Thursday, January 17, 2013

Autores enfrentam dilemas na hora de converter palavras em outra língua

 
Nahima Maciel
Publicação: 17/01/2013 08:19Atualização:

Elvira Vigna evita a apropriação de estilos e ritmos dos autores traduzidos. É uma espécie de criação, ela diz (Renato Parada/Divulgação)
Elvira Vigna evita a apropriação de estilos e ritmos dos autores traduzidos. É uma espécie de criação, ela diz

Elvira Vigna nunca se apropriou dos estilos, ritmos ou dinâmicas dos autores que traduziu . Verter um texto de uma língua para outra, ela defende, é uma espécie de criação. “Apenas no nível do discurso”, esclarece. Elvira começou a traduzir do francês e do inglês para incrementar a renda. Gosta de se debruçar sobre best-sellers que nunca leria se não fosse a encomenda da editora, mas o desafio mesmo ela encontra em textos ritmados. Elvira cita Instruções, de Neil Gayman, ainda inédito, e Lá em cima da árvore, de Margaret Atwood, como os trabalhos mais difíceis que realizou. “São livros curtos, pois infantis; mas muito difíceis.”

Para Julián Fuks, o tradutor precisa trabalhar com uma margem de “encaixe possível”. Especialmente se for escritor. “O tormento do tradutor é o excesso de limites: as características tão específicas da obra, a língua original sempre inacessível em alguma medida, o idioma da tradução que não comporta o que precisa ser dito. O tormento do escritor, por sua vez, é a falta de qualquer limite. É a ausência de um original a ser reconstituído”, analisa, depois de criticar a romantização do ofício de tradutor.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/01/17/interna_diversao_arte,344524/autores-enfrentam-dilemas-na-hora-de-converter-palavras-em-outra-lingua.shtml


 

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