Na décima quinta edição da feira, o livro volta a ser o centro da intensa programação elaborada pelos técnicos da Secult para difusão do livro, este produto da interação perfeita entre as mãos e a técnica. “Estamos retomando ao foco, ao principal objetivo do evento, em que o livro volta a ser o protagonista. Sai a muvuca cultural e entra em cena o autor. Em lugar do populismo devasso, a seriedade cultural’, declarou o Secretário de Cultura, Paulo Chaves Fernandes.
Com área total de 4.700 mt² e 192 stands, a feira terá cerimônia de abertura com apresentação da Amazônia Jazz Band apresentando músicas italianas, e as presenças confirmadas do Embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, e da escritora homenageada, Dulcinéa Paraense.
O Secretário de Cultura conta um fato inusitado: o filósofo Benedito Nunes, em sua última semana de vida, no leito da Beneficente Portuguesa, foi consultado por Paulo Chaves sobre três escritores indicados para ser o homenageado nesta edição. Em voz baixa, audível e sem titubear: Dulcinéa Paraense.
Dulcinéa Lobato Paraense nasceu em Belém, em 2 de janeiro de 1918, onde uma intensa produção literária. Em seguida, saiu pelo país a mostrar seu talento. Radicada no Rio de Janeiro, completou em janeiro último, 93 anos. É autora de: Semeadura de versos e de sonhos, Momentos íntimos, Dez cenas brasileiras, Flor revelada, Mística, Momentos e Estrela de vidro.
O livro
A dificuldade do acesso ao livro é proveniente de vários fatores: o preço acima do poder aquisitivo de grande parte da população, a falta do hábito de ler, a deficiência de ofertas de salas leitura nas escolas públicas, bibliotecas com acervos desatualizados e pouco atraentes e a insuficiência de mediadores de leitura. Os dados induziram a Secretaria de Cultura a criar, há quinze anos, a Feira Pan-amazônica do Livro, que ocorre anualmente na cidade de Belém durante dez dias e, durante o ano, acontece em vários municípios do estado com os Salões do Livro e o Sarau Literário.
A Secult, em parceria com as prefeituras e secretarias culturais dos municípios paraenses, organiza o Salão do Livro, que alcança as cidades da circunvizinhança, atingindo alunos de escolas públicas com oficinas e programação cultural. No Sarau Literário, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação- Seduc, a Pan-Amazônica homenageia um escritor paraense com programação literária, com a presença palestrante especialista no assunto, oferecendo espetáculo de música ou teatro voltado para o tema.
Programação
Considerada a quarta feira de livros mais importante do país, a Pan-amazônica do Livro apresenta um crescimento anual de 15%, tanto em área, quanto em público e volume de vendas. A partir da literatura, uma série de atividades paralelas, como oficinas, cursos, cinema, teatro, música, fotografia, em programação sedutora que atrai um público diversificado, assim como alunos da rede pública para o mundo do imaginário, do lazer e do entretenimento, da cultura e da educação.
Por meio do bônus Crédi-livro, a oportunidade do professor adquirir livros no período de dez dias, contribuindo desse modo para o crescimento e desenvolvimento intelectual do cidadão por meio do acesso aos bens culturais regionais, nacionais e universais, e, este ano, especialmente à cultura italiana, em homenagem do Governo do Estado ao Momento Itália Brasil.
Espero que esse ano tenha mais espaço e variedade nas editoras. E também que não se repita a confusão de valores culturais, como a venda de produtos sem relação alguma com o livro, bem como os shows que provocavam uma verdadeira bagunça no entorno, concentrando um público com pouco ou nenhum interesse pelo livro’, observa Elias Neves, professor da rede pública estadual de ensino.
Itália
A imigração italiana na Amazônia se destaca no período econômico e social do final do século XIX, com a produção da borracha no auge (Ciclo da Borracha 1979/1912), respondendo por 40% das exportações brasileiras, com a circulação de riquezas, os avanços da tecnologia e modelos da urbanização, o modo de vida, a literatura, os hábitos e costumes que deixaram marcas. No estado do Pará, a benéfica influência italiana continuou em vários segmentos no decorrer dos anos, sobretudo na arquitetura, com a presença forte de Antonio Landi, e na pintura com Domenico De Angelis.
A Itália, suas criações literárias, o cinema e a música, serão apresentados na Pan-Amazônica em 2011, com a presença de convidados italianos, e parcerias com instituições como a Universidade Federal do Pará, Casa dos Estudos Italianos, além de apoio empresarial local.
Com público de 600 mil pessoas (2010), a Feira Pan-amazônica gera negócios da ordem de 30 milhões de reais, incrementado a produção literária nacional e local, aumentando sensivelmente o número de leitores, gerando empregos e contribuindo para o crescimento do Estado.
Serviço:
XV Feira Pan-Amazonica do Livro
Homenageado: Dúlcinéa Paraense.
País convidado: Itália
Data: 2 a 11 de setembro
Local: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Entrada franca
Thursday, August 04, 2011
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