Sunday, January 31, 2010

Poemação 6 volta à cena na BNB com homenagem a Mangueira Diniz


Uma homenagem ao criador do Teatro Oficina Perdiz, Mangueira Diniz (1954- 2009); a presença de três poetas performáticos brasilienses e da poesia de Ceilândia e Gama; o lançamento do novo livro da escritora e atriz Cristiane Sobral; e um recital musical são os destaques do projeto Sarau Videoliteromusical - Poemação 6, de volta à cena este ano no próximo dia 2 de fevereiro, às 19h, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB).

A homenagem ao diretor de teatro Mangueira Diniz é do irmão, Dijair, que vai recitar poemas de Pompilho Diniz. Os poetas performáticos são Paco Cac (O Menor Espetáculo da Terra) e Celso Araújo (ex-Akenaton) e Marina Mara (também produtora cultural), que vão mostrar um pouco de seus trabalhos, individualmente. Das satélites participam Fernando Freire (Gama), autor do livro de poesias Zoomboomzungu, e o grupo Poeme-se (Ceilândia), comandado por Margô Oliveira e Rego Jr. A poeta Cristiane Sobral vai dramatizar "Cauterização", um dos contos da coletânea Cadernos Negros Volume 32, a ser lançada durante o evento.

A parte musical do sarau traz Gilson Alencar com canções do seu cd mais recente Que Som é Esse?, e a sessão Poesia na Platéia abre espaço aos espectadores, para mostrarem o que vêm produzindo do tripé poesia, canção e vídeo, que compõe o evento. O projeto é uma iniciativa dos poetas Marcos Freitas e Jorge Amâncio, também coordenadores das apresentações.

ORIGENS - O Sarau Videoliteromusical teve início no segundo semestre de 2009, ao ser proposto por Marcos Freitas ao diretor da BNB, poeta e professor Antonio Miranda. A aprovação foi imediata.

Miranda viu na proposta uma forma de manter acesa a flama do "poema em ação" - o Poemação, projeto lançado por ele durante a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília (I BIP), em 2008, e realizado com sucesso em bares, cafés, bistrôs, espaços culturais do SESC-DF e Barca Brasília, no Lago Paranoá.

O formato do Poemação prevê apenas uma apresentação por vez de um poeta, um músico e um videasta, sequencialmente. Mas na forma como vem sendo realizado nos saraus comandados por Freitas e Amâncio, permite um tempo maior em cena aos artistas convidados. O Poemação Sarau Videoliteromusical tem agenda mensal garantida até setembro próximo, quando a Biblioteca Nacional de Brasília vai realizar a segunda edição da Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP). (Angélica Torres)

Foto Mangueira Diniz: Divulgação

POEMAÇÃO 6 (Sarau Videoliteromusical) - Com Celso Araújo, Dijair Diniz, Fernando Freire, Gilson Alencar, Marina Mara, Paco Cac, POEME-SE e mais a sessão Poesia na Platéia e o lançamento de Cadernos Negros, de Cristiane Sobral. No Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), 2 de fevereiro, 3ª, às 19h. Coordenação e informações: Marcos Freitas (061 81297116) e Jorge Amâncio (61 81453630). http://poemacao.blogspot.com.

Fonte: http://www.bnb.df.gov.br/index.php/sala-de-imprensa/item/369-poemação-6-volta-à-cena-na-bnb-com-homenagem-a-mangueira-diniz

Friday, January 22, 2010

Ana Reis homenageia Clodo Ferreira no Café Cultural da Caixa


Compositor piauiense radicado em Brasília desde a década de 1960, Clodo Ferreira construiu toda a sua obra na capital, onde iniciou a carreira há quase 40 anos. Autor de músicas gravadas por Fagner, Simone, Zizi Possi, Dominguinhos, Milton Nascimento, MPB-4 e Engenheiros do Hawaii, ele ganha homenagem também nesta sexta, às 19h, no projeto Outras Bossas, no Café Cultural (anexo do Teatro da Caixa).

