Prosa Prêmio Cassiano Nunes 2011- Ensaio.

DAS INSCRIÇÕES:
As inscrições para o Concurso Nacional de Prosa, Prêmio Cassiano Nunes 2011- Ensaio estarão abertas no período de 27 de abril de 2011 a 00h00 a 27 de junho às 23h59min, pela Internet.

DOS CONCORRENTES:
Podem concorrer escritores de qualquer idade, formação ou nacionalidade.
Os concorrentes deverão enviar suas obras para o endereço:
http://soac.bce.unb.br/index.php/ecn/ECN-Ensaio
Os concorrentes deverão informar todos os metadados solicitados pelo sistema.

DA OBRA:
O ensaio deve ser sobre a obra de Cassiano Nunes numa livre escolha de abordagem.
O texto submetido deve ser característico da ensaística literária contemporânea e ser rigorosamente inédito escrito em língua portuguesa, com no mínimo 30 páginas, fonte Arial 12, espaçamento 1,5. O arquivo de texto não poderá conter informações pessoais e deve ser compatível com o MS WORD 2007.

DA COMISSÃO JULGADORA:
A Comissão julgadora é formada pelos conceituados ensaístas: Fábio Lucas, Eliane Vasconcellos, João Vianey Cavalcante Nuto e Maria de Jesus Evangelista.

DO PRÊMIO:
Os prêmios serão entregues em 15 de outubro de 2011 às 20h, no Auditório da Fundação Darcy Ribeiro/FUNDAR/UnB:
1º Lugar – R$ 5.000,00 (Cinco mil reais)
2º Lugar – R$ 3.000,00 (Três mil reais)
3º Lugar – R$ 2.000,00 (Dois mil reais)
DO DIPLOMA E PUBLICAÇÃO:
Além do prêmio em reais aos três primeiros escritores classificados, será entregue Diploma impresso, e o seu ensaio será publicado na página do concurso. Os demais concorrentes selecionados pela Comissão Julgadora receberão Certificado impresso.

DOS CASOS OMISSOS:
Casos omissos serão dirimidos pela Comissão Julgadora cujas decisões são irrecorríveis.
A inscrição implicará, por parte do concorrente, a aceitação dos termos do presente Edital, bem como a cessão, sem ônus, dos direitos autorais dos trabalhos inscritos, para eventual publicação, até 05 (cinco) anos após o encerramento do concurso.

DA COMISSÃO ORGANIZADORA:
Profª. Dra. Maria de Jesus Evangelista (Curadora ECN/BCE/UnB)
Profª. Dra. Sely Maria de Sousa Costa (Diretora da BCE/UnB)

DA COMISSÃO TÉCNICA:
Marília Augusta de Freitas (Bibliotecária e Designer BCE/UnB)
Janaína Barcelos Resende (Bibliotecária BCE/UnB)
Thayse Natália Cantanhede Santos (Processos Técnicos BCE/UnB)

IRREVERSIBILIDADE Poema do livro “Inquietudes de Horas y Flores”

IRREVERSIBILIDADE

o tempo presente,
presente de um deus?
o tempo passado,
passado sem os meus.
o tempo futuro,
futuro para os seus?


IRREVERSIBILIDAD

el tiempo presente,
¿presente de un dios?
el tiempo pasado,
pasado sin los míos.
el tiempo futuro,
¿futuro para los suyos?


Marcos Freitas. Do livro “Inquietudes de Horas y Flores” (edição bilíngue: português-espanhol; 2011). Tradução de Carlos Saiz.
Pré-lançamento: 21ª edição do Sarau Videoliteromusical Poemação, dia 6 de setembro, na Biblioteca Nacional de Brasilia.
Lançamento: II BIP - Bienal Internacional de Poesia (14 a 17 de setembro de 2011).

Monday, August 08, 2011

A Íris do Olho da Noite, novo romance de Menezes y Morais



A Íris do Olho da Noite, décimo-primeiro livro de Menezes y Morais, é, sobretudo, um romance de ideias, uma história de amor bem-sucedido, sem pieguice, sentimentalismo, entre um casal liberal – ele economista, ela professora – que tem dois filhos pré-adolescentes. São personagens nascidos em Brasília (DF), cenário geográfico onde a trama acontece. É a partir da lógica e da ótica desse casal bem-resolvido que o enredo do romance agrega ação e inquietação dos demais personagens que compõem os fios da teia narrativa. Dentro da estrutura ficcional do romance tem um livro de poesia; e metade das personagens atendem pelos nomes de Homem, Mulher, Pai, Mãe, Filho. As demais personas atendem pelos nomes normais, reais, como o poeta Cassiano Nunes, o crítico Hélio Pólvora e o compositor Renato Matos, homenageados pelo Autor, resgatando uma tradição literária de Dante Alighieri em A Divina Comédia e o brasileiro Jorge Amado. A estrutura narrativa de A Íris do Olho da Noite dispensa o travessão no diálogo interativo das personagens; elas discutem e questionam algumas das questões vitais da humanidade, como sexo, drogas, ética, família, homossexualismo, opressão, liberdade, fome, amor, ódio, guerra, paz, arte, vida, morte.

