Wednesday, March 26, 2008

Alexander Kluge: o Quinto Ato


Programação no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

25 de Março (terça) Local: Cinema
18h – Sessão de Curtas: Brutalidade em pedra (Brutalität in Stein, 1960, 16mm, 12 min) + Professor em transformação (Lehrer im Wandel, 1962/1963, 16mm, 11 min) + Retrato de quem deu certo (Porträt einer Bewährung, 1964, 16mm, 13 min) + Sra. Blackburn (Frau Blackburn, geb. 5. Jan. 1872, wird gefilmt, 1967, 16mm, 14 min) + Bombeiro (Feuerlöscher e.a. Winterstein, 1968, 16mm, 11 min)
20h30 - O ataque do presente sobre o restante do tempo (Der Angriff der Gegenwart auf die übrige Zeit, 1985, 16mm, 106 min)

26 de Março (quarta) Local: Cinema
18h - O candidato (Der Kandidat, 1980, DVD, 124 min)
20h30 - O grande caos (Der Grosse Verhau, 1969/1970, DVD, 90 min)

27 de Março (quinta) Local: Cinema
15h30 - Alemanha no outono (Deutschland im Herbst, 1978, DVD, 119 min)
18h00 - Trabalho ocasional de uma escrava (Gelegenheitsarbeit einer Sklavin, 1973, 87 min, DVD)
20h30 - Willi Tobler e a queda da 6ª. frota (Willi Tobler und der Untergang der 6. Flotte, 1971, DVD, 78 min)

28 de Março (sexta) Local: Cinema
15h30 - O poder dos sentimentos (Die Macht der Gefühle, 1983, 16mm, 112 min)
18h – No perigo e na penúria, o meio-termo leva à morte (In Gefahr und größter Not bringt der Mittelweg den Tod, 1974, 16mm, 86 min)
20h30 - Despedida de ontem (Abschied von gestern, 1965/1966, DVD, 84 min)

29 de Março (sábado) Local: Cinema
15h30 - A patriota (Die Patriotin, 1979, 16mm, 118 min)
18h - A Indomável Leni Peickert (Die unbezähmbare Leni Peickert, 1967/1969, DVD, 33 min) + Amor cego – Conversa com Jean-Luc Godard (Blinde Liebe- Gespräch mit Jean-Luc Godard, 2001, DVD, 24 min)
20h30 - Artistas na cúpula do circo: perplexos (Die Artisten in der Zirkuskuppel: ratlos, 1967, DVD, 100 min)

30 de Março (domingo) Local: Cinema
15h - Guerra e Paz (Krieg und Frieden, 1982/1983, DVD, 118 min)
17h30 - Notícias variadas (Vermischte Nachrichten, 1986, DVD, 103 min)
19h30 - Trabalho ocasional de uma escrava (Gelegenheitsarbeit einer Sklavin, 1973, 87 min, DVD)

01 de Abril (terça) Local: Cinema
18h - Despedida de ontem (Abschied von gestern, 1965/1966, DVD, 84 min)
20h30 - No perigo e na penúria, o meio-termo leva à morte (In Gefahr und größter Not bringt der Mittelweg den Tod, 1974, 16mm, 86 min)

02 de Abril (quarta) Local: Cinema
18h - Artistas na cúpula do circo: perplexos (Die Artisten in der Zirkuskuppel: ratlos, 1967, DVD, 100 min)
20h30 – Willi Tobler e a queda da 6ª. frota (Willi Tobler und der Untergang der 6. Flotte, 1971, DVD, 78 min)

03 de Abril (quinta) Local: Cinema
15h30 - O ataque do presente sobre o restante do tempo (Der Angriff der Gegenwart auf die übrige Zeit, 1985, 16mm, 106 min)
18h - O grande caos (Der Grosse Verhau, 1969/1970, DVD, 90 min)
20h30 - O candidato (Der Kandidat, 1980, DVD, 124 min)

04 de Abril (sexta) Local: Cinema
15h30 - Sessão de Curtas: Brutalidade em pedra (Brutalität in Stein, 1960, 16mm, 12 min) + Professor em transformação (Lehrer im Wandel, 1962/1963, 16mm, 11 min) + Retrato de quem deu certo (Porträt einer Bewährung, 1964, 16mm, 13 min) + Sra. Blackburn (Frau Blackburn, geb. 5. Jan. 1872, wird gefilmt, 1967, 16mm, 14 min) + Bombeiro (Feuerlöscher e.a. Winterstein, 1968, 16mm, 11 min)
18 - O poder dos sentimentos (Die Macht der Gefühle, 1983, 16mm, 112 min)
20h30 - A patriota (Die Patriotin, 1979, 16mm, 118 min)

05 de Abril (sábado)
15h30 - Ferdinand, o forte (Der Starke Ferdinand, 1975/1976, 16mm, 79 min)
18h - Trabalho ocasional de uma escrava (Gelegenheitsarbeit einer Sklavin, 1973, 87 min, DVD)
20h30 - Documentário Alexander Kluge: o 5º ato. Uma conversa com Bruno Fischli
(2007, colorido, DVD, 28 min, legendas em português) seguido de palestra sobre Alexander Kluge com José Carlos Avellar