Quem o homenageia são a cantora Ana Reis e o violonista João Ferreira, filho do artista. "Conheci o Clodo por meio do João, com quem desenvolvo um trabalho há quatro anos. Aos poucos fomos incorporando músicas do Clodo ao nosso repertório. Depois fui convidada para participar de alguns shows deles, que também tomou parte de shows meus", lembra Ana.

Foi da cantora a ideia de celebrar a obra do compositor no Outras Bossas. "Havia proposto o show ao Leonel Laterza (coordenador do projeto) no ano passado e agora, finalmente, surgiu a oportunidade de levá-lo ao palco", comenta. “Para a construção do repertório, partimos de músicas que eu já cantava em outros shows, como Mentira da saudade, a única só de Clodo; Carece de explicação (feita com Domiguinhos) e Conterrâneos (parceria com os irmãos Clésio e Climério Ferreira)”.

No roteiro não vão faltar canções marcantes na carreira de Clodo, compostas com parceiros como Petrúcio Maia (Cebola cortada), Fagner (Meio-dia), Zeca Bahia (Ave coração) e, claro, Revelação (Clésio). "O Clodo tem uma obra imensa, mas seu trabalho ainda não foi devidamente valorizado”, afirma a cantora. "Me sinto lisonjeado quando vejo o trabalho que desenvolvo há quase 40 décadas ser reconhecido por artistas da nova geração, como a Ana Reis", devolve os confetes o homenageado.

Outras bossas com Ana Reis
Show de Ana Reis (voz) e João Ferreira (violão) em homenagem a Clodo Ferreira
Local: Café Cultural - SBS Qd. 4, Lote 3/4, anexo à sede da Caixa Econômica Federal -Setor Bancário Sul - 3322-8164
Data: Quinta e sexta-feira, às 19h
Preço inteira: Entrada franca
De: 21/01/2010
Até: 22/01/2010

Thursday, January 21, 2010

Filme "Verão em Berlim“, de Andreas Dresen


O longa conta a história da enfermeira Nike e sua melhor amiga, Katrin, que têm por hábito observar a vida passar da sacada (balcão) de seu apartamento, esperando que alguma coisa aconteça com elas. Em um dia qualquer, o calor típico do verão põe em movimento as suas vidas e a de todos ao redor. Max, o filho adolescente de Katrin, tenta em vão conquistar uma amiga de colégio, Nike entra em uma arriscada relação com o caminhoneiro Ronald, e Katrin tem um colapso mental após uma tentativa de estupro frustrada.

Apesar de possuir Berlim no título, o diretor Andreas Dresen opta por não mostrar pontos turísticos óbvios da cidade, mas sim um cenário cotidiano em Prenzlauer Berg, bairro da antiga Berlim Oriental e que hoje concentra muitas famílias jovens. O balcão do edifício em que as amigas vizinhas se encontram para conversar (e que está presente no título em alemão, „Sommer vorm Balkon“), também faz parte do dia a dia de Berlim. Segundo Dresen, „além de ser uma característica cultural da cidade, o balcão tem a ver com a solidão das pessoas, que se fecham e observam o mundo de cima“.

A produção será exibida em seu idioma original com legendas em português no dia 28 de janeiro, às 19h, na Sala de Cinema da Embaixada da Alemanha. A entrada é franca e os lugares limitados.

Sobre o diretor
Andreas Dresen nasceu em 1963, na Alemanha. Na década de 1980 começou a trabalhar com teatro e fazer curtas-metragens. Estudou direção no HFF Konrad Wolf Postdam-Babelsberg e desde 1992 trabalha como roteirista e diretor de cinema e televisão. Ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim 2002 com „Entre Casais“ (2001) e o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de San Sebastián 2005 com „Verão em Berlim“ (2005).
KINOSAAL (Sala de Cinema da Embaixada da Alemanha)
Filme: „Verão em Berlim“ (2005, Andreas Dresen).
Data: 28.01 (quinta-feira).
Horário: 19h.
Local: Embaixada da Alemanha (SES-Avenida das Nações, Qd. 807, Lt. 25).
Classificação etária: 12 anos.

