Tuesday, September 30, 2008

Dia Mundial Sem Carro



Todo ano, no dia 22 de setembro é celebrado o Dia Mundial Sem Carro em mais de mil cidades ao redor do planeta, visando lembrar que a cultura do automóvel é responsável em grande parte pela degradação do meio ambiente, dos espaços públicos urbanos e das relações sociais.
Vejam ações em prol de uma cidade sem carro:
• A Bicicletada é um movimento sem líderes, inspirada na Massa Crítica ou Critical Mass, uma "coincidência organizada", que começou a tomar as ruas de São Franscisco nos EUA no início dos anos 90.

http://www.bicicletada.org/tiki-index.php
Um dia sem carros:
http://www.umdiasemcarros.org/index2.html

Leia ainda conto “Bicicletas de Göttingen” em: http://www.overmundo.com.br/overblog/bicicletas-de-gottingen

Monday, September 29, 2008

Clandestinos

Fonte da foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Passaporte_brasileiro

CLANDESTINOS - I

quantos túneis e barreiras
hão de passar
até poderem, enfim, na grama descansar?

saturno e urano
giram em torno à cabeça.
de binóculos observam alguém que assovia:
é amarelo? é negro? é latino?
não-comunitário?

lavador de escada,
baby-sitter,
garçom.

passam-se os dias,
outro outono chega.
- fim de ano pra mim chega!

passam-se novos e novos dias.
- quando você vai embora?
- ah, vê se não me amola!

lavador de escada,
baby-sitter,
garçom.

(estrangeiros, clandestinos)


CLANDESTINOS - II

sem papel
no mundo,
qual o destino
desse clã?

Marcos Freitas. Do livro "Quase um Dia", Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2006.

Friday, September 26, 2008

Danilo Moraes e Ricardo Teté no Centro Cultural SP


Duo se apresenta com os músicos Du Moreira (baixo) e Douglas Alonso (percussão)

Neste domingo (28/09), os vencedores do Festival da TV Cultura Danilo Moraes e Ricardo Teté se apresentam em São Paulo, no Centro Cultural SP (Rua Vergueiro, 1000). Eles apresentam músicas do CD A Torcida Grita e outras de autoria própria, entre releituras de Serge Gainsbourg e Noel Rosa. Após shows pelo interior de São Paulo, o duo toca acompanhado por Du Moreira (baixo) e Douglas Alonso (percussão), dando continuidade ao lançamento do CD.

A Torcida Grita, nome inspirado no refrão da faixa "Teresa e a Torcida", é o segundo CD de Danilo e Teté e é decorrente do 1o Prêmio no Festival da TV Cultura, em 2005. Desde então, Ricardo Teté lançou um CD solo na França, Geringonça, que contou com convidados ilustres como David Linx (produtor do CD) e a atriz Irène Jacob, conhecida por sua atuação no filme A Fraternidade é Vermelha, de Kieslowski. Danilo Moraes continua compondo com novos e antigos parceiros, como Chico César, Céu, Giba Nascimento, e outros. Foi o 2o colocado no último Prêmio Visa - Edição Compositores e atualmente também integra coletivos audiovisuais que misturam música ao vivo com imagem, como o Laborg e a OVC, que fez um remix de audio video de "A Ultima Mulher do Mundo", de George Romero.

Serviço Centro Cultural SP:
Danilo Moraes e Ricardo Teté - A Torcida Grita!
Domingo, 28/09 às 18hs
R$ 10,00 inteira - R$ 5,00 meia
A bilheteria abre com 1h de antecedência
Rua Vergueiro, 1000 - São Paulo - SP Como chegar
Info: 3383-3402

Links:
Release + Clipping: http://www.atorcidagrita.com/Clipping.pdf
Site oficial: http://www.atorcidagrita.com
Myspace: http://www.myspace.com/danilotete
Videos: http://www.scubidu.com.br/scubidu/danilovideos.html
Produção e shows: http://www.scubidu.com.br

Thursday, September 25, 2008

Antonio Machado & Bertolt Brecht

"Caminante, no hay camino. Se hace el camino al andar..."
"Caminhante, não há caminho. O caminho se faz andando..."
"Traveller, there's no path. One builds the path whilst walking..."

(Antonio Machado, spanish poet in "Cantares")


" Ich halte dafür, daß das einzige Ziel der Wissenschaft darin besteht, die Mühseligkeit der menschlichen Existenz zu erleichtern. Wenn Wissenschaftler, eingeschüchtert durch selbstsüchtige Machthaber, sich damit begnügen, Wissen um des Wissens willen aufzuhäufen, kann die Wissenschaft zum Krüppel gemacht werden, und eure neuen Maschinen mögen nur neue Drangsale bedeuten."

" Eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a canseira da existência humana. E se os cientistas, intimidados pela prepotência dos poderosos, acham que basta amontoar saber, por amor do saber, a ciência pode ser transformada em aleijão e as vossas máquinas serão novas aflições e nada mais."

" I maintain that the only purpose of science is to ease the hardship of human existence. If scientists, intimidated by self-seeking people in power, are content to amass knowledge for the sake of knowledge, then science can become crippled, and your new machines will represent nothing but new means of opression. "

(Bertolt Brecht, german playwright in "Leben des Galilei")

Dois textos enviados pelo amigo Cardoso, os quais constam da epígrafe de sua tese de doutorado.

22ª Edição do Salão Nacional de Poesia Psiu Poético


Wednesday, September 24, 2008

Architektur + Ökologie


Convite para a abertura da exposição "Arquitetura + Ecologia", em 24 de setembro de 2008, às 19h30, no Espaço Brasil Telecom (no antigo Hotel Blue Tree Alvorada).

Informamos que o debate, no dia 1 de outubro de 2008, às 20h, terá como mediador o Prof. Dr. Hartmut Günther, professor de psicologia ambiental na UnB e Presidente do Goethe-Zentrum Brasília.

26º Sarau da Câmara dos Deputados: Sarau Brasil-Japão



Mais informações: http://literaturas.sites.uol.com.br

Monday, September 22, 2008

Anjos da Alegria apresentam Os Reprisantes - Uberlândia-MG


Foto do Teatro Rondon Pacheco (Fonte: http://www3.uberlandia.mg.gov.br/secretaria.php?id_cg=137&id=10)

O grupo Anjos da Alegria reuniu no espetáculo reprises tradicionais do circo: “Abelha, abelhinha”, ” Ai minha mãe”, “A bata”, “O Pato”, “O salto Mortal”, dentre outras. Cenas curtas, ágeis, mas que envolvem a platéia de qualquer idade pela sua ingenuidade e constante jogo cênico, que questiona a fragilidade do ser humano, quando em cena há o opressor e o oprimido representados pelos palhaços Branco e Augusto (assim chamados no teatro).

