Thursday, May 29, 2008

V Festa Junina de Tradição Nordestina




Com o objetivo disseminar a cultura nordestina: culinária, dança, folclore e outros costumes, há quatro anos a Associação Cultural dos Amigos do Piauí - ACAMPI promove a festa junina da tradição nordestina, em parceria com várias instituições.

A V FESTA JUNINA DE TRADIÇÃO NORDESTINA acontecerá no próximo dia 13 de junho, sexta-feira, a partir das 18 horas, no Clube da ASEFE, na 912 Sul (atrás do Setor Oeste).

O público estimado é de 5 mil nordestinos e amigos, pois o evento já faz parte do calendário cultural de piauienses radicados em Brasília e amigos do Piauí.

Contamos uma vez mais com o seu tradicional apoio e empenho no sentido de manter, cultivar e divulgar nossos valores culturais do Nordeste brasileiro.

Divulgue a amigos, parentes, vizinhos e conterrâneos.


Foto-fonte: http://acsolha.deviantart.com/art/Bumba-Meu-Boi-2-58570371

"Si fractus illabatur orbis, Impavidum ferient ruinae." Horácio (III, I, 1).

22ª Noite Cultural do T-Bone


Monday, May 26, 2008

Filme: Rosalie vai às compras (Rosalie goes shopping)


Happy Hour Cultural
Cinema Open Air com bar vendendo cerveja (alemã e brasileira), e salsichão com pão e mostarda
Data: quinta, 29 de maio
Horário: 18h30
Local: Pátio do Goethe-Zentrum Brasília

Sinopse: Rosalie é uma dona de casa alemã que vive no Arkansas, nos EUA, casada com um piloto e mãe de sete filhos. Ela falsifica cartões de crédito, cheques e assinaturas para poder dar conforto para a família. Quando não consegue mais usar o esquema, acaba se tornando hacker. Rosalie vai às compras é uma comédia inteligente e impagável sobre o consumismo da sociedade contemporânea.
Alemanha, 1989 – Direção: Percy Adlon – 94 min.




Projeto Bendito Som


Friday, May 23, 2008

H. Dobal. Um Homem Particular.

MATURAÇÃO DAS ROMÃS OU H. DOBAL REVISITADO

"Quatro vezes mudou a ´stação falsa
No falso ano, no imutável curso
Do tempo conseqüente;"
Fernando Pessoa



a cidade-projeto
com seus signos e siglas:
solidão geometricamente
estampada
na tarde de domingo de verão
de um temp(l)o
inconseqüente.

Marcos Freitas. In: A Vida Sente a Si Mesma, 2003.


"Foi só isto, cara. E talvez tudo seja só
isto: um brilho rápido e depois de novo o
silêncio das águas paradas!"

H. Dobal. Um Homem Particular.



CHUVA


A chuva cata segredos
nas folhas vivas da tarde.
O leve passar do vento,
o lento passar do tempo
nas folhas vivas da tarde.
E a chuva a chuva,
as águas doces da chuva,
no lento apodrecer
das folhas mortas da tarde
vão despertando os segredos da vida.



CAMPO MAIOR


Ai campos do verde plano
todo alagado de carnaúbas.
Ai planos dos tabuleiros
tão transformados tão de repente
num vasto verde num plano
campo de flores e de babugem


Ai rios breves preparados
de noite e nuvem. Ai rios breves
amanhecidos na várzea longa,
cabeças d’água do Surbim
no chão parado dos animais,
no chão das vacas e das ovelhas.


Ai campos de criar. Fazendas
de minha avó onde outrora
havia banhos de leite. Ai lendas
tramadas pelo inverno. Ai latifúndios.


Sobre H. Dobal:

http://www.portalodia.com/jornal/pages/pdf_23-05-2008_5_20080522213759.pdf

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/piaui/hdobal.html

Wednesday, May 21, 2008

O FINAL DO JUÍZO

Antônio Cardoso Neto

As legiões estão dispostas em retângulos com mil e trezentas almas de comprimento por novecentas de largura. E o produto de um mil e trezentos por novecentos é o número de almas de cada retângulo; e cada retângulo não tem mais que um mil e trezentas vezes novecentas almas. E se chamam quadrilaterus animae, esses retângulos. E são mais de noventa mil retângulos, perfazendo os quase cento e sete milhares de milhões de almas que passaram pela Terra. Não é inferior a noventa mil o número de retângulos; e não é superior a cento e sete milhões de milhares o número de almas. Igual é o número de anjos da guarda, cada um deles sustentando-se no ar sobre cada uma das almas.