Menezes y Morais é jornalista, professor, teatrólogo, contista, ensaísta, poeta e historiador. Atuou em veículos como O DIA (PI), O Globo (RJ e BsB), Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Crítica, Portal iG.

Serviço:
Lançamento do livro “A Íris do Olho da Noite”
Autor: Menezes y Morais
Dia: 06/09/2011 – terça-feira
Hora: 19h00
Local: 21ª edição do Sarau Poemação, na Biblioteca Nacional de Brasilia
Entrada Franca.

Saturday, August 06, 2011

Falando de literatura com M.P.Haickel


O livro tem como principal objetivo incentivar a leitura entre jovens e adultos acerca do mundo literário. As entrevistas realizadas visam responder mais sobre os fenômenos literários que satisfazer o impulso jornalístico, resultado do trabalho de um escritor apaixonado pelo mundo literário.

Polo bate-papo com autores brasileiros e internacionais nesse livro. Waldir Araújo, um jovem escritor guineense fala da função social do escritor num país que hoje é rota do narcotráfico, até pouco tempo atrás vivia em conflitos e guirrilhas civis. Entrevistas com Alice Vieira, jornalista e escritora portuguesa, de literatura infanto-juvenil de maior prestígio europeu, indicada ao Prêmio “Anderson” de Literatura. Polo conversa outrossim com os escritores caboverdianos Corsino Fortes e o historiador Tomé Varela, presidente e vice da Associação dos Escritores Caboverdianos que descrevem projetos de educação e cidadania que obtiveram êxitos depois de muita luta e dedicação do povo de Cabo-Verde.

“Falando de Literatura”, de M.P.Haickel traz ainda uma entrevista com o professor Hildo Honório do Couto que faz a relação entre língua e meio ambiente. Já o poeta João Carlos Taveira abre os fundamentos da Arte Poética. Uma pincelada forte e emocionante carregada nos povos ágrafos, os ciganos, segundo revela o professor Ático Vilas-Boas numa fala rápida e intrigante. Na lista dos entrevistado por M.P.Haickel nesse livro está: Walter Hugo Mãe falando da urgência em saber das coisas, um verdadeiro tsunami, vencedor do Prêmio Saramago de Literatura; Edimilson Caminha, que fala de Cuba, seus modos de ver e maneiras de sentir. Já o esconomista Flávio Lira não mede palavras para falar sobre a Literatura e o Tempo; já o poeta Jarbas Júnior lança ao mar a jangada de Orson Wells, fala de sua passagem pelo Ceará, enquanto no mesmo livro o embaixador, professor e escritor Mihai Zanfi fala do amor universal da Literatura. Um caleidoscópio da literatura contemporânea, o livro ilustra a variedade de vertentes que se abriu com a plurissignificação da palavra. O poeta Chacal, da poesia marginal, também tem participação falando da poesia no templo do consumo e asservera: poesia sem crítica não existe!

O livro “Falando de Literatura”, vai ser lançado no próximo dia 09 de agosto, terça-feira, a partir das 20h30 no Balaio Café, na 201 Norte, com exibição de cenas das entrevistas, recital de poesia, uma seleção de músicas feita pelo escritor e poeta. “Falando de Literatura”, de M.P.Haickel é uma publicação da Thesaurus Editora de Brasília com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura, (FAC-DF),

Sobre o autor – M.P.Haickel é professor de Literatura e Língua Espanhola, coordenador do projeto “O livro na Rua”, redator de conteúdos da Revista Nós Fora dos Eixos (www.nosrevista.com.br). Autor do romance “O Cinza da Solidão” e “O Amor de Mariano”, ambos na 2ª edição.

Serviço:
Lançamento do livro “Falando de Literatura”
Autor: M.P.Haickel
Dia: 09/08/2011 – terça-feira
Hora: 20h30
Local: Balaio Café, 201 Norte.
Entrada Franca.

Thursday, August 04, 2011

Itália e Dulcinéa Paraense são homenageados na Feira do Livro

Na décima quinta edição da feira, o livro volta a ser o centro da intensa programação elaborada pelos técnicos da Secult para difusão do livro, este produto da interação perfeita entre as mãos e a técnica. “Estamos retomando ao foco, ao principal objetivo do evento, em que o livro volta a ser o protagonista. Sai a muvuca cultural e entra em cena o autor. Em lugar do populismo devasso, a seriedade cultural’, declarou o Secretário de Cultura, Paulo Chaves Fernandes.

Com área total de 4.700 mt² e 192 stands, a feira terá cerimônia de abertura com apresentação da Amazônia Jazz Band apresentando músicas italianas, e as presenças confirmadas do Embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, e da escritora homenageada, Dulcinéa Paraense.

O Secretário de Cultura conta um fato inusitado: o filósofo Benedito Nunes, em sua última semana de vida, no leito da Beneficente Portuguesa, foi consultado por Paulo Chaves sobre três escritores indicados para ser o homenageado nesta edição. Em voz baixa, audível e sem titubear: Dulcinéa Paraense.

Dulcinéa Lobato Paraense nasceu em Belém, em 2 de janeiro de 1918, onde uma intensa produção literária. Em seguida, saiu pelo país a mostrar seu talento. Radicada no Rio de Janeiro, completou em janeiro último, 93 anos. É autora de: Semeadura de versos e de sonhos, Momentos íntimos, Dez cenas brasileiras, Flor revelada, Mística, Momentos e Estrela de vidro.

O livro
A dificuldade do acesso ao livro é proveniente de vários fatores: o preço acima do poder aquisitivo de grande parte da população, a falta do hábito de ler, a deficiência de ofertas de salas leitura nas escolas públicas, bibliotecas com acervos desatualizados e pouco atraentes e a insuficiência de mediadores de leitura. Os dados induziram a Secretaria de Cultura a criar, há quinze anos, a Feira Pan-amazônica do Livro, que ocorre anualmente na cidade de Belém durante dez dias e, durante o ano, acontece em vários municípios do estado com os Salões do Livro e o Sarau Literário.

A Secult, em parceria com as prefeituras e secretarias culturais dos municípios paraenses, organiza o Salão do Livro, que alcança as cidades da circunvizinhança, atingindo alunos de escolas públicas com oficinas e programação cultural. No Sarau Literário, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação- Seduc, a Pan-Amazônica homenageia um escritor paraense com programação literária, com a presença palestrante especialista no assunto, oferecendo espetáculo de música ou teatro voltado para o tema.

Programação
Considerada a quarta feira de livros mais importante do país, a Pan-amazônica do Livro apresenta um crescimento anual de 15%, tanto em área, quanto em público e volume de vendas. A partir da literatura, uma série de atividades paralelas, como oficinas, cursos, cinema, teatro, música, fotografia, em programação sedutora que atrai um público diversificado, assim como alunos da rede pública para o mundo do imaginário, do lazer e do entretenimento, da cultura e da educação.

Por meio do bônus Crédi-livro, a oportunidade do professor adquirir livros no período de dez dias, contribuindo desse modo para o crescimento e desenvolvimento intelectual do cidadão por meio do acesso aos bens culturais regionais, nacionais e universais, e, este ano, especialmente à cultura italiana, em homenagem do Governo do Estado ao Momento Itália Brasil.

Espero que esse ano tenha mais espaço e variedade nas editoras. E também que não se repita a confusão de valores culturais, como a venda de produtos sem relação alguma com o livro, bem como os shows que provocavam uma verdadeira bagunça no entorno, concentrando um público com pouco ou nenhum interesse pelo livro’, observa Elias Neves, professor da rede pública estadual de ensino.

Itália
A imigração italiana na Amazônia se destaca no período econômico e social do final do século XIX, com a produção da borracha no auge (Ciclo da Borracha 1979/1912), respondendo por 40% das exportações brasileiras, com a circulação de riquezas, os avanços da tecnologia e modelos da urbanização, o modo de vida, a literatura, os hábitos e costumes que deixaram marcas. No estado do Pará, a benéfica influência italiana continuou em vários segmentos no decorrer dos anos, sobretudo na arquitetura, com a presença forte de Antonio Landi, e na pintura com Domenico De Angelis.