Certamente os seis palhaços em cena: Ximbica (Rose Battistella), Pierre (Marcelo Briotto), Tuiky (Emilliano Freitas) Tydes (Guilherme Almeida), Soninha (Camila Delfino) e Xuruca (Kate Costa) dão uma visão particular de cada cena a ser apresentada. E entre erros e acertos a única certeza é de que o circo jamais morrerá enquanto um palhaço estiver no meio do picadeiro e uma criança na platéia a aplaudir.

Um espetáculo que pode ser visto pela avó que leva seu netinho ou pelo netinho que leva sua avó. Adultos acima de 80 anos acompanhados pelos pais não pagam ingresso

Contato:
Teatro Rondon Pacheco
R. Santos Dumont-517
Uberlândia - MG
Fax: (34)3235-9182
http://teatrorondon.zip.net/
teatrorondon@bol.com.br
Dias 24 e 25 de setembro, às 20horas
R$ 15,00 e R$7,50

Alceu Valença na 23ª Noite Cultural T-Bone


Açougue T-Bone e a Petrobras apresentam a 23ª Noite Cultural T-Bone, que este ano completa dez anos, no próximo dia 25, a partir das 19 horas, na entrequadra da 312/313 Norte. O convidado especial deste evento que é a cara de Brasília, inclusive faz parte do Calendário Cultural Oficial do Distrito Federal (LEI Nº 3.193 /2003), é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, Alceu Valença. O evento terá ainda apresentação da cantora Teresa Lopes, do grupo Cia. Mambembrincantes e apresentação do Miquéias Paz. Entrada franca!!

Em 1998, ano da primeira edição do projeto, a Noite Cultural foi realizada dentro do açougue e contou com trinta pessoas. Desde então já passaram mais de 150 mil pessoas e mais de 500 artistas para participar desta celebração à arte na entrequadra 312/313 da Asa Norte. Artistas de renome nacional já se apresentaram no projeto, entre eles: Moraes Moreira, Chico César, Guilherme Arantes, Célia Porto, Tom Zé, Manassés, João Donato, Flávio Venturine, Geraldo Azevedo, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Geraldo Azevedo, Belchior, Erasmo Carlos, e por último a banda Blitz, com público de oito mil pessoas segundo estimativa da Polícia Militar.

Mais informações: http://www.t-bone.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=154&Itemid=1

Thursday, September 18, 2008

Xenïa Antunes na Saciedade dos Poetas Vivos Digital - Vol. 7 - Blocos on line

Xenïa Antunes - Não sei escrever biografias nem organizar currículos, é muito chato. Continuo tendo nascido em 19 de outubro no século passado, no Rio de Janeiro, em Laranjeiras, e morando em Brasília desde 1960. Aliás, não há nada de novo no front na capital federal, ninguém foi preso. E continuo vivendo do meu jeito meio bicho-domato, curtindo a natureza e evitando o caos urbano. E, claro, por não saber fazer outra coisa, ainda pago literalmente a pena de escrever poesias e crônicas e fazer minhas artes em desenho, pintura, fotografia e multimídia. Também continuo apaixonada por música, pelos meus amigos, principalmente pela minha companheira de 7 anos, uma cocker spaniel “caramelada” chamada Dandara, e amando e admirando cada vez mais minha filha caçula de 15 anos, Carolina, que é uma das pessoas mais decentes e dignas que já conheci. E a quem dedico meus poemas nesta antologia.

Fonte: http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/obrasdigitais/saciedigpv/07/xenantunes01.php

A FUGA É UMA DISCIPLINA

Nós não nos amamos.
Não lemos a carta do céu
Não desalinhamos lençóis
E nem procuramos a convergência
Dos nossos cismáticos corpos.

Não houve têmpera para o amor
Mesmo com todas as conveniências.

Tampouco atentamos para o despudor
Tão candidamente necessário
Para alarmar a morna paixão
Que já antevia nos carinhos fortuitos
Os nervos salientes do desejo.

Nós não nos indiciamos com palavras
Que revelassem a voragem de nos macularmos.
E se pecamos foi apenas na promessa
De tantos mas tão poucos beijos.

E assim resistimo-nos.
E nada mais nos prometemos.

E este é o nosso pacto
Desumano, demasiadamente desumano.

Mais informações: http://www.xenia.com.br

Lançamento do livro Trilha Sonora, de Francisco Ribeiro Mendes


"Francisco Ribeiro Mendes é natural do estado do Piauí, nascido na cidade de Teresina, em 17 de setembro de 1955. É engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal da Paraíba.
Íntimo do violão e dotado de privilegiado timbre de voz para o canto, é também inspirado poeta. Compôs mais de 60 músicas, de variados ritmos e estilos. Participante de diversos shows, também se destacou ao concorrer em festivais de música popular, conquistando prêmios de melhor letrista e melodia em alguns deles.
De temperamento retraído, mas de fácil comunicação pela música, Francisco Ribeiro Mendes marca um novo encontro com o público, pelo caminho da literatura. Trilha Sonora é uma prosa que navega ao sopro da inspiração poética, sem isentar-se das marcas causadas pela severidade dos desencontros e dos impactos da fatalidade, tanto quanto dimensiona ao infinito a grandeza do cotidiano e o acervo de valores conquistados pela determinação construtiva.
Trilha Sonora é uma autobiografia que encobre a figura do autor pela universalidade do conteúdo, identificando-se com a intimidade silenciosa de cada leitor."
Jornalista Walny Costa Soares

DIA: 23/09 - TERÇA FEIRA - 19H
LIVRO: TRILHA SONORA
AUTOR: FRANCISCO RIBEIRO MENDES
EDITORA: CIDADELA
CARPE DIEM 104 SUL - Fone: 3325-530

11 de Setembro - Noviórqui

Giovani Iemini (pseudônimo Mão Branca) lança e-book de poesias - Músculo de Minhoca


Giovani Iemini (pseudônimo Mão Branca) lança e-book de poesias - Músculo de Minhoca, durante a I Bienal Internacional de Poesias – BIP.
Leia o poema (pequena amostra do talento do escritor) e baixe todo o livro no sítio:
www.maobranca.bardoescritor.net

Sim, sou solitário

sim, sou solitário
não me rendo à sociedade
em sua voraz vontade
de me fazer contrário

é, também sou incompleto
sem chão nem teto

o que sonhei já foi tarde
sobro um covarde

tudo que eu queria
(um dia)
era acordar satisfeito
dos meus feitos

mas só restam os defeitos


Giovani Iemini é formado em História pela UnB, cursou Engenharia Florestal e Direito. Trabalhou como professor, digitador, bancário e servidor público. Cultiva cactos e bonsais. Bebe cachaça. Escreve para quase todos os sites da interNerd. Editou virtualmente ótimos escritores. Usa o pseudônimo Mão Branca. Foi publicado na coletânea Todas as Gerações – o Conto Brasiliense Contemporâneo, em 2006. Lançou o zine Bar do Escritor, 2007 e o livreto Casos de Mão Branca, 2007.