A não ser por umas nódoas que algumas têm a mais, outras a menos, são as almas todas muito semelhantes, não havendo como distingui-las por sexo, idade com que teriam deixado o mundo, época ou local de sua vida mundana. Tampouco faz sentido tentar precisar o tempo em que se encontram ali, por situarmo-nos depois do fim dos tempos. Uma infinidade de querubins toca cítaras, harpas e outros instrumentos aparentados com as liras, enquanto as almas esperam, impassíveis. A escala pentatônica em que tocam, decorrente da evidente proibição do trítono (ou diabolus in musica), resulta em frases melódicas intermináveis, desprovidas de tensão e, conseqüentemente, sem qualquer necessidade de resolução.

Um arcanjo, saído de trás de uma nuvem em forma de cogumelo, enxota os querubins com gestos das mãos, bradando “xô, xô”, com um timbre parecido com o rufar de um tarol. À revoada de querubins, segue-se a entrada de uma quantidade inumerável de serafins que, portando trombetas de bronze, perfilam-se em dois grupos, um em cada lado de uma nuvem do tipo nimbo-cúmulo. As trombetas bramem e a nuvem se descortina, lançando um facho incandescente que inunda os mais de noventa mil retângulos d’almas. Assim que os olhos das almas vão se acostumando à luz ofuscante, começam elas a perceber que a fonte luminosa é um olho castanho, dentro de um triângulo eqüilátero. Algumas almas entram em pânico e começam a cochichar entre si: “é Ele, é Ele”. Então, uma voz retumba dentro da nuvem e faz com que tudo se cale e estremeça.

----- “Sim, sou Ele, oh, vós que cochichais!”, diz Ele. E arremata: “Não vos esqueçais de jamais chamardes Meu nome em vão!”

Então, uma pomba branca, trazendo um galho de oliveira no bico, pousa no vértice superior do triângulo, e arrulha duas vezes. E são duas, nem mais nem menos que duas, as vezes que a pomba arrulha. Algumas almas cochicham: “a pomba-gira, a pomba-gira!”. Pela expressão do Olho, umas almas concluem que Ele dá de ombros aos comentários. E Sua voz estrondeia novamente.

----- “Por terem sido desalmados, não estão aqui, nem em lugar nenhum, aqueles que negaram a Minha existência. Se eles não creram em Mim, também não creio neles, e pronto! Antes de iniciarmos o julgamento, informo àqueles que pensavam em ir para o Nirvana ou para o Valhala, que quebraram a cara! Eles que vão procurar o Nirvana ou o Valhala noutro lugar. E já! Mas, aos siques será dado um lugar onde poderão deixar os cabelos crescerem por toda a eternidade. Finalmente, reservo aos hindus bela pastagem, onde viverão e ruminarão como criaturas sagradas para sempre.”

----- “Devo aqui fazer uma autocrítica com relação ao decreto que pôs fim ao Limbo”, continuou. “Como não estou disposto a julgar trogloditas, índios velhos, animistas, recém-nascidos, xamanistas, hippies, pagãos antediluvianos e inocentes úteis, fica reestabelecido o Limbo, para onde devem voltar os que lá estavam.”

E continua Deus.

----- “Depois destes acertos inicias, serão julgados apenas os monoteístas. Advirto-vos de que serei particularmente rigoroso com os trocadilhistas, e implacável com os humoristas.”

----- “E quanto a nós?”, lamentam-se os anjos da guarda que perderam as almas que estavam sob suas custódias. “O que será de nós?”

----- “Depois daremos um jeito!”, troveja Ele.

De repente, um fedor sulfúreo invade a atmosfera, e surge, do nada, um burocrata com um crachá no qual está impresso o número novecentos e noventa e nove, acompanhado do diabo em pessoa. O diabo dá um tabefe na cabeça do burocrata e mostra a ele que seu crachá está de cabeça para baixo. O burocrata conserta rapidamente o crachá, deixando cair uns carimbos e um mata-borrão.