06 de Abril (domingo)
15h30 - Notícias variadas (Vermischte Nachrichten, 1986, DVD, 103 min)
18h - Guerra e Paz (Krieg und Frieden, 1982/1983, DVD, 118 min)
20h30 - A Indomável Leni Peickert (Die unbezähmbare Leni Peickert, 1967/1969, DVD, 33 min) + Amor cego – Conversa com Jean-Luc Godard (Blinde Liebe- Gespräch mit Jean-Luc Godard, 2001, DVD, 24 min)

08 de Abril (terça)
18h - Ferdinand, o forte (Der Starke Ferdinand, 1975/1976, 16mm, 79 min)
20h30 - Notícias variadas (Vermischte Nachrichten, 1986, DVD, 103 min)

09 de Abril (quarta)
18h - Willi Tobler e a queda da 6ª. frota (Willi Tobler und der Untergang der 6. Flotte, 1971, DVD, 78 min)
20h30 - O poder dos sentimentos (Die Macht der Gefühle, 1983, 16mm, 112 min)

10 de Abril (quinta)
15h30 - O candidato (Der Kandidat, 1980, DVD, 124 min)
18h - Alemanha no outono (Deutschland im Herbst, 1978, DVD, 119 min)
20h30 - Despedida de ontem (Abschied von gestern, 1965/1966, DVD, 84 min)

11 de Abril (sexta)
15h30 - A Indomável Leni Peickert (Die unbezähmbare Leni Peickert, 1967/1969, DVD, 33 min) + Amor cego – Conversa com Jean-Luc Godard (Blinde Liebe- Gespräch mit Jean-Luc Godard, 2001, DVD, 24 min)
18h - No perigo e na penúria, o meio-termo leva à morte (In Gefahr und größter Not bringt der Mittelweg den Tod, 1974, 16mm, 86 min)
20h30 - Ferdinand, o forte (Der Starke Ferdinand, 1975/1976, 16mm, 79 min)

12 de Abril (sábado)
15h30 - Artistas na cúpula do circo: perplexos (Die Artisten in der Zirkuskuppel: ratlos, 1967, DVD, 100 min)
18h - A patriota (Die Patriotin, 1979, 16mm, 118 min)
20h30 - Guerra e Paz (Krieg und Frieden, 1982/1983, DVD, 118 min)

13 de Abril (domingo)
15h30 - O grande caos (Der Grosse Verhau, 1969/1970, DVD, 90 min)
18h - O ataque do presente sobre o restante do tempo (Der Angriff der Gegenwart auf die übrige Zeit, 1985, 16mm, 106 min)
20h30 - Sessão de Curtas: Brutalidade em pedra (Brutalität in Stein, 1960, 16mm, 12 min) + Professor em transformação (Lehrer im Wandel, 1962/1963, 16mm, 11 min) + Retrato de quem deu certo (Porträt einer Bewährung, 1964, 16mm, 13 min) + Sra. Blackburn (Frau Blackburn, geb. 5. Jan. 1872, wird gefilmt, 1967, 16mm, 14 min) + Bombeiro (Feuerlöscher e.a. Winterstein, 1968, 16mm, 11 min)

Classificação indicativa: 16 anos para todos os filmes.
Todos os filmes de longa-metragem tem legendas em português.
Filmes longa-metragem
Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).
Fonte: www.goethe.de/brasilia

CARAVANÇARÁ



venho de milhares de eras de Sete Cidades
sou um milhão de civilizações gurguê
pinto com sangue os paredões de meus atos
incompletos no Boqueirão da Pedra Furada
gravo na terra indescifráveis geoglifos
em picos de morros da Serra das Confusões
renasço em arte naïf nas espinhas de peixes
fósseis da Chapada do Araripe
enquanto na Serra Vermelha sobram apenas
as cinzas da ignorante ganância de alguns

poema: Marcos Freitas, do livro 'raia-me fundo o sonho tua fala' - 2007
imagem: ilustração de Manoela Afonso, 2007

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

INSTANTES, APENAS



que sabemos nós do tempo,
se a cada momento deixamos
de ser o que somos?

do silêncio nada sabemos.
a cada instante somos, apenas.

poema: Marcos Freitas, do livro 'raia-me fundo o sonho tua fala' - 2007
imagem: ilustração de Manoela Afonso, 2007.

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

AGUACEIRO




o janeiro de chuva
chove
num dia inteiro
de fevereiro

poema: Marcos Freitas, do livro 'raia-me fundo o sonho tua fala' - 2007
imagem: ilustração de Manoela Afonso, 2007.

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

FIM DE FEIRA

das enjeitadas frutas
compadeço-me

em decomposição
não lhas restam
senão o endereço
da brenha de origem

podres
já não valem
mísero tostão

poema: Marcos Freitas, do livro 'raia-me fundo o sonho tua fala' - 2007.

