Thursday, March 31, 2011

Sarau Poemação homenageia o poeta Menezes y Morais na próxima terça-feira


Qui, 31 de Março de 2011 12:44
Foto: Ivaldo Cavalcante

O poeta e jornalista José Menezes de Morais, é o grande homenageado da 16ª edição do Sarau Videoliteromusical Poemação, que acontece na próxima terça-feira, 5, às 19h, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, 2º andar. Na oportunidade será lançada a antologia poética Fincapé, do Coletivo de Poetas, organizada por Morais. Os poetas Marcos Freitas e Jorge Amâncio coordenam o evento que é gratuito e aberto ao público.

Menezes y Morais, como é conhecido, nasceu em Altos, Piauí. Radicado em Brasília desde 1980, lidera o movimento Coletivo de Poetas que existe há 19 anos e que realiza saraus em todo o Distrito Federal. Participou de várias antologias, entre as quais Poetas brasileiros (Vol. 1), Poemas (1990), Antologia da Nova Poesia Brasileira (1992), organizado por Olga Savary, Ibirapitanga (1994), A poesia piauiense no Século XX, organizado por Assis Brasil. É autor dos livros Laranja partida ao meio (1975), O suicídio da mãe terra (1980), Pássaros da terra com paisagem humana (1982), Diário da terra & cenas da cidade sitiada (1984), 1964 - poemas do sufoco (1986), A balada do ser e do tempo (1987), O livro das canções de amor & outros cantares de igual teor (1990), O rock da massa falida (1992), Na micropiscina da lágrima feliz (1999) e Por favor, dirija-se a outro guichê (2001).
Na programação do Poemação 16 constam ainda leitura de poemas da antologia Fincapé pelos membros do Coletivo de Poetas, sorteio de livros para a plateia e a apresentação musical com Aloísio Brandão, Nonato Veras e outros. O Sarau é realizado na primeira terça-feira do mês com o objetivo de privilegiar a poesia brasiliense, visando a II Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP), que será realizada no período de 14 a 17 de setembro de 2011.

POEMAÇÃO 16 (Sarau Videoliteromusical) - Recital de poesia, música, teatro e vídeo em homenagem ao poeta Menezes y Morais. Lançamento da antologia Fincapé, do Coletivo de Poetas. No Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), 5 de abril, 3ª, às 19h. Coordenação e informações: Marcos Freitas e Jorge Amâncio. Entrada franca.

http://www.bnb.df.gov.br/index.php/sala-de-imprensa/item/522-sarau-poemação-homenageia-o-poeta-menezes-y-morais-na-próxima-terça-feira

Wednesday, March 30, 2011

Sebastião Tapajós, no Clube do Choro


Dias 30 e 31 de Março e 01 de Abril de 2011

Paraense de Santarém, Sebastião Tapajós começou a estudar violão aos nove anos de idade, tendo o pai como professor. Mudou-se para Belém e depois para o Rio de Janeiro, continuando os estudos de violão clássico. Em 1964 foi para Portugal, onde se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Estudou na Espanha com o famoso mestre Emilio Pujol, formando-se no Instituto de Cultura Hispânica.

Depois de completar os estudos, voltou ao Brasil para iniciar a carreira de concertista. O impulso decisivo à sua carreira veio com a execução de uma obra-prima de Villa-Lobos, o Concerto para Violão e Pequena Orquestra, com a Orquestra Sinfônica Nacional no Teatro Municipal do Rio. A partir daí seguiram-se inúmeros convites para concertos no Brasil e no exterior.

Nos anos seguintes, Tapajós mergulhou cada vez mais na música brasileira, tanto como compositor quanto como intérprete, pesquisando ritmos e temas populares e folclóricos. Essa pesquisa lhe possibilitou gravar vários discos exclusivamente de composições próprias, vazadas em um idioma musical genuinamente brasileiro. Mas nunca deixou de tocar composições de Tom Jobim, Baden Powell, João Pernambuco e Astor Piazzolla. Da mesma forma, continuou a exercitar seu lado de solista clássico, interpretando peças de Villa-Lobos, Agustin Barrios, Antonio Lauro e Guido Santórsola.

Sebastião Tapajós é hoje um músico consagrado na Europa, onde já se apresentou inúmeras vezes. Na Alemanha, seu CD Guitarra Criolla foi eleito disco do ano de 1982. Ao longo da carreira, ele já gravou mais de 50 discos e recebeu mais de 20 prêmios, tendo sido eleito melhor músico brasileiro em 1992 pela Academia Brasileira de Letras. Tocou com Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson, Paquito D'Rivera, Zimbo Trio, Maurício Einhorn e Hermeto Pascoal.

O estilo de Sebastião Tapajós é vigoroso e incisivo, e o som que tira do instrumento é cheio e encorpado. Ele gosta de utilizar efeitos percussivos, variações de timbre, sons harmônicos e repetição ritmada de acordes em ostinato. O show que faz no Clube do Choro de Brasília tem a participação especial de Henrique Neto, no violão de sete cordas, e Rafael dos Anjos, no violão de seis.

As apresentações acontecem dias 30 e 31 de Março e 01 de Abril de 2011 – Quarta, Quinta e Sexta-Feira a partir das 21:00 horas. Ingressos a R$20,00(inteira) e R$10,00(meia).

Fonte: http://www.clubedochoro.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=558:sebastiao-tapajos&catid=37:clube-do-choro-do-brasil&Itemid=27

Milla Tuli, na Barca Brasília


Para quem busca uma programação diferente a dica é participar do show musical com Milla Tuli (voz e violão) acompanhada do músico Eduardo Leal (percussão). O espetáculo acontece neste sábado e domingo, 2 e 3 de abril, partindo às 17hs do cais do Restaurante Retiro do Pescador (Clube da Imprensa), próximo da Vila Planalto.

O cenário do passeio é o entardecer no espelho d’água do Lago Paranoá e, no horizonte, Brasília, cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. A navegação é uma experiência única! Junte isso ao som da maravilhosa voz da cantora Milla Tuli. Suas interpretações transmitem idéias que emocionam as pessoas. Os acordes do violão fundem-se na marcação da percussão de Eduardo Leal. O repertório, sofisticado e maduro, passeia pela bossa nova, MPB, samba e jazz trazendo releituras marcantes de grandes cantores e compositores do cenário musical brasileiro como Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom Jobim, Guinga, entre outros.

Para deixar seu passeio ainda mais agradável saboreie os deliciosos petiscos, massas e risotos do cardápio da Barca Brasília e experimente bons vinhos, chocolates quentes, drinks, café expresso, sucos, cervejas e refrigerantes.

SERVIÇO
Show ao entardecer da cantora Milla Tuli na Barca Brasília.
Data: 2 e 3 de abril – sábado e domingo
Local de embarque: Cais do Restaurante Retiro do Pescador, Setor de Hotéis e Turismo Norte (Próximo à Vila Planalto)
Partida: 17 hs;
Previsão de chegada: 20hs.
Valor do PASSEIO: 40,00
PROMOCÃO: 25% de desconto para pagamento antecipado até quinta-feira: 30,00 por pessoa.
Valor do COUVERT ARTISTICO: R$10,00
Consumo de alimentos e bebidas à parte.

Reservas e informações: Telefones: (61) 8419 7192 | 8195 7551 (Edmilson Figueiredo).
Visite o site e saiba mais: www.barcabrasilia.com.br
passeio@barcabrasilia.com.br
Evento não indicado para menores de 16 anos desacompanhados.
Obs.: Vista roupas leves e tenha à mão um agasalho.

Tuesday, March 29, 2011

Noite Literária com sessão de autógrafos


Projeto Noite Literária - 14/04
PROJETO NOITE LITERÁRIA

“Um país se faz com homens e livros”. Monteiro Lobato.
Spècialitè Eventos promove Noite Literária com sessão de autógrafos com 30 autores e mais de 40 obras

No dia 14 de abril de 2011, a Spècialitè Eventos, com o apoio da Editora Saberes, da Academia de Letras do Brasil/DF, da Livraria Cotidiano e do Restaurante Bhumi, promove uma Noite Literária no Espaço Oásis. Das 18h às 23h, 30 autores participarão de uma grande sessão de autógrafos de mais de 40 obras de gêneros variados – direito, poesia, romance, ficção científica, saúde, biografias e muito mais.

O evento é gratuito e proporcionará ao público uma interação com autores como a poetisa e presidente da ALB – DF Vânia Diniz , o médico ortomolecular Dr. Marcio Bontempo, o advogado Paulo Diniz, o publicitário Wagner Bezerra, o biomédico Luiz Maranhão, o procurador federal Judivan J. Vieira, o jornalista Robinson Pereira, a romancista Janaína Rico, o médico Alberto Peribanez Gonzales, os poetas Gacy Simas e Raúl Larrosa, o ambientalista Ramaiana Ribeiro, o romancista G. Gaitero, a procuradora da justiça militar Cláudia Rocha Lamas, o pesquisador Henrique Arthur de Souza, a pedagoga Vera Lúcia Versiani, entre outros, além de promover a literatura no Distrito Federal.

Noite Literária
Data: 14 de abril de 2011
Horário: das 18h às 23h
Local: Espaço Oásis – SIG – Quadra 06 – nº 1515 – Sudoeste/DF
Entrada Franca
Contato: Spècialitè Eventos - specialitedf@gmail.com

A empresa Spècialitè Eventos entende que uma das maiores dificuldade dos escritores é a distribuição e/ou divulgação de suas obras. Pensando nisso a Spècialitè apresenta o projeto NOITE LITERÁRIA.

O evento ocorrerá no dia 14 de abril das 18h às 23h, no espaço Oásis 300, Sudoeste. Serão de 20 a 30 escritores, mais de 40 obras, numa grande sessão coletiva de autógrafos. O evento criará uma interação entre o público e os escritores, divulgando assim, cada vez mais, a cultura do nosso Distrito Federal. Faça parte dessa grande noite e divulgue sua obra!

