Obras de Alberto Bresciani e Amneres se juntam na mesma prateleira a nomes consagrados como Eucanaã Ferraz e a Ronaldo Werneck que também estão
postado em 06/05/2015 10:08
Nahima Maciel
A flexibilidade se tornou algo importante na trajetória poética de Alberto Bresciani. Ancorado à ideia de exploração e experimentação, o poeta carioca radicado em Brasília consegue transitar entre linguagens variadas e, armado de liberdade, pode adequar as palavras ao momento e ao contexto sem pudores. Por isso, Sem passagem para Barcelona, que será lançado nesta quarta-feira (6/5) na Livraria Cultura do Iguatemi, tem características distintas de Incompleto movimento, publicado em 2011.
Um
livro, Bresciani lembra, é sempre reflexo do fluxo normal da vida, da
imposição de momentos. “O livro anterior foi construído em torno da
incompletude e trazia uma linguagem mais abstrata”, compara o poeta.
“Sem passagem talvez seja fruto de um movimento com foco nessas coisas
tão fortes que acontecem na vida de todos nós, as perdas, o
envelhecimento, os preconceitos, a morte. E também a possibilidade de
superação.”
Os temas são densos, mas há leveza na maneira como Bresciani organiza as palavras. A linguagem objetiva, as ironias que ele chama de “brincadeiras” e uma presença de minúsculas narrativas são caminhos que o poeta encontrou para um livro sutil sobre coisas sérias. “E com algum exagero em determinados momentos, para tentar dar essa dimensão de importância a tudo que acontece”, avisa. “É lógico que esse exagero dentro da construção das narrativas não diminui a importância de cada tema, mas trata com certa leveza porque são situações que acontecem sempre.”
Renovação
A linguagem, o poeta avisa, é o campo de pesquisa de quem escreve e oferece um universo imenso de possibilidades. “E é muito prazeroso trabalhar com isso”, garante. Mas há regras e o formato que o autor dá à linguagem também reflete a estética de um momento. Bresciani acredita que estar conectado com os paradigmas de seu tempo é também uma maneira de não ser ignorado. “Arte é sempre movimento. Poesia é arte e precisa dessa renovação”, diz.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2015/05/06/interna_diversao_arte,482099/poetas-brasilienses-comecam-a-despontar-no-cenario-nacional.shtml
Os temas são densos, mas há leveza na maneira como Bresciani organiza as palavras. A linguagem objetiva, as ironias que ele chama de “brincadeiras” e uma presença de minúsculas narrativas são caminhos que o poeta encontrou para um livro sutil sobre coisas sérias. “E com algum exagero em determinados momentos, para tentar dar essa dimensão de importância a tudo que acontece”, avisa. “É lógico que esse exagero dentro da construção das narrativas não diminui a importância de cada tema, mas trata com certa leveza porque são situações que acontecem sempre.”
Renovação
A linguagem, o poeta avisa, é o campo de pesquisa de quem escreve e oferece um universo imenso de possibilidades. “E é muito prazeroso trabalhar com isso”, garante. Mas há regras e o formato que o autor dá à linguagem também reflete a estética de um momento. Bresciani acredita que estar conectado com os paradigmas de seu tempo é também uma maneira de não ser ignorado. “Arte é sempre movimento. Poesia é arte e precisa dessa renovação”, diz.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2015/05/06/interna_diversao_arte,482099/poetas-brasilienses-comecam-a-despontar-no-cenario-nacional.shtml
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