----- “Como tendes passado, oh, Déspota Onisciente?”, diz o diabo, tirando o chapéu tricorne com a mão direita e, com o antebraço esquerdo encostado na barriga, curvando-se em uma mesura exagerada.

----- “O que queres tu, criatura repugnante? Como ousas interferir no julgamento derradeiro?”, ribomba Ele.

----- “Vim apenas pelo que me pertence”, retruca o diabo. “Não houve isonomia e liberdade de competição. Foi uma concorrência desleal e nos foi exaustivo competir com Vossos caixeiros viajantes. Enquanto aos seres bajuladores que Vos cercam concedestes elegantes asas de alvas plumagens, dotadas da mais perfeita aerodinâmica, o que destinastes a mim e aos meus, oh, Tirano Onipotente? Nada mais que sombrias membranas iguais às dos pterossauros que afogastes no dilúvio e dos quirópteros, com as quais foi-nos forçoso adejar continuamente para que pudéssemos flutuar sobre os potenciais pecadores, enquanto seus anjinhos pairavam sobre eles sem o menor esforço.”

----- “Proíbo-te de Me acusares de Tirano. Dei-te toda a liberdade para que agisses como desejasses na captura das almas que mais te conviesses”, estrondeia Deus.

----- “Ah, essa é boa! Como podeis falar em livre concorrência, com esse Vosso transtorno obsessivo-compulsivo de serdes um voyeur onipresente? Fui espionado ininterruptamente do Gênese ao Apocalipse, Seu velho bisbilhoteiro”, diz o diabo.

----- “Alerto-te, pela última vez, que não Me trates assim. Exijo tratamento respeitoso, elegante e diplomático”, grita o Altíssimo.

----- “Então, que assim seja, oh, Criador do Céu e da Terra. Indago-Vos, Senhor, por que razão colocastes as almas em retângulos, se não há mais gravidade? Por que não amontoá-las em um hexaedro com, no máximo, umas cinco mil almas de aresta, e, destarte, economizardes espaço?”

----- “Sei lá! Criei a música, mas foste tu, com o propósito de torná-la complicada, que inventaste a matemática. Se o problema é este, que seja feita a tua vontade e se faça o cubus animae, oh, espírito do mal”, trona Deus, enquanto as almas, cada qual com seu anjo da guarda, formam um cubo de quatro mil, setecentas e vinte e oito almas de aresta. E são exatamente quatro mil, setecentas e vinte e oito almas que formam a altura, a largura e o comprimento do cubo. E o número de almas é exatamente igual a quatro mil, setecentos e vinte e oito elevado ao cubo. E vê Deus que o cubo é bom, e o abençoa, pois ele é perfeito e contém todas as almas que estão para serem julgadas.

----- “Comecemos então o julgamento”, esbraveja Deus. “Certamente não te oporás, oh, Príncipe das Trevas, se aos zoroastristas, embora monoteístas, for destinado o tempo que quiserem para adorarem o fogo nos quintos dos teus infernos. No que diz respeito aos muçulmanos, estes disporão de espaçosas mesquitas para ficarem eternamente aboiando e adorando caligrafia. Aos judeus darei a Terra Prometida, e aos cristãos, a Minha agradável companhia, que tal?”

----- “Data venia(*), oh, Jeová”, argumenta o diabo. “Dentre os cristãos, há os que protestaram contra o impedimento da usura e do mercantilismo e se opuseram ao Vaticano, aos quais deveríeis, por princípio de tratamento isonômico, destinar tratamento similar ao que reservastes aos judeus. Quanto aos demais cristãos, tanto ortodoxos quanto católicos romanos, não podereis contradizer a sina que impusestes aos politeístas, uma vez que o panteão de santos e a enorme quantidade de templos a eles erguidos pelos católicos romanos e ortodoxos os qualifica como semi-deuses aos quais esses fiéis dedicam verdadeira adoração. Sede coerente, oh, Pai de Todos.”

----- “Não Me cobres coerência! Não me venhas com tuas artimanhas! Incoerente és tu!”, vocifera o Criador de Todas as Coisas.

----- “Incoerência é acusardes-me de incoerente e, ao mesmo tempo, proibirdes-me de cobrar-Vos coerência.”

----- “Não Me cobres coerência, já disse!”