Contato: Spècialitè Eventos - specialitedf@gmail.com
Conheçam nossos apoiadores:
Editora Saberes
Cotidiano Livraria
Academia de Letras do Brasil-DF
Restaurante Bhumi

Orquestra Ars Hodierna, com o maestro Jorge Lisbôa Antunes


O Maestro Jorge Lisbôa Antunes, que vive em Caracas, está em Brasília para ensaiar a Orquestra Ars Hodierna. Ele é professor da Escola de Música de Brasília, de onde está licenciado para fazer o Curso de Mestrado em Regência Orquestral na Universidad Simón Bolivar, na Venezuela.
Com o apoio do FAC, Fundo de Apoio à Cultura do GDF, ele prepara a Orquestra Ars Hodierna para dois concertos, em escolas públicas do Distrito Federal, nos dias 6 e 12 de abril.
contatos: 3368-1794 / 8447-5632

Orquestra Ars Hodierna
Regente: Maestro Jorge Lisbôa Antunes

2 concertos com entrada franca
Classificação etária: Livre.

6 de abril de 2011, quarta-feira, 14h30
Ginásio da Asa Norte (GAN)
L2 Norte, quadra 603
Brasília - DF

PROGRAMA:
Alfredo Rugeles (Venezuela, 1949- ) - MUTACIONES
Javier Alvarez (México, 1978- ) - METRO CACHABANO
Edward Elgar (Reino Unido, 1857-1934) - SERENATA PARA CORDAS
Pyotr Tchaikovski (Rússia, 1840-1893) – SERENATA PARA CORDAS
Alberto Nepomuceno (Brasil,1864-1920) – SERENATA

12 de abril de 2011, terça-feira, 16h30
Teatro da Escola Parque
Quadra 303/304 Norte
Brasília - DF

PROGRAMA:
Gustav Mahler (Áustria, 1860-1911) – A TROMPA MÁGICA
Johannes Brahms (Alemanha, 1833-1897) – ALTO RHAPSODY
Franz Schubert (Áustria, 1797-1828) – SINFONIA Nº 5
Felix Mendelssohn (Alemanha, 1809-1847) – SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Solistas: Janette Dornellas (mezzo-soprano) e Ricardo Castro (barítono)

Teólogo José Comblin, da Teologia da Libertação, morre na Bahia


Morreu na manhã deste domingo (27), aos 88 anos, no município baiano de Simões Filho (Região metropolitana de Salvador), o padre belga José Comblin, um dos mais importantes teólogos da Teologia da Libertação em todo o mundo. Autor de vários livros, entre eles “Teologia da Enxada”, uma corrente teológica surgida em 1969 na Igreja Católica do Nordeste do Brasil e que tem como base a reflexão a partir da realidade dos agricultores e famílias camponesas, foi encontrado morto no quarto do local onde estava hospedado, por outros religiosos que o aguardavam para a oração matinal e estranharam a sua demora.
Segundo informações dos religiosos, ele levantou-se cedo, tomou banho, aprontou-se, mas não apareceu para a oração da manhã. Quando o procuraram, encontraram-no sentado no quarto e já morto. O padre tinha problemas cardíacos e usava marca-passo.
José Comblin nasceu em 22 de março 1923, mas trabalhava na América Latina desde 1958. Devido às suas ideias, foi perseguido pelo regime militar implantado no Brasil em 1964, chegando a exilar-se no Chile para fugir das perseguições. Em 1972, voltou ao Brasil, onde foi preso e deportado para a Bélgica. Só em dezembro de 2010 o pedido de sua deportação foi oficialmente extinto pelo governo brasileiro. Atualmente, ele morava na cidade de Barra, município às margens do Rio São Francisco, no interior da Bahia (a 807 kms de Salvador).
O corpo do religioso belga está sendo velado em Salvador e será translado para a Paraíba, onde será enterrado, de acordo com seus desejos, segundo informaram porta-vozes da Arquidiocese de Barra.
José Comblin foi um dos seguidores e principais assessores de Dom Hélder Câmara (de Pernambuco), o defensor dos Direitos Humanos e da opção da Igreja pelos pobres que chegou a ser conhecido durante a ditadura brasileira como o "bispo vermelho". Comblin participou do primeiro grupo da Teologia da Libertação. Esteve na raiz das equipes de formação de seminaristas no campo em Pernambuco e na Paraíba (1969), do seminário rural de Talca, no Chile (1978) e, depois, na Paraíba, em Serra Redonda (1981). Estas iniciativas deram origem à chamada Teologia da enxada.
Além disso, esteve na origem da criação dos Missionários do Campo (1981), das Missionárias do Meio Popular (1986), dos Missionários formados em Juazeiro da Bahia (1989), na Paraíba (1994) e em Tocantins (1997). É autor de inúmeros livros, dentre eles “A ideologia da segurança nacional: o poder militar na América Latina (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978)”. O Instituto Humanitas Unisinos (instituição ligada à Universidade do Vale dos Sinos, de Santa Catarina) acaba de publicar o Cadernos Teologia Pública nº 36, intitulado Conferência Episcopal de Medellín: 40 anos depois, com a conferência que o religioso belga proferiu em evento ali realizado.

Oficina de Percussão Africana


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Saturday, March 26, 2011

É preciso mudar o modelo

ALFREDO MANEVY

A autorização do Ministério da Cultura para Maria Bethânia captar recursos reacendeu discussão sobre o papel das verbas oficiais para a cultura. No varejo, o debate abriu espaço para teses do arco da velha, como a proposta de extinção do Ministério da Cultura ou o linchamento e culpabilização da artista.
Na verdade, Bethânia foi vítima da ilegitimidade da lei tal como ela se apresenta hoje. O debate foi positivo no fim: consolidou a percepção de que o sistema tem distorções e que, no lugar de crucificar uma artista fundamental, a modernização da legislação é o melhor caminho.
A renúncia fiscal é dinheiro público, aponta o Tribunal de Contas da União. Integrante do Orçamento, a previsão de renúncia é finita e contabilizada, embora de difícil controle e acompanhamento. Logo, é justo discutir os critérios de sua distribuição.
O papel do Estado no apoio à cultura é fundamental para a democracia e para o desenvolvimento econômico. A percepção precoce dessa importância está na raiz tanto da política cultural francesa como da organização do cinema americano como indústria.
Não se trata de argumento estatista: mesmo os países emblemas do liberalismo compreenderam que a política cultural é decisiva na globalização. Para o Brasil, a política cultural é central para diminuir a desigualdade, para a qualidade na educação, para a ampliação do acesso a leitura, museus e cinema.
Mas a legislação precisa ser renovada. No caso da Lei Rouanet, o MinC apresentou um diagnóstico: só 3% dos proponentes captam mais da metade de toda renúncia, contemplando poucos artistas.
A almejada parceria público-privado não ocorre: 95% do montante geral é oriundo de renúncia fiscal, e não se estabeleceu um genuíno empresariado cultural: ao contrário, aumentou a dependência. Do dinheiro público disponível para a cultura, a renúncia fiscal predomina, o que dificulta planejamento e metas de longo prazo.
Os números de exclusão de cinema e museus continuaram assombrosos, um quadro em que milhões de brasileiros estão apartados do consumo de bens culturais, segundo dados do IBGE.
Depois de anos de discussão com a sociedade brasileira, o projeto de lei nº 6.722/2010 (Procultura) foi enviado pelo governo Lula ao Congresso Nacional em janeiro de 2010. Lá tramita e já foi aprovado por unanimidade na Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
Por meio de um pacto que produzimos, governo, artistas, instituições e patrocinadores concordaram em aumentar o dinheiro das próprias empresas no custeio. A nova lei equaliza a renúncia fiscal a partir de critérios que permitem compor de forma racional o dinheiro público e privado.
Cria mecanismos de desconcentração e valorização do mérito e estabelece fundos de apoio direto a artistas, adotando uma grade de critérios para avaliar a necessidade de dinheiro público, projeto a projeto. A nova lei estimulará a boa convivência entre democratização e meritocracia.
Quanto ao medo de "dirigismo", a sociedade brasileira já possui instituições públicas com credibilidade na análise de projetos, sem ameaçar a liberdade de expressão.
Nossa democracia está madura e vigilante para barrar eventuais abusos. A pesquisa científica produzida na universidade brasileira, produto da subjetividade, é avaliada e financiada pelo Estado; ninguém reclama de dirigismo e o sistema funciona. Logo, transformar esse modelo não só é possível: é imprescindível. Basta aprovar o projeto que está no Congresso.

ALFREDO MANEVY, doutor em audiovisual pela USP, foi secretário-executivo do Ministério da Cultura (2008-2010).

Morre o músico Lula Cortês


O músico pernambucano Lula Côrtes, de 61 anos, morreu na madrugada deste sábado (27) no Hospital Barão de Lucena, em Recife. O artista lutava contra um câncer na garganta.

O velório acontece nesta manhã na Câmara dos Vereadores de Jaboatão dos Guararapes. Lula exercia a função de assessor cultural da Prefeitura de Jaboatão. O enterro será realizado no Cemitério da Saudade, em Jaboatão Velho.

Os últimos shows dele foram na semana passada - quinta, sexta e sábado - no Sesc Belenzinho, em São Paulo, segundo o 'Diário de Pernambuco'. Ele e Zé da Flauta fizeram participações especiais no show de Alceu Valença, relembrando a década de 1970.

Lula Côrtes foi um dos primeiros a fundir o ritmo regional nordestino ao rock and roll. Ele chegou a lançar três discos, sendo dois na primeira metade da década de 1970, um com o cartunista Laílson o LP Satwa, pela Rozemblit e outro em 1974, com Zé Ramalho. Este, chamado Paêbiru - O Caminho da Montanha do Sol, é raro já que apenas poucas cópias restaram após uma enchente que atingiu a sede da gravadora.

Os três trabalhos chegaram a liderar a lista de discos mais vendidos na categoria World Music quando foram lançados em 2008 nos Estados Unidos por uma gravadora independente, a Time-Lag Records. O relançamento em CD de Paêbiru no Brasil fazia parte dos planos de Lula Côrtes.

Assista ao último registro em vídeo do músico OBSERVA & TOCA - Lula Cortes from Recheio Agência Conteúdo on Vimeo.

Com informações do Diário de Pernambuco)

Friday, March 25, 2011

Atrito, novo livro de Jurandir Barbosa


Já a venda o novo livro, de Jurandir Barbosa.
ATRITO é uma seleção de mais de 80 poemas.
R$ 20,00 e entrega grátis para todo o Brasil.
Aquisição e mais informações:
www.jurandirbarbosa.blogspot.com

Convocatória Festival Mulher em Cena

Evento cultural: amores (im)possíveis?

