Quando o poeta Xico Chaves colocou olhos-vivos na estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes, em Brasília, despertou um quê de vida a esses seres aparentemente inanimados.
O Rio é uma cidade repleta de estátuas. De todos os tamanhos, idades, mensagens. Algumas mortas. Outras vivas, vivíssimas, cativantes e carismáticas. A de Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, passa o dia inteiro sendo paparicada no Posto Seis de Copacabana.
Fui, na companhia da parceira Luca, aos poemas de Drummond buscar alguns “biscoitos finos” que pudessem alimentar o fogo das manifestações populares que tomaram o País. São muitos. Selecionamos duas citações, interagimos livremente e – como o poeta continuou sentadinho à beira-mar observando as passantes – seguimos em frente. Com Noel Rosa foi a mesma metodologia.
Daí, piramos: saí pelo Rio de Janeiro fotografando e conversando com estátuas, convocando-as para as próximas passeatas. Papeei com muitas delas, conversas ao pé do ouvido, segredos de palavras. Juntaram-se a nós, de imediato, outros poetas: Manuel Bandeira, Cartola, Luiz de Camões, Caymmi, Pixinguinha, Noel Rosa, o indiano pacifista Mahatma Gandhi, que mora no Passeio Público; e até o sisudo fundador da Academia Brasileira de Letras, escritor Machado de Assis. Todos concordaram em dizer alguma coisa sobre as manifestações de rua.
Juntamos textos & fotos com o auxílio luxuoso do designer Toni Lucena. Levamos uma edição de 10 pastas, com 12 cartazes cada para a FLIP, em PARATY, e não sobrou nada. Edição esgotada.
Luis Turiba é poeta, jornalista, compositor, sambista, agente cultural. Pernambucano, criado no Rio de Janeiro, radicado em Brasília.Fundou a revista de poesia experimental BRIC-A-BRAC, em Brasília, em 1985. Na poesia, tem militância ativa há mais de 30 anos. Publicou seu primeiro livreto, Kiprokó, em 1977, no Rio de Janeiro. Em Brasília publicou Clube do Ócio, em 1980, Luminares, em 1982; Realejos, em 1988; a antologia Cadê?, em 1998; e Bala, em 2005. No jornalismo, trabalhou em O GLOBO e na Manchete, no Rio de Janeiro, ainda na década de 70. Fez assessoria de imprensa para a Assembléia Nacional Constituinte e foi da equipe do Ministro Gilberto Gil no MinC por quatro anos. Foi vencedor da Bolsa Literária FUNARTE em 2008, pelo qual escreveu seu livro “meiaoito” (2012). Mantém o Blog do Turiba. Atende pelo e-mail turibapoeta@gmail.com
O Rio é uma cidade repleta de estátuas. De todos os tamanhos, idades, mensagens. Algumas mortas. Outras vivas, vivíssimas, cativantes e carismáticas. A de Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, passa o dia inteiro sendo paparicada no Posto Seis de Copacabana.
Fui, na companhia da parceira Luca, aos poemas de Drummond buscar alguns “biscoitos finos” que pudessem alimentar o fogo das manifestações populares que tomaram o País. São muitos. Selecionamos duas citações, interagimos livremente e – como o poeta continuou sentadinho à beira-mar observando as passantes – seguimos em frente. Com Noel Rosa foi a mesma metodologia.
Daí, piramos: saí pelo Rio de Janeiro fotografando e conversando com estátuas, convocando-as para as próximas passeatas. Papeei com muitas delas, conversas ao pé do ouvido, segredos de palavras. Juntaram-se a nós, de imediato, outros poetas: Manuel Bandeira, Cartola, Luiz de Camões, Caymmi, Pixinguinha, Noel Rosa, o indiano pacifista Mahatma Gandhi, que mora no Passeio Público; e até o sisudo fundador da Academia Brasileira de Letras, escritor Machado de Assis. Todos concordaram em dizer alguma coisa sobre as manifestações de rua.
Juntamos textos & fotos com o auxílio luxuoso do designer Toni Lucena. Levamos uma edição de 10 pastas, com 12 cartazes cada para a FLIP, em PARATY, e não sobrou nada. Edição esgotada.
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Luis Turiba é poeta, jornalista, compositor, sambista, agente cultural. Pernambucano, criado no Rio de Janeiro, radicado em Brasília.Fundou a revista de poesia experimental BRIC-A-BRAC, em Brasília, em 1985. Na poesia, tem militância ativa há mais de 30 anos. Publicou seu primeiro livreto, Kiprokó, em 1977, no Rio de Janeiro. Em Brasília publicou Clube do Ócio, em 1980, Luminares, em 1982; Realejos, em 1988; a antologia Cadê?, em 1998; e Bala, em 2005. No jornalismo, trabalhou em O GLOBO e na Manchete, no Rio de Janeiro, ainda na década de 70. Fez assessoria de imprensa para a Assembléia Nacional Constituinte e foi da equipe do Ministro Gilberto Gil no MinC por quatro anos. Foi vencedor da Bolsa Literária FUNARTE em 2008, pelo qual escreveu seu livro “meiaoito” (2012). Mantém o Blog do Turiba. Atende pelo e-mail turibapoeta@gmail.com
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