Thursday, February 14, 2013

Escritora Mariana Ianelli lança O amor e depois, sétimo livro de poesia


A autora faz da poesia um instrumento de compreensão do mundo e do homem
Nahima Maciel
Publicação: 14/02/2013 08:25Atualização: 14/02/2013 08:58
A poetisa não é moderna, não tem medo de falar de sensações e não é direta (Clóvis Ferreira/Divulgação)
A poetisa não é moderna, não tem medo de falar de sensações e não é direta

É preciso fé para escrever um poema. Tal qual no sacerdócio, se não houver a crença no intangível, todo o resto fica comprometido. E não há nada mais intangível que as palavras quando usadas para traduzir o sentir. É um pouco assim que se deve chegar a O amor e depois, o sétimo livro de Mariana Ianelli, 33 anos e certamente um dos expoentes da jovem poesia paulistana. Neta do pintor Arcângelo Ianelli, mestre em literatura, crítica literária e duas vezes finalista do Prêmio Jabuti, Mariana faz da poesia um instrumento de compreensão do mundo e do humano, mas se engana quem estiver em busca do óbvio.

A poetisa não é moderna, não tem medo de falar de sensações e não é direta. “Depois da bruma que seduz o erro/Depois da grande decepção e do escrúpulo/Mesmo que te doendo como um animal/Perdido, arremessado no vazio de um campo,” escreve. Nem sempre o tema do poema se apresenta e, assim como a autora durante o processo da escrita, o leitor precisa de fé para mergulhar no universo subjetivo. Se os versos não revelam de imediato, eles fisgam pela delicadeza. “Acho que todo escritor, todo poeta, para escrever, antes lê as coisas ao seu redor. O que depois aparece para a crítica como tema, motivo poético ou característica marcante de um livro nem sempre são aspectos que moveram o autor ou que ele teve a intenção de priorizar”, explica Mariana. “Vejo, por exemplo, leituras de O amor e depois mencionando o tema do amor, o que para mim não deixa de ser intrigante, porque, na verdade, à parte o poema-título, o amor não está presente ali senão como um consentimento maior, algo ligado a um sentido de esperança diante das coisas destruídas, devastadas, aparentemente extintas.”

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/02/14/interna_diversao_arte,349491/escritora-mariana-ianelli-lanca-o-amor-e-depois-setimo-livro-de-poesia.shtml
 

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