----- “Que seja! Além do mais, já no princípio dos tempos havia Gabriel Vos aconselhado que contivésseis Vossa ira e colocásseis Vossos desafetos no Purgatório. Vossa maior incoerência é terdes condenado tantas e tantas almas ao fogo eterno... ouvi, oh, Javé, fogo ETERNO, dissestes... o que as torna impossibilitadas de serem novamente julgadas, mesmo no dia do Juízo Final, que hoje se nos apresenta”, completa o diabo.

Subitamente, o Olho dá três piscadelas e olha para cima. Do topo do triângulo, escorre um líquido cremoso de coloração cinzenta com manchas esbranquiçadas. A seguir, o Espírito Santo bate as asas e alça vôo.

----- “Quá! O que esperáveis?”, exclama, cofiando a barbicha, o diabo. “As duas acepções da escatologia são a mesma coisa!”. Dito isso, escafede-se junto com o burocrata, arrastando atrás de si a maioria das almas, deixando o Olho piscando nervosamente, e as almas restantes, os anjos da guarda, os serafins, os arcanjos, os querubins e demais criaturas celestiais atônitos, imersos em um baita cheiro de peido.

(*) Como sempre se suspeitou, o diabo, o advogado do diabo e os demais advogados são todos a mesma pessoa.

***

Marambaia toca no Clube no Choro


Após os shows em Paris e Barcelona, grupo é recebido no Prata da Casa

Mais maduro e experiente após a temporada de shows realizada com sucesso em Paris e Barcelona em março/abril, e já com dois CDs na bagagem, o Marambaia volta à cena brasiliense subindo ao palco do Clube do Choro, neste sábado, 24/5, em mais uma sessão do projeto Prata da Casa.

E bota prata da casa nisso! Com apenas sete anos de estrada, o grupo agora leva em sua trajetória o título de único representante brasileiro no Festival do Choro de Paris de 2008. Lá, “com impecável atuação, foi chamado ao palco para repetidos bis pelo público que lotou a Casa do Brasil”, segundo reportou o correspondente do Correio Braziliense.

Ainda em Paris, o som de personalidade acentuadamente brasiliense do quinteto foi aplaudido pela platéia da casa tradicional de jazz Swan Bar, assim como pelo público do Espaço Aconchego – movimento cultural brasileiro que circula pelos bares e restaurantes da cidade, promovendo a MPB.

Já em Barcelona, o Marambaia fez shows na casa Harlen Jazz e foi convidado a ministrar a Oficina de Choro e Música Brasileira no Teatro do Centro Cívico. O líder do grupo, Marcelo Lima, conta que o encontro terminou com uma confraternização de catalãos e brasileiros, numa grande roda de choro e samba.

Na França e na Espanha, o repertório apresentado foi o que público irá ouvir no show deste sábado. O grupo mescla diversos clássicos da música brasileira com as canções do CD Marambaia (2005), de autoria de Marcelo Lima e do violonista Marcus Moraes. O talento do quinteto e a qualidade profissional desse primeiro CD tiveram boa repercussão até mesmo fora de Brasília. E o Marambaia acabou ganhando crítica elogiosa em Goiânia, no jornal O Popular e em Fortaleza, no Diário do Nordeste.

No ano passado, o quinteto lançou outro CD, resultado de um projeto idealizado e produzido por Marcelo Lima, que propiciou a estréia do percussionista e ex-marambaia George Lacerda como cantor. “Ser acompanhado pelo Marambaia, que tem um trabalho instrumental de muito bom-gosto foi maravilhoso”, registrou George no CD, gravado inteiramente com composições de músicos de Brasília.

Com todo esse reconhecimento e essa significativa caminhada profissional em tão curto tempo de estrada, o público deve apostar no show de retorno à casa do choro brasiliense pelos “filhos pródigos” Marcelo Lima (violão e bandolim), Marcus Moraes (violão), Alexandre Macarrão (baixo), Rafael dos Santos (bateria) e Léo Barbosa (percussão).

Marambaia no Clube do Choro - Sábado, 24/5, às 21h, no Prata da Casa. Contatos: marambaias@terra.com.br; Marcelo Lima: (61) 8417.6557. Leia mais, veja fotos da temporada européia e ouça o som do quinteto em www.myspace.com/marambaias.