Thursday, March 24, 2011

Anand Rao musica poemas do público e de poetas num pocket show gratuito na Livraria Cultura


A Livraria Cultura do Casa Park Shopping Center em Brasília apresenta neste sábado, dia 26 de março, às 17 h em ponto, gratuitamente, um procket show onde o músico Anand Rao (www.anandraobr.com) vai musicar poemas, falas, textos, prosa na frente de todos durante 45 minutos.

Anand Rao musicou nomes nacionais como Capinejar, Artur Gomes, Menezes Y Morais, Turiba, Nicolas Behr, Daniel Pedro, Vania Diniz, Elias Daher, Jorge Amancio, entre outros. Dono de uma facilidade espetacular para a musicalização de textos, tem lançado CDs a cada show, pois, as músicas de todos os shows são feitas na hora na frente de todos, gravadas digitalmente, mixadas e são lançados lotes de 10 Cds que são vendidos por um preço determinado para o poeta musicado e este revende o produto por quanto desejar. Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2011, Anand Rao musicou quase 20 poetas lançando quase 10 Cds.

No início estudou harmonia com Luciano Fleming, depois, seguiu como auto-ditada. Tem como influencias principais Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Ravi Shankar, Pat Metheny e Milton Nascimento. Realiza workshops de composição musical em feiras de livro pelo Brasil, vai a Montreux e Nova York uma vez por ano e cada dia mais aprimora sua audição musical.

Neste show, com duração de apenas 45 minutos, ele convidou alguns poetas como Carla Andrade, Lucimar Rodrigues, Vânia Diniz, Presidente da Academia de Letras do Brasil seccional Brasília, Jorge Amancio criador junto com Marcos Freitas do Projeto Poemação, Daniel Pedro ex-integrante do grupo Tribo das Artes, Elias Daher Presidente do Sindicato de Escritores do Distrito Federal e Fernando Freire um dos poetas mais atuantes do facebook.

A produção do espetáculo é de Henrique Inácio.

Fonte – Assessoria de Imprensa – Anand Rao Multiempreendimentos

Eduardo Galeano homenageia militantes da água


Ao receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina, o escritor uruguaio dedicou o mesmo aos militantes da água “que em Mendoza e muitas outras comunidades do mundo lutam contra as mineradoras que a contaminam, as empresas florestais que a secam e contra todos os que traem a natureza, convertendo a água em um negócio e não um direito de todos”.
Redação

O escritor Eduardo Galeano recebeu terça-feira (22) o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina, e dedicou o mesmo aos militantes da água “que em Mendoza e muitas outras comunidades do mundo lutam contra as mineradoras que a contaminam, as empresas florestais que a secam e contra todos os que traem a natureza, convertendo a água em um negócio e não um direito de todos”. “A água é e quer seguir sendo um direito de todos”, disse Galeano.

O ato ocorreu no Salão de Grau da Universidade, cuja transmissão teve que ser exibida em outras duas salas pela grande quantidade de assistentes, a grande maioria deles estudantes, que não economizaram aplausos para celebrar a presença e as palavras do novo doutor.

Em sua exposição, Galeano fez uma referência aos bicentenários que diferentes países da América Latina celebram nestes anos. “A independência segue sendo uma tarefa inconclusa e é necessário memória para completá-la”. Falando sobre a memória, Galeano exaltou o “primeiro país independente e livre da América, o Haiti”. Ainda que os Estados Unidos tenham proclamado sua independência em 1776, “os 645 mil escravos seguiram sendo escravos”. Em troca, em 1804, no Haiti foi proclamada a independência e se libertaram os escravos. Esse fato “resultou imperdoável” para os antigos dominadores que “exigiram ao Haiti o pagamento, durante um século e meio, da dívida francesa e o condenaram, até hoje, à solidão, o desprezo e a miséria”.

Citou o Paraguai como outro exemplo. “Esse país desobediente e sem dívida foi destruído em nome da liberdade de comércio”, em cujo “prontuário” figura “a imposição do ópio na China e a destruição de ateliers na Índia por parte da rainha Vitória, da Inglaterra”. No marco do rio da Prata, evocou as figuras de Mariano Moreno e Juan José Castelli, membros da Primeira Junta, qualificados como “muito perversos” por aqueles que “sequestraram a Revolução” e defenestrados do processo.

Galeano também fez uma menção especial ao educador venezuelano Simón Rodríguez “El Loco”, a quem definiu como “o mais audaz e adorável dos pensadores latino-americanos”, apesar de ser “um perdedor” devido às perseguições que sofreu, mas não por isso menos importante, porque “na memória dos perdedores, ali está a verdade”. Ele lembrou algumas das iniciativas “proibidíssimas” do professor de Simón Bolívar – no contexto da década de 1820 – como seu princípio de que “sem educação popular não haverá verdadeira sociedade”, ou sua audácia de “mesclar rapazes e moças na escola e o ensino de artes manuais com as tarefas intelectuais”.

Recordou a famosa frase de Rodríguez: “Imitadores! Copiem dos Estados Unidos e da Europa sua originalidade” – e se perguntou: “Por acaso não está vivo esse “Loco” nas ânsias e ações de independência de nossos povos”.

O escritor finalizou sua exposição com a evocação do uruguaio José Artigas, “a voz mais profunda destas terras” e “primeiro a realizar uma reforma agrária na América”. Recordou com ironia que os chefes da última ditadura militar do Uruguai, ao erigir um mausoléu em honra a Artigas, buscaram em vão alguma citação dele para colocar no monumento. “Não conseguiram, porque todas as suas frases eram subversivas, Então só registraram datas de batalhas. “Artigas também é um perdedor profundamente ativo”, finalizou.

Fonte: http://www.uncu.edu.ar/novedad/item/eduardo-galeano-palabra-y-memoria-de-america-latina
Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17581

Wednesday, March 23, 2011

Cinema na Placa: uma experiência coletiva de ver cinema


CINEMA NA PLACA: UMA EXPERIÊNCIA COLETIVA DE VER CINEMA
Local: Centro Cultural de Ceilândia.
Endereço: QNN 13 Área Especial, ao lado da estação Ceilândia Norte.
Dia: 25 e 26 de Março de 2011
Horário: das 14:00 às 18:00 hs(seminários); das 19:00hs até às 22hs exibição de filmes ao ar livre.

CEICINE: COLETIVO DE CINEMA EM CEILÂNDIA

Debate-reivindicação-exibição para a construção de um cinema público em CEILÂNDIA e um curso continuado de cinema que atenda a comunidade local.

Da Produção a exibição, os caminhos da cadeia cinematográfica.
Exibição de filmes em 35 mm e digital, debates, proposições e diálogos que objetivem a sala de cinema.
LOCAL: CENTRO CULTURAL DE CEILÂNDIA, ao lado da ESTAÇÃO DO METRÔ(ESTAÇÃO CEILÂNDIA NORTE, PENÚLTIMA ESTAÇÃO DE CEILÂNDIA)
Presenças confirmadas:
Breitner Luiz Tavares ( pesquisador)
CEICINE( COLETIVO DE CINEMA EM CEILÂNDIA)
Igor Barradas ( cineasta)
Josiane Osório(coordenadora do festival de filmes curtíssimos )
Julia Zakia( cineasta)
Maria do Rosário Caetano (jornalista e pesquisadora de cinema)
Sérgio Borges (cineasta)
Sílvio Tendler(cineasta)
Thiago Mendonça (jornalista e cineasta)

FILMES.
DIAS DE GREVE – CEICINE – 24 minutos 35mm
ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU O MUNDO GLOBALIZADO VISTO DO LADO DE CÁ – SILVIO TENDLER – 89 Minutos 35mm
MINAMI EM CLOSE UP – THIAGO MENDONÇA – 18 minutos 35mm
O CÉU SOBRE OS OMBROS – SÉRGIO BORGES – 72 minutos – 35mm
QUEIMADO- IGOR BARRADAS- 19 MINUTOS, Vídeo.
RAP O CANTO DA CEILÂNDIA – ADIRLEY QUEIRÓS – 15minutos 35mm
TARABATARA – JULIA ZAKIA – 23 minutos 35mm

Seminários.
Dia 25/03, sexta-feira
Mesa 01. HORÁRIO 14:30 hs.
Experiência coletiva do cinema: uma necessidade de salas públicas.
Mediador - Thiago Mendonça
Debatedores - Adirley Queiróz / Julia Zaka / Maria do Rosário Caetano/Hamilton Pereira(Secretario de Cultura do Distrito Federal)/Nina Velez.

Mesa 02. Horário 16:30hs.
Políticas Públicas para distribuição de cinema: Como fazer chegar ao público a grande variedade e quantidade de filmes produzido no Brasil.
Mediadora - Maria do Rosário Caetano
Debatedores: Silvio Tendler / Sergio Borges / Thiago Mendonça/ e representante do SAV.

Dia 26/03, sábado
Mesa 03. HORÁRIO 14:30 hs
Cinema e educação - por uma escola de cinema na Ceilândia
Mediadora - Maria do Rosário Caetano
Debatedores: Breitner Tavares, Igor Barradas, representante da UnB, representante da secretaria da educação.

Mesa 04. HORÁRIO 16:30 hs
Cinema e Produção: Dos coletivos de cinema à busca de novas linguagens que possibilitem outra perspectiva de produção/representação.
Mediador: Thiago Aragão.
Debatedores: Julia Zakia / Igor Barradas / Ceicine / Josiane Osório.

Objetivos de debates da mesa 01 e mesa 02:
Nestas mesas, proporemos reflexões sobre a ausência de uma sala de cinema em CEILÂNDIA, o absurdo de uma cidade com quase meio milhão de habitantes estar alijada da possibilidade de ver, discutir e refletir o cinema de forma coletiva e ampla.

Aproveitando a convergência deste tema com a atual discussão nacional no audiovisual cuja preocupação é como distribuir a grande quantidade e variedade dos filmes nacionais produzidos, proporemos também a ampliação do debate para a importância da implantação de novas salas de cinema pelo Brasil afora que possa atender a esta demanda de exibição dos filmes nacionais.

Pensamos em uma sala de cinema em CEILÂNDIA que dialogue com uma necessidade brasileira no audiovisual e não como um fato isolado e único.