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

A Gestão Florestal do Piauí

Marcos Airton de S. Freitas.
Escritor, professor universitário e pós-graduado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Poucos têm conhecimento, entretanto, o Piauí dispõe da Lei nº 5.178, de 27 de dezembro de 2000. Não se sabe porque motivos, mas o Plano de Gestão Florestal do Piauí sequer faz menção a essa importante lei. Essa lei instituiu a Política Florestal do Estado e conforme seu Artigo 2º tem por finalidade o uso sustentável adequado e racional dos recursos florestais com base em conhecimento técnico-científico de ordem econômica, social e ecológica, visando a melhoria de qualidade de vida da população e a compatibilização do desenvolvimento sócio-econômico, com a conservação e preservação do ambiente. São objetivos da lei, dentre outros: identificar, implantar, gerenciar e manter um sistema estadual de unidades de conservação, de forma a proteger comunidades biológicas representativas dos ecossistemas naturais florestal; promover o inventário contínuo da cobertura florestal do Estado, com divulgação de dados, de forma a permitir o planejamento e racionalização das atividades florestais; implantar banco de dados que reúna todas as informações existentes na área florestal, inclusive efetuar o controle estatístico da oferta e procura de matéria-prima florestal em níveis regional e estadual; manter cadastro de produtores, comerciantes e consumidores de produtos florestais no Estado.

Para a consecução desses objetivos diversos instrumentos são enumerados no escopo da lei, dentre os quais se destacam: o diagnóstico do setor florestal do Estado do Piauí; o programa de desenvolvimento florestal; os planos de manejo florestal; a lista das espécies de flora e fauna raras endêmicas e ameaçadas de extinção; o estabelecimento de critérios, padrões e normas relativas ao uso, e o manejo dos recursos naturais, de exploração econômica das florestas e demais formas de vegetação; o zoneamento agro-ecológico/econômico-florestal; o estudo prévio de impactos ambientais; o monitoramento das florestas e demais formas de vegetação; o licenciamento de atividades utilizadoras de recursos naturais efetivas ou potencialmente degradadoras das florestas. Infelizmente, nenhum desses instrumentos vem sendo implementado, em parte ou na sua íntegra.

O Piauí vem, equivocamente, destruindo sua imensa biodiversidade natural, composta de importantes biomas, a exemplo do cerrado, da caatinga, da mata atlântica e das matas de cocais. Enquanto, todo o mundo avança no sentido de conservação e uso racional de seus biomas, a exemplo da valorização de produtos florestais não-madeireiros, como o pequi, o buriti, a cagaita, a copaíba, o jaborandi, a mangaba, o babaçu, o angico, o barbatimão, dentre outros, o Piauí vem sistematicamente eliminando suas matas para a monocultura da soja, absurdamente para a geração de carvão, reduzindo sua enorme riqueza hídrica e, num futuro próximo, espantem-se, possivelmente para a plantação de eucaliptos visando alimentar o mercado europeu com papéis.

É necessidade premente, e dever do Estado, planejar e gerir a diversidade ambiental do território piauiense, dentro de uma visão ecológica, política e sócio-econômica mais ampla e justa. O conhecimento de suas potencialidades e limitações ambientais e sociais deveria ser, sem dúvida, a marca e o ponto de partida para uma empreitada rumo ao verdadeiro desenvolvimento sustentável do Estado do Piauí.

Jornal Diário do Povo, domingo, 24 de fevereiro de 2008.

Escritores são homenageados no Açougue Cultural T-Bone

Foto: Francisca Azevedo.

Escritores homenageados: Gustavo Dourado, Cristovam Buarque, Timm Martins e Marcos Freitas.

Biblioteca da Parada Cultural 716 Norte


Estamos recebendo doações de livros para a Biblioteca. Quem se aventura?

Convite de Lançamento - Astrid Cabral

Saldanha Rolim no Feitiço Mineiro

Programação cultural do T-Bone dessa quinta (27/03)

Tributo ao poeta Anderson Braga Horta

1º Encontro Mensal do Ciclo de Leituras no CEFOR


Sexta-Feira, dia 28 de Março de 2008, meio dia e meia!

A partir desta semana, toda última sexta-feira do mês temos um encontro marcado no Auditório do CEFOR. Lá faremos a leitura comentada de textos de nossos autores homenageados, este mês, Machado de Assis e grandes letras de Milton Nascimento.
Dois textos de Machado de Assis. Cinco grandes canções de Milton Nascimento projetadas do show “Tambores de Minas”.
Sempre escolheremos cinco de nossos autores do Núcleo para nos mostrarem suas produções pessoais.
Textos de Luci Afonso, Alexandra Rodrigues, Roberto Klotz, Amélia Costa, Isolda Marinho e Marco Antunes
É muito importante que você, nosso amigo, esteja conosco nestes encontros mais do que especiais.
Haverá Puchero de Lentilhas acompanhado de refrigerante e todas as guloseimas que vocês trouxerem para a festa.

Thursday, March 20, 2008

Piauiense lança livro pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores

18-03-2008 - 14:45:00

"Raia-me fundo o sonho tua fala" é o sexto livro de poesia de Marcos Freitas que está sendo lançado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. O evento de lançamento do livro de Marcos Freitas acontece durante as comemorações dos dez anos do Projeto Açougue Cultural T-Bone em Brasília.

