Thursday, January 28, 2016

1ª Edição do Chá com Letras



1ª Edição do Chá com Letras

A 1ª Edição do Chá com Letras será realizada na Embaixada da Índia, em Brasília, na próxima sexta-feira, dia 29 de janeiro de 2016, às 15:00 horas. O evento tem como objetivo a integração entre Escritores e Poetas do Brasil e da Índia. É uma iniciativa proposta pelo poeta e diplomata Sr. Abhay Kumar, Vice-chefe da Missão. E conta com a organização do poeta brasileiro Marcos Freitas.

Poetas participantes: Marcos Freitas, Jorge Amâncio, Wélcio de Toledo, Fred Maia, Antonio Miranda e Abhay K.


SERVIÇO:
Embaixada da Índia
Endereço: SES 805, lote 24, Asa Sul, CEP 70452-901, Brasília-DF.
Telefone: (61) 3248-4006
Data e horário: sexta-feira, dia 29 de janeiro de 2016, às 15:00 horas.


Marcos Freitas – Engenheiro e Poeta. Contista. Letrista. Filiado à Associação Nacional de Escritores - ANE e à União Brasileira de Escritores - UBE. Na área de literatura, publicou os livros: A Vida Sente a Si Mesma; A Terceira Margem Sem Rio; Moro do Lado de Dentro;  Quase um Dia; Na Curva de um Rio, Mungubas; Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala; Marcos Freitas – Micro-Antologia; Staub und Schotter: der Wind des Frühlings und die Brise des Herbstes; Urdidura de Sonhos e Assombros, além de Inquietudes de Horas y Flores (Edição bilíngue - espanhol-português, 2011). 


Jorge Amâncio – Carioca, nasceu em 1953 e reside em Brasília desde 1976.  Licenciado em Física pela Universidade de Brasília, professor da Fundação Educacional do Distrito Federal, participante e ativista de movimentos sociais de luta contra o preconceito racial.  Começou a publicar seus textos poéticos no jornal Raça do M.N.U. (Movimento Negro Unificado), no início dos anos 80. Foi responsável, com Marcos Freitas, pela organização do evento Poemação – Sarau Videoliteromusical, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, de 2009 a 2012. Autor do livro Batom d´amor e morte pela Editora Thesaurus, em 2014.


Wélcio de Toledo – Filho de candangos foi batizado na igrejinha da Vila Planalto, onde nasceu em 1970. Formado em História, com mestrado em Educação pela Universidade de Brasilia.  É professor, poeta e atua em movimentos sociais e culturais do Distrito Federal, principalmente relacionados à identidade cultural, memória, literatura e artes em geral. Iniciou na militância cultural nos idos de oitenta, na efervescência do movimento punk escrevendo letras de música e manifestos anarquistas. Possui poemas na Coletânea Fincapé, do Coletivo de Poetas de Brasília. Em 2012, lançou o livro intitulado "Poemas, Visões e Outras Viagens" e em 2015, o livro Subversos.


Fred Maia – Piauiense de Oeiras, jornalista.  Poeta, letrista, intelectual que atua no cenário da alta formulação e administração das políticas públicas da cultura nacional. Nasceu no Piauí e agora vive em Brasília.  Como diz Chico César, “sempre com poesia e um sorriso no lábio...”. Publicou “Um Rock por Nada” (São Paulo: Ed. Arte Pau Brasil), “eupor” (São Paulo: Ed. Nômades); “Mais que Imperfeito” (Porto Alegre: Poema Editora, 2004) e o ensaio “Plínio Marques – a crônica dos que não têm voz” (São Paulo: Ed. Boitempo), em parceria com Vinicius Pinheiro e Javier Contreras. Assessor dos Ministros de Cultura, Gilberto Gil e Juca Ferreira.