Como exibir essa grande quantidade de filmes produzidos no Brasil? Afinal, as possibilidades de exibição no formato "cinema tradicional" são, infelizmente, cada vez mais restritas as salas de shoppings, que são poucas e que atendem basicamente a um tipo de mercado específico do cinema.Propomos uma discussão que passe pelos caminhos da realização cinematográfica: Produção, distribuição e, principalmente, exibição.

Objetivos de debates da mesa 04 e mesa 03:
Aqui estaremos discutindo as possibilidades reais de criação de um curso continuado de cinema na cidade. Um curso que atenda à comunidade, que reflita nossas experiências individuais e coletivas e que possa se materializar em outra possibilidade de produção e interferência em toda a cadeia produtiva do cinema. Aproveitando deste momento de encontro e de trocas de experiência de alguns coletivos, novos realizadores de festivais e de cineastas que estão lançando seus primeiros filmes em longas metragens, essas discussões pretendem abrir um leque de possibilidades para a formatação dessa escola em CEILÂNDIA.

HORÁRIO DE EXIBIÇÃO DOS FILMES( OS FILMES SERÃO EXIBIDOS AO AR LIVRE, EM FRENTE AO ESTACIONAMENTO DA ESTAÇÃO CEILÂNDIA NORTE).

25/03, SEXTA-FEIRA A PARTIR DAS 20:00 HORAS.

DIAS DE GREVE – CEICINE – 24 minutos 35mm
MINAMI EM CLOSE UP – THIAGO MENDONÇA – 18 minutos 35mm
O CÉU SOBRE OS OMBROS – SÉRGIO BORGES – 72 minutos – 35mm

26/03, SÁBADO A PARTIR DAS 19:00 HORAS.

QUEIMADO- Igor Barrada- 19 minutos- Vídeo.
RAP O CANTO DA CEILÂNDIA – ADIRLEY QUEIRÓS – 15minutos 35mm
TARABATARA – JULIA ZAKIA – 23 minutos 35mm
ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU O MUNDO GLOBALIZADO VISTO DO LADO DE CÁ – SILVIO TENDLER – 89 Minutos 35mm

CORPO VIVO - Carrossel das espécies, de Ivaldo Bertazzo, em Brasília - DF


Consagrado espetáculo de Ivaldo Bertazzo será apresentado em Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Nas capitais, o professor e coréografo também ministrará workshops e lançará o livro Corpo Vivo – Reeducação do Movimento.

Que espécie de animal é você? Homem, quadrúpede, pássaro?
O que fazer quando a mente conquista beleza e liberdade e o corpo envelhece?
Imagine se o homem tivesse a capacidade de regeneração dos répteis, que abandonam toda a pele e desenvolvem outra no lugar. Se pudesse andar pelas paredes e tetos, desafiando a lei da gravidade e mudar a cor da nossa pele de maneira camaleônica. E se continuasse a respirar debaixo d’água, mesmo depois de rompido o cordão umbilical? Como seria o mundo se o homem voasse? E se tivesse uma visão de coruja, o radar do tubarão, a velocidade de um lince e a força de um touro?
Perguntas como essas permeiam o espetáculo interativo de Ivaldo Bertazzo, que estreou em 10 de setembro no SESC Pinheiros com 18 bailarinos.
“Corpo Vivo – Carrossel das espécies” faz parte de um projeto maior que abarcou também o lançamento do livro “Corpo Vivo - Reeducação do Movimento”, Edições SESC SP, e uma série de palestras e workshops.
Com roteiro de Marília Toledo, assistência de direção de Suzana Mafra e iluminação de Wagner Freire, o espetáculo pretende representar a evolução da espécie humana, comparando-a com a dos répteis, pássaros, peixes e quadrúpedes, por meio da dança, da música e de textos que percorrerão o teatro-dança.
O ator Rubens Caribé dá vida à história de um monge que dedica a existência não apenas à filosofia, mas também a estudos sobre a anatomia de diversas espécies, com o objetivo de encontrar a perfeição. Em cena, os encontros possíveis desse monge e de outros personagens, como um maestro que dirige um coral de bichos, um professor de organização dos músculos da face com os animais que ele pesquisa, num embate de atração e inveja em relação as suas características.
A mezzo soprano Regina Elena Mesquita também dá voz a uma mãe, uma égua e uma camareira, num repertório musical insólito, que mescla Nino Rota, uma canção iídiche, The Carpenters e canções regionais brasileiras.
O espetáculo, que terá momentos de interatividade, também pretende que o público se dê conta da importância do corpo como o instrumento de todas as ações cotidianas, que passam despercebidas, mas que são vitais ao ser humano. A respiração, o ato de piscar, a deglutição, são ações mecânicas e involuntárias que nem passam pelo nosso pensamento no dia a dia. Mas se algo der errado com uma dessas ações, o corpo para.
“Quando fazemos a representação dos animais, falamos das múltiplas habilidades motoras, o pássaro e sua flutuação, o peixe, com a perfeita articulação entre a cauda e a cabeça e, o homem, com a capacidade de dormir em pé, por exemplo, e outras características que o diferenciam das demais espécies: a imaginação, sedução, a melhor pele, que permite que ele pinte, toque piano... O homem paga um preço pela sua excessiva verticalidade. Queremos aproximar o público de sua psicomotricidade, do funcionamento de seu próprio corpo já que os aspectos mecânicos e motores são as ferramentas de integridade e preservação do corpo humano. É inevitável que o corpo envelheça e a mente fique mais refinada. Como preservar a unidade?”, questiona Bertazzo.
De maneira lúdica e bem humorada “Corpo Vivo” traz para o palco uma das principais reflexões do homem: a preservação
e a degeneração do corpo.

Recomendação etária: Livre
Duração: 90 minutos
Workshop de Reeducação do Movimento com Ivaldo Bertazzo
para 200 participantes
O workshop oferece ao participante uma experiência prática do método de reeducação do movimento com o objetivo de demonstrar sua aplicação em:
• Referências sobre organização postural,
• Concentração do aluno em sala de aula,
• Percepção corporal e equilíbrio da força muscular,
• Desenvolvimento da capacidade motora no uso do espaço
e dos objetos
Conteúdo:
• exercícios de estimulação do rosto e suas funções
• organização do olhar, respiração, emissão da voz, mastigação
e deglutição
• práticas que favorecem a construção de um bom posicionamento sentado e em pé, e a organização dos braços em relação à mesa e objetos
• equilíbrio do tônus muscular por meio de exercícios rítmicos para diminuir a hiperatividade e ampliar a capacidade de concentração.
• exercícios que utilizam o corpo na sua totalidade, usando apoios adequados, resistência contra o solo e descompressão articular
A cada participante será entregue uma mídia para consulta e referências a serem trabalhadas em sala de aula. E também um kit com utensílios para a vivência dos exercícios práticos, contendo: bastão, bexiga, escovinha, rolha, e palitos. Os participantes deverão estar vestidos confortavelmente para a execução de exercícios.
200 vagas – inscrições pelo site: www.ivaldobertazzo.com.br
Projeto Corpo Vivo
O projeto Corpo Vivo apoiado pelo Fundo Nacional de Cultura tem como objetivo a multiplicação do Método Bertazzo por meio de workshops realizados para mais de 1600 pessoas. E oficinas de imersão na capacitação de profissionais (arte-educadores, técnicos de equipamentos culturais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, profissionais de saúde e do esporte, psicólogos, entre outros) para a aplicação do Método Bertazzo na melhoria das condições de aprendizado. Visa também a democratização do acesso à produção cultural por meio de apresentações gratuitas do espetáculo “Corpo Vivo – Carrossel das Espécies” em diversas cidades brasileiras.

Ficha Técnica
CORPO VIVO - Carrossel das espécies
Concepção, Direção Geral E Coreografia Ivaldo Bertazzo
Texto e Roteiro: Marília Toledo
Direção Cênica: Suzana Mafra
Cenário e Figurino: Luciana Bueno
Confecção de Bonecos: Jésus Seda
Direção Musical: Ruben Feffer
Iluminação: Wagner Freire
Design de Som: André Omote
Elenco
Ator convidado: Rubens Caribé
Participação Especial: Regina Elena Mesquita
Companhia Teatrodança Ivaldo Bertazzo:
Amanda Christien, Anderson Nozes, Anderson Xavier, Angélica Cristhiewen, Ariane Silva, César Dias, Edson Lima, Felipe Torquato, Fernando Gomes, Franciane De Paula, Gil Celestino, Mayara Evelyn, Michele Bonifácio, Pablo Diego, Samira Marana, Thaís Diniz, Vagner Cruz, Vinicios Silva.
Informações para a imprensa: Tânia Bernucci
TB Comunicação – (11) 9909-6181 / 3672-3967
bernucci@uol.com.br

Brasília - DF
Corpo Vivo - Carrossel das Espécies
3 únicas apresentações
Dias 01 a 03 de abril de 2011
Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 18h
Entrada Franca
Teatro Nacional – Sala Vila Lobos
Teatro Eixo Monumental, 2
Informações:(61) 3325-6239 / (61) 3325-6256
www.ivaldobertazzo.com

Workshop - reeducação do movimento
com Ivaldo Bertazzo
Dia 02 de abril, sábado das 11 às 14h
200 vagas – inscrições somente no site www.ivaldobertazzo.com
Teatro Nacional - Sala Vila Lobos
Teatro Eixo Monumental, 2
Informações:(61) 3325-6239 / (61) 3325-6256
Após o workshop haverá o lançamento do livro Corpo Vivo Reeducação do Movimento.

Lançamento do livro de poesia “O engenho da loucura”, de Vicente Sá


Por Ascom T-Bone
10 de março de 2011

No próximo dia 24, o poeta, escritor, compositor, roteirista e sócio-freqüentador de bares e bibliotecas, Vicente Sá reunirá os amigos para lançamento do seu sétimo livro, “O engenho da loucura”.

Em Brasília desde 1968, Vicente Sá nasceu em Pedreiras, no Maranhão, cresceu em Brasília e, segundo ele, adotou e foi adotado pela cidade. Como letrista, já teve suas músicas gravadas por Liga Tripa, Célia Porto, Aloísio Brandão e Goya, entre outros. Atualmente tem vários parceiros músicos na cidade, como Sérgio Duboc, Aldo Justo, Flávio Faria, Goya, Aloisio Brandão e Lucina. Para se sustentar, trabalha também como jornalista e roteirista, mas se considera principalmente e essencialmente poeta.