A Itália, suas criações literárias, o cinema e a música, serão apresentados na Pan-Amazônica em 2011, com a presença de convidados italianos, e parcerias com instituições como a Universidade Federal do Pará, Casa dos Estudos Italianos, além de apoio empresarial local.

Com público de 600 mil pessoas (2010), a Feira Pan-amazônica gera negócios da ordem de 30 milhões de reais, incrementado a produção literária nacional e local, aumentando sensivelmente o número de leitores, gerando empregos e contribuindo para o crescimento do Estado.

Serviço:
XV Feira Pan-Amazonica do Livro
Homenageado: Dúlcinéa Paraense.
País convidado: Itália
Data: 2 a 11 de setembro
Local: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Entrada franca

Grupo SOS Olhos d’Água realiza o Concerto Domingo no Parque

Neste Domingo, o Grupo SOS Olhos d’Água realiza o Concerto Domingo no Parque, como parte das manifestações contra a construção de um shopping sobre as nascentes do Parque Olhos d’Água, localizado no final da L2 Norte.

Artistas da cidade já confirmaram participação, entre os quais Manassés, Renato Matos, Zelito Passos, Rênio Quintas, Luciano Fleming, Aloísio Brandão; os poetas Vicente Sá, Rick Harder, Jorge Amâncio, Marcos Freitas, Paulo Djorge e músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Claudio Santoro. Os microfones estarão abertos e o palco à disposição dos artistas que chegarem.

O Grupo SOS Olhos d’Água começou espontaneamente no Facebook, depois que algumas pessoas iniciaram medições nas quadras 212 e 213 norte, onde se localizam alguns dos olhos d’água que abastecem o parque, prenunciando uma tentativa de erguer construções no local. Mais de 4.300 pessoas já fazem parte do Grupo, em atividade há apenas uma semana. Moradores estão mobilizando a vizinhança, os estudantes e chamando a população de Brasília.

Os manifestantes estão lutando pela anexação desta área de nascentes à poligonal do Parque Olhos d'Água, de forma a garantir a sua proteção permanente. As nascentes do parque fazem parte do programa Adote Uma Nascente, criado pelo próprio GDF.

Boletim Informativo CUFA DF Nº 17

Tuesday, August 02, 2011

Conterrâneos, de Clodo, Climério e Clésio Ferreira


Conterrâneos, composta pelos irmãos piauienses Clodo, Climério e Clésio Ferreira, a música é um desabafo de migrante cheio de saudade de sua terra natal. A canção também faz parte de Conterrrâneos velhos de guerra, um filme de Wladimir de Carvalho sobre as duras condições de trabalho que os primeiros operários enfrentaram na nova capital do país. A canção é interpretada por Ana Reis e João Ferreira, filho de Clodo.

Monday, August 01, 2011

Poeta Salgado Maranhão e o livro A cor da palavra


O poeta Salgado Maranhão venceu com o livro A cor da palavra,
o prêmio da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS de 2011, na categoria poesia.

www.jivmcavaleirodefogo.blogspot.com


POESIA: Salgado Maranhão - “A cor da palavra”

Nascido em Caxias, em 1953, José Salgado Santos, Salgado Maranhão, é poeta e compositor. Ele estudou Comunicação na PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro, onde mora desde 1973.

Compositor-letrista, tem músicas gravadas por vários artistas como Amelinha, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Rosa Maria, Vital Farias, Zizi Possi. Em 1999, recebeu o Prêmio Jabuti, o maior prêmio literário do Brasil.
“A Cor da Palavra” é uma antologia, com poemas escolhidos dos seus livros “Aboio”, “Punhos da Serpente”, “Palávora”, “O Beijo da Fera”, “Mural de Ventos”, “Sol Sanguíneo”, “Solo de Gaveta” e “A Pelagem da Tigra”.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/2011/6/18/salgado-maranhao-e-ferreira-gullar-vencem-premios-da-abl-159784.htm

3ºs Juegos Florales en 2011 - Montevideo



NA TARDE QUE SE AVIZINHA

sejamos eternos, querida,
mesmo na plenitude de nossa ira.

chega de nossos discursos prontos,
não suportamos mais esperar o fim do verão.

estranhamos, em silêncio, conselhos dos mais velhos.
tentamos, inutilmente, reler os jornais passados;
o que buscamos nas páginas surradas?

a paisagem se adensa na geografia das ruas
de nossa cidade desconhecida.

mergulhemos no assombro de nosso desejo;
é sempre possível a palavra mais pura e límpida, querida,
mesmo fora de nosso dicionário.

o cheiro do feijão, em panela de ferro,
reacende o fogo de lenha da imaginação: o relógio da manhã.

herdeiros de nossa própria memória,
divisamos a rua de nossa fraqueza e ausência, na tarde que se avizinha.

o leito seco do rio aguarda a estação chuvosa nas cabeceiras;
depositemos, pois, iguarias e provisões na vazante de nossas horas.

sejamos eternos, querida,
mesmo na finitude de nosso dia.