MARCOS FREITAS é Natural de Teresina, Piauí. Engenheiro Civil. Poeta, contista e tradutor. Participa do Coletivo de Poetas, em Brasília. Publicou os livros "A Vida Sente a Si Mesma" (2003), "A Terceira Margem Sem Rio" (2004), "Moro do Lado de Dentro (2004), "Quase um Dia" (2006), "Na Curva de um Rio, Mungubas" (2006). Participou de dezenas de Antologias de Poesias e Contos. Inéditos os livros "Staub und Schotter" (poesias em alemão, inglês,italiano, espanhol e francês), "Amores fora dos eixos" (romance) e Barrocão (romance). Premiado em 3º lugar no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade, em 2006. É editor da Revista Eletrônica "emverso&pros@",no endereço eletrônico http://www.emversoeprosa.blogspot.com

No dia 20/03 acontecerá a apresentação do Quarteto de Brasília Quarteto de cordas de formação erudita, que transita também pelo popular. Fundado em 1986, já realizou turnês pelo Brasil, EUA,Mercosul, Ásia e Europa e foi laureado com os Prêmios Sharp, Fundação Ok, Ordem do Mérito Cultural do DF e IX Prêmio Carlos Gomes como destaque em música de Câmara de 2004. Participou dos principais Festivais de música do Brasil. Sua discografia inclui oito títulos, com obras de Villa-Lobos, Ravel, Dvoràk, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, Clássicos da MPB, Henrique Oswald, Luis de Freitas Branco, Arthur Bliss e Glinka.

Redação 45Graus
http://www.45graus.com.br/clipping.php?idnoticia=24670

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

Wednesday, March 19, 2008

João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade

"Difícil ser funcionário
Nesta segunda-feira.
Eu te telefono, Carlos,
Pedindo conselho.

Não é lá fora o dia
Que me deixa assim,
Cinemas, avenidas
E outros não fazeres.

É a dor das coisas,
O luto desta mesa;
É o regimento proibindo
Assovios, versos, flores."

João Cabral de Melo Neto.


"As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto."

Carlos Drummond de Andrade.

Monday, March 17, 2008

Lançamento de "Raia-me fundo o sonho tua fala"



(clique na foto para ampliar!)


Confira aqui a programção para o dia 20/03:

APRESENTAÇÃO MUSICAL:

QUARTETO DE BRASÍLIA - Quarteto de cordas de formação erudita, que transita também pelo popular. Fundado em 1986, já realizou turnês pelo Brasil, EUA, Mercosul, Ásia e Europa e foi laureado com os Prêmios Sharp, Fundação Ok, Ordem do Mérito Cultural do DF e IX Prêmio Carlos Gomes como destaque em música de Câmara de 2004. Participou dos principais Festivais de música do Brasil. Sua discografia inclui oito títulos, com obras de Villa-Lobos, Ravel, Dvoràk, Carlos Gomes, Guerra-Peixe, Clássicos da MPB, Henrique Oswald, Luis de Freitas Branco, Arthur Bliss e Glinka.


LANÇAMENTO DO LIVRO: “Raia me fundo o sonho tua fala”, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, no Rio de Janeiro.

MARCOS FREITAS – Natural de Teresina, Piauí. Engenheiro Civil. Poeta, contista e tradutor. Participa do Coletivo de Poetas, em Brasília. Publicou os livros “A Vida Sente a Si Mesma” (2003), “A Terceira Margem Sem Rio” (2004), “Moro do Lado de Dentro (2004), “Quase um Dia” (2006), “Na Curva de um Rio, Mungubas” (2006). Participou de dezenas de Antologias de Poesias e Contos. Inéditos os livros “Staub und Schotter” (poesias em alemão, inglês, italiano, espanhol e francês), “Amores fora dos eixos” (romance) e Barrocão (romance). Premiado em 3º lugar no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade, em 2006. É editor da Revista Eletrônica “emverso&pros@” http://emversoeprosa.blogspot.com


GUSTAVO DOURADO – Formado em Letras e Comunicação pela UnB, em 1985. Publicou onze livros, entre eles: Phalábora-Shambhala , pela VGE/AVBL, (1997/2001); Linguátomo-Ybez, em 1991; Tupinambarbárie?- Yônix, em 1984; Cordëli@ (web), em 2007. Ganhou vários prêmeos: Unesco - World Poetry Day (2001/2007); AVSPE (2006/2007); Melhores do Mundo (2005/2008); IWA International (2007). Ganhou vários prêmeos internacionais: Unesco - World Poetry Day, em 2001/2007; Unesco - World Portal Libraries, em 2005; Xicoatl/Yage-Áustria, em1992. Representante da União Brasileira de Escritores. Site: http://www.gustavodourado.com.br

TIMM MARTINS – Músico, escritor e ator por formação. Um artista múltiplo que tem em sua cidade a fonte de sua inspiração: o céu, o cerrado, a gente. Entre outras atividades, é sócio e voluntário da OnG Greenpeace e Diretor de Projetos Especiais do Sindicato de Escritores de Brasília-DF. Publicações: “BAM! Poesia pra quem tem, entre um par de ouvidos, cérebro!”, pela Litteris Editora no RJ (1998); “20 Poetas Contemporâneos da Língua Portuguesa”, pela Usina de Letras de SP (2005) ; “FLUXO & REFLUXO”, pela LGE EDITORA, (2007). www.timmmartins.com.br

CRISTOVAM BUARQUE - Senador pelo DF, educador e professor universitário brasileiro. Graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (1966). Ex-reitor da Universidade de Brasília, ex-governador do Distrito Federal (1994). Autor de dezenas de livros, tem inúmeros artigos publicados e foi consultor de diversos organismos nacionais e internacionais no âmbito das Nações Unidas (ONU). Foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura de 1995, na categoria Ciências Humanas. A intenção de promover uma "revolução... pela educação" é uma idéia que segue a linha de pensamento de importantes intelectuais brasileiros, como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire.