Durante o lançamento haverá homenagem de vários músicos conhecidos de Brasília ao poeta Vicente Sá, entre eles: Aldo Justo; Aloísio Brandão; Caloro; Flávio Faria; Gadelha neto; Goia; Liga Tripa; Nonato Veras; Paulo D’Jorge; Sérgio Duboc; Renato Matos; Toninho Alves; Túlio Borges; Célia Porto e Renio Quintas.

Vicente Sá é porta-voz do Movimento Viva Arte.

Informações:Horário: A partir das 19 horas
Autógrafos e show musical de parceiros do poeta com leitura de poemas pelo autor.
Vicente Sá: vicentesa2002@yahoo.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo

Fonte: http://www.t-bone.org.br/

Tuesday, March 22, 2011

Oficina de roteiro e ilustração de HQ com Ricardo Liniers


Bolsas para os alunos do IC para a Oficina de roteiro e ilustração de HQ com Ricardo Liniers.

O Instituto Cervantes oferece cinco bolsas para os seus alunos para a “Oficina de roteiro e ilustração de histórias em quadrinhos com Ricardo Liniers”. Oficina dirigida a ilustradores, desenhistas, artistas plásticos, designers, jornalistas, escritores e estudantes universitários de algumas dessas áreas.

As bolsas serão concedidas por ordem de inscrição.

Instituto Cervantes Brasilia
SEPS 707 / 907 Conj. D Asa Sul
70.390-078 Brasilia - DF
Brasil
Tel.: 55 (61) 3242-0603
Fax: 55 (61) 3443-7828
mailto:cultx1bras@cervantes.es

III Conferência de Cultura do DF


A Secretaria de Estado da Cultura do Distrito Federal convocou a III Conferência de Cultura com o objetivo de abrir espaço de diálogo entre o governo e a sociedade civil para a apresentação de subsídios com vistas à formulação das Políticas Públicas de Cultura do Distrito Federal e constituir os instrumentos adequados para pactuar suas ações.

As 47 Pré-conferências de Cultura previstas em todo o Distrito Federal tem como objetivo discutir a política cultural para as 30 cidades no biênio 2012/2013. Ao todo acontecem 30 conferências regionais, 14 setoriais e três livres reunindo representantes do movimento cultural e interessados. Até o dia 14 de março foram realizadas 10 pré-conferências com participação de 602 pessoas, tendo sido eleitos até o momento 60 delegados e oito Conselhos Regionais de Cultura.

Os delegados eleitos participarão da III Conferência de Cultura do DF a ser realizada nos dias 1º, 2 e 3 de maio, em Brasília. O seu objetivo é apresentar propostas para o Plano de Cultura do Distrito Federal do biênio 2012/2013.
Além disso, os Conselhos Regionais de Cultura atuarão na priorização de ações nas 30 cidades do DF em articulação com as Administrações Regionais e a Secretaria de Cultura do DF.

Ao lado de artistas e setores da sociedade, o secretário de cultura, Hamilton Pereira,tem participado das Pré-conferências e dito: “A Conferência de Cultura não é um evento, mas um processo de construção de políticas, de construção de instâncias efetivas de participação popular organizada. Ela deve ser estimuladora da ação organizada dos cidadãos é por isso que ela é tão importante pra nós, é por isso que ela tem que acontecer com a representatividade que ela tem obtido nas 30 cidades”.
A coordenação da III Conferência de Cultura do DF reforça que “a proposta visa estabelecer um novo padrão de relação com a sociedade, os movimentos culturais e artísticos, de maneira democrática, participativa e republicana”.

Maiores Informações
Núcleo de Políticas Culturais e Descentralização
Lília Diniz e Nelson Gilles
3325-6107
http://conferenciaculturadf.blogspot.com/

ProgramaçãoA programação das Pré-Conferências de Cultura do DF conta com apresentações culturais, propostas e reivindicações da sociedade, eleição de delegados e do Conselho Regional de Cultura. O evento dura em torno de cinco horas. Confira a agenda das próximas reuniões:

SEGUNDA-FEIRA (21/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA DO SETORIAL DE DANÇA
LOCAL: Espaço Cultural Renato Russo (508 sul)
HORÁRIO: Das 18 às 22hs

TERÇA-FEIRA (22/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA LIVRE DOS PONTOS DE CULTURA
LOCAL: Espaço Cultural Renato Russo (508 sul)<摔ȳ>
HORÁRIO: Das 18 às 22

QUARTA- FEIRA (23/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA DO SETORIAL BIBLIOTECA, LIVRO E LEITURA
LOCAL: Espaço Cultural Renato Russo (508 sul)
HORÁRIO: Das 18 às 22hs


QUINTA-FEIRA (24/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA DO SETORIAL DE CULTURA DIGITAL
LOCAL: Espaço Cultural Renato Russo (508 sul)
HORÁRIO: Das 18 às 22hs

SEXTA-FEIRA (25/03):
A Pré- Conferência LIVRE DE HIP HOP que estava agendada para este dia foi transferida para o dia 17 de abril e será realizada no Espaço Cultural Renato Russo (horário ainda não confirmado).
Caso haja alteração na agenda ou transferência de atividade para este dia (25/03), encaminharemos email avisando a todos.

SÁBADO (26/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA REGIONAL DE ITAPOÂ
LOCAL: Escola Classe 01- Quadra 61 A.E DEL LAGO (AO LADO DO RESTAURANTE COM.)
HORÁRIO: Das 13 ás 18hs

DOMINGO (27/03):
PRÉ-CONFERÊNCIA REGIONAL DO VARJÃO
LOCAL: Estrada Parque Paranoá Norte Qd. 07 Lote: 03 Escola Classe Varjão 02
HORÁRIO: Das 8 às 12hs

Mais informações: http://www.sc.df.gov.br/?sessao=conteudo&idSecao=605&titulo=III-CONFERENCIA-DE-CULTURA-DO-DISTRITO-FEDERAL

Thursday, March 17, 2011

De Saulo a Pablo: asombrosa conversión antinuclear en Stuttgart


Foto: La cadena humana, ante la central de Neckarwestheim.- MARIJAN MURAT (AFP)

Parece que la Unión Demócrata Cristiana de Angela Merkel acaba de caerse con gran estrépito de un radiante caballo nuclear. Casi da pereza recurrir a las hemerotecas, de tan fresco que sigue el aplazamiento del apagón nuclear que Merkel y sus socios liberales aprobaron en septiembre. Los medios onlinese recrean comparando las viejas citas pronucleares ("Es una verdadera pena renunciar a la energía nuclear", Merkel, 2009) con la nueva posición del Gobierno.

El viraje de Merkel en sólo un par de días encuentra parangón en Baden-Württemberg, donde el primer ministro Stefan Mappus ha pasado de paladín nuclear a pionero del cierre de centrales en su territorio. No sólo cierra definitivamente la polémica y vetusta Neckarwestheim, sino que se plantea también el probable cierre de Philippsburg I. El próspero land del suroeste se quedaría sin la mitad de sus centrales atómicas. La combinación del desastre de Fukushima con las elecciones regionales del 27 causaron el cambio de parecer. Ahora, Mappus tiene que lograr que la gente se lo crea.

Además de apoyar el uso de la tecnología atómica hasta hace cinco días, Mappus fue el artífice de la compra del 45% de la eléctrica ENBW. Más de la mitad de la electricidad obtenida por ENBW sale de las centrales que mantiene en la región. En las dos que van a cerrar, que tienen ya cuarenta años, y en las dos que seguirán abiertos. Una inversión redonda para las arcas públicas: 5.000 millones de euros en viejas instalaciones que ahora están a punto de clausurarse.

Mappus defiende ahora la inversión en ENBW asegurando en Stuttgart que "si la hubieran comprado los franceses, ahora sí que no habría desconexión". El orondo Mappus demuestra tener cintura... pero aun así corre el peligro de verse desbancado el 27 por una coalición de Verdes y socialdemócratas. Ellos aprobaron el cierre de todas las centrales atómicas hasta 2021. Merkel, con el entusiasta apoyo de Mappus, las indultó por una media de doce años.

Fonte: http://www.elpais.com/articulo/internacional/Saulo/Pablo/
asombrosa/conversion/antinuclear/Stuttgart/elpepuint/20110317elpepuint_13/Tes

神奈川沖浪裏, Kanagawa oki nami ura











(solidário ao sofrimento do povo japonês)

WENN



WENN

Welche Musik soll man singen,
Welche Wörter soll man sagen,
Welche Pflanze soll man anbauen,
wenn die Ströme keine Ufer achten?

Vor welchen Göttern soll man sich fürchten,
Von welchem Morgen soll man träumen,
Für welches vertraute Lied soll man sich begeistern,
Wenn die fernste und die innigste Welle zusammenbricht?

Mit welche Farben soll man malen,
Mit welchem Instrument soll man spielen,
Mit welcher Intensität soll man dem Gipfel erreichen,
Wenn es alles und nichts zu sagen gibt?

marcos freitas. in Staub und Schotter (2008).
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9030995&sid=97511819713110563023846811&k5=39CA6789&uid=

Hunderte demonstrieren gegen Atomkraft


© Fotos: Gehlen
Göttingen. In Göttingen haben sich am frühen Montagabend mehrere Hundert Menschen versammelt und einen Ausstieg aus der Atomenergie gefordert. Anlass war das Unglück in Japan, wo nach einem Tsunami der atomare Gau droht.

Die Atomkraftgegner waren bunt gemischt: Schüler und Studenten demonstrierten zusammen mit Linken, Eltern und Veteranen des Atomprotests. Aufgerufen zu der Demo hatte das Anti-Atom Plenum Göttingen.

„Der katastrophale Unfall im Atomkraftwerk Fukushima führt uns allen dramatisch vor Augen, dass die Atomtechnologie ein unbeherrschbares Risiko darstellt“, hieß es.
Für die Atomkraftgegner gab es nur eine Schlussfolgerung: „Atomkraftwerke abschalten.“ Selbst die Gänseliesel musste sich dem Protest anschließen. Sie bekam einen Mundschutz verpasst. (gör)

http://www.hna.de/nachrichten/landkreis-goettingen/goettingen/hunderte-demonstrieren-gegen-atomkraft-1160924.html

Wednesday, March 16, 2011

Palestra gratuita sobre rede de bibliotecas abre Ciclo de Conferências em 2011

Ficções de Guimarães Rosa, de Fábio Lucas



Fábio Lucas lançará Ficções de Guimarães Rosa, pelo Selo Amarilys, no dia 17 de março, a partir das 18 horas, na Academia Paulista de Letras, Largo do Arouche,312/324.