Wednesday, September 10, 2008

"A Serpente" de Nelson Rodrigues em Brasília


Estréia em Brasília a polêmica peça "A Serpente" do grande dramaturgo Nelson Rodrigues.
No Teatro Goldoni- Casa D´Itália
de 5ª feira a sábado às 21h e domingo às 19h
Censura 16 anos

Tuesday, September 09, 2008

Cinema no Museu Nacional - 4 X Fassbinder


Museu Nacional - Conjunto Cultural da República
Goethe-Zentrum Brasília e a Embaixada da Alemanha no Brasil convidam para o projeto
CINEMA NO MUSEU - 4 X FASSBINDER
13 a 30 de setembro
Museu Nacional - Conjunto Cultural da República

Mostra que exibe filmes de Fassbinder e cartazes de filmes e de depoimentos de diretores internacionais sobre a obra de Fassbinder e a influência do diretor em seus trabalhos.

Dentre os filmes selecionados estão o inédito O Machão de 1969, que apesar de ter provocado reações controversas na época de seu lançamento, foi contemplado com quatro prêmios nacionais de cinema. Além disso, o grande sucesso internacional O Casamento de Maria Braun, trajetória de uma mulher através da história da Alemanha. A mostra exibe também o documentário inédito Não quero apenas que vocês me amem, de Hans Günther Pflaum, crítico de cinema do Süddeutsche Zeitung e diretor sobre Fassbinder e sua obra.

Para complementar, uma palestra com o jornalista, cineasta e professor de cinema Sérgio Moriconi, com o tema: Fassbinder - Anarquista Romântico.

Programação:

13 setembro – sábado

18h00 O Medo Devora Aalma (93min.)
20h00 O Casamento de Maria Braun (120min.)

14 setembro – domingo
18h00 O Assado Satãnico (112min.)
20h15 O Desespero de Veronika Voss (104min.)

15 setembro - segunda-feira
18h00 Lola (113min.)
20h15 O Machão (88min.)

16 setembro – terça-feira
17h45 Martha (111min.)
19h45 Effi Briest (141min.)

17 setembro – quarta-feira
17h45 Lili Marlene (120min.)
20h00 Não quero apenas que vocês me Amem (103min.)

18 setembro – quinta-feira
19h00 O medo devora a alma
Após o filme Palestra com Sergio Moriconi

19 setembro - sexta-feira
17h45 O casamento de Maria Braun (120min.)
20h00 Lola (113min.)

De 13 a 30 de setembro – exposição de cartazes no hall dos auditórios

Goethe-Zentrum Brasília
SEPS-EQ 707/907 Conj. F Salas 103 a 137
70390-078 Brasília-DF
Brasilien/Brasil
www.goethe.de/brasilia

IV Festival Brasília de Cultura Popular


De 11 a 14 de setembro, com diversas apresentações culturais para movimentar a capital do país

Veja o convite
Batuques, brincantes, capoeira e circo são algumas manifestações culturais que estarão no IV Festival Brasília de Cultura Popular, a ser realizado de 11 a 14 de setembro, no Complexo da Funarte (Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Lote 2 - entre a Torre de TV e Centro de Convenções).

A abertura se dará na próxima semana (quinta-feira, dia 11), às 20h, no Teatro Funarte Plínio Marcos, com uma homenagem a Dona Elizene-Cacuriá Filho Herdeiro, seguida de apresentação do grupo Cavalo-Marinho Boi Pintado, de Pernambuco.

Com o apoio do Ministério da Cultura, essa quarta edição do Festival está ligada ao Cerrado e à diversidade cultural candanga, representando a consolidação de um evento voltado para a valorização das culturas tradicionais no Distrito Federal e dos costumes de sua população. É uma celebração de seus personagens, reunidos em uma festa singular que reverencia figuras e seres fantásticos como a caliandra, o elefante da tromba d’água, o gavião, o lobo guará e o calango voador, para citar alguns dos elementos que povoam o incrível imaginário popular dos brasilienses.

Novidade - Este ano, também haverá uma exposição com os elementos da cultura popular brasileira, na qual serão exibidos mais de 100 acessórios - figurinos de personagens, bois, pandeiros, rabecas, tambores, arcos, dentre outros - propondo uma análise da identidade, semelhanças e diferenças dos objetos.

Histórico

O Festival Brasília de Cultura Popular teve início em 2005 quando artistas se juntaram com a finalidade de criar uma brincadeira, uma nova manifestação cultural para a capital do país. Discípulos de grandes mestres da nossa cultura popular formaram o grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro e construíram uma brincadeira que conta, por meio de cantos e danças, o Mito do Calango Voador - história inventada por eles.

Na edição passada, além dos artistas e grupos locais, o Festival trouxe para Brasília manifestações tradicionais do país e do exterior. Entre elas Mestre Salustiano, de Pernambuco; Petit Mamady Keita, da Guiné; Quixabeira da Lagoa da Camisa, da Bahia; e Caiana dos Crioulos, da Paraíba.

Saiba mais.

(Texto: Marcelo Lucena, Comunicação Social/MinC)
(Fonte: Pichaim Produções)
http://www.cultura.gov.br/site/2008/09/02/festival-brasilia-de-cultura-popular-2/

Renato Matos no T-Bone

Considerado o "pai do reggae de Brasília", Renato Matos, apresentará ao público do Açougue Cultural T-Bone seu mais recente CD, MP-Tudo com 59 músicas de sua autoria, nesta quinta-feira (11), as 20 horas, na entrequadra da 312 Norte, como parte das comemorações dos dez anos da Noite Cultural. O evento terá ainda a participação do coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário e do MPU no DF (Sindjus),Roberto Policarpo, para lançar oficialmente o jornal “Parada Cultural” da ONG T-Bone com o patrocínio do sindicato. Acontecerá também divulgação do livro Poesias, Contos e Crônicas, publicado pelo Sindjus resultado do 2ª Concurso Literário Rachel de Queiroz e leituras de poemas dos vencedores do concurso, com a participação do responsável pela organização do livro, o jornalista e professor Luiz Martins da Silva.

Renato Matos: O cantor, compositor, instrumentista e pesquisador musical. Nasceu a 4 de março de 1952, em Salvador/BA, onde iniciou sua carreira artística como artista plástico e 'performer'. Chegou em Brasília em 1974, onde logo se envolveu com o movimento cultural da cidade, com forte inclinação para a música. Foi o primeiro artista a cantar em 1977, no "Concerto Cabeças", movimento que é marco cultural em Brasília. Em 1980 gravou o compacto "Grande Circular". Em 1984 esteve na Suíça e Paris, representando o Brasil no Festival Internacional do Folclore de Trípoli, Líbia. Passou o ano de 1986 nos EUA freqüentando os cursos livres de música na Universidade Berkeley, Boston, e se apresentando em Nova York, enquanto no Brasil Léo Jaime gravou sua música "Um telefone é muito pouco". Retornando a Brasília, entre 1987 e 1992 juntou- se ao grupo 'Trem das cores', formou a banda 'Acarajazz', cantou com Cássia Eller, gravou o LP Plug, se apresentou com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, gravou o LP 'Afterreggae' e participou do projeto 'Made in Brasília'.

