Thursday, February 28, 2013
Recursos Educacionais Abertos podem globalizar a educação
Tema de
projetos governamentais e institucionais, os Recursos Educacionais Abertos
tornam publicações, teses e cursos acessíveis a qualquer um pela
internet
Cinthia
Rodrigues – iG São Paulo
O termo
Recursos Educacionais Abertos (REA) criado pela Unesco há 11 anos pode ainda ser
bastante desconhecido, mas as aplicações práticas têm milhões de adeptos mundo
afora. São exemplos de REA a Khan
Academy e cursos online abertos como os de MIT, Harvard, Columbia e
Stanford. No Brasil, as universidades também começam a baixar os escudos da
academia e projetos de lei tentam tornar público materiais comprados pelos
governos.
Pela definição
da Unesco, “Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e
pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão
licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados
por terceiros”. Cabem aí cursos inteiros ou parciais, livros ou capítulos,
vídeos, artigos acadêmicos e aulas em
qualquer formato, ou seja, tudo que serve para aprendizagem tem potencial
para ser REA, basta estar online e sem bloqueio por senhas, proibições autorais
ou formatos que dificultem o acesso.
Os modelos de
REA mais conhecidos, no entanto, não são iniciativas de governos. A maioria deles vem de instituições de ensino e
pessoas. A abertura de cursos online pelo Massachussetts Institute of Technology
(MIT em 2001 é considerada a
precursora dos Recursos Educacionais Abertos. A própria denominação da Unesco
surgiu depois.
No ano passado
a quantidade de universidades com conteúdo aberto cresceu exponencialmente.
Foram criadas as plataformas EDX -
que já estreou com curso do próprio MIT e da renomada Harvard e ganhou outras
parceiras – e Coursera com materiais
de pelo menos 25 universidades de diferentes partes do mundo.
Entre as
iniciativas pessoais, a mais popular é a do americano Salman Khan, criador da
Khan Academy, um site com aulas gratuitas em vídeos que tem 6 milhões de
usuários por mês em 216 países. “Cada pessoa pode optar por uma licença aberta a
tudo o que publica na internet”, explica Bianca. A principal opção para deixar
clara a intenção de compartilhamento é publicar como Creative Commons, uma licença livre que se
opõe ao Copy Right, em que todos os direitos da obra são
reservados.
Saiba
mais sobre o assunto:
REA Brasil www.rea.net.br
REA na UNESCO
www.unesco.org/new/en/communication-and-information/access-to-knowledge/open-educational-resources/
Exemplos
de REA:
Khan Academy www.khanacademy.org
Wednesday, February 27, 2013
Elke Erb, a grande dama da poesia alemã contemporânea
Ênfase no concreto e visão aguçada do cotidiano caracterizam obra da poeta. Mas Erb acrescenta o experimento linguístico e sua ironia particular. Uma referência importante para as jovens gerações de autores.
Espécie de matriarca da cena poética berlinense contemporânea, Elke Erb nasceu numa pequena cidade da Renânia do Norte, mas passou parte da infância e adolescência na República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), para onde seu pai, o crítico literário Ewald Erb, decidira emigrar em 1949. Ela se formou em Germanísitica, Eslavística, História e Pedagogia na Universidade de Halle.
Também conhecida como tradutora do russo, inglês e georgiano, Elke Erb verteu para o alemão escritores de gerações diversas, como Alexander Pushkin, Marina Tsvetáieva, Anna Akhmátova, Velimir Khlébnikov, Oleg Yuriev e Olga Martynova. Sua vida como escritora na Alemanha Oriental encontrou os obstáculos comuns a todos os que se recusaram a uniformizar-se de acordo com a estética do regime, e ela foi vigiada pela polícia secreta Stasi, do mesmo modo que Peter Huchel e outros poetas e escritores.
Erb costuma combinar contos, poemas e ensaios num mesmo volume. Estreou em 1975, com Gutachten. Poesie und Prosa (Avaliações. Poesia e prosa), ao qual seguiram-se, até a queda do Muro de Berlim, Einer schreit: Nicht! Geschichten und Gedichte (Alguém grita: Não! Histórias e poemas, 1976), Trost. Gedichte und Prosa (Consolo. Poemas e Prosa, 1978), Vexierbild (Ilusão de ótica, 1983), e Kastanienallee. Texte und Kommentare (1987), cujo título evoca uma avenida berlinense.
Detalhe realista e experimentalismo linguístico
Elke Erb seguiu vivendo no leste da capital alemã após 1989, e hoje tem papel importante para as gerações mais jovens de poetas, como editora e por seu próprio trabalho poético. A exemplo de outros poetas que iniciaram e conduziram grande parte de seu trabalho sob a vigilância dos controles estéticos de um Estado comunista, há na obra de Elke Erb uma ênfase sobre o concreto e material e uma visão aguçada sobre a vida cotidiana.
A essas características, porém, ela une um trabalho sintático pessoal, com ironia bastante particular. Por vezes, recorre até mesmo a uma linguagem quase infantil, num trabalho sonoro e semântico que remete à poesia do absurdo do inglês Edward Lear, ou, em alemão, a Christian Morgenstern e o dadaísta Hans Arp.
Os experimentos sintáticos de Elke Erb demonstram afinidades com o trabalho das escritoras norte-americanas ligadas à revista L=A=N=G=U=A=G=E, e ela encontrou em Rosmarie Waldrop uma tradutora e interlocutora congenial. Em 1995 a editora Burning Deck Books, de Waldrop, lançou Mountains in Berlin, uma antologia de poemas de Elke Erb traduzidos para o inglês.
Grande dama da poesia
Nos últimos anos, a autora alemã publicou basicamente coletâneas de poemas, vários pela importante editora de Urs Engeler, entre os quais: die crux(2003), Gänsesommer (2005), Sonanz. 5-Minuten-Notate (2008), assim como Freunde hin, Freunde her (2005). Em 2012 foi convidada a integrar a Academia de Artes de Berlim.
Numa resenha do livro Sonanz, Tom Pohlman discute como Erb oscila entre gêneros literários distintos. Ele menciona o mal-estar de pertencer a um gênero delimitado – comum entre os poetas contemporâneos, mas que os une por um interesse quase científico no funcionamento da linguagem. A esse grupo, Pohlman subscreve Elke Erb, assim como os franceses Francis Ponge e Philippe Jaccottet, ou a dinamarquesa Inger Christensen, entre outros. Mas é possível também incluir aqui a própria Rosmarie Waldrop, tradutora de Erb nos Estados Unidos, ou Hilda Hilst, do Brasil, ainda que de maneiras distintas.
Com a chegada de mais uma geração de poetas na língua alemã nestes últimos anos e o respeito que também têm dedicado ao trabalho de Elke Erb, parece cada vez mais clara e certa sua ascensão à posição de uma das Grandes Damas da poesia germânica contemporânea, ao lado de Ulla Hahn e Friederike Mayröcker, entre outras.
Autor: Ricardo Domeneck
Revisão: Augusto Valente
Fonte: DW
Também conhecida como tradutora do russo, inglês e georgiano, Elke Erb verteu para o alemão escritores de gerações diversas, como Alexander Pushkin, Marina Tsvetáieva, Anna Akhmátova, Velimir Khlébnikov, Oleg Yuriev e Olga Martynova. Sua vida como escritora na Alemanha Oriental encontrou os obstáculos comuns a todos os que se recusaram a uniformizar-se de acordo com a estética do regime, e ela foi vigiada pela polícia secreta Stasi, do mesmo modo que Peter Huchel e outros poetas e escritores.
Erb costuma combinar contos, poemas e ensaios num mesmo volume. Estreou em 1975, com Gutachten. Poesie und Prosa (Avaliações. Poesia e prosa), ao qual seguiram-se, até a queda do Muro de Berlim, Einer schreit: Nicht! Geschichten und Gedichte (Alguém grita: Não! Histórias e poemas, 1976), Trost. Gedichte und Prosa (Consolo. Poemas e Prosa, 1978), Vexierbild (Ilusão de ótica, 1983), e Kastanienallee. Texte und Kommentare (1987), cujo título evoca uma avenida berlinense.
Detalhe realista e experimentalismo linguístico
"Poeta do absurdo" Christian Morgenstern influenciou Erb
A essas características, porém, ela une um trabalho sintático pessoal, com ironia bastante particular. Por vezes, recorre até mesmo a uma linguagem quase infantil, num trabalho sonoro e semântico que remete à poesia do absurdo do inglês Edward Lear, ou, em alemão, a Christian Morgenstern e o dadaísta Hans Arp.
Os experimentos sintáticos de Elke Erb demonstram afinidades com o trabalho das escritoras norte-americanas ligadas à revista L=A=N=G=U=A=G=E, e ela encontrou em Rosmarie Waldrop uma tradutora e interlocutora congenial. Em 1995 a editora Burning Deck Books, de Waldrop, lançou Mountains in Berlin, uma antologia de poemas de Elke Erb traduzidos para o inglês.
Grande dama da poesia
Nos últimos anos, a autora alemã publicou basicamente coletâneas de poemas, vários pela importante editora de Urs Engeler, entre os quais: die crux(2003), Gänsesommer (2005), Sonanz. 5-Minuten-Notate (2008), assim como Freunde hin, Freunde her (2005). Em 2012 foi convidada a integrar a Academia de Artes de Berlim.
Numa resenha do livro Sonanz, Tom Pohlman discute como Erb oscila entre gêneros literários distintos. Ele menciona o mal-estar de pertencer a um gênero delimitado – comum entre os poetas contemporâneos, mas que os une por um interesse quase científico no funcionamento da linguagem. A esse grupo, Pohlman subscreve Elke Erb, assim como os franceses Francis Ponge e Philippe Jaccottet, ou a dinamarquesa Inger Christensen, entre outros. Mas é possível também incluir aqui a própria Rosmarie Waldrop, tradutora de Erb nos Estados Unidos, ou Hilda Hilst, do Brasil, ainda que de maneiras distintas.
Com a chegada de mais uma geração de poetas na língua alemã nestes últimos anos e o respeito que também têm dedicado ao trabalho de Elke Erb, parece cada vez mais clara e certa sua ascensão à posição de uma das Grandes Damas da poesia germânica contemporânea, ao lado de Ulla Hahn e Friederike Mayröcker, entre outras.
Autor: Ricardo Domeneck
Revisão: Augusto Valente
Fonte: DW
III Simpósio Ambientalista de Goiás começa hoje
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, juntamente com o Fórum Estadual de Secretários Municipais de Meio Ambiente e Consórcios Públicos, realizam nesta terça-feira, dia 26, o III Simpósio Ambientalista de Goiás. O evento vai ocorrer a partir das 8h30, no Auditório da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – FIEG (Av. Araguaia nº 1.544, Ed. Albano Franco, Vila Nova - Goiânia – GO).
A programação conta com a entrega da Comenda dos defensores do Meio Ambiente e Abertura Oficial com a presença do secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás, Leonardo Vilela, além de prefeitos e secretários municipais de meio ambiente de todo o Estado.
A programação vai contar com orientação sobre o Cadastro Nacional Rural (CAR) e questões básicas e práticas do novo Código Florestal; consórcio público como alternativa para destinação correta dos resíduos sólidos e outras necessidades do município; formas de como obter recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente; Experiências e interesses na fiscalização ambiental.
Outros assuntos como qualidade dos recursos hídricos, agroextrativismo no Cerrado e as ações de descentralização também vão compor o debate. Por fim, haverá a votação e composição cargos vagos do Fórum Estadual de Secretários Municipais de Meio Ambiente e Consórcio Públicos e algumas definições.
