25/2/2013 - 10h56
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
A nova entidade terá 
como grande objetivo acelerar o intercâmbio de tecnologias de baixo carbono que 
podem ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças 
climáticas.
Em um exemplo de como a transferência de tecnologias pode 
trazer benefícios para a saúde pública, assim como contribuir para a redução de 
emissões de gases do efeito estufa, lâmpadas de querosene estão sendo 
substituídas por alternativas solares em diversos países do continente africano 
com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(Pnuma).
Justamente para multiplicar este tipo de iniciativa foi que os 
representantes dos países reunidos em Nairóbi, no Quênia, para a 27ª sessão do 
Conselho Administrativo do Pnuma e do Fórum Global de Ministros do Meio 
Ambiente, decidiram pela criação do Centro e Rede de Tecnologias Climáticas 
(Climate Technology Centre and Network – CTCN).
A entidade promete ajudar 
na transferência de tecnologias de baixo carbono, como energias alternativas e 
métodos agrícolas mais eficientes e resistentes à variação climática. O CTCN 
será um consórcio de 12 entidades, entre elas a Organização das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), o Instituto Asiático de Tecnologia, a 
Fundação Bariloche e o Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos Estados 
Unidos.
“Inovação é o motor do desenvolvimento e substituir as 
tecnologias atuais por alternativas mais limpas e de baixo carbono é uma parte 
vital para combater as causas e os efeitos das mudanças climáticas. Sob a 
liderança do Pnuma, o CTCN trabalhará para acelerar o uso de novas tecnologias, 
melhorando as vidas de milhões de pessoas em países em desenvolvimento que já 
estão sofrendo com os impactos das mudanças climáticas”, afirmou Achim Steiner, 
diretor executivo do Pnuma.
“As entidades parceiras nesse consórcio já 
estão engajadas em cerca de 1500 atividades relacionadas com tecnologias 
climáticas em mais de 150 países. Juntos, essa experiência e alcance global 
devem ajudar a aumentar as ações de mitigação e adaptação, assim como auxiliar 
na transição para uma economia de baixo carbono inclusiva”, 
completou.
Entre as tarefas do novo centro está reduzir os riscos e 
barreiras envolvidos na aquisição de novas tecnologias, assim como dar apoio 
para ações de adaptação e mitigação climática.
O CTCN estabelecerá uma 
plataforma de informação para o intercâmbio de conhecimentos. Dados, relatórios 
e outros recursos estarão disponíveis para os países em 
desenvolvimento.
O centro deverá ainda conduzir workshops regionais e 
nacionais, visando ao desenvolvimento de políticas e programas para atrair 
investimentos.
Além disso, autoridades governamentais poderão procurar o 
CTCN em busca de aconselhamento e de apoio técnico para conseguirem por em 
prática planos de redução de emissões de gases do efeito estufa.
A 
entidade será o braço de implementação do Mecanismo de Tecnologia da Convenção 
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que foi criado na 
Conferência do Clima de Cancún em 2010.
“O mundo precisa urgentemente 
acelerar as ações climáticas em todos os três pilares de ação: internacional, 
nacional e empresarial. As novas tecnologias são essenciais para permitir que as 
nações em desenvolvimento possam perseguir o crescimento sustentável e expandir 
suas economias de uma maneira de baixo carbono e resiliente”, declarou 
Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.
* Com informações do 
Pnuma.
** Publicado originalmente no site 
CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
Monday, February 25, 2013
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