Antonio Miranda – Antonio Lisboa Carvalho de Miranda é maranhense, nascido em 5 de agosto de 1940. Membro da Academia de Letras do Distrito Federal, foi colaborador de revistas e suplementos literários como o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil e também o La Nación (Buenos Aires, Argentina) e Imagen (Caracas, Venezuela).  Professor e ex-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília, Brasil, ministra aulas e cursos por todo o Brasil e países ibero-americanos. Também é consultor em planejamento e arquitetura de Bibliotecas e Centros de Documentação. Organizador e primeiro Diretor da Biblioteca Nacional de Brasília. Doutor em Ciência da Comunicação (Universidade de São Paulo, 1987), fez mestrado em Biblioteconomia na Loughborough University of Technology, LUT, Inglaterra, 1975. Sua formação em Bibliotecologia é da Universidad Central de Venezuela, UCV, Venezuela, 1970.
Prêmios e títulos: Representante da União Latina, no Brasil, por designação da entidade sediada em Paris e homologada pelo Itamaraty a partir de 2010.
Profesor Honorable, título outorgado pela Universidad Ricardo Palma, Lima, Peru, em 2007, “por sus elevados méritos academicos y profesionales en su especialidad”.
Professor Emérito da Universidade de Brasília, 2015.
Membro Honorário da Sociedad de Bibliotecarios de Puerto Rico, 1991;
Sisson and Parker Prize na Loughborough University of Technology – Inglaterra, 1975;
Festival Latino-Americano de Teatro, Universidad de Puerto Rico, 1972; 
Festival Internacional de Teatro, Medellín, Colômbia, Municipalidad de Medellín, Antioquia, 1971;
Prêmio Viagem a Buenos Aires, Embaixada da Argentina, MAM - Museu Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1962. 


Abhay K. Abhay Kumar/Abhay K (Hindiअभय कुमार) (born 1980) is an Indian poet-diplomatHis books include The Seduction of Delhi among others. His writings cover poetry, art, memoir, global democracy and digital diplomacy. He wrote the Earth Anthem and the South Asian Anthem spurring search for an official SAARC Anthem.

He received the SAARC Literary Award for his contribution to contemporary South Asian Poetry and nominated for the Pushcart Prize 2013. In 2011, he also received the Gov 2.0 award on behalf of the Public Diplomacy Division, Ministry of External Affairs. He has been featured as a nominee on the longlist of the Forbes India 100 Celebrity list and has been honoured with Asia-Pacific Excellence Award in 2014. His book The Seduction of Delhi was shortlisted for Muse India-Satish Verma Young Writer Award 2015. 