Paralelamente às discussões, os representantes presentes poderão obter informações sobre temas de interesse das gestões municipais, como convênios da área florestal, experiências municipais e questões sobre o licenciamento nos municípios, informações sobre recursos nos ministérios de meio ambiente e das cidades e a efetivação prática do ICMS Ecológico.
Homenagens
O Simpósio vai homenagear personalidades do Estado que mais contribuíram para o desenvolvimento de políticas ambientais em nível estadual e municipal. O secretário do Meio Ambiente, Leonardo Vilela, vai receber a Comenda da Ordem do Mérito Ambiental, a mais alta condecoração goiana oferecida por autoridades municipais de meio ambiente a personalidades que se destacaram na defensa e na prática ambiental.
Por sua vez, os prefeitos de Santa Fé de Goiás, Fazenda Nova, Jussara, Itapirapuã e Novo Brasil vão receber a Comenda da Ordem de prática Ambiental nos Municípios, por terem criado o consórcio para gestão dos resíduos sólidos em seus municípios. A Comenda representa a mais alta condecoração goiana oferecida por autoridades municipais de meio Ambiente a entidades ou órgãos governamentais que se destacaram nas melhorias do Meio Ambiente ou de gestão ambiental.
A Comenda de Mérito e Coragem de prática e defesa do Meio Ambienta nos Municípios será entregue ao gerente de Descentralização da Semarh, Silas Paulo de Souza, pelo destaque na defensa da prática da municipalização da gestão ambiental.
Programação:
08:00 – Café da manhã e credenciamento
08:30 - Entrega da Comenda dos defensores do Meio Ambiente e Abertura Oficial com a presença das seguintes autoridades:
Wolmer Tadeu Arraes – Presidente do Fórum de Secretários Municipais de Meio Ambiente e Consórcios públicos.
Dep. Leonardo Vilela - Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos;
Edilson Carvalho Siqueira - superintendente do Ibama em Goiás;
Luiz Stival - presidente da Associação Goiana de Municípios – AGM;
Márcia Freire Dantas Coutinho - superintendente estadual da FUNASA de Goiás
Marcelo Lessa - Superintendente de Gestão e Proteção ambiental da SEMARH
10:00 - Orientação sobre o Cadastro Nacional Rural -CAR e questões básicas e práticas do novo Código Florestal
Expositor: Marcelo Lessa - Superintendente de Gestão e Proteção ambiental da SEMARH
10:40 - Consórcio Público a alternativa para destinação correta dos Resíduos sólidos e outras necessidades do município
11:40 – Como obter recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente
Expositor: Presidente do Fórum de Secretários Municipais e Diretora do Fundo Estadual
12:00 - Encerramento da Primeira Parte - ALMOÇO – Servido no Local
(oferecimento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos / SEMARH)
Reabertura do Período da Tarde
13:00 -Agroextrativismo no Cerrado expositor: Donizete Tokarski da Ecodata
13:20 -Fiscalização - Parceria na fiscalização e gestão ambiental
- Inclusão de prefeituras dos recursos da TFAGO, entregando equipamentos já para este ano;
- Inclusão na Lei da divisão Taxa de Fiscalização Ambiental do Estado de Goiás – TFAGO com os municípios.
Expositor: Superintendente de Fiscalização
13:50 -Recursos Hídricos
- Comitês de Bacia Hidrográfica no Estado
- Outorga D’água
Expositor: Superintendente de Recursos Hídricos
14:20 – Experiências e interesses na Fiscalização ambiental
Expositor: Fiscais do IBAMA
14:40 – Novas Expectativas da SEMARH e as Ações de Descentralização
Gerência de Descentralização da semarh e Fórum de Secretários
15:20 – Informes do Fórum de Secretários municipais de Meio Ambiente e Consórcio Públicos
- Lutas a serem debatidas e encaminhadas
15:50 - Votação e composição cargos vagos do Fórum Estadual de Secretários Municipais de Meio Ambiente e Consórcio Públicos e algumas definições
17:00 – Encerramento
http://www.semarhtemplate.go.gov.br/noticia/iii-simposio-ambientalista-de-goias-comeca-amanha
Tuesday, February 26, 2013
Livro “100 anos de McLuhan"
Pesquisadores da Faculdade de Comunicação, da Universidade de Brasília (UnB), lançam o livro “100 anos de McLuhan”. A obra reúne artigos de 11 grandes estudiosos brasileiros e um mexicano sobre a herança do pensador Marshall McLuhan, que se dedicou durante boa parte de sua vida ao estudo do impacto dos meios de comunicação. O evento faz parte das comemorações dos 50 anos da Faculdade de Comunicação, UnB, que será celebrado no biênio 2103-2104. O livro nasceu como resultado de um seminário, homônimo à obra, realizado em novembro de 2011, na Faculdade de Comunicação, em homenagem aos 100 anos de Marshall McLuhan. Nos dois dias de evento, os estudiosos dedicaram-se a discutir o pensamento do autor.O lançamento acontece no Auditório da Faculdade de Comunicação, ICC Norte, Campus Universitário Darcy Ribeiro – UnB.
Local: Universidade de Brasília - L2 Norte - Asa Norte -
Data: Terça, às 19h
Preço inteira: Entrada franca
De: 26/02/2013
Monday, February 25, 2013
Paulo Leminski volta às prateleiras com compilação de poemas quase-inéditos
Lançamento de seis livros do poeta paranaense resgata a elegância dos versos loucos e sóbrios de um escritor que renovou a poesia brasileira
Nahima Maciel
Publicação: 25/02/2013 06:00Atualização: 25/02/2013 11:00
O volume reúne os seis livros publicados entre 1976 e 1994, e uma compilação de poemas quase-inéditos, que ficaram de fora de edições oficiais depois de serem publicados em pequenos livrinhos independentes e de baixa tiragem. Entre as obras selecionadas pela editora, muita coisa fora de catálogo volta agora a circular, caso do raríssimo Quarenta clics em Curitiba, a estreia do poeta. Colocados lado a lado, os livros aparecem em uma sequência que permitirá ao leitor descobrir o “polilingue paroquiano cósmico” que Haroldo de Campos identificou no prefácio de Caprichos & relaxos.
Poemas do livro Toda Poesia, de Paulo Leminski:
A Lua no Cinema
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
Amanheça, por favor!
Datilografando Este Texto
ler se lê nos dedos
não nos olhos
que olhos são mais dados
a segredos
Mil e uma Noites até Babel
Torre
cujo tombo
virou lenda
até hoje,
a sombra,
como um membro, lembra
Como Pode?
Soa estranho, esta manhã,
tudo o que sempre foi meu, como pode?
Como pode que esse som lá for a,
os sons da vida, a voz de todo dia,
pareça ficção científica?
Como pode que esta palavra,
que já vi mil vezes e mil vezes disse,
não signifique mais nada,
a não ser que o dia, a noite, a madrugada,
a não ser que tudo não é nada disso?
Pode que eu já não seja mais o mesmo.
Pode qa luz, pode ser, pode céu e pode quanto.
Pode tudo o que puder poder.
Só não pode ser tanto.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/02/25/interna_diversao_arte,351090/paulo-leminski-volta-as-prateleiras-com-compilacao-de-poemas-quase-ineditos.shtml
Pnuma lança centro para transferência de tecnologias climáticas
25/2/2013 - 10h56
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
A nova entidade terá como grande objetivo acelerar o intercâmbio de tecnologias de baixo carbono que podem ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas.
Em um exemplo de como a transferência de tecnologias pode trazer benefícios para a saúde pública, assim como contribuir para a redução de emissões de gases do efeito estufa, lâmpadas de querosene estão sendo substituídas por alternativas solares em diversos países do continente africano com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Justamente para multiplicar este tipo de iniciativa foi que os representantes dos países reunidos em Nairóbi, no Quênia, para a 27ª sessão do Conselho Administrativo do Pnuma e do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente, decidiram pela criação do Centro e Rede de Tecnologias Climáticas (Climate Technology Centre and Network – CTCN).
A entidade promete ajudar na transferência de tecnologias de baixo carbono, como energias alternativas e métodos agrícolas mais eficientes e resistentes à variação climática. O CTCN será um consórcio de 12 entidades, entre elas a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), o Instituto Asiático de Tecnologia, a Fundação Bariloche e o Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos Estados Unidos.
“Inovação é o motor do desenvolvimento e substituir as tecnologias atuais por alternativas mais limpas e de baixo carbono é uma parte vital para combater as causas e os efeitos das mudanças climáticas. Sob a liderança do Pnuma, o CTCN trabalhará para acelerar o uso de novas tecnologias, melhorando as vidas de milhões de pessoas em países em desenvolvimento que já estão sofrendo com os impactos das mudanças climáticas”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do Pnuma.
“As entidades parceiras nesse consórcio já estão engajadas em cerca de 1500 atividades relacionadas com tecnologias climáticas em mais de 150 países. Juntos, essa experiência e alcance global devem ajudar a aumentar as ações de mitigação e adaptação, assim como auxiliar na transição para uma economia de baixo carbono inclusiva”, completou.
Entre as tarefas do novo centro está reduzir os riscos e barreiras envolvidos na aquisição de novas tecnologias, assim como dar apoio para ações de adaptação e mitigação climática.
O CTCN estabelecerá uma plataforma de informação para o intercâmbio de conhecimentos. Dados, relatórios e outros recursos estarão disponíveis para os países em desenvolvimento.
O centro deverá ainda conduzir workshops regionais e nacionais, visando ao desenvolvimento de políticas e programas para atrair investimentos.
Além disso, autoridades governamentais poderão procurar o CTCN em busca de aconselhamento e de apoio técnico para conseguirem por em prática planos de redução de emissões de gases do efeito estufa.
A entidade será o braço de implementação do Mecanismo de Tecnologia da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que foi criado na Conferência do Clima de Cancún em 2010.
“O mundo precisa urgentemente acelerar as ações climáticas em todos os três pilares de ação: internacional, nacional e empresarial. As novas tecnologias são essenciais para permitir que as nações em desenvolvimento possam perseguir o crescimento sustentável e expandir suas economias de uma maneira de baixo carbono e resiliente”, declarou Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.
* Com informações do Pnuma.
** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
A nova entidade terá como grande objetivo acelerar o intercâmbio de tecnologias de baixo carbono que podem ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas.
Em um exemplo de como a transferência de tecnologias pode trazer benefícios para a saúde pública, assim como contribuir para a redução de emissões de gases do efeito estufa, lâmpadas de querosene estão sendo substituídas por alternativas solares em diversos países do continente africano com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Justamente para multiplicar este tipo de iniciativa foi que os representantes dos países reunidos em Nairóbi, no Quênia, para a 27ª sessão do Conselho Administrativo do Pnuma e do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente, decidiram pela criação do Centro e Rede de Tecnologias Climáticas (Climate Technology Centre and Network – CTCN).
A entidade promete ajudar na transferência de tecnologias de baixo carbono, como energias alternativas e métodos agrícolas mais eficientes e resistentes à variação climática. O CTCN será um consórcio de 12 entidades, entre elas a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), o Instituto Asiático de Tecnologia, a Fundação Bariloche e o Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos Estados Unidos.
“Inovação é o motor do desenvolvimento e substituir as tecnologias atuais por alternativas mais limpas e de baixo carbono é uma parte vital para combater as causas e os efeitos das mudanças climáticas. Sob a liderança do Pnuma, o CTCN trabalhará para acelerar o uso de novas tecnologias, melhorando as vidas de milhões de pessoas em países em desenvolvimento que já estão sofrendo com os impactos das mudanças climáticas”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do Pnuma.
“As entidades parceiras nesse consórcio já estão engajadas em cerca de 1500 atividades relacionadas com tecnologias climáticas em mais de 150 países. Juntos, essa experiência e alcance global devem ajudar a aumentar as ações de mitigação e adaptação, assim como auxiliar na transição para uma economia de baixo carbono inclusiva”, completou.
