Thursday, November 18, 2010

Lançamento do Romance Heliodora, de Eugênio Giovenardi


C O N V I T E
A EDITORA PAULO FRANCIS E EUGÊNIO GIOVENARDI CONVIDAM PARA O LANÇAMENTO DO ROMANCE HELIODORA A TER LUGAR NO RESTAURANTE

CARPE DIEM - 104 SUL
DIA 24 DE NOVEMBRO, 2010
A PARTIR DE 19 HORAS

HELIODORA

Alagoas é um estado do Nordeste conhecido por seus engenhos de cana, por suas praias acolhedoras, por suas rendas produzidas por mãos habilidosas de gente simples e criativa. Uma de suas particularidades pouco explicadas é o alto número de cidadãos não registrados nos cartórios. Trinta em cada cem.
Um de seus políticos foi levado à Presidência da República pelo voto popular, representando a dita República de Alagoas e, posteriormente, rejeitado nas urnas de seu próprio estado.

Alagoas não é tão grande. De Maceió a Delmiro Gouveia, no outro extremo, são poucas horas por rodovia. Zona da Mata e zonas áridas compõem o cenário da vida econômica e social do povo. Os canaviais produziram riqueza e pobreza. A devastação ambiental originada da agricultura predatória da cana-de-açúcar, da produção fumageira e do cultivo de subsistência acarretou graves consequências sobre cidades e povoados destruídos, recentemente, por um raro fenômeno natural.

O petróleo, em compensação, irriga a economia. Mas Alagoas não se livrou da estrutura de classes, da miserável à elite, igual à que se espalha pelo país continental. As estatísticas revelam números, mas suas antenas não captam todos os sinais que emitem as populações isoladas entre a seca e as enchentes. É desse mundo fora das estatísticas que emigram Heliodora e Alcemiro em busca do país novo anunciado na TV e no rádio e que eles desconhecem.

Brasília foi o grito de alerta para despertar o Brasil adormecido, “deitado eternamente em berço esplêndido”. Milhões de brasileiros acordaram. Os excluídos e expulsos do Nordeste pela incúria dos governos e pelas duras circunstâncias do dia a dia tomaram um caminhão pau-de-arara e desembarcaram na moderna capital do Brasil. Vieram, democraticamente, acomodar-se no Patrimônio Cultural da Humanidade para serem imortais como os criadores desta ilha de silêncio, em meio a plantas retorcidas e fontes cristalinas, no Planalto Central.
Heliodora, como milhares de sonhadores, estava na Esplanada dos Ministérios, no dia comemorativo do Cinquentenário de Brasília.

Da periferia do país à margem da nova metrópole é um passo gigantesco. Ainda falta boa parte do caminho para completar o sonho dessa viagem empreendida.
Melhor seria que não precisassem buscar no desconhecido o sonho que poderia ter sido conquistado no Sítio do Angico, de onde saíram, se outro fosse o olhar sobre nossa gente e nossa terra.
(Quarto romance e décimo livro do autor)

Livros do autor:
1. OS FILHOS DO CARDEAL – 1997 - 2a. Edição O homem proibido - 2009
2. POEMAS IRREGULARES, 1998
3. EM NOME DO SANGUE, 2002
4. VENTOS DA ALMA, 2003
5. OS POBRES DO CAMPO, 2003
6. SOLITÁRIOS NO PARAÍSO, 2004
7. O RETORNO DAS ÁGUAS, 2005
8. A SAGA DE UM SÍTIO, 2007
9. AS PEDRAS DE ROMA, 2009
10. HELIODORA, 2010
http://www.eugeobservador.blogspot.com

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