nua – voz do silêncio UM LIBELO QUE CLAMA POR MAIS HUMANIDADE

nua – voz do silêncio
UM LIBELO QUE CLAMA POR MAIS HUMANIDADE
por Menezes y Morais *
NUA – Voz do Silêncio, livro de poesia e fotografia que Lua de Morais lança às 21h desta quinta-feira, 28/01, em Santigado do Chile, também pode ser chamado de um libelo do amor, no qual a poeta clama por mais humanidade. Um exemplo:
AMAR
Desear
Su
Felicidad
Ante
la
mía.
ENSAIOS FOTOGRÁFICOS 
Os ensaios fotográficos da poeta (também é atriz) são depositários do poema, tamanha a beleza plástica, numa atitude estética que unifica poesia e corpo. Em alguns deles Lua de Morais representa o seu papel de atriz.
Temas como filhos, feminismo, ternura, solidão, encontro, desencontros, medo, entrega, sensibilidade, honestidade, liberdade povoam os poemas. Viver a dois, se inexiste amor, diz Lua, "não vale a pena". "É covardia não querer amar".
Página a página, Lua dá o seu recado. Alguns deles são atitudes femininas diante a indústria cultural. "A arte não se vende. Se paga o trabalho". Outra temática é um confissário de esperança.  
Poesia a poesia, a autora vai se desnudando, com uma sinceridade radical, para revelar sua atitude humana: "Sou o que sou / não quero mudar / não me importa o que dirão / não vim para julgar". (Sou o Amor). 
DIGNIDADE AFIRMATIVA
"Se sabes o que és / o que vales/ o que queres / então / o que temes?" (Teu valor). "Ainda espero um grande amor" (Um grande amor).
Ou dando uns toques aos seus leitores: "Viva cada oportunidade / cada espaço de verdade / cada minuto de dor / Cada lágrima de amor e sinceridade: / tudo vale a pena/ Estou viva" (Viva).
"Para aprender a voar / há-que levantar-se/ Para aprender a levantar-se / primeiro há que aprender / a cair" (Voar) "Todo final é sinônimo de um novo incio".
Ou fazendo declaração de amor aos dois filhos – Sharon e Lian: "Meus filhos minha canção/ minhas pernas /meu sonho".
ASSIM É A VIDA
Tudo é para cima em NUA – Voz do silêncio, porque a vida é uma canção. E uma canção, triste ou alegre, tem o seu poder de sensibilizar. Espero que a poesia de Nua – Voz do silêncio emocione seus leitores, e contribua para tornar a vida deles mais suave.
O livro é dividido em Capítulo 1: Poemas de Amor. Capítulo 2: Poemas de Des-amor e Desengano. Capítulo 3: Poemas de Ilusão.
BIOGRAFÍA
Lua de Morais / cantautora, actriz y escritora / wwwluademorais.com
Nació en Brasília en 1980. Es hija del poeta y escritor brasileño Menezes y Morais. Su vida siempre ha girado en torno a la música y su único objetivo como artista es inspirar a otros com grandes sueños, a nunca abandonar.
Una mujer de coraje y fuerza interior que encontró su camino a pesar de los obstáculos que la vida le presentó; vivencias que se pueden apreciar en sus canciones y poesía, donde ella expone sin pudor sus experiencias de amor, desamor, alegrías y fracasos.
Fue en Chile donde decidió emprender su carrera musical, de actriz y escritora, lanzando NUA, su primer libro de poesía y pensamientos.
Aunque haya nacido en Brasil y sido criada en Argentina, ella se siente chilena y expresa este sentimiento específicamente en su obra “Actitud Femenina”:
//Soy brasileña, he sido argentina, me siento chilena; soy de la vida.//
Sus obras musicales son tres a la fecha: “Puedes Soñar” (2009), ganador de un premio outorgado por el Consejo Nacional de la Cultura y las Artes (FONDART, 2008), “Creo en Mi” (2012), disponible en todas las plataformas internacionales de difusión y “Viento” (2015), con el cual fue nominada “Mejor Artista Balada Pop” por los Premios Pulsar el mismo año.
Actualmente prepara su cuarta producción que lleva como título “Seven”. El disco consiste en siete temas inéditos del género electro pop, cuyo lanzamiento se estima para fines del presente año.
Paralelo a la música y poesía, Lua incursiona como guionista para obras de teatro. Junto a siete actrices chilenas, (incluyendo su propia hija de 15 años), preparan el montaje y estreno de um musical inédito, cuyo estreno será en Abril. La obra une actuación, baile, canto y poesía, sigue la misma línea de NUA, con el único objetivo de incentivar al público a conocerse y ser fiel a sí mismo, invitando a la reflexión por medio del entretenimiento, de una manera que solo el arte en su total expresión puede lograr.
“Encuentra tu camino, persigue tu sueño y alcanza tu estrella”, es el mensaje principal de esta joven artista que al parecer no se detendrá hasta alcanzarla.
@luademorais
@luademorais
Lua De Morais
FICHA TÉCNICA
Apresentação: Ana Portal, poeta.  Mauricio Paredes, escritor. Pablo Witker, Editorial Patrimonios. Librodepoesia. 164 páginas. Derechos Reservados: Lua de Morais. Fotografía: Andrés Canepa. Fotografía “Nuestro camino”: Juan Falcón. Fotografía “Mis hijos”: Ivan Gouveia.
Fotografías “El sabe” y “Momentos”: Joe Basurto. Maquillaje y Peinado: Ly Córdova. Editorial Patrimonios: Diseño y asesoría editorial: Pablo Witker. Corrección de estilo: Ana Partal. Agradecimientos especiales a Sole Saieh, Mariano Brozincevic y Grand Hyatt Santiago. Santiago de Chile, Enero, 2016.
SERVIÇO
Lua de Morais / cantautora, actriz y escritora / wwwluademorais.com

 

Wednesday, January 13, 2016

Projeto que estimula a leitura de livros de mulheres se reúne em livraria

Leia Mulheres promove obras de escritoras femininas e analisa o livro 'As meninas', de Lygia Fagundes Telles, na Livraria Cultura do CasaPark

postado em 13/01/2016 06:00 / atualizado em 13/01/2016 11:04
Morena Mascarenhas - Especial para o Correio

Aos apreciadores de literatura, um bom programa: amanhã, o projeto Leia Mulheres, que estimula a leitura de livros de escritoras femininas, se reúne para discutir a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles, na Livraria Cultura.

