15.06.12 -
Mundo
Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital
Na
tarde desta sexta-feira (15), os olhares da Cúpula dos Povos se voltaram para o
Lançamento da Rede Brasileira da Carta da Terra. A atividade teve a participação
do teólogo e escritor Leonardo Boff, de Miriam Vilela, integrante da Carta da
Terra Internacional, de Maria Alice Setubal, do Instituto Democracia e
Sustentabilidade (IDS) e de Ana Rúbia, da Associação Brasileira dos Membros do
Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).
A Rede, até o momento, está formada por 30 organizações que buscam chamar
atenção à importância da Carta da Terra para a sustentabilidade. A iniciativa
tem como principal intuito organizar a sociedade civil para demandar que os
princípios presentes na Carta sejam inseridos na legislação brasileira e nas
políticas públicas.
Ana Rúbia conversou com os\as participantes sobre temas como as dificuldades para se implementar as legislações internacionais e como prova citou a Agenda 21, que por ser vinculante já deveria ter sido implementada pelos Estados, o que não aconteceu. Rúbia também focou na necessidade de se propor uma agenda positiva.
Já Maria Alice chamou os presentes a pensarem em si como cidadãos planetários, "que precisam superar juntos os problemas, e aprender a respeitar e a cuidar de si e do planeta” para que algo comece a mudar verdadeiramente no mundo.
A fala mais esperada da tarde foi a de Leonardo Boff, que arrancou aplausos de começo ao fim de sua intervenção sobre a importância da Carta da Terra. Logo em suas primeiras palavras o teólogo deixou claro por qual motivo este importante documento, com mais de dez anos, não é divulgado amplamente.
"A Carta da Terra não é divulgada porque não é digerível, ela é indigesta pelo mundo capitalista e exige mudanças que mostram a realidade que queremos. E nós temos que ir em busca dessa mudança, pois o futuro que preparam para nós na Rio+20 é nos colocar na beira do abismo”, manifestou.
O teólogo considera que a Carta da Terra é o documento que verdadeiramente marca o início do século XXI e mesmo tendo dez anos, ela continua importante para o momento que a humanidade vive hoje.
Boff também chamou a defender a Carta, pois ela é fruto de uma grande consulta, e "nasceu do grito da Terra, de baixo, dos quilombolas, negros, indígenas, universitários, do povo, e parece que tem algo do Espírito Santo nela”.
Lembrou ainda que no dia 22 de abril de 2009, a Organização das Nações Unidas aprovou as reivindicações de que a Terra fosse chamada de Mãe Terra, "pois terra a gente vende, troca, usa, mas mãe não, mãe a gente cuida e respeita”.
Para tomarmos como exemplo, Boff citou Itaipu como empresa que respeita, reconhece e defende a Carta da Terra, cuida da natureza, respeita a sustentabilidade e propõe um novo tipo de relacionamento com a natureza.
Encerrando sua intervenção, o teólogo defendeu a Carta da Terra como uma nova forma de reencantamento do mundo - onde se está vivendo tamanha desolação – e como uma ferramenta poderosa que mostra que ainda vale a pena viver.
A atividade foi realizada, entre outros, pela Associação Civil Terrazul.
Conheça a Carta da Terra: http://www.cartadaterrabrasil.org
Ana Rúbia conversou com os\as participantes sobre temas como as dificuldades para se implementar as legislações internacionais e como prova citou a Agenda 21, que por ser vinculante já deveria ter sido implementada pelos Estados, o que não aconteceu. Rúbia também focou na necessidade de se propor uma agenda positiva.
Já Maria Alice chamou os presentes a pensarem em si como cidadãos planetários, "que precisam superar juntos os problemas, e aprender a respeitar e a cuidar de si e do planeta” para que algo comece a mudar verdadeiramente no mundo.
A fala mais esperada da tarde foi a de Leonardo Boff, que arrancou aplausos de começo ao fim de sua intervenção sobre a importância da Carta da Terra. Logo em suas primeiras palavras o teólogo deixou claro por qual motivo este importante documento, com mais de dez anos, não é divulgado amplamente.
"A Carta da Terra não é divulgada porque não é digerível, ela é indigesta pelo mundo capitalista e exige mudanças que mostram a realidade que queremos. E nós temos que ir em busca dessa mudança, pois o futuro que preparam para nós na Rio+20 é nos colocar na beira do abismo”, manifestou.
O teólogo considera que a Carta da Terra é o documento que verdadeiramente marca o início do século XXI e mesmo tendo dez anos, ela continua importante para o momento que a humanidade vive hoje.
Boff também chamou a defender a Carta, pois ela é fruto de uma grande consulta, e "nasceu do grito da Terra, de baixo, dos quilombolas, negros, indígenas, universitários, do povo, e parece que tem algo do Espírito Santo nela”.
Lembrou ainda que no dia 22 de abril de 2009, a Organização das Nações Unidas aprovou as reivindicações de que a Terra fosse chamada de Mãe Terra, "pois terra a gente vende, troca, usa, mas mãe não, mãe a gente cuida e respeita”.
Para tomarmos como exemplo, Boff citou Itaipu como empresa que respeita, reconhece e defende a Carta da Terra, cuida da natureza, respeita a sustentabilidade e propõe um novo tipo de relacionamento com a natureza.
Encerrando sua intervenção, o teólogo defendeu a Carta da Terra como uma nova forma de reencantamento do mundo - onde se está vivendo tamanha desolação – e como uma ferramenta poderosa que mostra que ainda vale a pena viver.
A atividade foi realizada, entre outros, pela Associação Civil Terrazul.
Conheça a Carta da Terra: http://www.cartadaterrabrasil.org
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