Marcos Freitas


EN LA TARDE QUE SE AVECINA

seamos eternos, querida,
incluso en la plenitud de nuestra ira.

basta de nuestros discursos armados,
no soportamos más esperar el fin del verano.

extrañamos, en silencio, consejos de los más viejos.
intentamos, inútilmente, releer los diarios pasados;
¿qué buscamos en las páginas usadas?

el paisaje se espesa en la geografía de las calles de nuestra ciudad desconocida.

buceemos en el asombro de nuestro deseo;
es siempre posible la palabra más pura y límpida, querida,
asimismo fuera de nuestro diccionario.

el olor de frijoles, en cazuela de hierro,
aviva el fuego de leña de la imaginación: el reloj de la mañana.

herederos de nuestra propia memoria,
divisamos la calle de nuestra debilidad y ausencia, en la tarde que se avecina.

el lecho seco del río aguarda la estación lluviosa en su nacimiento;
depositemos, pues, manjares y provisiones en la salida de nuestras horas.

seamos eternos, querida,
incluso al final de nuestro día.

Marcos Freitas
Publicado en la Antologia del 3ºs Juegos Florales en 2011 - Montevideo


Montevideo, 2011 – Año del Bicentenario de la primera gesta de la independencia uruguaya.

INFORME PRIMARIO – Ficha de inscripción
Fecha de realización: Miércoles 4 al viernes 7 de octubre de 2011.
País: Uruguay, donde se realizaron los 1ºs Juegos Florales en 2004, en ocasión de la celebración del bicentenario de la Catedral y el Cabildo de Montevideo y los 2ºs durante el mes de abril de 2010.
Propósitos: Los Juegos florales celebran las artes y la cultura en general, porque celebran la vida de los pueblos, desde la más remota antigüedad. Organización: Dirección del Movimiento Cultural aBrace.

Espacios de realización: próximamente se establecerán los lugares en que serán recibidos los escritores y artistas participantes. Estos espacios se denominarán Jardines Culturales y estarán ubicados en Montevideo y en otras ciudades del país. Se tratará de organismos públicos o privados, organizaciones culturales, instituciones y o centros recreativos.

Jardines Culturales. Los titulares de los mismos serán quienes organicen la recepción local de los participantes solicitados a la Dirección de aBrace o que la Dirección les envíe y correrá por su cuenta la organización de las actividades, programación y difusión de las mismas, coordinando la presentación de los invitados con artistas y escritores locales.

Condiciones: Por tratarse de una actividad participativa y solidaria, no se percibirán aranceles de inscripción ni ninguna otra paga, siendo el ingreso libre y gratuito a todos los espacios de realización. Tampoco se realizarán contrataciones de artistas, ni se abonarán honorarios a los participantes, quienes deberán financiarse de su propio peculio sus traslados, alimentación y hospedajes. La Dirección de aBraceCultura no se responsabiliza por gastos de cualquier especie, realizados por los participantes. Esta es la forma en que cada uno contribuirá a la realización de la actividad en forma copartícipe.

Servicios: La organización de los Juegos Florales procurará y pondrá a disposición de los interesados listados de hoteles, restoranes, transportes y demás insumos necesarios, para que comparativamente de calidad y precios, los partícipes puedan escoger lo que mejor convenga a sus posibilidades. También se indicarán puntualmente y se destacarán aquellos servicios que otorguen ventajas particulares u ofertas y se dispondrá de espacios para muestra y adquisición de libros, discos, DVD y artesanías.
Participantes del evento: Podrán participar del Encuentro 3ºs. Juegos Florales del SXXI todos los escritores y artistas que realicen su inscripción hasta el 25 de setiembre de 2011, completando el formulario y enviándolo a abrace@abracecultura.com o bianched@adinet.com.uy y haya sido confirmada su aceptación por la Dirección de aBraceCultura.