O encontro, que ocorre uma vez por mês em Brasília, debate obras literárias de escritoras mulheres. Desta vez, o grupo selecionou o clássico nacional para pautar os diálogos. “Nosso objetivo é de apenas conduzir o debate e não impor alguma opinião pessoal, por exemplo. Quando há um assunto polêmico, lemos o trecho da obra e discutimos”, explica Patrícia Rodrigues, uma das mediadoras dos debates.

Escrita em 1973, a obra conta a história de três jovens de personalidades, status e ideologias diferentes, que vivem no mesmo pensionato em São Paulo, durante a ditadura militar. O romance, descrito sob a óptica das personagens em primeira e terceira pessoa, desloca-se entre a consciência das estudantes em narrativas que compartilham angústias, dramas e sonhos.

A obra, que recebeu entre outros prêmios o Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, é dos grandes sucessos da escritora Lygia Fagundes e aborda temas como censura, crimes cometidos pela ditadura e crise patriarcal, no momento em que mulheres buscavam voz e maior independência.

Leia Mulheres

O clube Leia Mulheres é fruto de uma iniciativa da escritora britânica Joanna Walsh que há dois anos criou a hashtag #readwomen2014, que, após viralizar na internet, começou uma campanha para incentivar a igualdade de gênero no meio literário.

Apoiada em uma pesquisa realizada pela organização norte-americana Vida, que luta por mais espaço feminino no universo literário, Walsh levantou a discussão sobre o fato de o número de publicações escritas por homens ser maioria no mercado.

“Autoras mulheres são marginalizadas pela mídia e publicações literárias e ganham em seus livros capas de ‘garotinha'. Tome uma atitude contra essa desigualdade tendo certeza de que o próximo livro que vai ler é de uma escritora”, escreveu a britânica em um artigo para o jornal The Guardian.

Sucesso na Inglaterra, a ideia foi trazida ao Brasil pela consultora de marketing Juliana Gomes, a jornalista Juliana Leuenroth e a transcritora Michelle Henriques, em março de 2015. Com apoio de outras amigas; os clubes começaram em São Paulo, no Rio de Janeiro e, algum tempo depois, em Belo Horizonte.

Em setembro, foi a vez da versão brasiliense do projeto se concretizar. Encabeçado pelas jornalistas Mariana de Ávila e Patrícia Rodrigues, o clube literário da capital também busca a igualdade de gênero na literatura por meio da leitura e debate. “Às vezes, um livro debatido pode servir de incentivo para que o leitor procure outros livros da mesma autora”, diz Mariana de Ávila.
Desde a primeira edição do projeto, o grupo já leu e debateu os clássicos: Cinderela chinesa, de Adeline Yen Mah, Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie, O sol é para todos, de Harper Lee e a A redoma de vidro, de Sylvia Plath.

Obras feministas
Grupos de leitura segmentada têm ganhado cada vez mais espaço e visibilidade. Na última quarta-feira (6) por exemplo, atriz e feminista Emma Watson, 25, anunciou pelo Twitter a criação de um clube organizado por ela que pretende ler obras feministas.

O primeiro título postado foi o livro da jornalista Gloria Steinem, My life on the road. O grupo de leitura se chama Nossa prateleira compartilhada (em português) e está hospedado na rede social de livros Goodreads.

Clube de literatura - Leia Mulheres

Quinta-feira (14,) às 20h,
Livraria Cultura (CasaPark)
Entrada Franca
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2016/01/13/interna_diversao_arte,513741/projeto-que-estimula-a-leitura-de-livros-de-mulheres-se-reune-em-livra.shtml

Thursday, January 07, 2016

I ENCONTRO DE POETAS, ESCRITORES E LEITORES PIAUIENSES





I ENCONTRO DE POETAS, ESCRITORES E LEITORES PIAUIENSES. PERÍODO: 25 e 26 DE FEVEREIRO DE 2016 - TERESINA – PIAUÍ - “A poesia no século XXI e sua contribuição na história da humanidade” O GRUPO ESCRITORES PIAUIENSES NO ÂMBITO REGIONAL PROMOVERÁ O PRIMEIRO ENCONTRO DE POETAS, ESCRITORES E LEITORES, A REALIZAR-SE NO ANO DE DOIS MIL E DEZESSEIS, NOS DIAS 25 E 26 DE FEVEREIRO DO CORRENTE ANO, LOCAL: CENTRO CULTURAL CLUBE DOS DIÁRIOS, RUA ÁLVARO MENDES, S/N CENTRO, CIDADE DE TERESINA – PIAUÍ.