Tuesday, May 20, 2008

1º PRÊMIO TALENTO LITERÁRIO/POESIA EM SUPERDOTAÇÃO


1º PRÊMIO TALENTO LITERÁRIO/POESIA EM SUPERDOTAÇÃO

ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
atendidos pelos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades (NAAH/S) e outras necessidades especiais
ALUNOS DO ENSINO REGULAR
identificados pelo potencial de talento para a poesia

Período de realização:18 de abril a 13 de junho de 2008
Local de inscrição: NAAH/S Estadual

INFORMAÇÕES

www.bienaldepoesia.unb.br
www.bipbrasilianews.wordpress.com
premiotalentoliterario@gmail.com

http://www.bienaldepoesia.unb.br/premio_regulamento.pdf

Thursday, May 15, 2008

Quinta Cultural do T-Bone

A programação cultural desta quinta-feira(15) no Açougue T-Bone terá o encontro do forró pernambucano com a literatura gaúcha. O Forrozeiro Paulo Matricó fará show com músicas de seus setes CD´s, como Da cor do chão, Um diamante e voz da terra, e representando a Associação Gaúcha de Escritores, Donaldo Schüler, que estará em Brasília exclusivamente para o evento.
Música Regional Popular Brasileira é assim que PAULO MATRICÓ auto denomina seu trabalho, uma mistura de ritmos puramente nordestinos. Criado no meio de repentistas, cantadores e forrozeiros, Paulo Matricó traz a semente de artistas tipicamente nordestinos e naturalmente fortes. No show cantará musicas de seus 7 CD´s, como Da cor do chão, Um diamante e voz da terra.

Bate-papo literário:

Donaldo Schüler – Nasceu em 1932, em Videira-SC. É bacharel em Letras pela UFRGS, onde hoje é docente titular, é doutor em Letras e pós-Doutorado na USP. É ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta. A Associação Paulista de Críticos Literários (APCA), escolheu Finnegans Wake como a melhor tradução de 2003. A Câmara Brasileira do Livro concedeu-lhe o Prêmio Jabuti 2004 pela tradução de Finnegans Wake. Recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria de tradução (2004) e na categoria de literatura infanto-juvenil (2005).
Entre os ensaios publicados, Aspectos estruturais na Ilíada, A dramaticidade na poesia de Drummond, A poesia modernista no Rio Grande do Sul, Eros:dialética e retórica, Heráclito e seu (dis)curso e Origens do discurso democrático. Em ficção publicou A mulher afortunada, O tatu, Chimarrita, Refabular Esopo e Império Caboclo.Em poesia, é autor de Martim Fera e A essência da mulher. Além de Finnegans Wake, de James Joyce; traduziu Antígona, de Sófocles; Édipo em Colono, de Sófocles e Sete contra Tebas, de Ésquilo.

Lançamentos literários:

ANIMAIS QUE PLANTAM GENTE
Autora: Sandra Fayad - brasileira de nascimento, sírio-libanesa por orgulho, goiana de berço, candanga de coração, economista por formação acadêmica, poetisa e cronista por vocação. Suas produções literárias são publicadas em vários Sites, Portais, Antologias, Jornais e Revistas virtuais e impressos, onde é colunista convidada desde 2005, tendo sido premiada e homenageada em diversas ocasiões. Participou de três Coletâneas nacionais e internacionais. Em sua coluna semanal do Diário de Catalão publicou durante dois anos textos resultantes de pesquisas e observações do que se passa na natureza. É desse trabalho que surgiu a idéia do livro Animais Que Plantam Gente.
SABER MEXER E CREDITAR EM GENTE. UM DIRETOR DE ESCOLA PÚBLICA DO BRASIL NO SÉCULO XXI
Autor: Everardo de A. Lopes - educador social, formado pela Universidade Holísta Internacional, FHB - UNIPAZ, coordenador do Movimento Amigos da Paz e autor dos
Livros; Paz, Uma Viagem a Ser Realizada e Saber Mexer e Creditar em Gente. Um diretor de escola pública do Brasil no século XXI, pela Ed. Estações.
Homenagem:
Deputado Federal Augusto Carvalho – Autor da lei que inclui a Noite Cultural T-Bone no calendário oficial do DF.