La Dirección del Movimiento, acorde a las características de cada aspirante, destinará los mismos a uno o más Jardines Culturales donde serán recibidos por los coordinadores locales. La funcionalidad de los eventos consistirá en manifestaciones artístico-musicales, performances y la dedicación a lectura, charlas y presentaciones de los artistas en espacios públicos, entidades culturales, centros de enseñanza, radios y otros medios, durante los días en que se desarrolle la actividad.

aBrace editora contribuirá con la edición de un poemario en una muestra que será distribuida en los países de habla hispana y portuguesa, a través de sus representaciones y lanzada bajo el título de 3os. Juegos Florales del SXXI, durante el evento. La edición, publicación y difusión de la obra serán financiadas por aBrace Editora, sin que signifique costo alguno para los escritores, quienes deberán solventar solamente la traducción de su obra por el equipo de poetas de aBraceCultura o los términos de corrección y revisión editoriales sobre obras ya traducidas. Los interesados deberán presentar sus trabajos hasta el 31 de julio de 2011.
Medios propios de divulgación: aBraceCultura Revista INTERNACIONAL, página web: www.abracecultura.com, y difusión vía email.

Nina Reis y Roberto Bianchi - Movimiento Cultural aBrace – DIRECTORES

FICHA DE INSCRIPCIÓN INDIVIDUAL
enviar completa a: abrace@abracecultura.com o
bianched@adinet.com.uy

NOMBRE__________________________________
Nacionalidad:______________________________
Fecha de nacimiento:________________________
Teléfono:________________ MOVIL:___________
País de residencia:_____________________________________
Domicilio: Calle_______________________________________ Localidad__________________
Ciudad/Provincia______________________________________ Código____________________
Correo electrónico:_______________________________________________________________
Curricular: (hasta 6 líneas)
_________________________________________________________________________________
SE SOLICITA ENVIAR FOTOGRAFÍA ADJUNTA
OBSERVACIONES:____________________________________________________________________ FIRMA:________________________
Fecha_________________________

Livro ave eva, do poeta Adriano Lobão para download




http://adrianolob.dominiotemporario.com/doc/AVE_EVA_adriano_lobao_aragao_2011.pdf

Sobre o autor:
Adriano Lobão Aragão nasceu em Teresina, 1977. Fundador da revista literária amálgama. Em 1998, através do Concurso Novos Autores, recebeu o Prêmio Cidade de Teresina pelo livro Uns Poemas, publicado no ano seguinte pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Em 2005 publicou Entrega a Própria Lança na Rude Batalha em que Morra, pela Fundac. Em 2006 foi premiado pela Fundação Cultural do Piauí por seu livro Yone de Safo, publicado pela amálgama em 2007. Em 2009, publicou as cinzas as palavras. Participou das coletâneas Versos Diversos (Passos/MG), Poetas do Brasil 2000 (Porto Alegre/RS) e Estas Flores de Lascivo Arabesco, poemas eróticos piauienses (Teresina/PI). É um dos editores do site lítero-cultural dEsenrEdoS (www.desenredos.com.br).

Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais


Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo realizar programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil.

Sotaques do Fole apresenta o acordeão em suas variantes regionais ligadas à tradição oral, trazendo a gaita-ponto , com o músico Gilberto Monteiro (RS), a sanfona de oito baixos , com o músico Truvinca (PE), e o acordeão de 120 baixos , com Dino Rocha (MS). Fazendo um contraponto com a tradição oral, o projeto traz o duo de acordeões Ferragutti/Kramer, que apresenta composições modernas e contemporâneas relacionadas à música de concerto e a outras formas ligadas à vertente acadêmica.

Truvinca e Grupo
A sanfona de oito baixos é um dos instrumentos mais identificados com a cultura nordestina, onde também é conhecida, dentre outros nomes, como pé-de-bode. O instrumento está diretamente relacionado à tradição oral. Heleno Pereira dos Santos, o Truvinca, é um desses grandes mestres que compreende a importância da preservação e difusão do repertório tradicional tão representativo do desenvolvimento da música nordestina e ainda pouco conhecido. Sua técnica apurada e domínio pleno do repertório empenham-se em manter um estilo interpretativo, fiel às formas originais. Truvinca viveu duas décadas no Rio de Janeiro, trabalhando durante o dia em empregos formais e dedicando suas noites ao ofício de sanfoneiro. Ele se apresenta no Sonora Brasil acompanhado de Alex da Zabumba e Paulinho do triângulo, na formação típica do conjunto chamado “regional”.

SERVIÇO:
07 de agosto às 18h
Salão de eventos o Sesc Água Verde - Av. República Argentina, 944 (ao lado do Angeloni Água Verde)
Entrada Franca
Divulgação - SESC Água Verde