Mais informações: 
 

Livros, dores e delícias da nova safra de escritores piauienses


É um desafio lançar livros no Piauí, atestam Valciãn Calixto, Gabriela Aguiar, Demétrios Galvão e Fernanda Paz, alguns dos novos escritores do Piauí

Repórter: Jadson Osório 18/05/2015 07h50 - Atualizado em 18/05/2015 12h01
Escrever é uma tarefa solitária, diz uma sentença sem aspas ou autor conhecido. Todos os dias, anonimamente, piauienses (e outros cidadãos no mundo inteiro), produzem histórias que viram contos, crônicas, postagens em redes sociais ou blogs na internet, matérias de jornal, poesias. Algumas delas têm um rumo certo: virar livro. E seduzir, prender atenções, fazer sonhar, provocar encantamento, arrancar sorrisos ou lágrimas de desconhecidos leitores.
Organizar ideias, pensamentos, histórias, versos, parágrafos em um livro não é fácil, nem barato. É um desafio lançar livros no Piauí, atestam Valciãn Calixto, Gabriela Aguiar, Demétrios Galvão e Fernanda Paz, da nova safra de autores da terra natal de literatas do quilate de O.G Rêgo de Carvalho, Assis Brasil, Da Costa e Silva, Mário Faustino, de uma lista imensa de gênios imortais.
Estes jovens autores conversaram com O Olho e falaram das dores e delícias de ser escritor no Piauí.
Valciãn Calixto lançou um livro este ano seu primeiro livro; Foto: Nataniel Lima
VALCIÃN CALIXTO
Formado em Comunicação Social pela Uespi (Universidade Estadual do Piauí), Valciãn Calixto, 24 anos, canta que o gosto pela literatura começou por volta dos 13, em leituras pontuais na casa da avó. “Eu costumava passar finais de semana na casa de minha falecida vó e tinha uma tia professora, ela possuía bom acervo de paradidáticos como Blackout, O Escaravelho do Diabo, outros, então meus primos mais velhos iam jogar bola, as mulheres da casa dormiam durante a tarde, meu vô jogava baralho até anoitecer com alguns tios e amigos”, relembra.
“O que me restava? Ler os paradidáticos e não só eles, livros de Redação e Gramática também que minha tia costumava usar em sala de aula. Por volta dos treze anos ganhei um caderno cuja capa me impressionou bastante, decidi que iria usá-lo apenas para escrever textos meus”, completa.
De leitor de livros didáticos e paradidáticos da tia, Valciãn tornou-se escritor depois que uma gráfica paulista decidiu publicar um livro seu. “Há uma história anterior à de escritor que é a de leitor e que hoje seguem juntas”, diz o autor de “Reminiscências do caseiro Genival”, obra lançada este ano e que tem como temas condutores, assuntos áridos como câncer, esquizofrenia, racismo, ansiedade, aborto e até suicídio.
“O poeta é movido a fragmentos, pelo menos eu, com o pouco que entendo de produção contemporânea. Tenho interesse pela poesia russa do século XX de nomes como Joseph Brodsky, Serguei Iessienin, nos autores afroamericanos como Maya Angelou e Cheryl Clarke passeando pela poesia portuguesa de Sophia de Mello Breyner Andresen, no poeta peruano César Vallejo. Possuo certo fascínio pela poesia mineira que vai de Murilo Mendes ao Marcelo Diniz e piauiense com Mário Faustino e Nathan Sousa”, diz o poeta sobre suas referencias literárias.
Para Calixto, lançar um livro no Piauí é tão difícil como “gravar um disco, montar uma peça ou um espetáculo de dança”. “Nem por isso Assis Brasil deixou de ser dos grandes autores piauienses premiados Brasil afora, como o Balé de Teresina ou as telas do senhor Nonato Oliveira e ainda as performances e instalações benquistas internacionalmente do Marcelo Evelin. Mais do que dom, vocação ou similares, é preciso, como diria Milton, ter manha sempre”, dialoga Valciãn Calixto, que além de escritor é compositor, guitarrista de uma banda e integrante de um movimento cultural chamado TrisTherezina, do qual já falamos aqui em O Olho.
FERNANDA PAZ
Fernanda Paz é já participou de diversas coletâneas literárias; Foto: Arquivo Pessoal
Os novos escritores piauienses adotaram a produção independente como maneira de facilitar o nascimento de seus filhos, os livros. “É muito comum no nosso estado os escritores lançando seu material de forma independente. Alguns recorrem a editoras de fora que costumam publicar trabalhos de autores iniciantes com um custo menor, como eu fiz. Infelizmente na realidade do nosso estado faltam editoras que acreditem no potencial dos escritores iniciantes, bem como políticas públicas voltadas a essa área”, considera Fernanda Paz, autora de "O Buraco e outras histórias", livro de contos baseados em ocasiões do dia-a-dia.
 “Situações cotidianas ou fictícias podem ser repassadas ao público de forma simples e acessível e qualquer um de nós pode ser um personagem principal cheio de dilemas ou loucuras em uma história qualquer”, defende a escritora, que lançou o livro através de uma editora carioca.
