não, que eu não saiba o que sinto,
o que sou, haja vista meu instinto
de ser todo desejo, de não ter
do amor, o medo;
de não ter
da consciência, o nexo;
de não poupar
de meu pensamento, teu sexo.
não, que eu não saiba o que sinto,
pra onde vou, haja vista que tenho
a pretensão tamanha, de beber
de tua taça, de teus sonhos;
de prender pra mim,
teus olhos, teus abraços;
de te saber como alimento,
sendo eu,
neste ato de amor,
réu confesso.
Marcos Freitas.
In: Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 24, CBJE, 2006.
Monday, June 04, 2007
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