Exposição de artes plásticas:

MARCELINO CRUZ - Artista Plástico graduado pela Universidade de Brasília – UnB, em 1999. Professor de Arte - Secretaria de Estado de Educação – GDF.

Apresentação: Mímico Miquéias Paz

http://www.t-bone.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=1

Adquirir o livro em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044865&sid=74115020313226344584235846&k5=2C0AC4C7&uid=

Thursday, March 13, 2008

Wednesday, March 12, 2008

Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2008

Preservação do Patrimônio

Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2008 está com inscrições abertas até 5 de maio
“Aquilo que se denomina Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (…) é o documento de identidade da nação brasileira. A subsistência desse patrimônio é que comprova, melhor do que qualquer outra coisa, nosso direito de propriedade sobre o território que habitamos.” Rodrigo Melo Franco de Andrade

A 21ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade - promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura - está com inscrições abertas até o dia 5 de maio. Podem participar empresas, instituições e pessoas, de todo o país, que procuram estimular e valorizar a preservação do patrimônio cultural brasileiro.

A premiação é composta de um troféu, um certificado e R$ 20 mil e contempla sete categorias: apoio institucional e financeiro, divulgação, educação patrimonial, inventário de acervos e pesquisa, preservação de bens móveis e imóveis, proteção do patrimônio natural e arqueológico, salvaguarda de bens de natureza imaterial.

Os candidatos devem apresentar as ações em forma de dossiê com no máximo duas páginas de 30 linhas (datilografado ou impresso em formato Word). Também é necessário reunir elementos iconográficos, audiovisuais ou qualquer outra espécie de material ilustrativo ou produto, que possibilitem a plena caracterização da atividade.

O edital e a ficha de inscrição com o detalhamento do Prêmio encontram-se no site do Iphan e também são disponibilizados nas Superintendências Regionais do órgão. As ações pré-selecionadas serão analisadas pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pelo presidente do Iphan, por representantes de instituições do Governo Federal e de outras ligadas à preservação do patrimônio cultural.

O Prêmio - Foi criado em 1987 e assim denominado em homenagem ao primeiro dirigente do Iphan, Rodrigo Melo Franco de Andrade. Ele foi o organizador do Serviço do Patrimônio para que não fossem esquecidos aqueles que iniciaram a tarefa de proteger o patrimônio cultural do Brasil e que só o fizeram porque tinham idéias vanguardistas. A premiação tem procurado, nestes 21 anos, estimular e valorizar todos aqueles que atuam em favor da preservação do patrimônio cultural brasileiro.

A cerimônia de entrega das premiações acontecerá em Brasília, em data e local ainda a serem definidos. O anúncio dos nomes dos vencedores será divulgado no mês de julho.

(Texto: Marcelo Lucena, Comunicação Social/MinC)

Publicado por Clelia Araujo/Comunicação Social
Categoria(s): Notícias do MinC, O dia-a-dia da Cultura
Tags: Patrimônio brasileiro, Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/?p=10837

Monday, March 10, 2008

Ana Clélia de Freitas lança livro de poesia: Maya

Um poema que alguém cantou
no solitário das nuvens
um poema de alma perdida
e céu aberto

e que vê-lo assim, à noite,
à beira-mar
nos enleva num sorriso
no tempo incerto.

Um poema simples, frágil, solitário
ferido de mortal beleza
um poema escondido num relicário
qual jóia secreta

um grito profundo da alma
um sopro do coração
um rio que flui e brilha
em terra deserta.

Ana Clélia de Freitas, no livro Maya.

Fonte: http://www.chaya13.blogspot.com/

Curto-Circuito da Palavra



O Curto-Circuito está de volta!
E para abrir os trabalhos três vozes femininas. Este é o primeiro até julho, um por mês. Poesia e tantas narrativas.
Organização: Paco Cac.

Poemas das autoras

Sylvia Cyntrão:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/sylvia_cyntrao.html

Angélica Torres:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/angelica_torres_lima.html

Vera Americano:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/vera_americano.html

Doação de Livros - Projeto Parada Cultural

GRITO INTERROMPIDO


GRITO INTERROMPIDO, poemas de Antonio Miranda e fotos de Robson Corrêa de Araújo, é o primeiro título das Edições Fresta, dedicada a livros de arte em edições reduzidíssimas. Formato 12X12 cm, papel couchê 150 g, capa dura costurada, fotos em cores, exemplares numerados e assinados pelos autores. Apenas 50 exemplares, para colecionadores. Layout gráfico de Nelson Guimarães. Lançamento no restaurante CARPE DIEN, na quadra 104 sul, SEGUNDA-FEIRA, dia 24 de março.