Entre as tarefas do novo centro está reduzir os riscos e barreiras envolvidos na aquisição de novas tecnologias, assim como dar apoio para ações de adaptação e mitigação climática.
O CTCN estabelecerá uma plataforma de informação para o intercâmbio de conhecimentos. Dados, relatórios e outros recursos estarão disponíveis para os países em desenvolvimento.
O centro deverá ainda conduzir workshops regionais e nacionais, visando ao desenvolvimento de políticas e programas para atrair investimentos.
Além disso, autoridades governamentais poderão procurar o CTCN em busca de aconselhamento e de apoio técnico para conseguirem por em prática planos de redução de emissões de gases do efeito estufa.
A entidade será o braço de implementação do Mecanismo de Tecnologia da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que foi criado na Conferência do Clima de Cancún em 2010.
“O mundo precisa urgentemente acelerar as ações climáticas em todos os três pilares de ação: internacional, nacional e empresarial. As novas tecnologias são essenciais para permitir que as nações em desenvolvimento possam perseguir o crescimento sustentável e expandir suas economias de uma maneira de baixo carbono e resiliente”, declarou Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.
* Com informações do Pnuma.
** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
INPE lança projeto de recomposição da mata nativa
22/02 às 15h53
São Paulo - Em uma área de 23,7 hectares do campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista, serão plantadas espécies nativas da Mata Atlântica, encontradas nas serras do Mar e da Mantiqueira. É o que prevê o Projeto Mata Nativa, lançado hoje (22) para ser executado em parceria do INPE com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, uma organização não governamental (ONG).
O coordenador do projeto, Jean Ometto, informou que o plantio será feito pela ONG e caberá ao INPE acompanhar o impacto da nova vegetação sobre o meio ambiente, por meio do monitoramento da formação hidrológica, de nutrientes no solo, e do crescimento das espécies.
O que motivou a iniciativa, segundo ele, foi o levantamento feito em 2008 sobre o quanto o INPE emite de carbono sem uma compensação ao meio ambiente. O cálculo indicou a emissão de 2 mil a 2,5 mil toneladas de carbono por ano. “Nosso propósito, agora, é recompor a biodiversidade nos próximos 20 anos”, estimou o cientista.
Com reposição de espécies nativas, a expectativa é que haja também estímulo ao povoamento da fauna, em razão da interação natural na reprodução vegetal e animal, disse Paulo Valadares, secretário executivo da ONG. Entre as 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica serem plantadas estão o amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.
O coordenador do projeto, Jean Ometto, informou que o plantio será feito pela ONG e caberá ao INPE acompanhar o impacto da nova vegetação sobre o meio ambiente, por meio do monitoramento da formação hidrológica, de nutrientes no solo, e do crescimento das espécies.
Com reposição de espécies nativas, a expectativa é que haja também estímulo ao povoamento da fauna, em razão da interação natural na reprodução vegetal e animal, disse Paulo Valadares, secretário executivo da ONG. Entre as 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica serem plantadas estão o amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.
Empresas querem explorar Aquífero Guarany
21/02 às 19h46
Problema é a falta de legislação do Paraguai
Várias destas corporações, como a Royal Dutch Shell Plc, Exxon Mobil Corp e o laboratório farmacêutico GlaxoSmithKline Plc estão estão se registrando no Ministério da Indústria e Comércio do país, mesmo não possuindo qualquer negócio no Paraguay.
Friday, February 22, 2013
Encontro discute preservação da Bacia do rio Parnaíba
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Data de Publicação: 19.02.2013
Várias pessoas participaram do encontro A Prefeitura de Timon, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos promoveu nesta terça (19) o I Encontro da Sociedade Civil da Comissão Pró-comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba. O encontro reuniu associações, sindicatos, fundações e o poder público, representado por secretários municipais, vereadores e Ministério Público.
No encontro, foram realizadas duas palestras, uma com o tema “Política Ambiental em Timon – Perspectivas e desafios”, ministrada por Anderson Costa – técnólogo em Gestão Ambiental e técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Timon e outra abordando a “Política Nacional de Recursos Hídricos”, que foi abordada por Avelar Amorim, que faz parte da Rede Ambiental do Piauí.
Durante o evento foi discutido ainda a Política Nacional de Saneamento Básico, Gestão de Resíduos Sólidos e a formação do comitê para cuidar da bacia do Rio Parnaíba. Para o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Rios dos Santos, o evento inicia um processo de debates em torno da preservação dos rios, riachos, nascentes e de toda a bacia do Rio Parnaíba. “Estamos unindo toda a sociedade civil para discutirmos maneiras de garantir a preservação de nossos recursos naturais e isso é dever de todos”, declarou o secretário.
O presidente da Fundação Rio Parnaíba – FURPA, Francisco Soares, falou que a criação de um comitê ajuda na fiscalização e monitoramento das ações de degradação e preservação do Rio Parnaíba. “Precisamos construir um plano de controle do uso da água e o comitê deve combater todas as ações que fazem mal à bacia hidrográfica. Vamos lutar pela qualidade da água e evitar o despejo de esgotos sem tratamento no rio. Água é vida e ela não pode ser contaminada”, finalizou.
Fonte: http://www.timon.ma.gov.br/secretaria-municipal-de-meio-ambiente/encontro-discute-preservacao-da-bacia-do-rio-parnaiba-846.html
Comunidade ribeirinha se fortalece com extrativismo vegetal
22/2/2013 - 11h29
por Redação do CicloVivo
É extensa a lista de produtos criados a partir das riquezas da floresta. Muitos remédios, perfumes e cosméticos fabricados no Brasil e no mundo dependem, inicialmente, das matérias-primas encontradas na Amazônia, quase sempre extraídas pelas comunidades locais, que dão exemplo de vida sustentável.
As pessoas que vivem às margens dos rios da Amazônia sempre extraíram materiais que podem ter os mais variados usos e aplicações. No entanto, a difusão do ideal de sustentabilidade fez prosperar as atividades econômicas das comunidades locais da floresta amazônica.
Um dos exemplos de vida sustentável vem da comunidade ribeirinha de Lago do Atininga, que fica no estado do Amazonas e reúne 140 famílias. Os moradores do local receberam energia elétrica há pouco tempo e têm a economia baseada no extrativismo, pautado no uso sustentável dos recursos da floresta.
Assim, os nativos realizam a extração da castanha e do látex, além da coleta do óleo de copaíba, que é muito utilizado para fabricar sabonetes, xampus, cremes e perfumes. Além disso, o cultivo da mandioca e a pesca artesanal são as atividades da rotina que garantem a alimentação sustentável dos ribeirinhos.
Embora a extração do óleo de copaíba seja tradicional entre os nativos, a atividade econômica foi potencializada nos últimos anos, quando a comunidade local criou uma cooperativa e firmou um contrato com uma indústria de cosméticos, a qual passou a comprar a matéria-prima das matas.
A extração do óleo de copaíba não causa danos ao meio ambiente se for realizada cuidadosamente – porém, o maior desafio é preservar estas árvores, que também são alvejadas pela exploração ilegal de madeira.
* Com informações do G1.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
por Redação do CicloVivo
É extensa a lista de produtos criados a partir das riquezas da floresta. Muitos remédios, perfumes e cosméticos fabricados no Brasil e no mundo dependem, inicialmente, das matérias-primas encontradas na Amazônia, quase sempre extraídas pelas comunidades locais, que dão exemplo de vida sustentável.
As pessoas que vivem às margens dos rios da Amazônia sempre extraíram materiais que podem ter os mais variados usos e aplicações. No entanto, a difusão do ideal de sustentabilidade fez prosperar as atividades econômicas das comunidades locais da floresta amazônica.
Um dos exemplos de vida sustentável vem da comunidade ribeirinha de Lago do Atininga, que fica no estado do Amazonas e reúne 140 famílias. Os moradores do local receberam energia elétrica há pouco tempo e têm a economia baseada no extrativismo, pautado no uso sustentável dos recursos da floresta.
Assim, os nativos realizam a extração da castanha e do látex, além da coleta do óleo de copaíba, que é muito utilizado para fabricar sabonetes, xampus, cremes e perfumes. Além disso, o cultivo da mandioca e a pesca artesanal são as atividades da rotina que garantem a alimentação sustentável dos ribeirinhos.
Embora a extração do óleo de copaíba seja tradicional entre os nativos, a atividade econômica foi potencializada nos últimos anos, quando a comunidade local criou uma cooperativa e firmou um contrato com uma indústria de cosméticos, a qual passou a comprar a matéria-prima das matas.
A extração do óleo de copaíba não causa danos ao meio ambiente se for realizada cuidadosamente – porém, o maior desafio é preservar estas árvores, que também são alvejadas pela exploração ilegal de madeira.
* Com informações do G1.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
Thursday, February 21, 2013
Governo tem o desafio de integrar bibliotecas e criar feiras no DF
O Plano Distrital do Livro e da Leitura (PDLL) deve virar decreto nos próximos meses e nortear políticas para a área nos próximos 10 anos
Nahima Maciel
Publicação: 21/02/2013 07:05Atualização: 21/02/2013 08:44
Miriam Raposo, coordenadora do PDLL, anuncia 10 feiras dos livros nas cidades do Distrito Federal |
Após um ano inteiro de discussões com diversos segmentos do livro e da leitura no Distrito Federal, as secretarias de Educação e Cultura enviaram ao Governo do Distrito Federal o Plano Distrital do Livro e da Leitura (PDLL), documento que deve virar decreto nos próximos meses e norteará as políticas para a área nos próximos 10 anos. Com 54 páginas e uma série de constatações, o PDLL funciona como um diagnóstico da atual situação do livro e da leitura no DF, mas também como uma indicação dos caminhos que serão trilhados pela Secretaria de Cultura nos próximos anos. O plano começou a tomar forma no ano passado, durante uma série de reuniões que envolveu representantes de segmentos públicos e privados em debates sobre os problemas e necessidades da área.
Segundo Miriam Raposo, diretora de Políticas do Livro e da Leitura da Secretaria de Cultura e coordenadora do PDLL, o documento foi construído com base nas informações fornecidas pelos segmentos, mas alguns pontos assustaram editores e escritores. O poeta Gustavo Dourado, presidente da Academia Taguatinguense de Letras, conta que nunca foi chamado para uma reunião. “Nunca fomos inseridos e não tenho muito conhecimento desse plano. Achei inócuo, vazio. Para nós, não chegou”, diz.
Confira a íntegra da entrevista com Miriam Raposo, coordenadora do Plano Diretor do Livro e da Leitura (PDLL)
O PDLL aponta diretrizes como uma lei que institucionalize as bibliotecas, eventos literários que facilitem a aquisição, fomento a projetos sociais, criação do fundo do DF para fomentar a leitura e ampliação da mala do livro. Em que fase de execução estão essas diretrizes?
Estamos conseguindo institucionalizar o PDLL, então mandamos a minuta. É um diagnóstico que representa exatamente um momento de olhar para nossa realidade e fazer um planejamento para atividades futuras. A institucionalização do documento possibilita que todas as coisas que estamos solicitando entrem em execução e virem lei. Mas primeiro precisa ser um decreto.
Livreiros e editores da cidade se sentem excluídos dessa discussão. Por que?
A gente fez várias reuniões convidando a sociedade e, nesse processo, chamamos a Câmara do Livro, que estava representando, todo mundo. Se alguém não soube, então era alguém que não estava ligado à Câmara. A gente chamou as associações que reunem essas pessoas, fomos pegando grupos. Todas as pessoas vinculadas a essas organizações tiveram acesso e isso foi mais difícil, por isso ficamos preocupados em deixar o texto na internet por um tempo.