O livro foi lançado incialmente em Belo Horizonte, no mês de fevereiro. Fábio Lucas,atual conselheiro e ex-presidente da UBE, integra a Academia Mineira de Letras e a Academia Paulista de Letras.

Fonte: www.ube.org.br

Lançamentos da Antologia Fincapé (Coletivo de Poetas)


Sumário, 5. Ficha técnica, 6. Dedicatória, 7. Vinte e um anos na estrada em direção à Poesia, 8-10. A Poesia não morreu, viva a poesia, por Maurício Melo Júnior, 12-13. Coletivo de Poetas, 14. Aloísio Brandão, 15. Antonio Miranda, 21. Adão Paulo Oliveira, 27. Alceu Brito Corrêa, 33. Ariosto Teixeira, 39. Almira Rodrigues, 45. Anabe Lopes, 51. Basilina Pereira, 57. Carlos augusto Cacá, 63. Carla Andrade, 69. Chico Pôrto, 75. Cristina Bastos, 81. Chico Castro, 87. Donne Pitalurgh, 93. Edmilson Figueiredo, 99. Ézio Pires, 105. Francisco K, 111. Geisa Gonzaga, 117. Herbert Lago Castelo Branco, 123. Hilan Bensusan, 129. Helvídio Nunes de Barros Neto, 135. Ivan Silveira Braga, 141. Isolda de Sousa Marinho, 147. Jorge Amâncio, 153. José Roberto da Silva, 159. José Edson dos Santos, 165. Jorge Antunes, 171. Lourdes Teodoro, 177. Marcos Freitas, 183. Mariana Matias, 189. Menezes y Morais, 195. Marta Peres, 201. Nicolas Behr, 207. Noélia Ribeiro, 213. Nonato Veras, 219. Nando Potyguara, 225. Paulo Roberto Miranda, 231. Reginaldo Gontijo, 237. Salomão Sousa. 243. Solymar Cunha, 249. Sids de Oliveira, 255. Wélcio de Toledo, 261. Yonaré Flávio de Melo, 267.

Ficha técnicaCapa: Personagem Urgente, óleo e acrílico sobre tela, cada painel 200 X 150 cm., por Luiz de Alcântara. Quarta capa: Muro do Amor, por Luiz de Alcântara. Coordenação: Menezes y Morais. Coletivo de Poetas. Fotos: Chagas Silva, Josemar Gonçalves, Susana Dobal, Marcelo Lunieri, Rubens Rebouças, Sérgio Morais, Vanessa Silva, Edmilson Figueiredo, Raphael Mendes, Delmária Ferreira, arquivo dos poetas. Caricatura: Joanfi e Inez Woortmn. Obra do Coletivo de Poetas. Capas: Poemas, gravura de Fra. Filippo Lippi, Madona com o Menino; Outros Poemas, Sgreccia: A Árvore da Vida, mitologia pré-colombiana, acrílico sobre tela; Ibirapitanga, Glênio Bianchetti; Mais Uns, Resa (Luís Eduardo de Resende); Contos, Heloisa Gurgel. Thiago Sarandy deu uma força no scanner de algumas fotos de Fincapé.

O poeta no Cervantes, falando de poesia e sobre o Inquietudes de horas y flores

Tuesday, March 15, 2011

Poesia para ver: Em pauta, as várias formas da palavra


Escritores brasilienses e espanhóis realizam encontro aberto ao público
Em pauta, as várias formas da palavra

Nahima Maciel
Publicação: 14/03/2011 09:42 Atualização: 14/03/2011 21:21

A poesia visual pode ter cara de objeto, performance e até uma arte gráfica ou animação. Ou pode apenas evocar imagens por meio de metáforas e combinações de palavras. Para confeccioná-la vale lançar mão de todos os recursos disponíveis, inclusive, e principalmente, os tecnológicos. O importante é não perder a postura poética, experimentar a linguagem, investigar as possibilidades estéticas da palavra. O formato não é novo — os concretistas brasileiros usaram e abusaram dos recursos nos anos 1950 — mas ainda rende boas experiências e é para falar sobre elas e conhecê-las que o espanhol Alfonso Hernandez organizou o encontro Poesia para se ver, que tem início nesta segunda-feira (14/3) no Instituto Cervantes.

PROGRAMAÇÃO:
Poesia para ver

Encontro de poesia com Alfonso Hernandez, Angélica Torres, Fred Maia, Marcos Freitas, Alicia Silvestre, Antonio Miranda e Nicolas Behr. De hoje a quinta, às 19h30, no Instituto Cervantes (707/907 Sul, Lote D). Entrada franca.
Programação completa:

* 14 de março (segunda-feira)
19h - Apresentação do livro “El Crucero”, de Alfonso Hernández (edição bilíngüe)
19h30 - Mesa redonda: Realidades Actuales En La Poesía Hispano-Brasileña
Participantes: Antônio Miranda, Angélica Torres, Alicia Silvestre, Alfonso Hernández, Fred Maia, Nicolas Behr e Marcos Freitas

* 15 de março (terça-feira), às 19h
Oficina de escritura: Visuais
Com Antônio Miranda e Marcos Freitas

A oficina trabalhará com a poesia visual, aquela poesia que é criada através de formas e que tem relação com o mundo real. Os participantes terão que criar seus próprios poemas segundo sua visão do mundo.

* 16 de março (quarta-feira), às 19h
Oficina de escritura: Viagens Siderais e Outros Sonhos
Com Angélica Torres e Alfonso Hernández

A oficina explora os sonhos para oferecer uma poesia de imagens através das palavras e dos relacionaremos com outras manifestações artísticas, como a pintura e o mundo da arte. Os participantes elaborarão seus próprios poemas e sonhos.

* 17 de março (quinta-feira), às 19h
Oficina de escritura: Mistérios Poéticos
Com Nicolas Behr e Alicia Silvestre

Mundos paralelos à experiência como poetas, a oficina fala sobre o universo que nos rodeia. Um mundo que nos seduz, paisagens urbanas que se confundem com nossa realidade cotidiana e em nosso entorno na natureza. Os participantes aprenderão a criar, a partir da observação minuciosa da realidade circundante, com um olhar poético, e em especial, incidindo dois tópicos literários de todos os tempos: a relação entre poeta e cidade e o trio Deus-Homem-Natureza.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/03/14/interna_diversao_arte,242499/escritores-brasilienses-e-espanhois-realizam-encontro-aberto-ao-publico.shtml

Monday, March 14, 2011

Escritores brasilienses e espanhóis realizam encontro aberto ao público


14/03/2011
Foto: Nicolas Behr: “Só sentimento não basta para fazer poesia”
Nahima Maciel

A poesia visual pode ter cara de objeto, performance e até uma arte gráfica ou animação. Ou pode apenas evocar imagens por meio de metáforas e combinações de palavras. Para confeccioná-la vale lançar mão de todos os recursos disponíveis, inclusive, e principalmente, os tecnológicos. O importante é não perder a postura poética, experimentar a linguagem, investigar as possibilidades estéticas da palavra. O formato não é novo — os concretistas brasileiros usaram e abusaram dos recursos nos anos 1950 — mas ainda rende boas experiências e é para falar sobre elas e conhecê-las que o espanhol Alfonso Hernandez organizou o encontro Poesia para se ver, que tem início hoje no Instituto Cervantes.

Até quinta-feira, poetas de Brasília e da Espanha realizam palestras, oficinas e leituras com foco na produção do poema visual. “Poesia para ver seria uma poesia feita com imagens poéticas através de palavras”, define Hernandez. A primeira palestra será dedicada a investigar os rumos da poesia contemporânea espanhola, que, segundo o organizador, tem características urbanas muito marcantes. “É feita por um poeta que sai de si mesmo pela janela para falar do que está acontecendo pelo mundo”, descreve. “O poeta observa a sociedade. Podemos falar de um poeta observador. É uma poesia que está em espaços urbanos e o poeta se mistura com esse espaço.” Ele enxerga a mesma marca na produção brasiliense e acredita que a configuração do espaço urbano da capital influencia diretamente os poetas. Além do espanhol, o debate de hoje reúne Angélica Torres, Fred Maia, Marcos Freitas, Alicia Silvestre, Antonio Miranda e Nicolas Behr, todos convidados para ministrar oficinas e palestras durante o evento.

Hernandez mora em Brasília há três anos e meio e é professor do Instituto Cervantes, mas foi em Coimbra, onde morou durante um ano, que concebeu o primeiro livro. El crucero, cujo lançamento acontece hoje, tem edição bilíngue em espanhol e português e foi idealizado durante um período de imersão no universo da lusofonia. “Me atraía muito a cultura portuguesa, que para mim era desconhecida. Apesar de ser perto, não é comum os espanhóis conhecerem a cultura portuguesa.” El crucero é uma antologia da produção de Hernandez desde os 14 anos até a etapa que considera “madura”, iniciada durante os estudos de filologia na Universidade de Granada.

Antonio Miranda, convidado do encontro e diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, vê na poesia contemporânea forte tendência para a visualidade. Recursos tecnológicos e ferramentas digitais aparecem como instrumentos frequentes. No link Poesia Visual, no próprio site, Miranda lista 296 autores que investiram no gênero. Alguns são velhos conhecidos dos leitores, como Paul Élouard, André Breton, Augusto e Haroldo de Campos e até Lewis Carrol, outros são mais presentes no universo musical, caso de Caetano Veloso e Gilberto Gil, ou têm nomes pouco associados à poesia, como o artista plástico goiano Siron Franco e o pintor francês Henri Matisse, mas todos, um belo dia, resolveram experimentar as possibilidades plásticas dos versos.

“A poesia escrita também traz imagens, mas são imagens visuais. Quando falo em poesia visual penso mais na poesia que se transforma em objeto. É um paradigma que no Brasil tomou impulso com os concretistas e que hoje chega a formas como a intervenção urbana e as performances poéticas”, diz Miranda. “A poesia está buscando novas formas de expressão.”

