Mariana Vieira - Especial para o correio
Publicação: 05/12/2013 08:29 Atualização: 05/12/2013 08:50
Por conta da idade, Alice Munro não viajará neste sábado (7/12) para receber o prêmio |
A escritora dedicou-se quase que exclusivamente ao conto, sendo que seu único romance, The view from Castle Rock, trata-se de uma reunião de histórias entrelaçadas pelos mesmos personagens, que se desenrolam de forma paralela. Com 14 livros publicados, — o último deles, Vida Querida, lançado no Brasil nesta semana pela Cia das Letras —, ela considera que o prêmio é uma conquista para todos os autores de contos. A explicação, segundo ela, é que os escritores geralmente começam pelo conto para, depois, escreverem o primeiro romance. Em entrevista ao site do Nobel, Munro explicitou sua paixão pelo gênero: “Eu gostaria que o conto viesse à tona, sem amarras, de modo que não tenha que ser um romance”.
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Confira a lista e as designações com que foram contempladas as 13 damas da escrita
Alice Munro em 2013
“Mestre do conto contemporâneo”
"master of the contemporary short story"
Herta Müller em 2009
“Aquela que, com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, retrata a paisagem dos despossuídos"
Doris Lessing em 2007
"O ápice da experiência feminina, que com ceticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização dividida a uma análise"
Elfriede Jelinek em 2004
"Por seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que com zelo linguístico extraordinário revelam o absurdo de clichês da sociedade e seu poder de subjugar os indivíduos"
Wislawa Szymborska em 1996
"Para a poesia que, com precisão irônica, permite que o contexto histórico e biológico se ilumine em fragmentos da realidade humana"
Toni Morrison em 1993
"Aquela que, em romances caracterizados por força visionária e importação poética, dá vida a um aspecto essencial da realidade americana"
Nadine Gordimer em 1991
"Quem, através de sua magnífica escrita épica tem sido - nas palavras de Alfred Nobel - de grande benefício para a humanidade"
Nelly Sachs em 1966
"Por sua notável escrita lírica e dramática, que interpreta o destino de Israel com força comovente"
Gabriela Mistral em 1945
"Por sua poesia lírica, que, inspirada por emoções fortes, fez do nome dela um símbolo das aspirações idealistas de todo o mundo latino-americano"
Pearl Buck em 1938
"Por suas descrições ricas e verdadeiramente épicas da vida camponesa na China e por suas obras biográficas"
Sigrid Undset em 1928
"Principalmente por suas descrições poderosas de vida do Norte durante a Idade Média"
Grazia Deledda em 1926
"Por seus escritos idealisticamente inspirados que, com uma clareza plástica, retratam a vida em sua ilha nativa e com profundidade e simpatia lidam com os problemas humanos em geral"
Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf em 1909
"Em apreciação pelo idealismo elevado, vívida imaginação e percepção espiritual que caracterizam seus escritos"
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/12/05/interna_diversao_arte,401810/vencedora-de-nobel-de-literatura-considera-premio-uma-conquista-para-todos.shtml
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