Manter as bibliotecas ligadas às administrações regionais é vantagem? Por que? Não seria melhor serem ligadas diretamente às secretarias?
Nossas bibliotecas têm uma gestão compartilhada. O prédio e os funcionários são da Região Administrativa. A coordenação técnica vem da secretaria de Cultura. Sempre foi assim. A secretaria não tem prédio, não tem funcionários. Temos visto em outros sistemas de bibliotecas públicas que quando a gestão é da secretaria, é muito mais fácil. Porque aí o prédio vai ser nosso, nós vamos ser responsáveis pelos funcionários. Como não temos, acreditamos que podemos também fazer um trabalho nessas condições. Temos que estar mais próximos das RAs. O ideal seria que fossem nossos, mas já que não são, temos que aproveitar essa proximidade para construir esse projeto de livro e leitura mais próximo do que acreditamos. A ideia era implantar o Sistema de Biblioteca Pública do DF e usar como referencial o que está sendo feito na Colômbia. Estivemos lá e voltamos com algumas ideias. Acreditamos que podemos construir uma proposta compatível com a realidade e que atenda às especificidades. O ideal seria que fosse da secretaria, mas se fôssemos fazer algo só quando fosse da secretaria, não faríamos nada. Estamos construindo uma coisa muito legal que vai fazer a diferença.
Muitas bibliotecas estão deterioradas…
A gente não pode fazer a reforma num prédio que não é nosso, então a gente precisa do administrador e ele tem toda a cidade. A demanda é grande. A gente precisa reunir forças. Temos, por exemplo, a intenção de trabalhar com algumas bibliotecas para organizar esse sistema. Ele coloca as bibliotecas em comunicação. A pessoa entra no site e vê quais livros tem em todas as bibliotecas, se está emprestado ou não.
O novo plano fala em uma feira do livro histórica que mobiliza Taguatinga e Sobradinho. Mas habitantes dessas regiões dizem que isso não existe…
São feiras históricas no sentido de que aconteceram na história do país e que, quando aconteceram, mobilizaram. Essa informação foi confirmada, quando elas aconteceram mobilizaram muita gente. Foi informação trazida pelos gerentes de cultura das regionais. A informação que a gente recebeu da gerência de cultura na época é que era uma feira que mobilizou muita gente. Fizemos uma reunião com as RAs e eles disseram "vocês precisam inserir as histórias da nossa RA". Já recebemos considerações críticas sobre isso, mas confirmamos essa informação. Nosso objetivo era só reunir as informações para termos uma clareza do que está acontecendo no DF.
E qual o seu diagnóstico?
A gente tem uma cidade que ainda precisa trabalhar muito com o livro e a leitura, ainda precisa muita coisa para fazer da cidade a capital do livro e da leitura. Mas tem gente organizando coisas belíssimas e a gente não pode negar isso. Nossa ideia era exatamente organizar isso para que essas atividades não sejam organizadas de forma tão fragmentada. Na hora que se organiza tudo, a gente fortalece as atividades.
Um plano indica objetivos, diretrizes e metas. Lendo o plano, a impressão é de que é só um diagnóstico…
Ele não tem isso ainda porque as diretrizes e metas são muito específicas do segmento. Se fosse focar tudo de todo mundo, ia ser uma loucura. A ideia do plano é um documento que tenha validade de 10 anos, não dá para ser gigantesco. Nossa estratégia foi levantar eixos e diretrizes globais que envolvem todos os segmentos. Agora, estamos no plano de ação de todos os segmentos, que estão se organizando para fazer objetivos, diretrizes, metas. Aí é bem específico. O próprio plano define que vai ser esse caminho. Não é só um diagnóstico. Mas a gente reconhece que o diagnóstico é uma das questões mais importantes do plano. Agora é momento em que estamos trabalhando com os próximos passos.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/02/21/interna_diversao_arte,350648/governo-tem-o-desafio-de-integrar-bibliotecas-e-criar-feiras-no-df.shtml
Tuesday, February 19, 2013
SHOW DE ANDREA DOS SANTOS NO I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas
Dia 20 de fevereiro terei a honra de participar do I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, que acontecerá de 18 a 21 de fevereiro. Cerca de três mil mulheres camponesas, de vinte e dois estados do Brasil, vão discutir o tema Na Sociedade que a Gente Quer, Basta de Violência contra a Mulher!
Durante os quatro dias de encontro, as mulheres debaterão a produção de alimentos saudáveis, o combate à violência contra as mulheres e o feminismo. Além de estudos, discussões e vivências, as camponesas também terão atividades culturais.
De acordo com o MMC, está confirmada a participação de representantes de movimentos feministas de Cuba, Honduras, da Colômbia, Venezuela, do Chile, Paraguai, da República Dominicana, Itália, e África do Sul.
De 18 a 21 de fevereiro, Brasília recebe cerca de três mil pessoas, de todo o país e do exterior, para o I Encontro Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas. O evento, que conta com a participação de representantes de entidades nacionais e internacionais de apoio à luta das mulheres, tem como principal tema “Mulheres Camponesas, Rompendo o Silêncio e Lutando Contra a Violência”.
A abertura oficial ocorreu hoje, dia 18, às 14h00, no Pavilhão do Parque da Cidade e é organizado pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), que traduz a luta de milhares de mulheres brasileiras trabalhadoras, mães, camponesas, negras, brancas e índias. Está articulado em 22 estados do Brasil e faz parte da Via Campesina – Brasil.
Na próxima quarta-feira, 20, às 19h00, mulheres farão um ato solidário de doação de cabelos para a confecção de perucas para as vítimas de escalpelamento. O ato é em apoio às cirurgias reparadoras que o Governo do Amapá promove junto às vítimas de escalpelamento, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
O escalpelamento ocorre quando uma grande quantidade de cabelo é arrancada muito rapidamente. Isso pode acontecer com o cabelo enrolado em motores em grande rotação, quando arranca, além do escalpo, orelhas, sobrancelhas e por vezes uma enorme parte da pele do rosto e do pescoço, levando a deformações graves e até a morte. Esse tipo de acidente na navegação ribeirinha ocorre com maior intensidade na foz do Amazonas, nos estados do Pará e do Amapá, vitimando principalmente as mulheres, das quais 65% são crianças.
Para evitar esses acidentes, existe a Lei 11.970/2009, de autoria da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), que obriga que as embarcações coloquem em seus volantes e eixos dos motores uma proteção. A parti da Lei diminuiu o número de acidentes. Em 2011 não houve nenhum caso registrado de escalpelamento.
contato@libris.com.br
www.libris.com.br
O encontro é organizado pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
Compareçam, e vamos celebrar a força, sabedoria e a beleza da mulher.
SHOW DE ANDREA DOS SANTOS Dia: 20/02
Hora: 20h30
Local:Pavilhão do Parque de Exposições do Parque da Cidade - Brasília
ENTRADA FRANCA
Brasil terá primeira estação do sistema de localização global russo fora do país
19/2/2013 - 11h03
por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Atualmente, o Glonass tem uma margem de erro considerada grande. A imagem captada por qualquer um dos 24 satélites do modelo russo que aponta a localização de algum objeto em qualquer local da Terra pode estar, na realidade, deslocada 7 metros para a frente, para trás ou para qualquer dos lados. Os pesquisadores brasileiros acreditam que com as novas calibragens do satélite, ou seja, com o acréscimo de novos pontos de referência, essa margem caia para 1 metro até 2020.
“Para melhorar a precisão são necessários novos pontos de calibração, ou seja, locais de ajuste da posição. Com esses pontos, posso melhorar consideravelmente a precisão. E essa expansão [do sistema] na UnB permite esse tipo de ajuste”, explicou Ícaro dos Santos, PhD em engenharia elétrica e um dos pesquisadores responsáveis pelo sistema no Brasil.
Segundo o professor da UnB, representantes da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) buscavam um local próximo à linha do Equador para a instalação da nova estação. Além da compatibilidade geográfica da universidade às expectativas da Roscosmos, as pesquisas em robótica desenvolvidas por pesquisadores da UnB aumentaram as possibilidades da parceria.
“Eles entregaram os equipamentos, em uma doação temporária, e vão pagar todos os custos de manutenção e de adaptação”, disse Ícaro dos Santos. O prédio da Faculdade de Processamento de Dados, que funcionará como base da estação, por exemplo, precisou ser adaptado e todo o investimento foi feito pela Roscosmos. “Não tivemos custos. Obviamente, oferecemos nossa expertise que pode auxiliar na instalação e calibragem do equipamento e nas pesquisas”, acrescentou.
Além do uso cotidiano dos dados que podem ser acessados por aparelhos celulares ou receptores de sinais de posicionamento global, as informações geradas pelo sistema serão usadas para estudos técnicos conduzidos pela equipe formada pelos professores Ícaro dos Santos e Giovani Araújo Borges, e por três alunos do curso de engenharia elétrica. A expectativa é que com dados mais precisos, seja possível aperfeiçoar pesquisas que já estão em andamento, como a que busca o aperfeiçoamento de veículos aéreos não tripulados (Vant) e o de posicionamento marítimo de embarcações em cais. “Hoje, com o sistema atual, não conseguimos guiar os barcos até o cais”, explicou Ícaro, destacando a margem de erro atual.
O desenvolvimento do sistema russo não vai impedir que outras tecnologias sejam utilizadas. De acordo com o engenheiro, a proposta é usar a melhor informações detectada em cada situação, alternando os dados do Glonass e do GPS. “Se você está na Rua Augusta, em São Paulo, onde há muitos prédios, por exemplo, o satélite do GPS pode estar em uma localização ruim, enquanto o do Glonass pode oferecer uma localização mais precisa nesse caso. Vamos ter dois conjuntos de satélite”, explicou.
Além da inauguração da estação, marcada para as 11h da manhã de hoje, representantes dos governos brasileiro e russo vão assinar convênio, no próximo dia 20, para a criação de uma estação óptica que vai complementar o trabalho dos pesquisadores. “É como se tivéssemos um laser que vai apontar para o céu e fazer o rastreamento do satélite. Isso permitirá conhecer a posição do satélite, a velocidade dele e, a partir daí, saber se está em bom posicionamento ou se requer ajuste”, acrescentou Ícaro dos Santos.
* Edição: Graça Adjuto.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
(Agência Brasil)
Brasília – A partir de hoje (19), o Brasil passa a sediar a primeira estação de um sistema russo de localização global – semelhante ao modelo americano Global Positioning System (GPS) – fora do país. A unidade, instalada no campus da Universidade de Brasília (UnB), vai permitir que novos ajustes sejam feitos ao sistema Global Navigation Satellite System (Glonass) para que as informações sobre localização de pontos em qualquer parte do mundo sejam ainda mais precisas.
por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Atualmente, o Glonass tem uma margem de erro considerada grande. A imagem captada por qualquer um dos 24 satélites do modelo russo que aponta a localização de algum objeto em qualquer local da Terra pode estar, na realidade, deslocada 7 metros para a frente, para trás ou para qualquer dos lados. Os pesquisadores brasileiros acreditam que com as novas calibragens do satélite, ou seja, com o acréscimo de novos pontos de referência, essa margem caia para 1 metro até 2020.
“Para melhorar a precisão são necessários novos pontos de calibração, ou seja, locais de ajuste da posição. Com esses pontos, posso melhorar consideravelmente a precisão. E essa expansão [do sistema] na UnB permite esse tipo de ajuste”, explicou Ícaro dos Santos, PhD em engenharia elétrica e um dos pesquisadores responsáveis pelo sistema no Brasil.
Segundo o professor da UnB, representantes da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) buscavam um local próximo à linha do Equador para a instalação da nova estação. Além da compatibilidade geográfica da universidade às expectativas da Roscosmos, as pesquisas em robótica desenvolvidas por pesquisadores da UnB aumentaram as possibilidades da parceria.