Apresentação: Mímico Miquéias Paz
Informações:
Francisca Azevedo comunicacao@t-bone.com.br
Classificação: Livre
Horário e data: 20 horas do dia 15 de maio
Local:Açougue Cultural T-Bone: SCLN 312 Bl B Lj 27 Brasília-DF 3963-2069
ENTRADA FRANCA
www.t-bone.org.br

Marcelo Zamith no Clube do Choro de Brasília



Show do cantor e compositor Marcelo Zamith no CLUBE DO CHORO DE BRASÍLIA. Será no sábado, dia 17 de maio, em homenagem ao grande músico e compositor TOM JOBIM. Convites antecipados, por apenas R$ 10,00. Fone: 8186-1221 e 8132-2213.

Wednesday, May 14, 2008

Barca Brasília Poética

A BARCA POÉTICA VAI PARTIR E VOCÊ NÃO PODE PERDER ESSA VIAGEM

O grupo poético OI POEMA, de Brasília – Cristiane Sobral, Luis Turiba, Amneres, Nicolas Behr e Bic Prado com a participação especial do cantor e violonista Paulo Djorge – vai inaugurar a BARCA BRASÍLIA POÉTICA, com um recital-happening em pleno Lago Paranoá.
O espetáculo inédito será nos próximos dias 17 e 18 de Maio (sábado e domingo), com saída às 17 horas, e a navegação terá a duração média de três horas pelas águas do Paranoá. O "OI POEMA" é um encontro de poetas brasilienses. Ele existe há cinco anos, já fez várias intervenções na cidade e também no festival de Poesia no Circo Voador, Rio de Janeiro. O "OI POEMA" será uma das atrações da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília, que acontecerá no segundo semestre.
O espetáculo "A Barca Poética" tem uma hora e meia de duração e os poetas recitarão e cantarão textos e músicas de suas autorias sobre temas comuns e extraordinários, como lendas de Brasília, natureza, samba, negritude, linguagem poética, etc. Ao longo do passeio, inúmeras surpresas animarão o happening que começará durante o pôr-do-sol – lindo e maravilhoso nesta época do ano. Mas atenção: se você não sabe nadar, traga um poema salva-vidas!
Os passageiros da Barca Brasília podem usufruir, além de ótimos poemas, do excepcional cardápio com vinhos, drinks e petiscos variados. Durante o passeio, na Rota do Charme do Lago Paranoá, a Barca passa por vários monumentos de Brasília e garante, através de sua equipe, um atendimento diferenciado.

Foto: divulgação

Serviço:

A Barca Poética no Happy Hour flutuante da Barca Brasília
Dias: 17 e 18 de maio (sábado e domingo).
Saída da Barca: 17h00 com retorno às 20h30.
Cais do Bay Park Hotel: SHTN Trecho 02 Lote 05.
Valor do passeio: R$ 40,00 por pessoa.
Couvert artístico: R$ 10,00. Comidas e bebidas à parte.
Evento não indicado para menores de 16 anos.
Obs: recomenda-se ter à mão um agasalho.

Reservas e mais informações:
8419-7192 Edmilson Figueiredo
8432-6234 Amon Trajano
passeio@barcabrasilia.com.br
www.barcabrasilia.com.br

Super Festa da Vivendo



No próximo sábado, dia 17/05, vai rolar a “Super Festa da Vivendo”!

Para quem não conhece, essa é uma das festas mais legais de Brasília. Ela acontece duas vezes por ano (uma em cada semestre) no espaço da Associação Pró-Educação Vivendo e Aprendendo

O ambiente é ótimo, a música super-dançante (duas pistas com sons diferentes). Incluídas no ingresso: frutas, pães e pastas.

A Vivendo fica na L3 Norte, Quadra 604 (atrás do Clube de Vizinhança) e a festança começa às 22h.

Lançamento do CD "O mundo era o céu" de Cacá Pereira



Show-celebração dos resultados após o lançamento do CD "O mundo era o céu". 1.650 cópias vendidas. Músicas executadas em quase 40 rádios pelo país. Shows importantes, como o CCBB e o 1º de maio, Dia do Trabalhador, na Esplanada, para quase 15 mil pessoas. Em dezembro de 2007, vencedor do 1º FESTCUT. Interpretação do CD e apresentação de algumas novas músicas que estarão no 2º disco - a caminho. Dia 16 de maio. Cacá Pereira, Leo Benon, Diretor Musical (cavaquinho e violão tenor), Dudu 7 Cordas, Bruno Patrício (sax), Augustinho (pandeiro e zabumba), Marcelo Bicudo (percussão geral) e Carlinhos Barbosa (acordeon).

