Alexandre Gaioto - Especial para o Correio
Publicação: 17/06/2014 07:30 Atualização: 17/06/2014 09:02
“Tem um cara muito estranho querendo falar com você”, avisa a secretária, discretamente apontando para a sala ao lado. Curiosa, ela indaga quem é o sujeito. Digo o nome dele e de sua banda: Blanch Van Gogh, cantor e letrista do Cogumelo Plutão. Não adianta nada. Tento cantarolar, em vão, os versos de Esperando na janela, o maior — e único — hit da banda brasiliense. A secretária sai de cena um pouco desapontada e sigo ao encontro de Blanch.
Blanch Van Gogh e Renato Russo mantiveram forte amizade no início da década de 1990 |
Mesmo que ela se lembrasse da fisionomia do cantor, seria impossível reconhecê-lo, ali, sentado à mesa: acima do peso, rosto inchado, o cabelo todo ensebado e desgrenhado, não dá para imaginá-lo rolando no chão e entoando o tal hit da janela, como ele fez no clipe da música em 2000.
Gente boa, Blanch estende a mão e vai direto ao assunto: 14 anos depois dos poucos minutos de fama e do misterioso desparecimento de sua banda — que sumiu do mapa sem qualquer aviso oficial —, ele está retomando, finalmente, o Cogumelo Plutão. “Quero começar pelo Paraná porque nosso último show foi aqui no estado. Precisamos fechar esse ciclo e iniciar um novo”, justifica. Empolgado, ele adianta que, em julho, sai o álbum de músicas inéditas (Amor à primeira vista) e que a turnê, composta por 40 shows, começa em agosto. Ainda não há datas confirmadas.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2014/06/17/interna_diversao_arte,433032/autor-de-esperando-na-janela-afirma-guardar-16-ineditas-da-legiao-urbana.shtml
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