Fernanda conta que começou a participar de publicações em 2012. Por volta do ano de 2009 alimentava semanalmente um blog pessoal (chamado Libélula Paz, hoje extinto) com poesias, contos e reflexões. “Também fazia fanzines que circulavam entre grupos de amigos. Entretanto desde criança sempre criava histórias que eram lidas por amigos e familiares”, comenta.
A jovem escritora já participou de diversas coletâneas e versa entre prosa e poesia. “Me inspiro principalmente nas pessoas ao meu redor, as relações entre pessoas, as ações e pensamentos que nos diferencia tanto e ao mesmo tempo nos iguala uns aos outros”, sintetiza Fernanda Paz.
GABRIELA AGUIAR
“Eu escrevo desde pequena, não sei dizer exatamente quando. Minha melhor forma de expressão sempre foi a escrita. Demonstrava o que estava sentindo através de cartinhas e poemas”, confidencia a escritora Gabriela Aguiar, 22 anos, autora de "Joaquim e Silvia, com amor", um romance  ficcional que trata da falta de comunicação das pessoas e sobre como isso afeta os relacionamentos.
Em sua segunda publicação, que ainda vai ser lançada, a escritora que fala sobre sertanejos que vivem afastados de centros urbanos, sem água, energia e progressos. “É um livro-reportagem, uma abordagem sobre a história dessas pessoas”, resume Gabriela a obra, intitulada "À Beira da Estrada".
“Tudo inspira. Escrever é você olhar para algo que todo mundo vê e enxergar além. É sensibilidade”, discorre a escritora acrescentando que “a maior dificuldade são os custos, lançar um livro não é barato”.
Gabriela Aguiar é autora do romance "Joaquim e Silvia, com amor"; Foto: Arquivo Pessoal
“E a falta de interesse das pessoas com a literatura piauiense também é um agravante, porque as pessoas não se interessam muito em comprar livros de autores piauienses, elas não valorizam, nem se interessam muito em ir atrás pra saber do que se trata a história”, prossegue a escritora.
Gabriela Aguiar, que é jornalista, conta que escreve mais por paixão “do que qualquer outra coisa”.  “Muita gente reclama dos preços também, as pessoas não sabem que lançar livro aqui quase não se tem lucro, o dinheiro das vendas é basicamente para pagar o que foi gasto com a publicação. O Piauí tem muita gente boa e muita gente que escreve bem. Vários livros são lançados por ano, mas poucas pessoas ficam sabendo”, assinala.
DEMÉTRIOS GALVÃO
“Fugindo do espaço escolar, encontrei as bibliotecas públicas do centro da cidade – Biblioteca Abdias Neves, Cromwell de carvalho, SESC Av. Maranhão, Casa da Cultura”, narra o escritor Demétrios Galvão sobre o nascimento de seu interesse pela literatura.
“Nesse primeiro momento, foi o instante de descobertas profundas e de mergulho no campo de possibilidades criativas e sensíveis, que não haviam sido me ensinadas na escola”, acrescenta ele, que ingressou na literatura há 15 anos, lançando poemas em fanzines e livretos que ele mesmo produzia.
Demétrios Galvão já tem quatro livros publicados e uma produção intensa; Foto: Arquivo Pessoal
Seu primeiro livro, ainda que meio caseiro/artesanal, foi lançado 2001 e intitulado “Cavalo de Tróia”. “Em 2002, participei de um concurso literário, fiquei em terceiro lugar e tive o livro “Fractais Semióticos” publicado pela Fundac (Fundação Cultural do Piauí) em 2005, em um volume juntamente com os autores que ficaram em primeiro e segundo lugar”, relembra Demétrios Galvão, poeta, mestre em história, professor universitário e coeditor da revista Acrobata.
No decorrer de 2011, Demétrios lançou o livro “Insólito”, em parceria com a  editora de um amigo poeta e editor de Fortaleza/CE. Ano passado, agora em parceria uma editora paulista, o autor lançou outro volume. “Paguei o livro, mas dividindo as despesas com o editor”, comenta Galvão.
“Para publicar não existe receita pronta. É preciso experimentar, buscar alternativas e não se sujeitar às limitações. Hoje cada vez mais temos opções e editoras independentes abrindo espaços para jovens escritores. O cenário de hoje é bem melhor e mas amplo, do que o de 10 ou 15 anos atrás, quando comecei a escrever”, pondera o escritor, que já pode ser considerado experiente universo editorial.
Demétrios Galvão avalia que as ausências de um circuito editorial aberto e de um público consumidor que sustente o circuito de publicações são as maiores dificuldades enfrentadas por quem pretende se lançar no mercado. “Também não temos um jornalismo cultural e críticos que façam resenhas e comentários do que está sendo publicado. Quando muito, aparece alguém para fazer críticas destrutivas. Mas penso, que aos poucos, nosso cenário está melhorando”, critica o autor de Bifurcações, lançado ano passado.
Demétrios Galvão, Valciãn Calixto, Gabriela Aguiar e Fernanda Paz são apenas quatro representantes da nova leva de autores que oxigena o universo literário no Piauí, terra de conhecidos e anônimos contadores de história.