Embaixada da República Federal da Alemanha
Centro Alemão de Informação - Deutschlandzentrum
Brasília - DF
SES Av. das Nações, Q. 807 lt25
70.415-900
Tel. (61) 3442-7000
Fax. (61) 3443-7508
info@alemanJA.org
www.brasilia.diplo.de
www.alemanJA.org

Wednesday, January 13, 2010

Resultado da Primeira Etapa dos Pontos de Cultura


Foi publicado nesta quarta-feira (13), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o resultado dos recursos de Análise Documental do Edital dos Pontos de Cultura do Distrito Federal. Esta foi a primeira etapa para a seleção das propostas. As próximas duas etapas serão as de Avaliação Técnica do Projeto e Análise do Mérito.

A Avaliação Técnica será realizada por membros da Secretaria de Cultura, Ministério da Cultura e especialistas em cultura da Sociedade Civil. A Análise de Mérito caberá a uma comissão tripartite, ou seja, partida em três partes, composta por dois representantes do Ministério da Cultura, dois do GDF e dois de instituições da Sociedade Civil atuantes no setor cultural ou membros da classe artística de notória especialização, com seus respectivos suplentes.

Os membros da Sociedade Civil que participarão da Comissão Técnica e da Comissão de Mérito são de instituições representativas e movimentos culturais do DF, convidados a participar do processo de seleção.

Vinte e seis projetos estão aptos a participar das fases seguintes. São eles:

1. A Arte na Escola e a Cultura Popular – Centro de Cultura Mamãe Taguá;
2. Academia Itinerante do Riso – Grupo de Teatro Oceano Nox;
3. Ação Periferia – Educação em Foco;
4. Artes da Tribo – Associação Cultural Tribo das Artes;
5. Atitude Jovem – Organização Atitude;
6. Caminhos Áudio-Visuais –Associação Cultural Claudio Santoro;
7. Centro de Difusão Educação de Artes Visuais Patrimonial e Memória - Fundação Athos Bulcão;
8. Cinema a Céu Aberto – Tantri Arte e Cultura;
9. Comunicarte – Coletivo Gente Brasil;
10. Cultura Avessa – Grupo Vídeo Avesso;
11. Cultura de Canto a Canto – Centro Cultural Ferrock;
12. Espaço Cultural Bagagem – Bagagem Cia de Bonecos;
13. Garatuja – Associação, Assistência, Cultura e Educação Humana;
14. Incubadora de Palhaços – Grupo Olimpo Investigações de Técnicas Teatrais;
15. Informação Popular – Instituto de Ação Comunitária- IAC/DF;
16. Ludocriarte Editora – Associação Ludocriarte;
17. Ponto de Cultura Congo Nya – Instituto Cultural Congo Nya;
18. Ponto de Cultura Invenção Brasileira – Grupo de Teatro Mamulengo Presepada Invenção Brasileira;
19. Ponto de Cultura Mediateca – Mediateca – Organização para Inclusão Social e Digital;
20. Ponto de Cultura Tamnoá – Organização Cultural e Ambiental Tambores do Paranoá;
21. Profissão Arte Ponto de Cultura Mapati – Associação Artística Mapati.
22. Expressão e Arte – Top Speed;
23. Giz no Teatro em Rede de Cultura – Resgate da Vida;
24. Mandacaru – Favela Produção e Promoção Artística – Culturais;
25. Ponto de Cultura Rede Candanga – Artheria – Cultura e Cidadania;
26. Ponto de Cultura Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro – Associação Cultural Acesa.

Fonte: http://www.sc.df.gov.br/?sessao=materia&idMateria=2696&titulo=RESULTADO-DA-PRIMEIRA-ETAPA-DOS-PONTOS-DE-CULTURA

Monday, January 11, 2010

Jorge Amancio no Projeto MúsicaPoética nesta sexta-feira (15 de janeiro)


O idealizador do Projeto MúsicaPoética que está sendo realizado às sextas (15 de Janeiro) no Café com Letras, 203 Sul, Brasília-DF, 21 h, com couvert a R$ 10,00 (todo revertido para os artistas) é o músico Anand Rao e a realização da Anand Rao Multiempreendimentos. Em todos os shows o músico faz músicas no palco, musica poemas, textos em guardanapos de papel, falas, enfim, na sua parte do show ele usa o seu dom que é o de compor músicas na hora onde diversos professores de música definiram como MPBJazz e cativa o público. Mas, em todas as apresentações ele leva um poeta convidado e nesta sexta o MúsicaPoética apresenta Jorge Amancio.