Na década de 90 e até 2005 intensificou ainda mais sua produção musical. Recebeu a medalha 'Cavaleiro em Honra ao Mérito' e foi nomeado 'Comendador da Ordem do Mérito Cultural' do Distrito Federal. Participou do 'Festival Internacional do Olodum', em Salvador/BA, e dos projetos 'Nota Dez'/D 'Revoada Zum-Zum'/ Norte e Nordeste, 'Arte Por Toda Parte'/DF: Fez shows, cantou na noite de Brasília e realizou oficinas. Participou dos filmes longa metragens 'louco Por Cinema' e 'O Cego Que Gritava luz.” Gravou os discos 'Regadô' e 'Zirigdum do Além’ este último levado a Poitiers, França, com o qual foi premiado naquele país. Em 2005 lançou seu mais recente CD, o 'Plano Piloto "Renato Mattos é a voz mais importante, mais constante, mais polêmica, mais gritante e mais viva de Brasília. ...É fruto da mistura de ritmos e poesia desta Brasília já pós-futurista deste terceiro milênio. ...Se nega a mergulhar no mundo mercadológico do eixo Rio-São Paulo. Vai, ganha prêmio em Paris, mas volta. Talvez por isso tenha sobrevivido a todas as ondas. ..' Correio Braziliense.

Atualmente desenvolve trabalho com sua nova "Banda laya", composta por bateria, baixo teclado, violão e voz.

O CD MP-Tudo foi produzido pela Incidental Percussiva com o patrocínio da ONG T-Bone e conta com participações especiais: Clementina de Jesus, Cássia Eller, Natiruts, Vinícius de Moraes, Ananda Jyoti e Lila Roots.

Leia mais: www.t-bone.org.br

Informações:
Data: 11/09
Horário: 20 horas
Local: Açougue Cultural T-Bone: SCLN 312 Bl B Lj 27 Brasília-DF
Site: www.t-bone.org.br
ENTRADA FRANCA!

Monday, September 08, 2008

LXXII Sarau Tribo das Artes


Quizomba[*] da Tribo

LXXII Sarau Tribo das Artes
Neste mês da “independência”, a Tribo das Artes
homenageia os negros que lutaram por liberdade.

Programação

Vinheta de abertura: Quizomba* da Tribo
Filme: “Geni” – um curta de Marco Alencar
Exposições: bordados do grupo Matizes Dumont[†]
varal de revistas da Tribo.
Música:
Trio Milagre
Cia Mambembrincantes
Poeta convidado: Mangueira Diniz
Lançamento de livro: Centenário de Guimarães Rosa, de Xiko Mendes,
Momento do troca: traga CDs, livros, sorrisos, vinis, olhares, idéias...
Espaço livre para recital do público

O sarau será realizado terça-feira, dia 09/09/2008, no Botiquim Blues, praça do DI, em Taguatinga, com início às 20:30 horas

A banda Milagre é formada por três garotos que se aprofundaram no gênero do Forró Pé de Serra
0 escritor Xiko Mendes está em seu oitavo livro e é um estudioso dos rastros deixado por Guimarães Rosa
O poeta convidado é Mangueira Diniz
ator e diretor teatral, especialista na declamação de poesias do famoso escritor Pompílio Diniz
O momento do "troca" funciona para que você leve objetos para troca. É um momento para você levar uma rara lembrança
O curta "Geni" é um filme baseado na obra de Chico Buarque de Holanda que tem como diretor Marco Alencar e será um ótimo momento para reflexão.

Chacal no CCBB

Monday, September 01, 2008

Marcos Freitas na I Bienal Internacional de Poesia - Lançamento do livro "Raia-me Fundo o Sonho tua Fala"


I BIP / MINI-FEIRA DO LIVRO DE POESIA - Lançamento coletivo
Local: Pilotis da BNB - Biblioteca Nacional de Brasilia
Dia 3 de setembro
Horário 15h30

Livro: Raia-me Fundo o Sonho tua Fala
Marcos Freitas


Raia-me fundo o sonho tua fala
Autor: Marcos Freitas
Formato: 14x21 cm
124 páginas
Capa e ilustrações: Manoela Afonso

I BIP no SESC
RESTAURANTE

Papéis para bandeja com temas poéticos

Proposta: Jogos americanos poéticos (forro para bandeja de refeição) com as 35 poesias vencedoras do Prêmio SESC de Poesias Carlos Drummond de Andrade 2007.
Data: de 1 a 6 de setembro
Local: SESC Estação 504 Sul


Sarau com a Tribo das Artes e convidados, seguido de coquetel no Teatro SESC Estação 504 Sul. Dia 03/09, das 19 às 22 horas, quarta-feira.
Programa do sarau

Lançamento da revista: Tribo das Artes nº. 17
Poemação: Recital que prevê uma seqüência de apresentações (de poetas, compositores e vídeos-poema), de até cinco minutos cada, aberto a participações espontâneas.
Poetas convidados: Interpretação ou leitura dos poemas premiados pelo SESC em 2007


POEMAÇÃO RAYUELA BISTRÔ 413 Sul
Com projeção de vídeos-poema
Produção Juliana Monteiro
4 e 6/09; 21h30
Com Alfonso Hernández; Alícia Miralles; Ana Maria Lopes; Marcos Freitas; Fred Maia; Tita Lima e Silva; Alexandre Pilati; Paco Cac; Ronaldo Cagiano; Francisco Marcelo Cabral (RJ); Lina Tâmega (DF); Oleg Andreév; Nida Chalegre; Hezio Teixeira; Cacá Pereira; Eduardo Rangel; Vera Americano; Astrid Cabral; Paulo Roberto Flyer.
Participação de Marcio Bomfim (voz e violão).
Aberto a interessados. Inscrição no local.

Lançamento e distribuição gratuita da Micro-Antologia - Livro na Rua
Série Poetas Brasileiros Contemporâneos - nº 44 - Editora Thesaurus
Marcos Freitas


Além de participação em diversos cafés e saraus....
http://www.bienaldepoesia.unb.br/

MARCOS FREITAS - Marcos Airton de Sousa Freitas nasceu em Teresina, Piauí. Engenheiro Civil. Servidor Público Federal. Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas – ANA. Professor Universitário. Poeta. Contista. Tradutor. Letrista. Participa, em Brasília – DF, do Coletivo de Poetas. Publicou os livros "Neurocomputação Aplicada" (1998), “A Vida Sente a Si Mesma” (2003), “A Terceira Margem Sem Rio” (2004), “Moro do Lado de Dentro (CBJE, 2004), “Quase um Dia” (CBJE, 2006), “Na Curva de um Rio, Mungubas” (CBJE, 2006) e "Marcos Freitas: Micro-Antologia Livro na Rua - Série Poetas Brasileiros Contempâneos nº 44" (Ed. Thesaurus, 2008). Participou de dezenas de Antologias de Poesias e Contos. No prelo, os livros “Staub und Schotter” (poesias em alemão, inglês, italiano, espanhol, francês, tcheco e português), "Urdidura de Sonhos: Poemas Escolhidos" (2008) e "Que Venha a Seca: Modelos para a Gestão de Recursos Hídricos em Regiões Semi-áridas" (2008). Inéditos os livros “Amores fora dos eixos” (romance) e Barrocão (romance). Premiado em 3º lugar no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade, em 2006. Filiado à Associação Nacional de Escritores - ANE. Lançando na I BIP, o livro “Raia-me fundo o sonho tua fala” (poesia).

