Felipe Moraes
“A linha entre o erótico e o pornográfico é muito tênue”, conta Behr
O poeta está em seu local de trabalho, rodeado de vasos de barro, mudas de plantas, centenas de itens de jardinagem e cultivo, clientes curiosos e funcionários atendendo esses mesmos clientes. Ele gerencia o viveiro Pau Brasília há duas décadas. Quando termina de escrever um livro, não hesita em também vendê-lo, sem vergonha de tratar os poemas como mercadorias. Com ele não existe isso de poeta perdedor, deprimido, suicida. Anda com vários volumes no carro, preparado para encontros com amigos e esbarrões em conhecidos e desconhecidos. Agora, Nicolas Behr deixa o escritório por alguns minutos, senta-se à sombra de uma jabuticabeira ligeiramente carregada e, com interrupções aqui e ali para notar a presença de pássaros intrusos e abastecer as mãos de frutos, conversa sobre o seu novo livro, Meio seio (editora Língua Geral). Que não é sobre Brasília. “O único lugar em que Brasília está é na orelha, na ficha biográfica”, avisa. E que, sim, é erótico, às vezes delicado, mas sobretudo provocador. A novidade será lançada nesta quarta-feira (10/10), às 18h, no Hermusche Emporium (413 Norte).
“A linha entre o erótico e o pornográfico é muito tênue, que nem a linha entre a loucura e a normalidade”, diz ele. Behr costuma alertar as pessoas sobre o conteúdo: os versos curtos sobre boca, mãos, seios e outras partes do corpo dividem as páginas com traços de homens e mulheres nus, assinados por Evandro Salles. O sexo ainda é um tabu social. E o amor, um paradigma na poesia. O mato-grossense dá o seu contraponto na nova coleção de poemas. “Li O amor natural, de Drummond, e pensei em fazer o meu livro erótico, no meu estilo. Não é nem punk, nem agressivo, nem raivoso, nem antiamoroso, nem antierótico. Queria um livro que mexesse com as pessoas, como ele mexeu comigo”, continua.
Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=16519&secao=Programe-se&data=20121003
“A linha entre o erótico e o pornográfico é muito tênue, que nem a linha entre a loucura e a normalidade”, diz ele. Behr costuma alertar as pessoas sobre o conteúdo: os versos curtos sobre boca, mãos, seios e outras partes do corpo dividem as páginas com traços de homens e mulheres nus, assinados por Evandro Salles. O sexo ainda é um tabu social. E o amor, um paradigma na poesia. O mato-grossense dá o seu contraponto na nova coleção de poemas. “Li O amor natural, de Drummond, e pensei em fazer o meu livro erótico, no meu estilo. Não é nem punk, nem agressivo, nem raivoso, nem antiamoroso, nem antierótico. Queria um livro que mexesse com as pessoas, como ele mexeu comigo”, continua.
Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=16519&secao=Programe-se&data=20121003
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