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/

Thursday, March 06, 2008

Marcelo Maia


Quase que o mundo ia perdendo um grande artista para as garras do cartesianismo. Mas Marcelo conseguiu se livrar a tempo da engenharia, e resolveu ser músico. Hoje, seu negócio é a tão pouco divulgada música instrumental, o que, por si só, já faz com que seu público não seja muito grande. Além disso, sua música é definitivamente de vanguarda, o que, neste mundo dominado pelo relativismo pós-modernista, torna seu público ainda mais restrito. Para completar, ele vive em Goiânia, terra de duplas sertanejas et caterva. Mas Marcelo não liga e vai tocando a vida... e como toca!
Mais de quinze anos atrás, seguiu para Hamburgo, na Alemanha, onde trabalhou durante um ano e meio com músicos de todo canto do planeta. Mais tarde, estudou harmonia funcional e improvisação com Ian Guest no Rio de Janeiro. Foi aluno de Jeff Andrews, Jorge Helder, Nico Assumpção e Yuri Popoff. Tocou em Jam Sessions com Márcio Bahia, Marcelo Martins, Kiko Continentino e outras feras da música instrumental brasileira. Também tocou com Toninho Horta, o grande guitarrista e compositor mineiro.
Participa do Grupo Solo Brasil desde sua criação, em 1999, com o espetáculo “Uma viagem através da música do Brasil”, elaborado pelo embaixador Lauro Moreira, no qual são retratados 100 anos da música do Brasil. Excursionou com este grupo pela Nicarágua, República Dominicana, Venezuela, México, Cuba, Jamaica, Bahamas, Argentina, Uruguai e Paraguai, Alemanha, Áustria, França e Marrocos. Atualmente trabalha com Bel Maia, Maria Eugênia, João Caetano, Fernando Perillo e Pádua. É também produtor musical e arranjador.
Em meados da década de 90 Marcelo Maia juntou-se ao baterista Chocolate e aos vocalistas e compositores Bel Maia e Zezão e formaram o Grupo Cafundó, onde misturavam música africana com forró. Com este grupo chegou a gravar um cd demo com a participação de Júnior Marvin, atual vocalista do grupo The Wailers. Foi com este trabalho que Marcelo Maia começou a perceber a semelhança da música brasileira com a africana.
A influência de Jaco Pastorius na grande parte dos baixistas da atualidade é um fato, porém menos comum seria buscar influências em músicos que não sejam necessariamente baixistas, como Joe Zawinul, Wayne Shorter, Paco Sery, Heraldo do Monte, Sivuca, Dominguinhos, Salif Keita, e do reggae de Bob Marley entre outros. Isso é percebido no cd cafundó. Cafundó tornou-se o nome do primeiro cd do baixista Marcelo Maia, trabalho autoral, onde o músico desenvolve um trabalho de pesquisa da música instrumental brasileira, acrescentando influências de jazz, música africana e outros estilos, conseguindo assim uma maneira peculiar de compor e tocar. Em viagem ao Marrocos teve a oportunidade de conhecer a música Gnawa, e novamente percebeu que existia semelhança rítmica com a música brasileira. Adquiriu um Haj-Houj (baixo marroquino de três cordas), aprendeu a técnica deste instrumento com músicos marroquinos e incorporou-o ao seu trabalho.
No ano passado, Marcelo lançou o disco CORES DA RUA, com 10 músicas inéditas, contando com a participação de Márcio Bahia (bateria), Kiko Continentino (piano) e Marcelo Martins (sax); além de Toninho Horta em uma das faixas.
Neste cd de estréia, teve a oportunidade de tocar com músicos de qualidade inquestionável, como o baterista Chocolate, assim como o saxofonista e flautista Marcelo Martins, com o pianista e tecladista William Magalhães, com o trompetista Jessé Sadoc, com o violonista Pedro Braga, com o percussionista Gustavo Di Dalva, além dos músicos com que já trabalha há alguns anos e que fazem parte de sua banda: Luiz Chaffin (guitarrista), Ney Quinonero (guitarrista), Edílson Moraes (percussionista), Zezão (vocalista), Buba (percussionista e vocalista do Senegal), Bel Maia (vocalista) e Fred Valle (baterista). Também fizeram participações especiais outros músicos convidados.
Seu trabalho mais recente é CAFUNDÓ 2. Para quem gosta de jazz, é um prato cheio. Afinal de contas, Marcelo é um instrumentista, e não um estrumentista.

Ouça e compre o CD: http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=243982738