“Eles entregaram os equipamentos, em uma doação temporária, e vão pagar todos os custos de manutenção e de adaptação”, disse Ícaro dos Santos. O prédio da Faculdade de Processamento de Dados, que funcionará como base da estação, por exemplo, precisou ser adaptado e todo o investimento foi feito pela Roscosmos. “Não tivemos custos. Obviamente, oferecemos nossa expertise que pode auxiliar na instalação e calibragem do equipamento e nas pesquisas”, acrescentou.
Além do uso cotidiano dos dados que podem ser acessados por aparelhos celulares ou receptores de sinais de posicionamento global, as informações geradas pelo sistema serão usadas para estudos técnicos conduzidos pela equipe formada pelos professores Ícaro dos Santos e Giovani Araújo Borges, e por três alunos do curso de engenharia elétrica. A expectativa é que com dados mais precisos, seja possível aperfeiçoar pesquisas que já estão em andamento, como a que busca o aperfeiçoamento de veículos aéreos não tripulados (Vant) e o de posicionamento marítimo de embarcações em cais. “Hoje, com o sistema atual, não conseguimos guiar os barcos até o cais”, explicou Ícaro, destacando a margem de erro atual.
O desenvolvimento do sistema russo não vai impedir que outras tecnologias sejam utilizadas. De acordo com o engenheiro, a proposta é usar a melhor informações detectada em cada situação, alternando os dados do Glonass e do GPS. “Se você está na Rua Augusta, em São Paulo, onde há muitos prédios, por exemplo, o satélite do GPS pode estar em uma localização ruim, enquanto o do Glonass pode oferecer uma localização mais precisa nesse caso. Vamos ter dois conjuntos de satélite”, explicou.
Além da inauguração da estação, marcada para as 11h da manhã de hoje, representantes dos governos brasileiro e russo vão assinar convênio, no próximo dia 20, para a criação de uma estação óptica que vai complementar o trabalho dos pesquisadores. “É como se tivéssemos um laser que vai apontar para o céu e fazer o rastreamento do satélite. Isso permitirá conhecer a posição do satélite, a velocidade dele e, a partir daí, saber se está em bom posicionamento ou se requer ajuste”, acrescentou Ícaro dos Santos.
* Edição: Graça Adjuto.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
Monday, February 18, 2013
Meu primeiro e-book
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01.02.2013 11:30
Meu primeiro e-book
Há pouco mais de um ano, 70% dos brasileiros nunca tinham ouvido falar em livros digitais. A experiência com essa leitura, em geral de obras disponibilizadas em PDF gratuitamente na internet, era considerada uma opção de segunda linha, incapaz de superar o papel. O mercado digital muda, porém, de maneira veloz. A aposta recente das grandes empresas vendedoras de e-books no Brasil – Amazon, Apple e Google – e a movimentação das maiores redes de livrarias brasileiras – Livraria Cultura e Saraiva – para não ficarem atrás no negócio marcam a entrada de vez do novo produto no País. “É um caminho sem volta”, diz Hubert Alqueres, da Câmara Brasileira do Livro (CBL), representante das editoras.
A Apple iniciou as vendas de e-books brasileiros em outubro de 2012, por meio da iTunes. Em dezembro foi a vez do Google, com o Google play, e da Amazon, com seu site brasileiro. Alex Szapiro, vice-presidente do Kindle da Amazon do Brasil, conta que a empresa estudou o mercado durante um ano e meio. “Viemos pelo potencial brasileiro de ser um dos maiores mercados do mundo.” A Livraria Cultura e a Saraiva já comercializavam livros digitais desde 2010, mas o volume de obras disponíveis equivalia a 10% do que existe hoje.
O acervo continua pequeno comparado a mercados maduros. São 15 mil títulos em português, diante de 1 milhão de obras nos Estados Unidos, onde as vendas de e-books começaram nos primórdio dos anos 2000. No mercado de livro impresso, 58 mil títulos foram lançados apenas em 2011. Os investimentos das editoras para a conversão dos arquivos devem, no entanto, impulsionar rapidamente o número de obras brasileiras disponíveis em formato digital.
*Leia matéria completa na Edição 734 de CartaCapital, já nas bancas
http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/meu-primeiro-e-book/
O livro 'Na tarde que se avizinha e outros poemas” enfeixa uma seleção de poemas dos seis primeiros livros de poesia do autor , a saber: 'Raia-me Fundo o Sonho tua Fala', 'Na Curva de um Rio, Mungubas', 'Quase um Dia', 'Moro do Lado de Dentro', 'A Terceira Margem do Rio' e 'A Vida Sente a Si Mesma'. A Antologia segue a divisão por livros e obedece a ordem cronológica inversa, do mais recente ao mais antigo. Com ilustração da capa da artista curitibana Manoela Afonso, a obra reúne poemas autobiográficos, de cenas cotidianas, de meditações sobre o tempo e a finitude da vida.
Onde comprar:
http://www.amazon.com/avizinha-outros-Portuguese-Edition-ebook/dp/B007TLW9PM/ref=sr_1_1?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1334330041&sr=1-1
http://itunes.apple.com/pt/book/na-tarde-que-se-avizinha-e/id518346323?mt=11
http://www.livrariacultura.com.br/Produto/E-BOOK/NA-TARDE-QUE-SE-AVIZINHA-E-OUTROS-POEMAS/17564388
http://www.kobobooks.com/ebook/Na-tarde-que-se-avizinha/book-IQL9YqNCXEa26cyWF5ulFw/page1.html?s=Ft__iyDTE0O2fJn-awpzAw&r=1
http://www.gatosabido.com.br/ebook-download/160135/marcos-freitas-na-tarde-que-se-avizinha-e-outros-poemas.html
http://www.gatosabido.com.br/ebook-download/160135/marcos-freitas-na-tarde-que-se-avizinha-e-outros-poemas.html
http://www.travessa.com.br/WpgArtigo.aspx?CodArtigo=fe6fa510-2e75-4df9-a732-f6e9e14f4101
http://www.buqui.com.br/ebook/na-tarde-que-se-avizinha-e-outros-poemas-717192.html
http://www.buqui.com.br/ebook/na-tarde-que-se-avizinha-e-outros-poemas-717192.html
Thursday, February 14, 2013
Encontro Nacional Nordestino de Cordel em Brasília
Benefícios, como direito à previdência, serão reivindicados para artistas ligados ao gênero
Diego Ponce de Leon
Publicação: 13/02/2013 06:30Atualização:
Xilogravura de J. Borges, o mais famoso gravador nacional em atividade A literatura de cordel passeia por terras brasileiras desde o início da colonização. Lá se vão séculos. Nem por isso, os artistas ligados ao gênero gozavam de qualquer prestígio. Principalmente, àqueles relacionados aos direitos trabalhistas. A vocação era exercida informalmente. A partir de 2010, graças ao I Encontro Nacional Nordestino de Cordel em Brasília (2009), o empurrão final foi dado e a Lei 12.198/2010 entrou em vigor, depois de pastar 25 anos no Congresso. Segundo o texto, repentistas, emboladores de coco, contadores de causos populares e cordelistas devem ser reconhecidos como profissionais artísticos e, então, usufruir dos direitos destinados à classe. Avanço tardio, porém imprescindível. Apesar da regulamentação, vários entraves ainda pautam o setor. Destarte, fundamental a realização do segundo encontro — que acontece a partir de hoje (e segue até sexta), no Teatro da Caixa — e a manutenção da discussão. Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/02/13/interna_diversao_arte,349286/encontro-nordestino-de-cordel-vai-cobrar-mais-beneficios-para-artistas.shtml |
Países africanos debatem posição global para reduzir riscos de desastres
14/2/2013 - 11h37
por Leda Letra, da Rádio ONU
Nos últimos dois anos, continente enfrentou cheias, secas e incêndios, que geraram prejuízo de US$ 1,3 bilhão; reunião de três dias na Tanzânia discute investimentos para enfrentar mudanças do clima.
Representantes de 40 países da África estão reunidos na capital da Tanzânia, Arusha, discutindo a posição do continente sobre uma nova plataforma para reduzir riscos de desastres.
Até sexta-feira, as nações africanas debatem também as preocupações com os efeitos das mudanças climáticas, como secas, cheias, ondas de calor e incêndios.
Impactos Econômicos
Segundo o Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres, 18 milhões de pessoas foram afetadas por secas no ano passado. Já as enchentes na África Subsaariana atingiram 8,8 milhões.
Nos últimos dois anos, o continente africano foi afetado por 147 desastres naturais, gerando perdas de US$ 1,3 bilhão ou mais de R$ 2,5 bilhões. Na Tanzânia, os representantes africanos debatem os desafios para reverter esse quadro e tentam criar uma posição conjuta sobre uma nova plataforma para reduzir riscos de desastres.
Oportunidades
A experiência da África em implementar o Quadro de Ação Hyogo, o primeiro plano global para diminuir desastres naturais, será amplamente debatida na reunião.
A representante especial do Secretário-Geral para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, ressalta que o crescimento econômico africano está criando oportunidades e novos investimentos.
Segundo ela, o continente tem a maior taxa de urbanização no mundo. Metade da população da África estará vivendo em centros urbanos até 2050.
Moçambique
Wahlström lembrou sucessos para diminuir desastres naturais de grande impacto, como as cheias recentes em Moçambique e a seca do ano passado no Chifre da África.
A representante da ONU lembrou que eventos extremos do clima alertam sobre a vulnerabilidade do continente, que tem agora a oportunidade de investir na redução dos riscos e influenciar a conferência mundial sobre o tema, que irá ocorrer em 2015.
O comissária para a Economia Rural e Agricultura, Tumisiime Rhoda Peace, destacou que a União Africana está completando 50 anos e combater os desastres naturais será prioridade do grupo pelas próximas cinco décadas.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)
por Leda Letra, da Rádio ONU
Nos últimos dois anos, continente enfrentou cheias, secas e incêndios, que geraram prejuízo de US$ 1,3 bilhão; reunião de três dias na Tanzânia discute investimentos para enfrentar mudanças do clima.
Representantes de 40 países da África estão reunidos na capital da Tanzânia, Arusha, discutindo a posição do continente sobre uma nova plataforma para reduzir riscos de desastres.
Até sexta-feira, as nações africanas debatem também as preocupações com os efeitos das mudanças climáticas, como secas, cheias, ondas de calor e incêndios.
Impactos Econômicos
Segundo o Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres, 18 milhões de pessoas foram afetadas por secas no ano passado. Já as enchentes na África Subsaariana atingiram 8,8 milhões.
Nos últimos dois anos, o continente africano foi afetado por 147 desastres naturais, gerando perdas de US$ 1,3 bilhão ou mais de R$ 2,5 bilhões. Na Tanzânia, os representantes africanos debatem os desafios para reverter esse quadro e tentam criar uma posição conjuta sobre uma nova plataforma para reduzir riscos de desastres.
Oportunidades
A experiência da África em implementar o Quadro de Ação Hyogo, o primeiro plano global para diminuir desastres naturais, será amplamente debatida na reunião.
A representante especial do Secretário-Geral para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, ressalta que o crescimento econômico africano está criando oportunidades e novos investimentos.
Segundo ela, o continente tem a maior taxa de urbanização no mundo. Metade da população da África estará vivendo em centros urbanos até 2050.
Moçambique
Wahlström lembrou sucessos para diminuir desastres naturais de grande impacto, como as cheias recentes em Moçambique e a seca do ano passado no Chifre da África.
A representante da ONU lembrou que eventos extremos do clima alertam sobre a vulnerabilidade do continente, que tem agora a oportunidade de investir na redução dos riscos e influenciar a conferência mundial sobre o tema, que irá ocorrer em 2015.
