Frugal Poema
transido destino no afunilado amanhecer de sábado
meus olhos vestem o doce mel da brisa costeira
colgando de suavidade
a ofegante coruscação
de meu coração
e senão maltrapilhos
a manhã é malina
pífia é a minha relutância
em sobreviver com a pureza da terra e do fogo
que me é apresentada
vívido vociferar de vorazes vagas
erode minha poesia auroral:
idílica cicatriz, frugal poema
Marcos Freitas. In:
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 4
Editora CBJE, Rio de Janeiro, 2004.
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Confissão
não, que eu não saiba o que sinto,
o que sou, haja vista meu instinto
de ser todo desejo, de não ter
do amor, o medo;
de não ter
da consciência, o nexo;
de não poupar
de meu pensamento, teu sexo.
não, que eu não saiba o que sinto,
pra onde vou, haja vista que tenho
a pretensão tamanha, de beber
de tua taça, de teus sonhos;
de prender
pra mim, teus olhos, teus abraços;
de te saber
como alimento, sendo eu,
neste ato de amor,
réu confesso.
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Marcos Freitas. In:
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 24
Editora CBJE, Rio de Janeiro, 2006.
Sunday, June 29, 2008
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