Jorge é aquariano nascido em 1953. Veio para Brasília em 1976 e licenciou-se em Física pela Univesidade de Brasília. Desde 1981 leciona na Secretaria Educacional do DF sendo pós-graduado em matemática, ativista de movimentos sociais na luta contra o preconceito racial tendo Brasília como sua cidade de crescimento e amadurecimento. Sua primeira poesia foi publicada no jornal Raça do Movimento Negro nos anos 80 e de lá para cá em 1985 ganhou o prêmio Sinpro-DF de Contos e Poemas, em 86 participou do Fala Satélite, em 87 do poemas e mais alguns dilemas, em 92 do Coletivo de Poetas e participou do 2. Concurso de Poesia da Rádio Jornal, em 95 participou do Zumbi pela Editora Omo Ayê, em 2000 do VIII Concurso Literário da Asefe e lançou em 2007 o livro NegroJorgen pela editora Thesaurus.

Nesta entrevista exclusiva ele fala do show que fará com Anand Rao intitulado Saravarás:

Apesar da introdução da matéria, informe a público leitor, porque poesia e não contos, romance, porque este gênero literário foi o que te cativou?
Jorge - Quando adolescente existia um suplemento no Jornal do Brasil que discutia poesia, por ali transitava Mario Quintana, Carlos Drummond, Ferreira Gullar, os irmãos Campos, e outros. Na rádio existia um programa de poesia romantica de J.G. de Araujo Jorge, foi a paixão total. Estorou a Tropicália, Chico Buarque e grandes letristas da MPB e cada dia torno-me cativo da poesia pelas suas mils formas de se apresentar, com suas novas leituras a cada dizer, emocionando ao ouvir.

Anand Rao, é um músico farrista que compõe no palco, e você, o seu poema, engajado num luta, porque fazer este show com Anand Rao?
Jorge - Anand é livre de preconceito "músico-poético", pertence ao meu universo cultural há um bom tempo. Músico inquieto pela descoberta, pelos novos sons, ele é uma orquestra percurssiva. Para mim é uma farra que tenho sempre o maior prazer de participar. Tenho um poema musicado por ele, Zumbiteiro.

O que estará apresentando no show, o show terá espaço para improvisos ou você obedecerá rigidamente ao que aqui responder?
Jorge - Anand é sinonimo de improviso. Eu improverso.

Poesia no Brasil tem valor?
Jorge - Valor tem, não tem é reconhecimento. O número de sites voltado à poesia, o número de poeta que emprestam sua poesia a outras artes, as inúmeras formas da poesia visual, da poesia sonora, valor a poesia tem, não tem é um reconhecimento.

Desenvolveste um projeto não remunerado no ano passado segundo fontes diversas, achas correto um artista trabalhar sem remuneração?
Jorge - Poemação é um projeto que realizamos juntos com o poeta Marcos Freitas e a Biblioteca Nacional de Brasília, tomou uma dimensão maior do que esperávamos, temos a chance de mostrar a poesia brasiliense num espaço, a BNB, privilegiado, propício a literatura, propício as artes, sem remuneração, mas com grande satisfação. Estamos indo para o Poemação 6. Trabalhar sem remuneração não é bom para ninguém, remunerados atrairíamos poetas, escritores, artistas em geral, dando não só uma dignidade a sua arte como valorizando e reconhecendo o artista. Hoje os poetas, escritores, artistas em geral participam do Poemação sem qualquer tipo de remuneração, o que se dependesse de nós coordenadores e da Biblioteca seria diferente, pois comunhamos do mesmo pensamento.