O comissária para a Economia Rural e Agricultura, Tumisiime Rhoda Peace, destacou que a União Africana está completando 50 anos e combater os desastres naturais será prioridade do grupo pelas próximas cinco décadas.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)
Escritora Mariana Ianelli lança O amor e depois, sétimo livro de poesia
A autora faz da poesia um instrumento de compreensão do mundo e do homem
Nahima Maciel
Publicação: 14/02/2013 08:25Atualização: 14/02/2013 08:58
A poetisa não é moderna, não tem medo de falar de sensações e não é direta |
É preciso fé para escrever um poema. Tal qual no sacerdócio, se não houver a crença no intangível, todo o resto fica comprometido. E não há nada mais intangível que as palavras quando usadas para traduzir o sentir. É um pouco assim que se deve chegar a O amor e depois, o sétimo livro de Mariana Ianelli, 33 anos e certamente um dos expoentes da jovem poesia paulistana. Neta do pintor Arcângelo Ianelli, mestre em literatura, crítica literária e duas vezes finalista do Prêmio Jabuti, Mariana faz da poesia um instrumento de compreensão do mundo e do humano, mas se engana quem estiver em busca do óbvio.
A poetisa não é moderna, não tem medo de falar de sensações e não é direta. “Depois da bruma que seduz o erro/Depois da grande decepção e do escrúpulo/Mesmo que te doendo como um animal/Perdido, arremessado no vazio de um campo,” escreve. Nem sempre o tema do poema se apresenta e, assim como a autora durante o processo da escrita, o leitor precisa de fé para mergulhar no universo subjetivo. Se os versos não revelam de imediato, eles fisgam pela delicadeza. “Acho que todo escritor, todo poeta, para escrever, antes lê as coisas ao seu redor. O que depois aparece para a crítica como tema, motivo poético ou característica marcante de um livro nem sempre são aspectos que moveram o autor ou que ele teve a intenção de priorizar”, explica Mariana. “Vejo, por exemplo, leituras de O amor e depois mencionando o tema do amor, o que para mim não deixa de ser intrigante, porque, na verdade, à parte o poema-título, o amor não está presente ali senão como um consentimento maior, algo ligado a um sentido de esperança diante das coisas destruídas, devastadas, aparentemente extintas.”
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/02/14/interna_diversao_arte,349491/escritora-mariana-ianelli-lanca-o-amor-e-depois-setimo-livro-de-poesia.shtml
Friday, February 08, 2013
Dia Mundial das Zonas Úmidas pretende chamar a atenção para o manejo adequado de um recurso natural finito
Publicado em fevereiro 7/2/ 2013
“As zonas úmidas e o manejo da água” é o tema do Dia Mundial das Zonas Úmidas, comemorado neste sábado (02/02). O assunto é prioritário para a Organização das Nações Unidas (ONU), pois envolve as poucas reservas de água potável existentes, já que, em todo o planeta, existe apenas 0,3% de água doce distribuída em rios e lagos. O problema é que 97.5% do total são água salgada, e a pouca água própria para o consumo humano disponível não está distribuída de maneira igual para as populações de todos os continentes.
Existem 42 tipos diferentes de zonas úmidas. Elas formadas por complexos ecossistemas, que englobam desde as áreas marinhas e costeiras até as continentais, as naturais e as artificiais, como lagos, manguezais, pântanos, charcos, rios e também áreas irrigadas para agricultura e reservatórios de hidrelétricas, entre outros. Tais áreas, permanentes ou temporárias, normalmente abrigam grande biodiversidade, tanto de plantas como de animais aquáticos. Por isso mesmo, é preciso demonstra que existe um vínculo necessário entre o manejo da água e o uso racional das zonas úmidas.
CONFORTO
No Brasil, apesar da situação confortável, de acordo com os padrões da ONU, a distribuição hídrica é desigual, já que a região Amazônica concentra 80% da disponibilidade de água do país, segundo dados de 2012 da Agência Nacional de Águas (ANA). Estados do Nordeste sofrem com a escassez. No Oriente Médio, países como Kuwait, Emirados Árabes, Bahamas e Faixa de Gaza, entre outros, praticamente não têm mais água doce.
Além disso, quase 24% de toda a população da África sofrem com o estresse hídrico. O problema é preocupante também em grande parte do Peru e em algumas áreas do México e da América Central. Na China, Índia e Tailândia a situação é igualmente crítica, revela o Manual de Uso da Água, editado em 2008 pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A finalidade de se instituir o Dia Mundial das Zonas Úmidas é estimular governos, organizações da sociedade civil e grupos de cidadãos com ações e atividades que chamem a atenção para a importância das zonas úmidas, a necessidade de sua proteção e os benefícios que o cumprimento dos objetivos da Convenção de Ramsar. Trata-se da cidade iraniana onde se realizou, em 1971, se realizou a primeira convenção sobre o tema. De acordo com o analista ambiental da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do MMA, Henry Philippe de Novion, as zonas úmidas representam um grande valor socioeconômico, cultural e científico, e sua perda seria irreparável.
Segundo Henry de Novion, “a gestão da água deve ser tratada sob a perspectiva ecossistêmica, o que passa, necessariamente, pela gestão e uso sustentável das zonas úmidas”. Uma vez que tais ecossistemas atuam como infraestrutura natural, garantindo, entre outros serviços ambientais, a provisão de água em quantidade e qualidade, “investir na conservação e no uso sustentável das zonas úmidas é investir em uma estratégia eficiente da gestão dos recursos hídricos”, explica ele.
SAÚDE E BEM ESTAR
O problema é tão sério que, em dezembro de 2010, a ONU declarou 2013 como o Ano Internacional para Cooperação pela Água, reconhecendo esse recurso como fundamental tanto para o desenvolvimento sustentável como para a saúde e o bem estar humanos. “Ocorre que a relação entre a água, as pessoas e as zonas úmidas é uma preocupação central da Convenção de Ramsar”, esclarece Henry de Novion. Ele explica que, por sua função de mediação e abastecimento de água, as zonas úmidas proporcionam serviços ecossistêmicos essenciais, que são os benefícios fornecidos às pessoas pela natureza.
O objetivo fundamental do Dia Mundial das Zonas Úmidas de 2013 é despertar a sensibilidade das pessoas para a interdependência da água e das zonas úmidas, indicar meios adequados para que os diferentes grupos de atores chaves compartilhem a água de uma maneira equitativa e fazer com que se compreenda que sem as zonas úmidas não haverá água. A água desempenha uma função fundamental de conexão, pois, desde as nascentes até o mar, e através de seu ciclo incessante, a água conecta todos os rincões da Terra.
Praia no Litoral Sul da Bahia: água salgada representa 97,5% do total global
O material explica por que se deve preservar as zonas úmidas, mostrando que elas fornecem serviços ecológicos fundamentais às espécies da fauna e da flora e ao bem estar de populações humanas. Além de regular o regime hídrico de vastas regiões, essas áreas funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis, cumprindo, ainda, papel relevante de caráter econômico, cultural e recreativo, ao mesmo tempo em que atendem às necessidades de água e alimentação de uma ampla variedade de espécies e das comunidades humanas, rurais e urbanas.
As áreas úmidas são social e economicamente insubstituíveis por conter inundações, permitir a recarga de aquíferos subterrâneos, reter nutrientes, purificar a água e estabilizar zonas costeiras. O colapso desses serviços, decorrente da destruição das zonas úmidas, pode resultar em desastres ambientais com elevados custos em termos de vidas humanas e econômicos. Novion garante que os ambientes úmidos também cumprem um papel vital no processo de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são grandes reservatórios de carbono.
Como a água é um recurso natural fundamental de que dependem todas as atividades socioeconômicas e ambientais, tanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas como a Convenção de Ramsar, entre outras iniciativas internacionais e nacionais, destacam a importância de se reconhecer a necessidade urgente da adoção de um enfoque integrado, holístico e de cooperação para resolver os problemas relacionados ao manejo da água. Da parte do Brasil, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), coordenado pelo MMA e integrado por órgãos de governo e da sociedade civil, foi criado para programar as diretrizes assumidas pelo país perante a Convenção, defende ações de aproximação com os atores que integram a agenda de zonas úmidas e manejo de água.
“As zonas úmidas e o manejo da água” é o tema do Dia Mundial das Zonas Úmidas, comemorado neste sábado (02/02). O assunto é prioritário para a Organização das Nações Unidas (ONU), pois envolve as poucas reservas de água potável existentes, já que, em todo o planeta, existe apenas 0,3% de água doce distribuída em rios e lagos. O problema é que 97.5% do total são água salgada, e a pouca água própria para o consumo humano disponível não está distribuída de maneira igual para as populações de todos os continentes.
Existem 42 tipos diferentes de zonas úmidas. Elas formadas por complexos ecossistemas, que englobam desde as áreas marinhas e costeiras até as continentais, as naturais e as artificiais, como lagos, manguezais, pântanos, charcos, rios e também áreas irrigadas para agricultura e reservatórios de hidrelétricas, entre outros. Tais áreas, permanentes ou temporárias, normalmente abrigam grande biodiversidade, tanto de plantas como de animais aquáticos. Por isso mesmo, é preciso demonstra que existe um vínculo necessário entre o manejo da água e o uso racional das zonas úmidas.
CONFORTO
No Brasil, apesar da situação confortável, de acordo com os padrões da ONU, a distribuição hídrica é desigual, já que a região Amazônica concentra 80% da disponibilidade de água do país, segundo dados de 2012 da Agência Nacional de Águas (ANA). Estados do Nordeste sofrem com a escassez. No Oriente Médio, países como Kuwait, Emirados Árabes, Bahamas e Faixa de Gaza, entre outros, praticamente não têm mais água doce.
Além disso, quase 24% de toda a população da África sofrem com o estresse hídrico. O problema é preocupante também em grande parte do Peru e em algumas áreas do México e da América Central. Na China, Índia e Tailândia a situação é igualmente crítica, revela o Manual de Uso da Água, editado em 2008 pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A finalidade de se instituir o Dia Mundial das Zonas Úmidas é estimular governos, organizações da sociedade civil e grupos de cidadãos com ações e atividades que chamem a atenção para a importância das zonas úmidas, a necessidade de sua proteção e os benefícios que o cumprimento dos objetivos da Convenção de Ramsar. Trata-se da cidade iraniana onde se realizou, em 1971, se realizou a primeira convenção sobre o tema. De acordo com o analista ambiental da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do MMA, Henry Philippe de Novion, as zonas úmidas representam um grande valor socioeconômico, cultural e científico, e sua perda seria irreparável.
Segundo Henry de Novion, “a gestão da água deve ser tratada sob a perspectiva ecossistêmica, o que passa, necessariamente, pela gestão e uso sustentável das zonas úmidas”. Uma vez que tais ecossistemas atuam como infraestrutura natural, garantindo, entre outros serviços ambientais, a provisão de água em quantidade e qualidade, “investir na conservação e no uso sustentável das zonas úmidas é investir em uma estratégia eficiente da gestão dos recursos hídricos”, explica ele.
SAÚDE E BEM ESTAR
O problema é tão sério que, em dezembro de 2010, a ONU declarou 2013 como o Ano Internacional para Cooperação pela Água, reconhecendo esse recurso como fundamental tanto para o desenvolvimento sustentável como para a saúde e o bem estar humanos. “Ocorre que a relação entre a água, as pessoas e as zonas úmidas é uma preocupação central da Convenção de Ramsar”, esclarece Henry de Novion. Ele explica que, por sua função de mediação e abastecimento de água, as zonas úmidas proporcionam serviços ecossistêmicos essenciais, que são os benefícios fornecidos às pessoas pela natureza.
