Wednesday, January 09, 2013

Matriz Energética

08/1/2013 - 10h30

Uruguai planeja ter 90% de sua matriz energética composta por renováveis até 2015



por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
energetica Uruguai planeja ter 90% de sua matriz energética composta por renováveis até 2015

O presidente uruguaio, José Mujica, está comprometido em atingir uma de suas promessas: tornar o país um exemplo mundial em energias limpas. Para isso, pretender transformar o Uruguai na nação que mais utiliza fontes eólicas no planeta.
De acordo com os planos do governo, já em 2015 será possível chegar a 90% da matriz energética sendo formada por renováveis. Desse total, 45% seria composto por hidroeletricidade, 30% por eólicas e 15% por biomassa.
Se realmente alcançar um terço de sua geração através dos ventos, o Uruguai ultrapassará a Dinamarca (26%) como lar da maior produção eólica relativa ao percentual total da geração nacional.
Para chegar a esse objetivo, será preciso aumentar a capacidade instalada eólica dos atuais 50MW para mais de 1GW em apenas dois anos e gastar cerca de US$ 7 bilhões em melhorias na infraestrutura energética.
Os investimentos já teriam começado e a estatal UTE assinou contratos com 20 novas fazendas eólicas privadas que estão em construção.
A intenção do governo é também limitar o uso de hidroelétricas, que não estão gerando a energia prometida por causa da escassez de água em seus reservatórios, um dos reflexos da forte estiagem que atingiu o Uruguai. Em 2012, o país teve que importar energia da Argentina ao custo de US$ 400 por megawatt hora (MWh).
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.


08/1/2013 - 10h22


Com baixa nos reservatórios, quase 25% da energia consumida no país vêm de termelétricas



por Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil
usinas Com baixa nos reservatórios, quase 25% da energia consumida no país vêm de termelétricas
Usina termelétrica. Foto: Divulgação/Intermet

Rio de Janeiro – O nível abaixo do normal na maioria dos reservatórios do país faz com que quase um quarto da energia distribuída pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e consumida em todo o país seja proveniente de usinas termelétricas. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pelo menos 60 usinas termelétricas estão despachando energia, por meio do SIN, de todas os tipos de fontes: eólica, a carvão, a óleo diesel e combustível, nuclear e a gás natural.
De acordo com o ONS, o despacho térmico atualmente chega a 12,9 mil megawatts (MW), o equivalente a 24% da demanda total do país. A Eletronuclear informou à Agência Brasil que, das duas usinas nucleares operadas pela subsidiária da Eletrobras, a única que está operando no momento é a de Angra 2, que está despachando para o SIN 1.356 MW, 6 MW acima da sua capacidade – que é gerar 1.350 MW.
Angra 1, a primeira das nucleares produzidas no país, e que tem capacidade de geração de 640 MW, deixou de fornecer energia ao Sistema Interligado Nacional nesse sábado (5), quando foi desligada para a troca da tampa do reator – componente importante do circuito primário de uma usina nuclear – e o reabastecimento de combustível.
A Eletronuclear explicou que a parada programada ocorreu “em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e tem previsão de duração de 56 dias”. A tampa faz o fechamento do reator (que contém os elementos combustíveis), sendo uma das barreiras contra a liberação de radiação para o exterior.
O ONS admitiu que os níveis dos reservatórios estão abaixo do normal e que no subsistema Sudeste/Centro Oeste o nível dos reservatórios das hidrelétricas é hoje de 28,9 – o mais baixo para os meses de janeiro dos últimos 12 anos – menor do que o verificado no mesmo mês de 2001, quando houve o último racionamento de energia elétrica no país.
Em todos os subsistemas, o nível dos reservatórios está abaixo ou próximo da Curva de Aversão ao Risco (CAR). No Nordeste, o nível dos reservatórios está em 30,96%; na Região Norte, em 40,48%; e no Sul, em 40,39%.
O ONS informou também que o assunto será discutido amanhã (9) na reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) No encontro também será analisada a situação energética do país. Presidida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a reunião contará com representantes do próprio ONS, da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel).
Procurada pelo Agência Brasil, a Petrobras informou, em nota, que, do total do despacho termelétrico do Sistema Interligado Nacional, previsto para esta semana, cerca de 8,1 gigawatts (GW) serão produzidos em usinas a gás natural, dos quais 5,3 GW em usinas sob controle da estatal.
A nota diz ainda que, além da geração nas usinas a gás natural, a Petrobras deverá fornecer 0,5 GW provenientes de usinas a óleo.
* Edição: Talita Cavalcante.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

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