Quais os livros que publicou, os prêmios que ganhou, além do que abriu nossa matéria, se é que há e quais os projetos para 2010?
Jorge - Tenho um livro publicado pela Thesaurus em 2007, Negrojorgen. Várias paticipações em antologias, alguns prêmios e ideias.

Você tem outra profissão, dá para viver de poesia no Brasil?
Jorge - Pouquíssimos escritores vivem unicamente da literatura. De poesia propriamente dita existe mais dificuldade, a política do governo educacional e cultural não contribui para isto. Um dos caminhos da poesia é sair do papel então outras linguagens começam a aparecer que podem favorecer o poeta, integrá-lo a uma realidade no mercado, para muitos o poeta é um sonhador, para outros um fingidor, mas na verdade o poeta é um batalhador, um trabalhador.
Enquanto isto leciono Física e Matemática para a Secretária de Educação do DF.

Brasília é a capital do panetone, cueca e meia, ou existe cultura na cidade, o que os artistas de Brasília devem fazer para melhorar a imagem da cidade?
Jorge - Quando uma cidade quer mudar o nome do estádio de futebol de Mané Garrincha, retira as caixas do Teatro Nacional, ainda Claudio Santoro nos assusta em matéria de política cultural. Creio na arte denúncia e cabe aos artistas denunciarem tais fatos.
Veja o site: http://literaturaperiferica.ning.com/profiles/blogs/o-grande-relogio-solar-1
Quem mora em Brasília há mais de trinta anos como eu e viu a politização de uma cidade a conquista de eleição e deixou-se cair na cilada do coronelismo, dos políticos filhos de ditaduras de coronéis, se apossarem territorial e politicamente da cidade. Deu no que deu, ou no que está dando. Mas creio que se pelas urnas nos fudemos, pelas urnas nos salvaremos.


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Produção Anand Rao
www.anandraobr.com
producaoanandrao@gmail.com

Thursday, January 07, 2010

Máximo Mansur no Água de Beber MPB Bar


Hoje, quinta feira no Água de Beber MPB Bar, antigo Zé Ricardo em frente ao Carrefour do Pistão Sul de Taguatinga, a partir das 21h, tocando o melhor do rock pop, mpb, musica regional, forró pé de serra, reggae, além de muita música autoral.

Serviço:
Onde: Água de Beber MPB Bar
Quando: dia 07/01/10
Quanto: R$ 5,00
Hora: 21h

www.maximomansur.com.br

Tuesday, January 05, 2010

Mostra retrospectiva reúne porcelanas e pinturas de Iá Oberlaender na BNB


No próximo dia 15 de janeiro, o Hall de Exposições da Biblioteca Nacional de Brasília apresenta a mostra retrospectiva 800º de energia e delicadeza, com cerca de 40 peças de Iá Oberlaender, entre pinturas em porcelana e telas a óleo. Desde os anos 70, essa artista plástica vem trabalhando e requintando sua maestria sobre a “arte do fogo” e com ela produzindo pratos, porta-jóias, vasos, jarros e bandejas, queimados a temperaturas que atingem 800º, com a mesma disciplina e bom-humor com que sempre levou a vida. Com 94 anos feitos em dezembro, Dona Iá recebe esta homenagem do filho, o também artista plástico e fotógrafo Márcio Oberlaender. A curadoria é de Nando Cosac.

Leia mais em: http://www.bnb.df.gov.br/index.php/sala-de-imprensa/item/360-mostra-retrospectiva-reúne-porcelanas-e-pinturas-de-iá-oberlaender-na-bnb

Biblioteca Nacional de Brasília
BNBcomunica / Assessoria de Imprensa
55 61 3325-6257 Ramais 107 / 109
Visite http://www.bnb.df.gov.br
http://www.bipbrasilia.unb.br

Monday, January 04, 2010

Carla Andrade e Anand Rao estreiam o projeto MúsicaPoética


08 de janeiro de 2010
Carla Andrade e Anand Rao

Na próxima semana, na sexta-feira dia 08 de janeiro, a poeta Carla Andrade e o músico Anand Rao abrem o projeto MúsicaPoética que se realizará todas as sextas de janeiro e fevereiro de 2010 no Café com Letras em Brasília na 203 Sul.