O objetivo fundamental do Dia Mundial das Zonas Úmidas de 2013 é despertar a sensibilidade das pessoas para a interdependência da água e das zonas úmidas, indicar meios adequados para que os diferentes grupos de atores chaves compartilhem a água de uma maneira equitativa e fazer com que se compreenda que sem as zonas úmidas não haverá água. A água desempenha uma função fundamental de conexão, pois, desde as nascentes até o mar, e através de seu ciclo incessante, a água conecta todos os rincões da Terra.
Praia no Litoral Sul da Bahia: água salgada representa 97,5% do total global
Nesse sentido, a Convenção de Ramsar reconhece que as zonas úmidas desempenham função essencial nessa interconexão e seu uso racional possibilitará o manejo sustentável da água. Com base nessa realidade, a Convenção lançou o folheto “As Zonas Úmidas e o Manejo da Água”, que descreve a sua situação hidrológica geral, com foco nos atores que administram a água e os vários desafios que enfrentam, da governança aos problemas de gestão das águas transfronteiriças, agrícolas e urbanas, passando pelo armazenamento e a transposição dos recursos hídricos.
O material explica por que se deve preservar as zonas úmidas, mostrando que elas fornecem serviços ecológicos fundamentais às espécies da fauna e da flora e ao bem estar de populações humanas. Além de regular o regime hídrico de vastas regiões, essas áreas funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis, cumprindo, ainda, papel relevante de caráter econômico, cultural e recreativo, ao mesmo tempo em que atendem às necessidades de água e alimentação de uma ampla variedade de espécies e das comunidades humanas, rurais e urbanas.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As áreas úmidas são social e economicamente insubstituíveis por conter inundações, permitir a recarga de aquíferos subterrâneos, reter nutrientes, purificar a água e estabilizar zonas costeiras. O colapso desses serviços, decorrente da destruição das zonas úmidas, pode resultar em desastres ambientais com elevados custos em termos de vidas humanas e econômicos. Novion garante que os ambientes úmidos também cumprem um papel vital no processo de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são grandes reservatórios de carbono.
Como a água é um recurso natural fundamental de que dependem todas as atividades socioeconômicas e ambientais, tanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas como a Convenção de Ramsar, entre outras iniciativas internacionais e nacionais, destacam a importância de se reconhecer a necessidade urgente da adoção de um enfoque integrado, holístico e de cooperação para resolver os problemas relacionados ao manejo da água. Da parte do Brasil, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), coordenado pelo MMA e integrado por órgãos de governo e da sociedade civil, foi criado para programar as diretrizes assumidas pelo país perante a Convenção, defende ações de aproximação com os atores que integram a agenda de zonas úmidas e manejo de água.
Fonte:
Thursday, February 07, 2013
Mapa e outros três poemas - WISLAWA SZYMBORSKA
WISLAWA SZYMBORSKA
TRADUÇÃO REGINA PRZYBYCIEN
Mapa
Plano como a mesa
na qual está colocado.
Debaixo dele nada se move
nem busca vazão.
Sobre ele -meu hálito humano
não cria vórtices de ar
e deixa toda a sua superfície
em silêncio.
Suas planícies, vales, são sempre verdes,
os planaltos, montanhas, amarelos e marrons
e os mares, oceanos, de um azul delicado
nas margens fendidas.
Tudo aqui é pequeno, próximo, acessível.
Posso tocar os vulcões com a ponta da unha,
acariciar os polos sem luvas grossas.
Com um olhar posso
abarcar cada deserto
junto com o rio logo ali ao lado.
Selvas são assinaladas com arvorezinhas
entre as quais seria difícil se perder.
No Ocidente e Oriente
acima e abaixo do equador -
assentou-se um manso silêncio.
Pontinhos pretos significam
que ali vivem pessoas.
Valas comuns e súbitas ruínas
não cabem nesse quadro.
As fronteiras dos países mal são visíveis
como se hesitassem entre ser e não ser.
Gosto dos mapas porque mentem.
Porque não dão acesso à dura verdade.
Porque, generosos e bem-humorados,
estendem-me na mesa um mundo
que não é deste mundo.
Tem aqueles que
Tem aqueles que cumprem a vida com mais eficácia.
Põem ordem em si mesmos e a seu redor.
Têm resposta certa e jeito para tudo.
Logo adivinham quem a quem, quem com quem,
com que objetivo, por onde.
Batem o carimbo nas verdades únicas,
atiram ao triturador fatos desnecessários,
e a pessoas desconhecidas
de antemão destinam fichários.
Pensam só o quanto vale a pena,
nem um instante mais,
pois depois desse instante espreita a dúvida.
E quando recebem dispensa da existência,
deixam o posto
pela porta indicada.
Às vezes os invejo
- por sorte isso passa.
Coação
A falecida costeleta com o finado repolho.
O cardápio é um necrológio.
Mesmo as melhores pessoas
precisam morder, digerir algo morto,
para que seus corações sensíveis
não parem de bater.
Mesmo os poetas mais líricos.
Mesmo os ascetas mais severos
mastigam e engolem algo
que, afinal, ia crescendo.
Custa-me conciliar isso com os bons deuses.
Talvez crédulos,
talvez ingênuos,
deram à natureza todo o poder sobre o mundo.
E é ela, louca, que nos impõe a fome,
e ali onde há fome
finda a inocência.
À fome se juntam logo os sentidos:
o paladar, o olfato, o tato e a visão,
pois não é indiferente quais iguarias
e em quais pratos.
Até a audição participa
no que sucede, pois à mesa
não raro há conversas alegres.
Para o meu poema
Na melhor das hipóteses,
meu poema, você será lido atentamente,
comentado e lembrado.
Em uma hipótese pior,
apenas lido.
Terceira possibilidade -
escrito, de fato,
mas logo jogado no lixo.
Você pode se valer ainda de uma quarta saída -
desaparecer não escrito
murmurando satisfeito algo para si mesmo.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/90516-mapa-e-outros-tres-poemas.shtml
Seca e fim da civilização maia
07 de fevereiro de 2013 | 2h 07
Fernando Reinach - O Estado de S. Paulo
Se você tem
dificuldade de imaginar como uma flutuação climática pode destruir uma
civilização, imagine o que aconteceria em São Paulo se uma seca violenta fizesse
com que os reservatórios de água que abastecem a cidade ficassem incapazes de
enviar sequer uma gota para a cidade durante um ano. A população teria de ser
realocada e provavelmente viveríamos uma crise política e econômica.
Há anos historiadores suspeitam que uma seca extremamente violenta foi uma das causas da extinção da civilização maia. Agora, os cientistas conseguiram mapear as variações climáticas que ocorreram durante quase 2.050 anos - começando 40 antes do nascimento de Cristo e terminando em 2006 - e puderam correlacionar essas mudanças climáticas ao surgimento, apogeu e o desaparecimento da civilização maia.
A caverna de Yok Balum fica em Belize a 1,5 quilômetro de Uxbenká, uma cidade maia. Nas suas imediações, submetidos aos mesmo regime de chuvas, estão outros grandes centros da cultura maia. Essa caverna, localizada 366 metros acima do nível do mar, é rica em estalagmites.
As estalagmites surgem no solo das cavernas quando gotas de água caem do teto regularmente, exatamente no mesmo no mesmo local, durante milhares de anos. Cada gota contém minerais dissolvidos na água. Quando a água da gota evapora, os minerais se depositam no topo da estalagmite.
Imagine que a cada hora uma gota de água caia no topo da estalagmite e evapore, adicionando uma nova camada de minerais. Imagine agora que esse processo ocorra ininterruptamente durante milhares de anos. O resultado é a formação de uma estrutura na forma de dedo (algumas têm metros de altura) onde cada camada contém os minerais presentes na gota d'água que caiu naquela hora, daquele dia, daquele ano. Por esse motivo, as estalagmites são um registro temporal extremamente confiável do clima de uma região.
Em 2006, cientistas coletaram uma estalagmite de 56 centímetros de comprimento na caverna de Yok Balum. Os 45 centímetros do topo da estalagmite foram fatiados como se fosse um salame. Cada fatia tinha 0,1 milímetro de espessura. Usando um método que mede a quantidade de urânio e tório, os cientistas puderam determinar a idade de cada uma dessas fatias. As mais de cima se formaram em 2006, antes da estalagmite ser coletada, mas as mais de baixo haviam sido formadas 40 anos antes de Cristo nascer.
Durante 2.050 anos, gota a gota, a composição da água que pinga nessa caverna estava registrada nesses 45 centímetros de estalagmite. De posse da idade de cada fatia, outra amostra de cada fatia foi utilizada para determinar a presença do isótopo 18 do oxigênio. Uma maior quantidade desse isótopo está relacionada a uma maior quantidade de chuva na época em que a fatia foi formada; uma quantidade menor do isótopo indica menos chuva.
Correlacionando os dados de idade e de quantidade de chuva em mais de 4,2 mil fatias, foi possível fazer um gráfico que indica quanto choveu, a cada semestre, naquela região desde 40 anos antes do nascimento de Cristo até o presente. As duas maiores secas que ocorreram na região após a chegada dos europeus (em 1535 e em cinco anos entre 1765 e 1800) aparecem claramente no gráfico.
O passo seguinte foi colocar no mesmo gráfico os diversos eventos da civilização maia. Lembre que os maias possuíam um sistema de calendário extremamente sofisticado, onde registravam os eventos políticos e a construção de pirâmides e outras obras.
O período áureo da civilização maia surgiu por volta dos anos 300, mas os centros urbanos e a construção dos monumentos se iniciou por volta do ano 400, após uma grande seca que ocorreu entre 400 e 425. Após essa seca, o número de cidades cresceu muito, atingindo o máximo por volta do ano 780.
Durante esses 360 anos, não houve secas na região. A primeira seca importante, que durou 15 anos, ocorreu em 820 e coincide com a não construção de novas cidades. Após essa seca, as chuvas voltaram em intensidade menor até o ano 910 e novas cidades apareceram nesse século. Uma seca forte que durou dez anos, iniciada em 910, marcou o fim das grandes construções.
A civilização maia ainda viveu na região até o ano 1000, quando veio o pior período de seca, que durou quase cem anos. Durante essa seca prolongada, o período clássico da civilização maia acabou e logo depois a cultura maia desapareceu.
Essa descoberta corrobora a suspeita levantada por historiadores que a falta de água foi um dos fatores que explicam o fim da civilização maia. Além de demonstrar que secas fortes e raras podem dizimar civilizações, esse trabalho é um bom exemplo de como estudos climáticos estão aos poucos sendo incorporados à história das civilizações.
No banho, enquanto ensaboa o cabelo com a torneira aberta, lembre que os maias, que reinaram por mais de 800 anos na região do México, tiveram as chuvas a seu favor durante 400 anos, mas bastou uma seca rara e forte para eles desaparecerem. A civilização ocidental descobriu a América e se instalou por aqui faz aproximadamente 500 anos - e, por enquanto, teve o clima a seu favor.
Há anos historiadores suspeitam que uma seca extremamente violenta foi uma das causas da extinção da civilização maia. Agora, os cientistas conseguiram mapear as variações climáticas que ocorreram durante quase 2.050 anos - começando 40 antes do nascimento de Cristo e terminando em 2006 - e puderam correlacionar essas mudanças climáticas ao surgimento, apogeu e o desaparecimento da civilização maia.
A caverna de Yok Balum fica em Belize a 1,5 quilômetro de Uxbenká, uma cidade maia. Nas suas imediações, submetidos aos mesmo regime de chuvas, estão outros grandes centros da cultura maia. Essa caverna, localizada 366 metros acima do nível do mar, é rica em estalagmites.
