Monday, February 28, 2011
Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade
27/02 às 16h23 - Atualizada em 27/02 às 16h27
Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade
Jornal do Brasil
BELÉM - O Pará perdeu uma de suas personalidades mais ilustres. Reconhecido internacionalmente como um dos pensadores mais importantes da atualidade, o professor, filósofo, crítico literário, ensaísta e escritor Benedito Nunes morreu na manhã deste domingo, aos 80 anos, no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém.
O corpo está sendo velado na Igreja de Santo Alexandre, no complexo Feliz Lusitânia, um dos pontos de Belém que ele mais amava. Benedito Nunes, professor emérito da Universidade Federal do Pará (UFPA), era também apaixonado por Belém e pela Amazônia e recebeu inúmeros prêmios, um dos últimos o Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
O governador Simão Jatene divulgou nota oficial sobre a morte de Benedito Nunes:
"Em nome de todos os paraenses, agradeço a inestimável contribuição do mestre Benedito José Nunes à cultura do país. A sua dedicação como escritor, crítico de arte, filósofo e professor é irretocável. Mais ainda, sua grandeza como paraense se revelou quando recebeu convites irrecusáveis para trabalhar em outros centros, no Brasil e no exterior, mas escolheu o Pará como destino e lugar para viver e construir a sua vasta e admirável trajetória intelectual. O Pará, reconhecido, saberá honrar a sua memória."
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/02/27/morre-benedito-nunes-um-dos-mais-importantes-pensadores-da-atualidade/
Benedito Nunes, o iluminista dos trópicos
Paraense de Belém, ele é considerado um dos maiores pensadores brasileiros e não abre mão de sua cidade natal
Adriana Klaute Leite
Em um de seus encontros com Benedito José Viana da Costa Nunes, em Belém do Pará, Clarice Lispector lhe disse: "Você não é um crítico, mas algo diferente, que não sei o que é". A escritora tinha razão ao demonstrar a dificuldade em rotular a obra do paraense que, nas palavras do professor aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de São Paulo, Antonio Cândido, representa um tipo muito raro de intelectual, capaz de ser "um grande crítico literário e, ao mesmo tempo, um filósofo".
Nascido em 21 de novembro de 1929, o professor, filósofo, crítico e ensaísta Benedito Nunes define seu trabalho como "um tipo mestiço das duas espécies, a filosofia e a literatura". "Tento, dessa forma, fazer a ligação entre os dois campos, porém sem nivelar ou diminuir um ou outro, mas mostrar as suas correlações, afinidades e oposições", diz Nunes, que está bem perto de comemorar 80 anos de vida, mas de preferência em silêncio, no lugar em que mais gosta de ficar, sua biblioteca, sentindo o perfume dos livros. "Não gosto de parabéns, acho horrível, cafona."
mais em: http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/25/textos/673/
Sunday, February 27, 2011
Pontos na curva da Praça Tahrir
Marcos Airton de Sousa Freitas
Brasília / DF
Pontos na curva da Praça Tahrir
http://www.camarabrasileira.com/apol75-047.htm
Índice de bondade ou a tortura dos dados
Marcos Airton de Sousa Freitas
Brasília / DF
Índice de bondade ou a tortura dos dados
http://www.camarabrasileira.com/out11-022.htm
Morre o escritor Moacyr Scliar
Foto: Neco Varella -16.set.2010/Folhapress
27/02/2011 - 03h39
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE (RS)
Morreu neste domingo (27) o escritor e colunista da Folha Moacyr Sclyar, 73. A morte ocorreu à 1h. Segundo o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, onde ele estava internado, Scliar teve falência múltipla dos órgãos. O velório acontece hoje na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a partir das 14h.
O escritor sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico no dia 17 de janeiro. Ele já estava internado para a retirada de pólipos (tumores benignos) no intestino.
Moacyr Scliar morreu aos 73 em Porto Alegre; corpo será velado a partir das 14h na Assembléia do RS
Logo depois do AVC, o escritor foi submetido a uma cirurgia para extirpar o coágulo que se formou na cabeça. Depois da cirurgia, ele ficou inconsciente no centro de terapia intensiva.