O projeto foi idealizado pela Anand Rao Multiempreendimentos, e apresenta o músico Anand Rao musicando poemas no palco na frente de todos toda sexta-feira sempre acompanhado por um poeta diferente.

Nesta entrevista exclusiva a poeta Carla Andrade fala sobre sua participação no projeto e assuntos diversos:

Porque escreves poesia e não contos, romance, porque este gênero literário foi o que te cativou?

Carla - A poesia me traduz, gosto de escrever contos e crônicas, mas é na poesia que me encontro, é uma gostosa terapia que me faz enxergar o mundo de forma mais lúdica. Com meus poemas, posso explorar as palavras com mais carinho, sem uma preocupação muito grande com a realidade e a coerência de um texto, tão exigida na profissão que escolhi, a de jornalista. É apenas uma cadência de imagens que tento ordenar de forma desordenada.

Anand Rao, é um músico farrista que compõe no palco, e você, o seu poema, feito em casa, nada no improviso, porque fazer este show com Anand Rao?

Carla - A poesia precisa dessa interação com outras expressões artíticas como a música , artes plásticas, entre outras. Essa combinação torna o poema mais acessível a todos, ele ganha mais vida e toca os sentidos do público.

O que estará apresentando no show, o show terá espaço para improvisos ou você recitará rigidamente o que aqui divulgar?
Carla - Apresentarei umas 10 poesias do meu livro "Conjugação de Pingos de Chuva", com temas sobre a natureza, vida, morte, tempo, e poesias inéditas como Artesanato de Perguntas, Novelo, Capoeira, Arquitetura do Rio, entre outras.

Poesia no Brasil tem valor?

Carla - Eu acho que a poesia no Brasil não está valorizada ainda. Ferreira Gullar, que é um dos poetas mais vendidos do Brasil, tem uma expressão pequena no mercado editorial quando comparamos com gêneros como romance e contos. A própria Bienal de Poesia que a capital realizou em 2008 contou com uma cobertura fraquíssima da imprensa. Muitas pessoas têm um certo preconceito com a poesia, acham que ela não tem utilidade prática nesse mundo onde todo mundo anda tão apressado e valoriza cada vez menos a contemplação, a reflexão. A poesia também é considerada, por muitos, como um produto pouco vendável, hermético. Há um ano, o jornal Correio Braziliense tirou de circulação o caderno Pensar, que trazia uma boa cobertura literária, com críticas e contextualizações históricas, além de dar espaço para a poesia. O caderno foi distribuído entre os diversos segmentos da cultura sucumbindo-se às pressões do mercado.

Você tem outra profissão, dá para viver de poesia no Brasil?

Carla - Sou jornalista concursada da Anac, como estou trabalhando meio período, sobra tempo para escrever poesia. É necessário ter outra profissão, principalmente se você mesma tem que distribuir seus livros e divulgar seu trabalho.

Brasília é a capital do panetone, cueca e meia, ou existe cultura na cidade, o que os artistas de Brasília devem fazer para melhorar a imagem da cidade?

Carla - A cultura nos mostra sentido e beleza na vida, apesar de toda essa corrupção.Devemos resgatar o que há de mais original na arte brasiliense. Não somos o reflexo de uma cultura pasteurizada, tão mostrada e esvaziada de opiniões nas telas de uma tv. Somos um caldo de expressões, sotaques, regionalismos, lendas, História. Isso tudo é muito rico para deixar de ser mostrado, recuperado. E Brasília é isso, é essa nossa imagem. Contextualizar esse sincretismo cultural é compreender nosso povo, nossas raízes e ter orgulho disso.

Serviço:O que: sarau de Anand Rao e Carla Andrade.
Onde: Café com Letras, 203 Sul, Brasília (DF).
Quando: sexta-feira, 9 de janeiro.
Hora: 21h.
Quanto: R$ 10 (dez).
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Produção Anand Rao

Fonte: http://www.anandraobr.com/

Mais informações e matérias sobre o Projeto e os participantes:
http://www.nosrevista.com.br/