As estalagmites surgem no solo das cavernas quando gotas de água caem do teto regularmente, exatamente no mesmo no mesmo local, durante milhares de anos. Cada gota contém minerais dissolvidos na água. Quando a água da gota evapora, os minerais se depositam no topo da estalagmite.
Imagine que a cada hora uma gota de água caia no topo da estalagmite e evapore, adicionando uma nova camada de minerais. Imagine agora que esse processo ocorra ininterruptamente durante milhares de anos. O resultado é a formação de uma estrutura na forma de dedo (algumas têm metros de altura) onde cada camada contém os minerais presentes na gota d'água que caiu naquela hora, daquele dia, daquele ano. Por esse motivo, as estalagmites são um registro temporal extremamente confiável do clima de uma região.
Em 2006, cientistas coletaram uma estalagmite de 56 centímetros de comprimento na caverna de Yok Balum. Os 45 centímetros do topo da estalagmite foram fatiados como se fosse um salame. Cada fatia tinha 0,1 milímetro de espessura. Usando um método que mede a quantidade de urânio e tório, os cientistas puderam determinar a idade de cada uma dessas fatias. As mais de cima se formaram em 2006, antes da estalagmite ser coletada, mas as mais de baixo haviam sido formadas 40 anos antes de Cristo nascer.
Durante 2.050 anos, gota a gota, a composição da água que pinga nessa caverna estava registrada nesses 45 centímetros de estalagmite. De posse da idade de cada fatia, outra amostra de cada fatia foi utilizada para determinar a presença do isótopo 18 do oxigênio. Uma maior quantidade desse isótopo está relacionada a uma maior quantidade de chuva na época em que a fatia foi formada; uma quantidade menor do isótopo indica menos chuva.
Correlacionando os dados de idade e de quantidade de chuva em mais de 4,2 mil fatias, foi possível fazer um gráfico que indica quanto choveu, a cada semestre, naquela região desde 40 anos antes do nascimento de Cristo até o presente. As duas maiores secas que ocorreram na região após a chegada dos europeus (em 1535 e em cinco anos entre 1765 e 1800) aparecem claramente no gráfico.
O passo seguinte foi colocar no mesmo gráfico os diversos eventos da civilização maia. Lembre que os maias possuíam um sistema de calendário extremamente sofisticado, onde registravam os eventos políticos e a construção de pirâmides e outras obras.
O período áureo da civilização maia surgiu por volta dos anos 300, mas os centros urbanos e a construção dos monumentos se iniciou por volta do ano 400, após uma grande seca que ocorreu entre 400 e 425. Após essa seca, o número de cidades cresceu muito, atingindo o máximo por volta do ano 780.
Durante esses 360 anos, não houve secas na região. A primeira seca importante, que durou 15 anos, ocorreu em 820 e coincide com a não construção de novas cidades. Após essa seca, as chuvas voltaram em intensidade menor até o ano 910 e novas cidades apareceram nesse século. Uma seca forte que durou dez anos, iniciada em 910, marcou o fim das grandes construções.
A civilização maia ainda viveu na região até o ano 1000, quando veio o pior período de seca, que durou quase cem anos. Durante essa seca prolongada, o período clássico da civilização maia acabou e logo depois a cultura maia desapareceu.
Essa descoberta corrobora a suspeita levantada por historiadores que a falta de água foi um dos fatores que explicam o fim da civilização maia. Além de demonstrar que secas fortes e raras podem dizimar civilizações, esse trabalho é um bom exemplo de como estudos climáticos estão aos poucos sendo incorporados à história das civilizações.
No banho, enquanto ensaboa o cabelo com a torneira aberta, lembre que os maias, que reinaram por mais de 800 anos na região do México, tiveram as chuvas a seu favor durante 400 anos, mas bastou uma seca rara e forte para eles desaparecerem. A civilização ocidental descobriu a América e se instalou por aqui faz aproximadamente 500 anos - e, por enquanto, teve o clima a seu favor.
Wednesday, February 06, 2013
SUEÑOS SOMOS - Marcos Freitas
Poesía Solidaria del Mundo - Marcos Freitas
miércoles 7 de diciembre de 2011
5484.- MARCOS FREITAS
Marcos Freitas nació en Teresina, Piauí, Brasil en 1963. Ingeniero Civil. Profesor Universitario. Posgraduado en Medio Ambiente, Recursos Hídricos y Gestión Pública. Posee más de 100 publicaciones técnico-científicas en periódicos y anales de simposios nacionales e internacionales. Poeta. Cuentista. Letrista con innumerables colaboraciones musicales y más de 40 libros y capítulos de libros en 6 idiomas. Miembro de la ANE – Asociación Nacional de Escritores y de la UBE – Unión Brasileña de Escritores. Director del Sindicato de los Escritores del DF. Miembro de la ALT-DF y la ALB-DF. En el campo de la literatura, ha publicado los siguientes libros: A Vida Sente a Si Mesma (Ed. Ibiapina, Teresina, 2003); A Terceira Margem Sem Rio (Ed. Ibiapina, Teresina, 2004); Moro do Lado de Dentro (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Quase um Dia (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Na Curva de um Rio, Mungubas (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2007); Marcos Freitas – Micro-Antologia (Ed. Thesaurus, Brasília, 2008); Staub und Schotter (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2008); Urdidura de Sonhos e Assombros (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2010) e Inquietudes de Horas e Flores (Ed. Livre Expressão, Rio de Janeiro, edição bilíngue: português-espanhol, 2011). En el área técnico-científica: Neurocomputação Aplicada (Ed. FUFPI, Teresina,1998); A Regulação dos Recursos Hídricos: estado e esfera pública na gestão de recursos hídricos – análise do modelo atual brasileiro, críticas e proposições (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2009) y Que Venha a Seca: modelos para gestão de recursos hídricos em regiões semiáridas (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2010).
miércoles 7 de diciembre de 2011
5484.- MARCOS FREITAS
Marcos Freitas nació en Teresina, Piauí, Brasil en 1963. Ingeniero Civil. Profesor Universitario. Posgraduado en Medio Ambiente, Recursos Hídricos y Gestión Pública. Posee más de 100 publicaciones técnico-científicas en periódicos y anales de simposios nacionales e internacionales. Poeta. Cuentista. Letrista con innumerables colaboraciones musicales y más de 40 libros y capítulos de libros en 6 idiomas. Miembro de la ANE – Asociación Nacional de Escritores y de la UBE – Unión Brasileña de Escritores. Director del Sindicato de los Escritores del DF. Miembro de la ALT-DF y la ALB-DF. En el campo de la literatura, ha publicado los siguientes libros: A Vida Sente a Si Mesma (Ed. Ibiapina, Teresina, 2003); A Terceira Margem Sem Rio (Ed. Ibiapina, Teresina, 2004); Moro do Lado de Dentro (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Quase um Dia (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Na Curva de um Rio, Mungubas (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2007); Marcos Freitas – Micro-Antologia (Ed. Thesaurus, Brasília, 2008); Staub und Schotter (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2008); Urdidura de Sonhos e Assombros (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2010) e Inquietudes de Horas e Flores (Ed. Livre Expressão, Rio de Janeiro, edição bilíngue: português-espanhol, 2011). En el área técnico-científica: Neurocomputação Aplicada (Ed. FUFPI, Teresina,1998); A Regulação dos Recursos Hídricos: estado e esfera pública na gestão de recursos hídricos – análise do modelo atual brasileiro, críticas e proposições (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2009) y Que Venha a Seca: modelos para gestão de recursos hídricos em regiões semiáridas (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2010).
SUEÑOS SOMOS
unos dicen que los sueños deben ser vividos
otros que deben ser divididos
otro que los sueños, sueños son
¿y yo qué digo?
¿y yo qué sueño?
a veces el tiempo pasado
me es futuro
del presente o del pretérito
¿ya ni lo sé?
¿qué esperar de los sueños?
¿qué esperar de lo que somos?
son y sueño:
partituras atemporales.
(traducción Carlos Saiz Alvarez)
Veja mais poemas em:
http://fernando-sabido-sanchez.blogspot.com/search/label/BRASIL
http://poetassigloveintiuno.blogspot.com/
unos dicen que los sueños deben ser vividos
otros que deben ser divididos
otro que los sueños, sueños son
¿y yo qué digo?
¿y yo qué sueño?
a veces el tiempo pasado
me es futuro
del presente o del pretérito
¿ya ni lo sé?
¿qué esperar de los sueños?
¿qué esperar de lo que somos?
son y sueño:
partituras atemporales.
(traducción Carlos Saiz Alvarez)
Veja mais poemas em:
http://fernando-sabido-sanchez.blogspot.com/search/label/BRASIL
http://poetassigloveintiuno.blogspot.com/
МЫ И НАШИ МЕЧТЫ - Маркус Фрейтас
Маркус Фрейтас
МЫ И НАШИ МЕЧТЫ
Одни говорят, что мечтами следует насладиться;
другие, что ими надобно поделиться;
кое-кто утверждает: мечты – это просто мечты.
Ну, а мне что сказать?
Ну, а мне о чём возмечтать?
Временами прошедшее
будущее мне заменяет...
Я сегодняшний или вчерашний? –
Да кто его знает!
Чего тебе ждать от мечты?
Чего тебе ждать от того, кто ты?
Итак, жить или только мечтать –
в вечной пьесе играть?
Tradução do português por Oleg Almeida
Tradução do português por Oleg Almeida
SONHOS SOMOS
uns dizem que os sonhos devem ser vividos
outros que eles devem ser divididos
já outro que sonhos sonhos são
e eu o que digo?
e eu o que sonho?
às vezes o tempo passado
me é futuro
do presente ou do pretérito
eu já nem sei?
o que esperar dos sonhos?
o que esperar do que somos?
som e sonho:
partituras atemporais.
Marcos Freitas.
МЫ И НАШИ МЕЧТЫ
Одни говорят, что мечтами следует насладиться;
другие, что ими надобно поделиться;
кое-кто утверждает: мечты – это просто мечты.
Ну, а мне что сказать?
Ну, а мне о чём возмечтать?
Временами прошедшее
будущее мне заменяет...
Я сегодняшний или вчерашний? –
Да кто его знает!
Чего тебе ждать от мечты?
Чего тебе ждать от того, кто ты?
Итак, жить или только мечтать –
в вечной пьесе играть?
Tradução do português por Oleg Almeida
Les
uns me disent: les songes sont tous pour aujourd'hui;
les autres disent: on doit les partager avec autrui;
quelqu'un afirme encore: les songes sont pour qu'on songe, tout court.
Et moi, qu'est-ce que je dis?
Et moi, qu'est-ce que je songe?
Des fois, le temps passé
me remplace le présent.
Suis-je d'hier ou bien d'aujourd'hui?
Je ne le sais!
Qu'ai-je donc à espérer de mes songes?
Qu'ai-je donc à espérer de moi-même?
Sons et songes,
partitures hors du temps.
les autres disent: on doit les partager avec autrui;
quelqu'un afirme encore: les songes sont pour qu'on songe, tout court.
Et moi, qu'est-ce que je dis?
Et moi, qu'est-ce que je songe?
Des fois, le temps passé
me remplace le présent.
Suis-je d'hier ou bien d'aujourd'hui?
Je ne le sais!
Qu'ai-je donc à espérer de mes songes?
Qu'ai-je donc à espérer de moi-même?
Sons et songes,
partitures hors du temps.
Tradução do português por Oleg Almeida
uns dizem que os sonhos devem ser vividos
outros que eles devem ser divididos
já outro que sonhos sonhos são
e eu o que digo?
e eu o que sonho?
às vezes o tempo passado
me é futuro
do presente ou do pretérito
eu já nem sei?
o que esperar dos sonhos?
o que esperar do que somos?
som e sonho:
partituras atemporais.
Marcos Freitas.
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