Durante as oficinas de Poesia para ver, ele quer abordas as formas visuais de conceber versos. Já Nicolas Behr, outro convidado, acredita ser possível nortear os participantes no exercício da linguagem poética. “As pessoas investem muito no sentimental e pouco na linguagem. Só sentimento não basta para fazer poesia, tem que ter experimentação estética, senão vira uma carta para a namorada”, avisa Behr, que divide com Alicia Silvestre a responsabilidade da oficina Mistérios poéticos.

http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=12559&secao=Programe-se&data=20110314

Friday, March 11, 2011

O que restou do teatro de Bertold Brecht

Palestra da escritora panamenha Rosa Maria Britton, dia 17, no auditório da BNB

Escritores piauienses Marcos Freitas e Fred Maia participam de projeto no Instituto Cervantes de Brasilia


Escritores piauienses Marcos Freitas e Fred Maia participam de projeto no Instituto Cervantes de Brasilia, discutindo a realidade atual da poesia hispânico-brasileira e apresentam seus poemas em espanhol, recentemente traduzidos.

Atividade gratuita
Inscrições na Secretaria do Instituto Cervantes de Brasilia:
Instituto Cervantes de Brasilia
SEPS 707/907-Conj. D
70.390-078 Brasilia-DF
Tfno. +55 61 32420603
Fax +55 61 34437828

Também pode-se escrever por meio do e-mail: prof1bras@cervantes.es


Colección Complementos. Serie Didáctica
Alicia Silvestre Miralles y Elías Serra Martínez
Aproximación a la poesía en español: Propuestas didácticas

O livro apresenta, dentre outros assuntos, uma análise do processo de tradução, do português ao espanhol, de quatro poetas brasileiros contemporâneos: Fred Maia, Angélica Torres, Marcos Freitas e Cristina Bastos.

Livro em formato digital:
http://www.educacion.es/exterior/br/es/publicaciones/publi09.shtml

Lançamento do romance 'As almas que se quebram no chão', de Kalerno Bocarro


Palestra e lançamento do livro "As Almas se Quebram ao Chão"
Quarta-feira, 23 de março às 19h
Tema: Bate-papo com o autor Karleno Bocarro
Palestrante: Karleno Bocarro

Nesta quarta-feira, a Livraria Cultura receberá o autor cearense Karleno Bocarro para bate-papo seguido de sessão de autógrafos do romance 'As almas que se quebram no chão'. Esta obra trata da história de projetos que não se concluem, de ambições jamais alcançadas, de pessoas que se tornam títeres das circunstâncias, e que, eternamente deslocadas, não encontram conforto senão em suas pequenas misérias. Ambientado na Alemanha Oriental de fins dos anos 1980 - após a queda do muro -, o romance conta a história de um estudante brasileiro, perdido entre a euforia do novo e a nostalgia do velho regime.

Unidade: Shopping Varanda Mall
Endereço: Av. Dom Luís, 1010 - Meireles - Fortaleza/CE
Local: Auditório

Horário de funcionamento da loja:
Segunda a Sábado - 10h às 22h
Domingos e Feriados - 14h às 20h

Sujeito a lotação. Capacidade de 98 lugares.

Thursday, March 10, 2011

Semana da Francofonia em Brasília


DE 15 A 27 DE MARÇO DE 2011.

37 PAÍSES SE JUNTAM PARA CELEBRAR VALORES COMUNS
*Evento traz a Brasília, pela primeira vez, a cantora Berry, nova sensação da música francesa
*Mostra de cinema reúne 30 filmes e será exibida em sete diferentes espaços

De 15 a 27 de março, Brasília vai respirar francês. A cidade acolhe a 14ª edição da SEMANA DA FRANCOFONIA, evento que reúne cinema, música, teatro e diferentes atividades comunitárias e acadêmicas que têm em comum o desejo de celebrar a língua francesa em toda a sua diversidade. Em 2011, a SEMANA DA FRANCOFONIA cresceu e oferece uma mostra cinematográfica com 30 filmes, um show que traz pela primeira vez ao Brasil a cantora Berry (celebrada revelação da música na França), apresentações da peça Catharsis, que revela ao País a obra do togolês Gustave Akakpo, o esperado Bazar (que reúne objetos e produtos de vários países francófonos) e muito mais. Um evento que vai se espalhar por vários espaços da cidade, em clima de confraternização.

Mais informações no site www.francofonia.org.br.

A SEMANA DA FRANCOFONIA 2011 está reunindo, em sua organização, 37 países, entre membros da OIF – Organização Internacional da Francofonia e países observadores. A Organização Internacional da Francofonia é uma instituição fundada sobre o princípio de uma língua e de valores comuns. Conta atualmente com 56 Estados e governos membros e 19 observadores e representa mais de 890 milhões de pessoas que compartilham o idioma francês e os valores universais. A Organização Internacional da Francofonia conduz ações nos campos da política internacional e da cooperação multilateral. Abdou Diouf, ex-Presidente do Senegal, é o Secretário-Geral da Organização desde 2002.

Há mais de uma década, em Brasília, onde estão as Embaixadas dos países membros, e em outras cidades brasileiras, a celebração da SEMANA DA FRANCOFONIA toma a forma de diversas atividades culturais, esportivas e acadêmicas, que visam ressaltar o apego do grupo a valores como a liberdade, a solidariedade, a democracia, os direitos individuais e a diversidade cultural. Diversos povos, com realidades distintas e vindos de diferentes continentes, são unidos por ações com sotaque francês.

FRANCOFONIA – A francofonia nasceu por iniciativa de três francófonos não-franceses – representantes da Costa do Marfim, Tunísia e Nigéria – para denominar uma comunidade linguística descontínua que tem em comum a língua francesa (como primeira ou segunda língua) e diversos aspectos culturais. O movimento se propõe a promover a diversidade cultural linguística do francês, promover a paz, apoiar a educação e desenvolver a cooperação e a solidariedade entre os países membros da OIF.

PROGRAMAÇÃO GERAL

Terça, 15/3
Mostra de Cinema: Sala Le Corbusier (Embaixada da França), SESI Taguatinga, SESC (SCS), Caixa Cultural, Aliança Francesa, SESC Gama, UnB – até 27/3 (ver pág. 3)

Quinta e Sexta 17/3 e 18/3
Colóquio Universitário: palestra de Pascal Boniface – UniCEUB (Anfiteatro Bloco B – SEPN 707/907 (ver pág. 19)

Quinta, 19h: Conferência “Evolution géopolitique du monde contemporain, regard sur les espaces linguistiques francophones” (Evolução geopolítica do mundo contemporâneo, olhar sobre os espaços lingüísticos francófonos)
Sexta, 18h: Conferência “Football et mondialisation” (Futebol e globalização). Tradução simultânea em português

Sexta, 18/3
Ditado Animado – Aliança Francesa, às 18h (ver pág. 16)
Inscrições gratuitas até 15/3 pelo site www.lyceefrancais-brasilia.net

Domingo, 20/3
Torneio de futebol – Arena Futebol Clube – das 9h às 13h (ver pág. 17)

Segunda, 21/3
Espetáculo teatral Catharsis, com o grupo En classe et en scène – Teatro Eva Hertz (Livraria Cultura do Shopping Iguatemi) – às 16h e às 20h (ver pág. 17)

Terça, 22/3
Show com a cantora Berry – Caixa Cultural – às 20h (ver pág. 18)

Terça, quarta e quinta, 22, 23 e 24/3
Colóquio Universitário: “Diversidade em francês: língua e cultura sem fronteiras” – Universidade de Brasília – Auditório Roberto Salmeron – Faculdade de Tecnologia FT – das 8h30 às 18h
*Terça, 22/3 às 8h30 – Abertura oficial
10h - Mesa-redonda: “Théâtre, francophonie et enseignement du FLE” (Teatro, francofonia e ensino de língua estrangeira)
14h – Mesa-redonda: “Recto-verso”
16h30 – Soirée poétique (Sarau poético)
Debates abertos ao público

*Quarta, 23/3, 08h30 – “Les arts et la francophonie”(Artes e francofonia)
10h30 – “La langue sans frontière”(Língua sem fronteiras)
14h- “La Francophonie et l’Éducation: opportunités et perspectives” (Francofonia e educação : oportunidades e perspectivas)
Debates abertos ao público

Quinta 24/03
16h: Conferência Bernard Cerquiglini, Reitor da AUF (Agência Universitária da Francofonia).
Tradução simultânea em português
Mais informações: www.francofonia.org.br

Sábado, 26/3
Rally Esportivo-Cultural – partida do Liceu François Mitterrand (708/907 sul) – 9h
Inscrições e regulamento: www.francofonia.org.br

Domingo, 27/3
Bazar da Francofonia – Liceu François Mitterrand – 10h às 18h


PROGRAMAÇÃO DE CINEMA

Programação completa no site de Cinefrance: http://www.cinefrance.com.br/atualidades/festivais/?festival=68&ordem=cidade

Dia 15/3, Terça
12h – Xalima, a pena – SESC (SCS)
18h – Tilai – Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
19h – Você e eu – SESC Gama
20h – Amores imaginários – Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
- O Herdeiro – SESI Taguatinga

Dia 16/3, Quarta
12h – Tobruk – SESC (SCS)
19h – Barcelona ou a Morte – SESC Gama
- Caindo no Ridículo - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
20h – Você e eu – SESI Taguatinga

Dia 17/3, Quinta
12h – Poeira Urbana – SESC (SCS)
14h – Madame Brouette – Aliança Francesa
16h – O Papai Noel é um picareta – Aliança Francesa
18h – Tobruk - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
19h – Eu e meu branco – SESC Gama
20h – Bernie - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
20h – Ali Zaoua – SESI Taguatinga

Dia 18/3, Sexta
12h – Tasuma, o fogo – SESC (SCS)
14h – After shave + O preço da inocência – Aliança Francesa
16h – Rastros, pegadas de mulheres – Aliança Francesa
18h – Os barões - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
19h – Desacorrentadas – SESC Gama
20h – Ali Zaoua - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
- Eu e meu branco – SESI Taguatinga