Sobre os livros do autor:

Na Curva de um Rio, Mungubas

"Na Curva de um Rio, Mungubas - apresenta um virtuoso experimento literário de um autor que faz do mundo e cidades uma geografia em prosa - quase memória – capaz de revelá-lo, nas suas andanças e latitudes, sem que o leitor precise lançar mão de oráculos, mapas astrológicos ou cartografias.
Marcos Freitas é professor universitário, formado em engenharia civil, com especialização em recursos hídricos e meio ambiente, mas antes de tudo, é poeta. Nasceu em Teresina e passou a infância/adolescência no Barrocão - a mesma rua que o poeta Torquato Neto imortalizou em verso e canção: “Toda rua tem seu curso/Tem seu leito de água clara/Por onde passa a memória/Lembrando histórias de um tempo/Que não acaba...Ê, São João, ê, Pacatuba/Ê, rua do Barrocão/Ê, Parnaíba passando/Separando a minha rua/Das outras, do Maranhão”.
Dos fragmentos da sua prosa arma-se a tessitura de achados em alfarrábios, postais e viagens. Estaria sua alma perdida? nos provoca - o autor -, do labirinto da sua linguagem e, espera da nossa parte, que nos achemos com ele nestas ciladas. Ele sabe que das palavras nos afeiçoamos e, por meio delas, passamos a gostar com a alma, que tudo desvela.
Garimpando sua oficina-lavra Marcos Freitas extrai de si e da sua vivência uma imanência capaz de transcendê-lo e nos tocar. Cá estamos com o seu inventário de mil e uma noites - remontados os moinhos e cruzadas - atravessamos pontes no Vltava, guerreamos cavalos de paus nos baldios, quintais e barrancos de rio. Ele exige que seja preenchida a página de nossas vidas.
O que podemos esperar de um poeta? Que dê nome às mulheres – Sabrine com uma bicicleta -, por exemplo. Que dê forma a pássaros em revoadas e deixe pegadas. Rememore pedaços de tardes vagas e indique vestígios de cidades.
Na Curva de um Rio, Mungubas, deixamos para trás a identidade perdida ou não definida e nos reinventamos personagens aos trancos de narrativa – à deriva – sob o signo da poesia. Seguimos de improviso por rotas imprevistas e paragens iniciáticas, só com o troco da passagem, conjugados na primeira pessoa do plural: autor e leitor."
(Fred Maia, Brasília-DF, 30 de julho de 2006)
118 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores
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Quase um Dia

Coletânea de poemas de rara sensibilidade, dentre os quais destacamos:

EU, MERO COADJUVANTE

no filme que não vimos
não comemos uma só pipoca
nem nos beijamos no escuro

o filme que não vimos
não era falado, sequer mudo
nem italiano, quiçá russo

o filme que não vimos
não era metragem curta, nem longa
muito menos desenho do Pernalonga

o filme que não vimos
não era político, de qualquer matiz,
era sim pura poesia e você a atriz

Marcos Freitas
96 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores
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Moro do Lado de Dentro