Fonte: http://noticias.oolho.com.br/noticia/livros-dores-e-delicias-da-nova-safra-de-escritores-piauienses

Wednesday, January 06, 2016

"O Nobre Deputado", de Márlon Reis



Em "O Nobre Deputado", Márlon Reis apresenta os resultados de uma pesquisa inédita: conseguiu ouvir pessoas que participam dos meandros da política sobre como se define a eleição de um deputado federal ou estadual. Para que isso fosse possível, foi necessário lhes assegurar o mais absoluto anonimato.
O resultado da pesquisa não é apresentado de forma acadêmica, nem enfadonha. A história foi construída baseada em um personagem fictício, chamado de Cândido Peçanha, que encarna ele próprio as condutas descritas nos depoimentos reais colhidos por Márlon Reis.

http://www.onobredeputado.com.br/


Tuesday, January 05, 2016

Prêmio Sesc de Literatura recebe obras para concorrer a patrocínio

A premiação vai escolher duas obras nas categorias romance e conto para serem publicadas pela editora Record

postado em 04/01/2016 18:27 / atualizado em 04/01/2016 18:50 

O Prêmio Sesc de Literatura está com inscrições abertas até 12 de fevereiro e visa incentivar as produções literárias nacionais a partir da valorização de novos escritores.

O programa, de edição anual, seleciona dois autores nas categorias conto e romance para assinar um contrato de publicação com a editora Record, responsável pela distribuição comercial das obras, cuja tiragem mínima é de 2 mil exemplares. 
Para participar, os candidatos devem ter um livro escrito inédito em alguma das categorias. Para concorrer nas duas, é preciso que tenham obras nunca publicadas de ambas. Neste caso, as inscrições serão realizadas separadamente. 

O processo seletivo será efetuado pelo site da empresa - desde a inscrição até o envio da obra - e todos os trabalhos são submetidos à avaliação de escritores, especialistas em literatura, jornalistas e críticos literários escolhidos pelo Sesc para compor a banca examinadoras. Os vencedores serão anunciados em junho de 2017.

No ano passado, o prêmio foi conquistado pela carioca Marta Barcellos, na categoria Conto com o livro Antes que seque, e pela paulista Sheyla Smanioto Macedo, com o romance Desesterro. Entre os escritores revelados em edições anteriores estão Marcos Peres, com O Evangelho segundo Hitler, vencedor do Prêmio SP de Literatura 2014 na categoria estreantes; Alexandre Rodrigues, com a obra Parafilias, finalista do Prêmio Jabuti 2015; e Debora Ferraz, autora de Enquanto Deus não está olhando, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2015.
Acesse o edital em www.sesc.com.br/premiosesc