Dia 19/3, Sábado
18h – Os barões – SESC Gama

Dia 20/3, Domingo
18h – Poeira urbana – SESC Gama

Dia 21/3, Segunda
12h – Barcelona ou a morte – SESC (SCS)
14h – Barcelona ou a morte – Aliança Francesa
16h – Operação Casablanca – Aliança Francesa
18h – Desacorrentadas - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
18h – Você e eu – Caixa Cultural
19h – Rastros, pegadas de mulheres – SESC Gama
20h – Jasminum - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
- O preço do perdão – SESI Taguatinga
- As invasões bárbaras – Caixa Cultural

Dia 22/3, Terça
12h – Tasuma, o fogo – SESI Taguatinga
12h30 – Bernie – UnB – Universidade de Brasília
14h – O Papai Noel é um picareta – Aliança Francesa
16h – Memórias entre duas margens – Aliança Francesa
18h – Xalima, a pena - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
19h – Tilai – SESC Gama
20h – Cúmplices - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)

Dia 23/3, Quarta
12h30 – A Grande Sedução - UnB – Universidade de Brasília
14h – O Herdeiro – Aliança Francesa
16h – Bernie – Aliança Francesa
18h – Operação Casablanca – Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
- A última fuga – Caixa Cultural
19h – After shave + O preço da inocência – SESC Gama
20h – O Papai Noel é um picareta - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
- Bom cop, bad cop – Caixa Cultural

Dia 24/3, Quinta
12h – Os barões – SESC (SCS)
14h – Ali Zaoua – Aliança Francesa
16h – Você e eu – Aliança Francesa
18h – A grande sedução - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
20h – Duas senhoras - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)

Dia 25/3, Sexta
12h30 – Os barões – UnB – Universidade de Brasília
14h – Curling – Aliança Francesa
16h – Eu e meu branco – Aliança Francesa
18h – Você e eu - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)
19h – Madame Brouette – SESC Gama
20h – Cúmplices – SESI Taguatinga
20h – O Preço do Perdão - Sala Le Corbusier (Embaixada da França)

Dia 26/3, Sábado
18h – Memória entre duas margens – SESC Gama

Dia 27/3, Domingo
18h – Bernie – SESC Gama

Zona de Invenção & Poesia

Friday, March 04, 2011

''A ecologia é o ópio do povo''. Entrevista com Slavoj Zizek


Esta entrevista foi realizada pelo professor Ricardo Sanín, do Departamento de Filosofia e História do Direito da Universidade Javeriana, da Colômbia, sendo cedida a MAGIS por intermédio do professor dos PPGs em Filosofia e Direito da Unisinos, Alfredo Culleton. Sanin e Culleton (também responsável pela tradução e introdução da entrevista) trabalham em cooperação em projeto de desenvolvimento de uma Teoria Crítica dos Direitos Humanos, junto com o professor Costas Douzinas, da Universidade de Londres.

A entrevista foi publicada por Magis, Revista da Unisinos, no. 05, dez 2009-jan 2010.

Eis a entrevista.

O senhor tem insistido que tanto o multiculturalismo quanto os movimentos ecológicos não abordam os problemas políticos verdadeiramente agudos e relevantes para o mundo. Por quê?

O multiculturalismo passa por cima dos problemas políticos verdadeiramente relevantes e agudos quando os reduz a meros problemas culturais. Quando lidamos com um problema real, tanto sua designação ideológica como sua percepção como tal introduz uma mistificação invisível. Digamos que a tolerância designa um problema real. É claro, sempre me perguntam: “Como você pode concordar com a intolerância com os estrangeiros, estar de acordo com o antifeminismo ou ao lado da homofobia?”. Aí reside a armadilha. Evidentemente, não estou de acordo. Ao que me oponho é à nossa percepção automática do racismo como mero problema de tolerância. Por que tantos problemas atualmente são percebidos como problemas de intolerância, em vez de serem entendidos como problemas de iniquidade, exploração e injustiça? Por que o remédio tem de ser a tolerância em vez de a emancipação, a luta política, ou ainda a luta política armada? A resposta imediata está na operação básica do multiculturalismo liberal: “a culturização da política”. As diferenças políticas, diferenças condicionadas pela iniquidade política ou a exploração econômica, se naturalizam como simples diferenças “culturais”. A causa desta culturização é o retrocesso, o fracasso das soluções políticas diretas, tais como o estado social. A tolerância é seu ersatz ou sucedâneo pós-político. A ideologia é, neste preciso sentido, uma noção que, enquanto designa um problema real, dilui uma fronteira de separação crucial.

E quanto à ecologia?

É precisamente no terreno da ecologia que podemos delinear a demarcação entre a política da emancipação e a política do medo na sua forma mais pura. De longe, a versão predominante da ecologia é a da ecologia do medo – medo da catástrofe, humana ou natural, que pode perturbar profundamente ou mesmo destruir a civilização humana. Essa ecologia do medo tem todas as oportunidades de se converter na forma ideológica predominante do capitalismo global, um novo ópio das massas que sucede o da religião. Assume a função fundamental da religião, aquela de impor uma autoridade inquestionável que estabelece todo limite. Apesar de os ecologistas exigirem permanentemente que mudemos radicalmente nossa forma de vida, é precisamente isso que subjaz a essa exigência no seu oposto, isto é, uma profunda desconfiança em relação à mudança, em relação ao desenvolvimento, em relação ao progresso: cada transformação radical pode conter a consequência inestimada de detonar uma catástrofe. É exatamente essa desconfiança que converte a ecologia em um candidato ideal para tomar o lugar de uma ideologia hegemônica, pois faz eco da desconfiança em relação aos grandes atos coletivos.

Afinal, de qual natureza estamos falando?

A “natureza” como condição de domínio, de reprodução balanceada, de implantação orgânica dentro da qual intervém a humanidade com a sua desmedida, destruindo brutalmente sua moção circular, não é outra coisa que a fantasia do ser humano; a natureza já é de fato uma “segunda natureza”, seu equilíbrio é sempre secundário, trata-se de uma tentativa de negociar um “hábito” que restauraria alguma ordem depois das intervenções catastróficas. A lição que devemos colher é a de que, se não podemos estar seguros de qual será o resultado final das intervenções humanas na biosfera, uma coisa é certa: se a humanidade detivesse abruptamente sua imensa atividade industrial e deixasse que a natureza tomasse seu curso equilibrado, o resultado seria uma ruptura total, uma catástrofe inimaginável. A “natureza” na Terra está tão adaptada às intervenções humanas, a “contaminação” humana está a tal ponto incluída no frágil e instável equilíbrio da reprodução “natural”, que a interrupção intempestiva da ação humana causaria um desequilíbrio catastrófico. É isso precisamente que demonstra que a humanidade não tem como retroceder: não só não há um “grande Outro” (uma ordem simbólica autocontida que seja a última garantia do significado), assim como também não existe uma natureza que contenha uma ordem equilibrada ou de autoprodução e cujo equilíbrio tenha sido perturbado e descarrilado pela intervenção humana desbalanceada. Não só o grande Outro tem sido “gradeado”, a natureza também.

Existe o mito fundamental segundo o qual o liberalismo é o lar da democracia. É a democracia uma produção do liberalismo?

Não, todas as características que hoje identificamos com a democracia liberal e com a liberdade (sindicatos, sufrágio universal, educação universal e gratuita, liberdade de imprensa etc.) foram obtidas pelas classes mais baixas em uma longa e difícil luta no transcurso do século XIX. Tais lutas estavam longe de ser uma consequencia “natural” das relações capitalistas. Lembra a lista de demandas que conclui o Manifesto Comunista: a maioria delas – à exceção da abolição da propriedade privada dos meios de produção, precisamente como resultado das lutas populares – hoje é amplamente aceita nas democracias “burguesas”. Outro aspecto que se ignora constantemente: hoje, a igualdade entre brancos e negros se celebra como parte do “sonho americano”, se percebe como um axioma ético-político. Sem dúvida, nos anos 1920 e 1930 do século passado, os comunistas dos Estados Unidos foram a única força política que argumentou a favor da igualdade absoluta entre as etnias. Aqueles que defendem a existência de um vínculo natural entre o liberalismo e a democracia estão equivocados.

Pode a política ser sublime em uma era pós-ideológica?

A tendência geral é para o ridículo. A figura do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, é aqui fundamental, visto que hoje a Itália é efetivamente um tipo de laboratório experimental do nosso futuro. Se o cenário político é dividido entre um tecnocratismo permissivo-liberal e um fundamentalismo populista, Berlusconi tem o grande mérito de ser ambos ao mesmo tempo. É sem dúvida esta combinação que faz dele imbatível, pelo menos em um futuro próximo: a histórica “esquerda” italiana agora resignadamente o aceita como destino. Essa aceitação silenciosa de Berlusconi como destino é talvez o aspecto mais triste de seu reinado. Seus atos são cada vez mais inescrupulosos: ele não só ignora ou politicamente neutraliza juridicamente as investigações sobre suas atividades criminosas para impulsionar seus interesses comerciais privados, como também busca minar sistematicamente a base da dignidade do chefe de Estado. A dignidade clássica da política é baseada na sua elevação acima do jogo de interesses específicos na sociedade civil: a política é "alienada" da sociedade civil, apresenta-se como a esfera ideal do cidadão, em contraste com o conflito de interesses que caracteriza a burguesia como egotista. Berlusconi efetivamente acaba com essa alienação: hoje na Itália, a base burguesa impiedosa e abertamente explora o poder estatal como um meio para a defesa dos seus interesses econômicos. E lava a roupa suja de seus conflitos maritais privados à maneira de um reality show vulgar, diante de milhões de espectadores sentados nos seus sofás. A aposta de Berlusconi nas suas indecentes vulgaridades está, naturalmente, em que as pessoas vão se identificar com ele, na medida em que ele aprova a mítica imagem ampliada da mídia italiana: “Eu sou um de vocês, um pouco corrupto, com problemas com a lei, tenho problemas com a minha mulher, porque outras mulheres me atraem...” Mesmo sua grandiosa promulgação como um grande e nobre político, il cavalliere, é mais como uma ópera ridícula do pobre homem com sonho de grandeza. E, no entanto, essa aparência de "um homem normal como todos nós” não deve nos iludir: por baixo da máscara desajeitada há um poder estatal que funciona com eficiência impiedosa.

Fonte: http://slavoj-zizek.blogspot.com/2010/01/ecologia-e-o-opio-do-povo-entrevista.html