Moro do Lado de Dentro é o terceiro livro de poesia do escritor, engenheiro civil e servidor público Marcos Airton de Sousa Freitas, piauiense, 42 anos. Os dois primeiros são A Vida Sente-se a Si Mesma e A Terceira Margem Sem Rio. Marcos tem participação na Antologia de Poesias, Contos e Crônicas Livre Pensador, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos e no Panorama Literário Brasileiro 2004/2005 – As 100 Melhores Poesias de 2004. Este novo livro reúne 65 poemas, que radiografam os mistérios e os desmistérios da vida. E é dividido em quatro partes: Um Jeito Meio Assim; Irreversibilidade; Endereço de Infância; e Por Sonhos, Serra, Sina e Suor. Marcos Freitas é mais um poeta independente escolhido pela Poesia para, também, prosseguir com a saga da Esperança, uma vez que a indústria cultural, neste país da economia do quem é quem (e alhures) continua na contra-mão da Poesia. Essa indústria não investe em Poesia; a Poesia, dizem os proprietários da indústria cultural, não dá lucro. Isto mesmo: Poesia não dá lucro. Ainda bem. Mesmo poetas consagrados como Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, nunca tiveram tiragem de suas obras superiores a 3 mil exemplares, num país que tem hoje mais de 180 milhões de brasileiros. Tem sido assim, esta discriminação contra o Poeta e a Poesia, desde os tempos de Platão e Aristóteles. Os dois, aliás, chegaram à Estética através do estudo e da discussão da Poesia. E o fato é que a esmagadora maioria dos poetas também prefere dar as costas à indústria cultural. A Poesia, por estar na raiz da criação literária de todos os povos e culturas que registraram alguma manifestação literária, continua com a sua tarefa de revelar o humano que se esconde por traz de cada um de nós. O mistério da Poesia é de uma transparência desconcertante para um Mundo tão desumano, belicoso, entrevado, cheio de sombras, contradições sociais, segredos, rasteiras, negociatas... A Poesia, na sua transparência/mistério, depois que se desprende do Poeta, pertence ao outro – e, por extensão à sociedade, posto ser tijolo e argamassa, matéria-prima do processo civilizatório. Quando o Poeta é sincero, a sua poesia não mente. E isto provoca uma identificação - que se transforma em cumplicidade - com o leitor. O outro. A sociedade. Na poesia, os contrários se atraem, se recolhem, se repesam, se revezam e se completam, numa generosidade e crescimento mútuo pra lá de fraterna. Numa sedução pra cá de eterna. A Poesia é água, terra, mar, ar e, às vezes, fogo. Tem sido assim - “O que se partiu, cristal não era”, (Drummond) – e assim será, até o fim do Mundo. Até o fim de tudo. Quer dizer, do verso. Por que existe Poesia? Por que existem pessoas que gostam de Poesia? Por que essas pessoas, desde que o Mundo é Mundo, continuam incentivando a Poesia? A Bíblia fala em “sal da terra”. As angústias humanas (também os prazeres) são desberlotados pelo Poeta no Poema. E o Poema, como se sabe, é o depositário fiel da Poesia. O código humano é uma estética poética e este código está presente, em grande parte, na poesia de Marcos Freitas. Quem ama não pode estar errado, mas quem não ama está errado porque não ama. Para quem não sabe, a palavra cria armadilhas, mas, quem sabe, cria armadilhas semânticas com as palavras, que instigam a inteligência. A luta (pacífica) de classes, o sofrer, o prazer, a vida, a morte, a dor, o sorriso, a brochura, o tesão, o segundo, a eternidade etc cabem no Poema. Cabem no liquidificador da Poesia. E a humanidade e o universo se encaixam direitinho no coração do Poeta, na medula da Poesia. Seria o poeta um super-homem? Uma mulher maravilha? Claro que não, eles não existem. Ao contrário do Poeta, que sofre e ama, como dizia Cassiano Ricardo. E ao contrário de certos homens - donos e gerentes do poder - o Poeta não odeia. Ao contrário dos que elegem a mais valia como filosofia máxima de vida, o Poeta apenas ama. O Poeta se questiona permanentemente e isto não quer dizer que ele não tenha a tão falada paz de espírito. Ele tem a paz já no corpo em si. O Poeta se questiona constantemente porque o Homem e o Universo ainda estão incompletos. O Artista se imbui da paisagem e do cheiro do seu povo e por isto mesmo é formador de opinião, criador de cultura e de civilização. O passado que era Arte e não se sabia; a paisagem que era Arte e não se intuía, os problemas sociais que eram Arte e não se atinava, viram Arte no presente para a eternidade. Transmutam-se em Poesia. Você pode até não concordar com essa Arte, com essa Poesia, com as idéias dessa arte, mas tem alguma coisa neles que lhe prende a atenção, que lhe aguça a inteligência e a sensibilidade. A vida que o Artista ou Poeta cria para si mesmo, nos leva a instantes quase mágicos, de uma carga estética e emocional que nos transportam, por alguns momentos, para outra dimensão. Como se existisse o mágico, como se existissem os instantes. “Arte longa, vida breve” (Horácio). A condição humana que o Artista ou o Poeta criam revela o quanto somos, enquanto semente e sumo, polpa concreta e sensações. A realidade, física e existencial, provoca no Artista ou no Poeta o dom da criação estética. A ausência do amor físico, por exemplo, leva o Poeta a cantá-lo como se, assim, o trouxesse para o presente, para perto de si; e o traz. O Artista ou o Poeta, em sua solidão de trabalho, cria uma arte solidária. No caso do Artista ou do Poeta, a Arte, a Poesia, são saídas do abismo existencial em que se encontram. Comovido pela dor geral, o Poeta escreve versos sinceros e, por isto mesmo, comoventes. “A verdade é revolucionária” (Lênin). Essa estética acompanha a poesia de Marcos Freitas, onde quer que ele esteja: Teresina, Fortaleza, Brasília, Alemanha, República Tcheca... Há no cidadão planetário Marcos Freitas uma vontade de mudar a realidade mesquinha. Há no poeta Marcos Freitas uma vontade danada de mudar o Mundo. Não quero dizer com isso que o homem Marcos Freitas maximiza o poeta que ele carrega dentro de si. Quero apenas lembrar de Mário Quintana: “fora da poesia não há salvação”. Há em cada ser humano uma porção que se comove com a Poesia. Marcos Freitas é um homem que se resolve com a poesia. Como, aliás, quase todos os seres humanos se resolvem através da Arte, de uma forma ou de outra. O Mundo é pequeno para o Poeta. Por isso ele vive. E quando todas as vozes parecem calar, Ele canta.

Menezes y Morais Brasília, verão de 2005
96 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores

“A obra A Vida Sente a Si Mesma é dedicada a três piauienses Francisco Pereira, Mário Faustino e Torquato Neto. Em suas poesias, Marcos Freitas, sempre destaca o Piauí, a cidade de Teresina, os poetas locais e a cultura. O lado social também não é esquecido. Alguns textos são escritos em espanhol, inglês e alemão, influência do período em que esteve morando no exterior.”

Jornal Meio Norte – Teresina (PI), 18.09.2004.

“Estou me deliciando com seu livro A Vida Sente a Si Mesma. (...) Seu texto oscila entre um certo cosmopolitismo e o telúrico. É um texto multifacetado onde o ponto alto é o lirismo memorial. Aqui e acolá há uns toques de sensualidade que não deixam de fazer bem. Isso tudo é vantajoso, pois o leitor nunca tem idéia do que vem na página seguinte. O ponto alto está no seu retorno ao patrimônio memorial.”
Batista de Lima – Fortaleza (CE), 28.03.2005.

“Um lindo livro A Terceira Margem Sem Rio. Lindo por fora. E muito mais por dentro, de conteúdo. Marcos Freitas é poeta. Desde ele mesmo. Jovem bonito e às voltas com tanta coisa bonita: a engenharia, a natureza, o meio ambiente, a vida em plenitude. A expressão de tudo isto só pode ser a beleza, a arte, a poesia, que mais uma vez se consubstancia em livros.”

Djalma Silva – Goiânia (GO), 12.11.2004.

"Piauiês" - 3ª edição já está à venda na livraria Leitura


A "Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês" - 3ª edição já está à venda na livraria Leitura, que fica na praça da alimentação do Conjunto Nacional. O livro vai ser lançado pela primeira vez em Brasília no stand da Câmara dos Deputados durante a 27ª Feira do Livro, que está funcionando no shopping Pátio Brasil, no próximo dia 4 de setembro, a partir das 19h. Na livraria, o preço de venda é de R$40,00. Na promoção para o lançamento, o exemplar sairá por R$30,00.

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O "PIAUIÊS"

"A língua portuguesa tem, no Nordeste, muitas particularidades. Entre elas, o uso intensivo da metáfora, os neologismos bem-humorados e as corruptelas, além de uma ligação muito forte com a terra e a natureza, de onde surgiram muitas palavras que só existem na região. O livro de Paulo José Cunha é precioso. As palavras e expressões típicas do Piauí estão registradas com saborosos exemplos do uso corrente. O bom-humor está presente em cada página do livro, tornando sua leitura
consulta um ato de aprendizado e de prazer, ao mesmo tempo - Fred Navarro, autor do dicionário "Assim falava Lampião - 2.500 Palavras e Expressões Nordestinas".

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“A Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês é uma referência. Nela, o carioca Paulo José Cunha deu um banho de ‘auto-estima’ nos piauienses. Catalogou cerca de 900 palavras e expressões usadas em nosso Estado. (...) O deboche com que muitos tratam tais expressões passou longe do livro dele” – Cínthia Lages, jornalista.

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“Faz tempo que o Paulo vinha budejando sobre este livro e agora o bicho dá as caras. (...) O Paulo já ameaça uma segunda edição com muitos verbetes. E pode se preparar para mais, PC, você morre e não escuta tudo”- Deusdeth Nunes, o Garrincha, jornalista.

