Clara Nunes nasceu em
Paraopeba, MG, em 12 de agosto de 1943. O pai, Mané Serrador, era violeiro e
cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo
Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de
tecidos.
Por essa época cantava no
coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, concluía o
curso normal. Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em
sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o
terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair
Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo
Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi.
Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três
vezes, a melhor cantora do ano.
Em 1965 foi para o Rio de
Janeiro e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias.
Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu
primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta
boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça
(Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba.
Em 1972, além de ter
realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de
Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara,
Clarice, Clara, com musicas de compositores de escolas de samba e
outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba
Tristeza pé no chão (Armando Fernandes),
apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil copias. Em
fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O
poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho.
Em 1973 gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, o LP
Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com
Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo,
atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo
Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um
LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. Em 1975, ano do
seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro lançou Claridade, seu
disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto
das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco
mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco
Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o
disco Esperança. No ano seguinte veio Brasil mestiço, que incluiu
o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981
lançou Clara, com destaque para Portela na
avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu
último disco.
Morreu em 02 de Abril 1983,
depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido
durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a
obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em
Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha |
Monday, August 13, 2012
FEIRA DE MANGAIO - CLARA NUNES
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment