Wednesday, September 16, 2009
Tributo ao poeta Afonso Félix
Afonso Félix de Sousa é o poeta homenageado pela Biblioteca Nacional, dia 23, às 19 horas, no Tributo deste mês, em que se comemoram sete anos de sua morte. A poeta Astrid Cabral, viúva do homenageado, virá do Rio para fazer a conferência sobre vida e obra do autor, e contará com a atuação dos poetas Alexandre Marino, João Carlos Taveira e Salomão Sousa no recital de textos seletos do autor.
Este será o sétimo tributo do ano que a Biblioteca vem mensalmente dedicando a poetas brasileiros de renome, locais e nacionais. De formato didático com um toque de pocket show, o evento é assim oferecido ao público como um misto de happy hour e aula-recital. De março até agosto, foram apresentadas as poesias de Viriato Gaspar, Ronaldo Costa Fernandes, Lina Tâmega Peixoto, Affonso Ávila, Renata Pallottini e Haroldo de Campos. Os poetas Oswaldino Marques e Cecília Meireles serão os dois últimos contemplados, após Afonso Félix de Sousa.
HOMENAGEADO DA VEZ - Afonso Félix de Sousa viveu a infância em Goiás, entre Jaraguá, Pires do Rio e Silvânia, onde, em 1942 publicou seus primeiros textos no jornal do colégio em que estudava, Voz Juvenil, do Ginásio Anchieta. Iniciou sua atividade literária de fato em Goiânia, colaborando nos jornais O Popular e Folha de Goiaz e na revista Oeste. Lá, junto com outros escritores fundou em 1946 a Associação Brasileira de Escritores - Seção de Goiás e a revista literária Agora. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, foi transferido para o Rio, onde passou a colaborar em suplementos literários do Correio da Manhã, Diário de Notícias, Diário Carioca e em revistas (Leitura e Orfeu).
De 1953 a 1955, viveu em Paris como bolsista num curso de especialização em Economia, da Sorbonne. Casou-se com Astrid Cabral em 1959, e três anos depois enfrentaram a experiência de viver na Brasília recém-inaugurada, até 1970, quando se mudaram para Beirute, a trabalho, por dois anos. No exterior, a vivência do casal, que teve cinco filhos, incluiu também os Estados Unidos. Funcionária do Itamaraty, Astrid foi servir no Consulado do Brasil em Chicago, de 1986 a 1991, período em que o poeta se dedicou a traduções e a palestras e conferências sobre literatura brasileira pelo país.
CONJUNTO DE OBRAS - AFS estreou com o livro de poemas O túnel, em 1948. Publicou, depois, Do sonho e da esfinge; O amoroso e a terra; Memorial do errante; Íntima parábola; Álbum do Rio; Antologia poética; Pretérito imperfeito; Chão básico & itinerário leste; Antologia poética; As engrenagens do belo; Qüinquagésima hora & horas anteriores; À beira do teu corpo; Nova antologia poética; Sonetos aos pés de Deus e outros poemas; e Chamados e escolhidos.
Publicou ainda os poemas dramáticos Caminho de Belém e Rio das almas, e em diversas antologias no país e no exterior. De sua incursão pela prosa resultaram Hugo de Carvalho Ramos: trechos escolhidos; Do ouro ao urânio (crônicas) e Máximas e mínimas do Barão de Itararé (organizador). Como tradutor, dedicou-se a obras de García Lorca, John Donne, Giacomo Leopardi e François Villon, entre outros.
OS PRÊMIOS LITERÁRIOS que recebeu foram inúmeros, com destaque para o Álvares de Azevedo, da Academia Paulista de Letras (1961); o Tiocô, da UBE-Goiás (1979); o Nacional de Poesia, do Pen Club do Brasil (1982); e o Prêmio Nacional de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2002). Sua poesia foi saudada por inúmeros poetas, críticos e acadêmicos de diferentes gerações, entre eles João Cabral de Melo Neto e Paulo Mendes Campos; Cassiano Ricardo e Joaquim Cardoso; Gilberto Mendonça Telles e Álvaro Alves de Farias; Sérgio Buarque de Holanda e Antonio Carlos Secchin; Oswaldino Marques e Darcy França Denófrio, a quem o diretor da BNB, Antonio Miranda, convidou originalmente para anfitriã do Tributo dedicado ao poeta e a quem Astrid Cabral faz reverente citação na abertura de sua palestra.
PROGRAME-SE: Tributo ao Poeta Afonso Félix de Sousa – Com Astrid Cabral, e participação de Alexandre Marino, JC Taveira, Salomão Souza e Ana Cristina Vilela. Dia 23.09.09, 4ª, às 19h, no auditório da BNB, 2º andar. Entrada franca.
Fonte: http://www.sc.df.gov.br/exibe_materia.php?id=711
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