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“Uma das características principais do trabalho do Paulo José Cunha é que várias expressões são seguidas de frases colhidas em livros, revistas e jornais, além de ouvir de boca em boca, para explicar seu emprego no dia-a-dia. Outras são ilustradas com frases criadas pelo próprio autor, que aproveitou para homenagear os amigos citados ao longo da Enciclopédia”- Kenard Kruel, jornalista.

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“Eis aqui uma obra curiosa e feita com muito amor à terra. (...) Livro de consulta obrigatória para quem quer conhecer os termos e expressões do nosso povo; sem similar em nossas letras, tirante a ‘Paremiologia Nordestina’” de Fontes Ibiapina, clássico do folclore da terra” – Magalhães da Costa, escritor.

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“Com sua Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês, o senhor nos força a resgatar uma parcela substancial de nossa identidade, através, repita-se, do seu mecanismo mais poderoso: a fala. Ela, que muitos de nós repudiam no afã de integrarem-se nas comunidades onde passam a viver, esquecendo-se, pobres coitados, que ela (a fala) é o nosso cartão de identidade”- Luís Carlos Martins Alves Jr.

Prefácio à 3ª edição

“Penetra surdamente no reino das palavras”, recomenda mestre Drummond, com a suavidade dos nativos das Alterosas. Mas como, se no Piauí temos o hábito da fala escancarada, do jeito desabrido, despachado, desbocado, desaforado de nos expressar? Os piauienses, dizemos que um camarada se empriquitou, aberturou e abanou os queixos de outro, encangando palavras e expressões de enorme riqueza vocal e visual, e que só funcionam se ditas em voz alta. Surdamente, poeta? Mas como?

Somos o que nos diferencia. Mineiros falam baixinho, e dizem que assim o fazem na vocação de eternos conspiradores, no rastro da conjuração liderada pelo alferes. Gaúchos são arrogantes no falar, herança da lida pesada nos pampas fronteiriços do Uruguai e da Argentina, onde valentia e macheza exigiam equivalente expressão oral. Baianos têm fala demorada, produto da riquíssima e paciente contribuição dos negros cativos. Cariocas, cercados de montanhas, praias e florestas (e de sereias que provocam a libido com sua morenice bronzeada), tinham de ter mesmo aquele jeitão malandro, aquele chiado gostoso em cada palavra terminada em S. E nós?

Forjados no calor do sol do Equador, montados em cavalos de campo, derrubando bois brabos e traçando a peixeira o mapa da civilização do couro, ou no amanho da terra seca onde se cultivam roças de subsistência, adquirimos esse jeito escancarado de falar. Mas igualmente criamos uma outra fala, miúda, mastigada, essa que se ouve no burburinho das feiras, quando alguém diz mesmo assim: Siá, te avia que já tá meidiínha, o feijão tá no fogo e tem uma comandita de gente pra comer. Magina se queima... Eu nem digo nada. Hum! Hum-hum...

Mas, no geral, penetramos mesmo é ruidosamente no reino das palavras. E nesta eloqüência tropical criamos palavras, inventamos expressões, construímos uma “fala” (não uma língua), exercitamos um ritmo, um acento e um tom (parte desse universo a que chamamos “linguagem”). E fomos desenvolvendo uma exclusivíssima “personalidade” verbal - este conjunto a que chamamos de “Piauiês”.

Pois eis aqui de novo a tal da “Enciclopédia” desses dizeres, toda ancha, mais escrinche do que nunca, em sua terceira edição. E chega cheia das novidades. Pra começar, um piqueiro de palavras e expressões novas. Texto corrigido de cabo a rabo. E pra enriquecê-la visualmente, belas ilustrações e arrojado projeto gráfico do Jota A, outro monstro da charge e do traço humorístico do Piauí, que se junta à genialidade de Albert Pyauhy e Amaral, responsáveis pela bela maquiagem e o figurino refinado das edições anteriores.

Da primeira edição pra cá passaram-se doze anos. Durante este tempo, sem que eu pudesse prever, a “Enciclopédia” tornou-se objeto de estudo em escolas e universidades. É citada em projetos de conclusão de cursos superiores, e foi incluída na bibliografia de teses de mestrado e doutorado por esse Brasil a fora. E eu, que pensava estar apenas juntando umas palavrinhas, de repente virei alvo de entrevistas e convites para palestras, conferências, debates, o diabo. Pra completar a metidez, a “Enciclopédia de Piauiês" tornou-se obra de referência de um dos mais importantes dicionários da língua portuguesa – o “Dicionário Houaiss”. É... A cunhãzinha não conhece seu lugar.

Talvez a explicação da importância que ganhou esteja no fato de que, ao reunir estes termos e expressões, tenha sido colocado um pequeno tijolo na construção da auto-estima de nosso povo que, antes, até se envergonhava do jeito gostoso de se expressar. Hoje, começa é a se orgulhar de seus falares, ao identificar em cada palavra, cada expressão, cada acento no sotaque, um traço de sua identidade. Por falar em identidade, tomo emprestada ao compadre João Cláudio uma frase-síntese que escreveu quando saiu a primeira edição desta “Enciclopédia”:

“Identidade é o que se forma quando não nos dão nada e o que sobra quando nos tiram tudo”.

Que outros enamorados do Piauí, como eu, tragam mais tijolos para ajudar a erguer a catedral que homenageia a bela e rica cultura piauiense, primeiro suporte da identidade que alimenta auto-estima de nosso povo.

Nossos falares, reunidos neste livrinho, são apenas uma pequena parte desse esforço. Temos de cuidar com o mesmo carinho das nossas artes plásticas; de nossas artes gráficas; de nosso artesanato; de nossa música; de nosso cinema; de nossa poesia; de nosso romance; de nossas danças; de nossos cantos; de nossas rezas; de nosso mobiliário; de nossa arquitetura (rural e urbana); de nossas crendices; de nossos rituais; de nossa história de audácia e heroísmo; de nossa arte fotográfica; de nosso teatro; de nossa deliciosa e fina culinária; de nossas vanguardas; de nossas meizinhas, garrafadas e simpatias; de nossa arqueologia; de nossos causos; da arte genial de nossos repentistas e cordelistas; de nossas cantigas de roda; de nossas tradições; de nossas brincadeiras... Enfim, de tudo o que forma o nosso patrimônio material e imaterial.

Nossas raízes. Nossa... alma.

Portanto, mãos à obra. Estamos apenas começando. Ainda temos muito o que fazer.

Brasília, inverno de 2008

PJC

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NA PRÓXIMA QUINTA, LANÇAMENTO DO "PIAUIÊS" NA FEIRA DO LIVRO!

O jornalista Paulo José Cunha está convidando toda a colônia piauiense em Brasília para o lançamento, na próxima quinta-feira, dia 04/08/08, a partir das 7 da noite, na 27ª Feira do Livro, no shopping Pátio Brasil, da 3ª edição da "Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês", uma obra de resgate dos termos e expressões tipicamente piauienses.