CORA DENTRO DE MIM - Lília Diniz

Wednesday, March 05, 2008

A COR DO SANGUE E O ESPELHO DE NATARAJA


Antônio Cardoso Neto

O sol acabara de se esconder por detrás das seteiras de uma das torres do Forte Vermelho. Um indiano de uns trinta e tantos anos, trajando uma túnica de algodão azul-turquesa e trazendo na cabeça um barrete negro, caminhava de um lado para o outro na longa calçada de pedra que circunda a antiga fortaleza. Gesticulava e parecia resmungar por entre os dentes.
— O pai da Índia é o próprio Brahma. O velhote é o pai do Paquistão, isto sim!
Continuou a andar e a gesticular em torno da grande cidadela com suas pedras ainda mais enrubescidas pelos últimos raios de sol daquela quinta-feira.
— A Grande Índia é mais que a pátria de todos os indianos, sejam eles hindus ou não. É divindade de adoração dos hindus!
Nitidamente transtornado, parecia mastigar as palavras, ditas em hindustâni, com um leve sotaque marata.
— Profanaram nossa língua, filha dileta do sânscrito. Mancharam o devanagari com rabiscos árabes e transformaram o hindi sagrado em urdu.
Afastou-se da calçada de pedra e começou a caminhar sobre o gramado amarelo como palha de arroz. O ar seco e ligeiramente frio de janeiro obrigou-o a acelerar o passo. Continuava a gesticular.
— E não foi só aos muçulmanos que o velho traiçoeiro favoreceu. Os devotos do pérfido Sidarta Gautama também arrancaram a Birmânia e o Ceilão do seio da nossa venerada nação. E a sublime Caxemira? Até aqueles párias chineses levaram um pedaço da carne da grande e amada Índia. Tudo culpa da deslealdade daquele velho demagogo, que tem enganado a todos com seus discursos tão esfarrapados como seus andrajos. Os malditos cristãos ingleses pelo menos respeitaram a integridade da pátria querida. O velho merece ser castigado até mais que os ingleses.
De súbito, parou, olhou para a muralha encarnada e sorriu.
— Amanhã, por volta desta hora, a alma do traidor já terá reencarnado no filhote de uma cadela sarnenta, na casa de algum intocável... Grande Alma... pois sim!
Ao passar em frente à igreja anglicana que fica atrás do Forte, lembrou-se de um místico meio charlatão, tenente do exército imperial britânico, que conhecera muito tempo antes. Nunca se esquecera de quando ele lhe perguntou seu nome e apelido e, por algumas rúpias, juntou as letras de seu nome, Shri Nathuram Godse, com as de seu apelido, Nath, e formou o anagrama higher than Nostradamus, sugerindo que ele, Nath, era maior que um profeta “bastante conhecido no ocidente”, segundo as palavras daquele soldado trapaceiro. Embora se recusasse a acreditar em vaticínios alheios ao hinduísmo, Nath tentava, naquele momento, levar as palavras do impostor a sério para ver se podia antever o que se seguiria ao ato que consumaria no dia seguinte. Mas não conseguia, por mais que tentasse. Nada lhe vinha à mente, além da mira, da acuidade visual, do tato com o gatilho e da rapidez da ação. Atormentava-o a idéia de vir a falhar na missão que lhe coubera cumprir.
Assim que anoiteceu, caminhou até a orla, sentou-se em uma enorme laje de pedra sobre a qual os peregrinos costumavam colocar seus pertences, e ficou olhando a superfície pálida do remanso na margem direita do Yamuna.
Observava o reflexo das estrelas na água, quando os vórtices formados pelo movimento dos remos de um barco que passava por ali retorceram o espelho d’água, revolvendo os astros nele espelhados, fazendo com que, no meio do rodopio daquelas constelações espectrais, Nath vislumbrasse a dança de Shiva. Os guizos nos tornozelos do deus sussurraram aos seus ouvidos: “... depois da morte de Bapu...”.
Nath esfregou os olhos, balançou a cabeça, beliscou o braço e deu um leve tapa no rosto para se certificar de que não sonhava. Quando voltou a olhar para o rio, o redemoinho já havia passado, e a água voltara a refletir o luzeiro ancestral das estrelas a flutuar num líquido e balouçante véu negro. A oscilação do manto d’água foi se amortecendo até sobrar somente um ligeiro tremor, deixando as constelações nítidas de novo.
Nath olhava, absorto, aquelas fagulhas que cintilavam na água irem se incandescendo lentamente até se transformarem em archotes carregados por maometanos, que, aos gritos, ateavam fogo a choupanas de hindus miseráveis. Viu centenas de abutres devorando as vísceras de soldados indianos e paquistaneses mutilados em um vale ermo da Caxemira, e uma multidão de crianças escaveiradas com os olhos esbugalhados, boiando em um lamaçal de Bengala. Em um círculo vermelho com fundo verde, enxergou citações corânicas escritas em caracteres bengalis. Depois, avistou hordas de tâmeis escuros estraçalhando, com seus facões, multidões de cingaleses indefesos; malabarenses carregando um estandarte escarlate com uma foice e um martelo entrecruzados; uma elegante senhora grisalha em trajes hindus sendo metralhada por dois siques de turbante carmesim; o filho da senhora grisalha dilacerado por uma drávida de cabelo escorrido sobre os ombros; um senhor sindi com o pescoço destroncado, pendurado em um cadafalso de madeira; a bela filha do senhor sindi sendo deportada à força para a Inglaterra; um acidente aéreo com um tirano de bigode retorcido e olhos de sampacu; a bela filha do senhor sindi, acenando para a multidão, defronte a uma mesquita gigantesca; mais uma deportação da bela filha do senhor sindi; um ditador militar islamita com uma peruca ridícula; a bela filha do senhor sindi assassinada com um tiro no pescoço seguido pela explosão de um homem-bomba; estrangeiros árabes, afegãos, persas e turcomanos invadindo o Baluquistão; um foguete, com um crescente verde desenhado na couraça, sendo arremessado sobre uma cidade às margens do Ganges, despedaçando-a por inteiro; outro foguete, com o desenho de uma roda de fiar, sendo lançado sobre os vilarejos do vale de um afluente do Indo, reduzindo-os a estilhaços. O clarão estrondoso de um imenso cogumelo de fogo fez com que Nath se sobressaltasse e esbarrasse no espelho líquido, distorcendo mais uma vez aquele reflexo do firmamento, redemoinhando o espectro do universo. Shiva dançava novamente.
Nath levantou-se repentinamente, e ficou olhando aturdido para o movimento das águas, até elas tornarem a se amansar. Sacudiu a poeira da túnica e das calças, e saiu às pressas rumo ao Forte Vermelho, onde tomou um auto-riquixá em direção aos arrabaldes de Delhi.
Duas horas depois, já havia se esquecido do que parecera ter visto nas margens do Yamuni. Na varanda de um bangalô suburbano, sentado sobre um tapete desbotado estendido no chão, Nath colocava calmamente as balas no pente de uma pistola semi-automática italiana. Atrás de uma das pilastras da varanda, indiferente ao que acontecesse no dia seguinte, a lua despontava como a unha de um tigre, na direção onde, durante séculos, ficara a porção leste de Bengala, mas que agora se chamava Paquistão Oriental.