Thursday, May 08, 2008

LXVIII Sarau Tribo das artes

dia 13 de maio de 2008, no Butiquim Blues, Praça do DI, em Taguatinga - DF.

“Sal e Sonho”

Vinheta de abertura
Recital Poético – Notícia da morte de Alberto da Silva, de Ferreira Gullar
Com participação de Daniel Pedro, Miriam, Jorge Augusto, Deliane Leite, Máximo Mansur

Vídeo
“Frei Tito” - 1984, Direção e Roteiro de Marlene França

Poeta convidado
Pedro Morandim – Poeta e Ator

Música
Carol Voigt – MPB, Compositora e intérprete
Daniel Fernandes – Lançando o CD Visão Noturna

Espaço livre
Sem microfone e palco

Momento do Troca
Conversa e vendas entre artistas e público (Recomendando que levem Beijos/ CDs/ DVDs/ Vinil/ livros/ artesanato/ outros)

Lançamento de livro
"Raia-me fundo o sonho tua fala" de Marcos Freitas


Artes plásticas
Rosa Marta com criações próprias (Óleo sobre tela e no estilo Expressionismo Geométrico)

Artesanato
Bijouterias com material reciclado – Fátima Melo

Canção do Sal
Milton Nascimento

Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia intei...ro
Pra vida de gente levar
Água vira sal lá na sali...na
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na sali...na
Sol que vai queimando até queimar
Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior, estudar
Que é pra não ter meu trabalho

http://www.tribodasartes.org.br/

Tuesday, May 06, 2008

Dois Contos...


KARLUV MOST

Percorria aquela rua escura e estreita em meio ao nevoeiro. A noite já ia alta. O burburinho dos últimos bares e tavernas ainda se ouvia ao longe. De súbito, aquela figura de mulher, ainda adolescente, aproximou-me daquele praça, da Catedral de Tyn, circundou a Prefeitura, prédio imponente com seu histórico relógio astronômico. Não sei se o último metrô ainda havia. A estação Staromestská certamente estaria fechada. O caminho a ser seguido então passava pela Ponte Carlos, rio Vltava. O seu rosto alvo e o verde de seus olhos resplandeciam na atmosfera fria. Encostado à mureta, vi-a atirando-se dali, rodopiando no ar feito folha seca no outono e por fim pousando junto aos outros pombos, lá embaixo, próximo aos faróis que iluminam a ponte, ao lado da velha eclusa.

Marcos Freitas. Do livro “na curva de um rio, mungubas”, Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2006.

STULTIFERA NAVIS

“só usa a razão quem nela incorpora suas paixões”. Raduan Nassar. Um Copo de Cólera.

Ela desceu de sua nave reluzente no Pouso Alto, paralelo 14, Chapada dos Veadeiros. Seus lábios descreviam sua fúria interior. Seus pensamentos espiralados removiam do ar a força de destruição avassaladora. O vácuo da incompreensão era o olho do furacão.

Em mil pedaços, quase reduzidos a pó.

Sua respiração desenfreada provocava estremecimentos. Seus dedos em riste, como a ditar ordens a milhões de soldados imagináveis de um batalhão invisível. Pobre general de exército algum.

Lá fora, pela janela, da pequena varanda, descortinava-se um céu cinzento. A grama removida pelos tratores e máquinas trazia de volta o vermelho da terra do cerrado. Tortuosos caminhos. Tortuosas e retorcidas árvores de uma discutível nascente: olho d´água. Encharcadas terras. Saturadas de tudo.

Mudo, lastimei mais uma vez sua incompreensão. Não compreenderia jamais meus sentimentos tão puros. Nunca mais presente algum. Versos, então, nunca mais. Ecos de perplexidades evadiam em todas as direções, enquanto o cheiro de incenso enchia todo o ar do quarto. Cinzas enterradas em pedra furada.

Marcos Freitas. Da Antologia de Contos Fantásticos, Edição Especial - Volume 9, Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2007.

Para adquirir o livro "na curva de um rio, mungubas":
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9041236&sid=97511819711128520958824711&k5=33C21440&uid=