Esta edição é dedicada à memória do jornalista Abdias Silva, uma das maiores referências quando o assunto é bom caráter e jornalismo, nesta ordem. Piauiense de Campo Maior, foi amigo de Érico Veríssimo (que lhe deu o primeiro emprego em Porto Alegre), de Mário Quintana (de quem se tornou confidente), de Carlos Castello Branco (que o nomeou substituto exclusivo da famosa Coluna do Castello, quando saía em férias), entre outros cultores da língua. "Honrou a imprensa brasileira (nunca teve uma matéria desmentida). Ensinou a mim e a outros de nossa geração a importância de esmerilhar o texto à exaustão, na busca da expressão mais clara e elegante", diz Paulo José Cunha, na dedicatória.


Quando a primeira edição do “Piauiês” saiu, Abdias escreveu o seguinte texto:

“Desceu fundo no subsolo da “ganga impura” de nossa Flor do Lácio e voltou à superfície com as mãos cheias e no rosto a alegria infantil de quem descobrira um tesouro. Vejam o que eu achei – parece dizer ele, mostrando-nos o resultado de sua garimpagem: - uma coleção de pedras de todo tipo e valia”. (...)Com esta enciclopédia, Paulo José Cunha emparelha-se aos melhores pesquisadores de nosso linguajar e do nosso folclore. É uma boa caninha de ponta de alambique que a gente pode beber de uma talagada e sair porta a fora sem trambecar”

QUEM É PAULO JOSÉ CUNHA

Paulo José Cunha é um piauiense que nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor, documentarista, trabalhou em O Globo, Jornal do Brasil e TV Globo. É autor de “O Salto sem Trapézio”, “A Noite das Reformas”, “A Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês”, “Vermelho - Um Pessoal Garantido” e “Caprichoso - A Terra é Azul”. É professor de Comunicação da UnB, onde dirigiu o Centro de Produção de Cinema e Televisão – CPCE. Está preparando para lançar até o fim do ano “Perfume de Resedá”, poema longo iniciado em 1984 e concluído em 2006. Documentarista premiado (“O Passageiro Precioso”), está concluindo os documentários “Brasília torturada”, sobre a repressão política na Capital Federal, e “A violinista que subiu ao céu”, história de um assassinato cometido no início do século passado num clube de luxo de Manaus. É repórter da TV Câmara, onde apresenta o programa "Comitê de Imprensa".


ALGUMAS OPINIÕES SOBRE EDIÇÕES ANTERIORES DO PIAUIÊS"

“Jornalistas, escritores e leitores não param de falar na “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês”(...) O livro recompõe os fragmentos de uma identidade cultural obscurecida pela falta de um registro sistemático da fala e dos costumes piauienses. Nesse sentido, a obra de Paulo José Cunha não só cumpre o seu papel como suscita uma discussão eufórica sobre a identidade cultural do piauiense. Ela existe, está viva e muito bem, obrigado”- Anna Kelma Gallas, jornalista.

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“Ora, direis, mas ninguém lê uma enciclopédia por inteiro, muito menos com esse ridículo título. Pois eu lhes digo que sim, e nem precisa ser nenhum aficcionado como eu para subjugar-se à arte(manha) de seu autor”- Dalila Teles Veras, "Diário do Grande ABC".
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“São palavras (neologismos) desconhecidas da língua dita oficial, que servem para expressar os sentimentos mais diversos, que vão da troça à crítica social e ao lirismo. Neste sentido, a “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês” é um prato cheio. Trabalho de garimpeiro fiel inclusive ao espírito popular da gaiatice”- Menezes y Moraes, poeta e jornalista.
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“Esta obra faz parte do lado bom de um Piauí querido por todos os que gostam desta terra” – Marcos Rezende Melo, jornalista.
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Eventos da I BIP ocupam o DF já a partir desta terça, 2


A partir de 2 de setembro, véspera da cerimônia de abertura da I Bienal Internacional de Poesia, os brasilienses já podem acompanhar alguns eventos que invadem a cidade, integrando a grande festa literária.

No Espaço Cultural Mosaico, na SCRN 714/15 Norte, ocorre na terça-feira às 21h30, o Poemação Mosaico, com a participação dos poetas diplomatas e estrangeiros residentes em Brasília Eduardo Mora-Anda (Equador); Wilfredo Machado (Venezuela); Carlos Guerrero e Maria Romeu (México); Alfonso Hernández (Espanha); Javier Iglesias (Cuba) e participação especial do músico brasiliense George Durand.

As ilustrações de Zenilton Gayoso, para os livros do diretor da Biblioteca Nacional e coordenador-geral da I BIP, Antonio Miranda, também podem ser vistas no local a partir desta data. A produção é de Daniela Gonçalves e Rangeria Amorim.

Até o dia 12 de setembro o colecionador e curador Paco Cac realiza a Mostra Revistas de Poesia, com cerca de 50 exemplares que refletem a diversidade dos projetos poéticos surgidos nos últimos 50 anos. Na Sala de exposições da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, de segunda a domingo, de 9 a 18h.

Desde o dia 1º até 5 de setembro, o público pode acompanhar à Oficina Cênica Poemusicadançando, ministrada pela professora Soraia Silva no Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, de 19h30 a 21h.

A exposição Utopia da Modernidade: de Brasília à Tropicália, que ocupa o Museu Nacional (de terça a domingo, de 9h a 18h30) e a Praça do Conjunto Cultural da República, continua aberta com grandes esculturas, painéis, objetos históricos e cenários pós-modernos sobre a cidade inventada por Lucio Costa e Niemeyer. A curadoria é de Ana Queiroz, com participação da Casa da Cultura da América Latina, DEX-UnB e SEC/GDF

De repente, rap no SESC - Também no dia 2 de setembro, às 20h, o grupo de rap e hip-hop Família Pr-15, vai dividir o palco do Teatro Newton Rossi, no SESC Ceilândia, com os repentistas nordestinos Chico de Assis e João Santana, radicados na cidade há 15 anos.

A Família Pr-15 surgiu em 1999, quando o grupo social Se Liga Galera iniciou o projeto escolar Oficina de Rap, com o objetivo de manter adolescentes afastados de drogas e da criminalidade. João Santana, formado em artes cênicas e cantador de repentes, já ministrou curso de poesia em Literatura de Cordel na Universidade de Dili, no Timor Leste.

Para assistir a apresentação, basta levar 1 kg de alimento não-perecível (exceto sal) e trocar pelo ingresso, a partir de 19h do dia do show, na bilheteria do teatro.

Organização da I BIP
Sítio: www.bienaldepoesia.unb.br
Noticiário: www.bipbrasilianews.wordpress.com
55 61 3325.6257 / 3325.6237
Biblioteca Nacional de Brasília - DF - Brasil