LUA DE MORAIS no T-Bone


Lua de Morais, cantora e compositora brasiliense, mas que reside em Santiago do Chile, está de passagem por Brasília esta semana. O Açougue Cultural T-Bone não poderia perder a oportunidade de convidá-la para participar dos eventos em comemoração aos dez anos da Noite Cultural. Lua fará apresentação de voz e violão com repertório da Bossa Nova e com composições próprias. Leiam abaixo, depoimento da artista:

LUA DE MORAIS: UM DEPOIMENTO

"Eu sou uma jovem brasileira como qualquer outra, nasci em setembro de 1980, na SQS 410, Bloco R, mas tenho uma historia pouco comun. Meus pais se separaram e a minha mãe foi embora do Brasil, me levando junto. Descobri quem eu sou de verdade há dois anos, quando conheci o meu pai, que considero grande poeta e escritor, Menezes y Morais, isso, aos 25 anos de idade. São coisas da vida que nem sempre dão pra gente entender, mas que sempre tem uma razão misteriosa. Isso mudou a minha vida pra sempre e me fez até mudar o meu nome.

Comecei cantar muito cedo, aos dois anos de idade. Não fui criada no Brasil, mas depois de conhecer o meu pai, interessei-me por minhas raízes e pela nossa musica. Hoje aos 27 anos, com dois filhos maravilhosos, vivo em Santiago do Chile e canto pra viver e vivo pra cantar. Eu canto num canal de TV em Santiago do Chile, com um trio chamado Lady Blue, homenageando artistas das décadas de 1950, 60, 70 e algo dos anos 80. Lady Blue está agora gravando um CD.

Além disso, estou preparando o meu primeiro CD solo, com músicas de minha autoria, e faço projetos infantis de música em TV. Também estou gravando um CD de Bossa Nova, movimento musical que revolucionoua a MPB e que está completando 50 anos, incluindo os clásicos e mais algumas surpresas. Me considero muito solicitada como intérprete de Bossa Nova, o povo chileno gosta muito dessa música, sendo tão única e particular.

Muita gente canta Bossa Nova em Santiago do Chile, mas quando alguém leva isso no sangue, sente mais intensamente, o público agradece e percebe a paixão nota por nota, palavra por palavra. Eu só quero cantar e ser feliz e fazer algum tipo de diferença nesta terra. A vida pasa tão rápido, nao vale a pena a gente não lutar pelos nossos sonhos.

Eu também sou professora de ingles, estudo música e crio os meus belos filhos que Deus me deu. Hoje, gostaria de entregar um graozinho de areia e dizer à todos: com fé, tudo é possivel, dentro dos limites éticos.

Eu estou em Brasília, de férias. Trouxe meus filhos para o meu pai conhecer os netinhos, pena que tenho voltar logo pro Chile, onde tenho compromissos. Gosto muito de Brasília, a cidade ondeu eu nasci. Me sinto uma menina de Brasilia. O meu pai diz que Brasília "é uma
capital do mundo".

Lua de Morais
Brasília-DF, 01/03/2008

Fonte: http://www.t-bone.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=113&Itemid=80

BASTIDORES DO OLIMPO - Raylton Alves


Hoje, (dia 5 de março) às 19h
Livro: BASTIDORES DO OLIMPO - Crônicas jornalísticas sobre os jogos paraolímpicos de Atenas 2004
Autor: Raylton Alves
Editora: Universa
Local: Livraria Cultura CasaPark Shopping Center - SGCV - Sul, Lote 22, Loja 4-A, Zona Industrial, Guará - Brasília-DF

Em seus mais de 24 séculos de existência, a Acrópole de Atenas assistiu, soberana, aos fatos históricos que ocorriam ao seu redor. Porém, em 2004, aconteceu algo que marcou a história da capital grega: os Jogos Paraolímpicos. 'Bastidores do Olimpo – Crônicas jornalísticas sobre os jogos paraolímpicos de Atenas 2004' traz descrições sobre os atletas que nadaram, correram, pularam, chutaram, arremessaram, sacaram e, na prática, até lutaram. O autor Raylton Alves estará na Livraria Cultura para autografar a obra.
Sobre o autor:
Raylton Alves estagiou, em 2003, na Assessoria de Comunicação do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Em 2004, ajudou a cobrir os Jogos Paraolímpicos do Brasil, seletiva nacional para os Jogos de Atenas. Essa experiência deu origem ao livro 'Bastidores do Olimpo'. Atualmente, trabalha como assessor de comunicação da Agência Nacional de Águas (ANA).

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/eventos/lancamentos.asp?local=4&sid=14013518710221618957108253&k5=C333A63&uid=

O livro pode ser adquirido na Livraria Cultura (Casa Park e internet), na Livraria da Rodoviária (Rodoviária e Taguatinga) e na Livraria da Editora UnB (UnB e aeroporto).