O quadro chegou a evoluir para a retirada da sedação, mas no dia 9 de fevereiro o paciente foi abatido por uma infecção respiratória e teve de voltar a ser sedado e à respiração por aparelhos.
Por causa da idade, os médicos evitaram fazer prognósticos sobre a recuperação do escritor.
CARREIRA
Nascido em Porto Alegre e formado em medicina, o escritor e colunista da Folha publicou mais de 70 livros entre diversos gêneros literários: romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio.
Sua obra tem forte influência da literatura fantástica e da tradição judaica.
Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003, Scliar já recebeu prêmios Jabuti, uma das mais prestigiadas premiações literárias do país, em 1988, 1993, 2000 e 2009.
Entre suas obras mais importantes destacam-se os livros 'A Guerra no Bom Fim', 'O Centauro no Jardim', 'O Exército de um Homem Só' e 'Max e os Felinos'.
Fonte: Folha de São Paulo
Veja a trajetória do escritor em:
http://entretenimento.uol.com.br/album/trajetoria_moacyr_scliar_album.jhtm?abrefoto=11#fotoNav=11
Friday, February 25, 2011
Poesia para se Ver, no Instituto Cervantes de Brasilia
Thursday, February 24, 2011
Participe do Coral do SESI - Taguatinga Norte
Você gosta de cantar? Então participe do Coral do SESI, com encontros todas as segundas e quintas-feiras, das 19h às 20h e o melhor, é de graça. O Centro Cultural do SESI conta com professores altamente capacitados e atuantes na cena musical. Você não precisa ser cantor, basta gostar de música e se dedicar às aulas.
Matrículas abertas!
Informações: (61) 3355-9500
O SESI fica na QNF 24 Área Especial – Taguatinga Norte.
Fonte: www.marinamara.com.br
Do outro lado da lua: novo CD de Patricia Mellodi
ABRAM OS OUVIDOS E O CORAÇÃO PRO NOVO CD DE PATRICIA MELLODI
Do outro lado da lua
Lançamento dia 13/04
Teatro Rival Petrobrás-RJ
Ouça já:
http://www.youtube.com/watch?v=9DwA0W3JLeg
Primeira edição do Quinta Cultural em 2011: Açougue T-Bone
Por Ascom T-Bone
05 de fevereiro de 2011
No próximo dia 03 de março, o Açougue T-Bone inicia a temporada 2011 dos eventos culturais, na entrequadra da 312 Norte. A primeira edição do Quinta Cultural e do Movimento Viva Arte deste ano contará com a presença do secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira da Silva, que abordará sobre políticas culturais da sua gestão à frente da Secretaria.
O público irá prestigiar show “+ do que Parece”, da cantora e compositora Lucina, acompanhada do músico Daniel Sant’ Ana no violão e no bandolim. A noite terá ainda apresentação do pianista Túlio Borges e da cantora Litieh Pacelle e teatro de bonecos com os bonequeiros Onildo Junior e Carlos Machado. O evento começa com o teatro às 18 horas.
Neste ano, o Açougue T-Bone realizará cerca de 14 eventos culturais pelos projetos Quintas e Noites Culturais com músicos nacionais e brasilienses e encontros do Viva Arte, com a participação de escritores, intelectuais e autoridades do Distrito Federal.
Cantora Lucina apresentará seu mais recente trabalho o CD + do que Parece
Show + do que Parece da cantora Lucina
Composto por suas músicas em parceria com Zélia Duncan cujo repertório é inédito. O show faz um mergulho no universo feminino e vai da mais tradicional MPB ao Pop urbano. Zélia, por sua vez, gravou várias parcerias com Lucina e juntas já emplacaram vários sucessos. O CD + do que Parece apresenta frutos de uma obra gerada em duas décadas de amizade e cumplicidade musical.
Lucina tornou-se conhecida através de suas canções nas vozes de Ney Matogrosso (Ney registrou 11 canções de sua autoria), Zélia Duncan, Nana Caymmi, Joyce, Banda Cheiro de Amor, Tetê Espindola, Daúde, Alzira Espindola, Rolando Boldrin, Vânia Bastos, Carlos Navas, Fred Martins, Olívia Byington, Verônica Sabino, As Frenéticas, entre outros, além da dupla Luli e Lucina da qual fez parte por 25 anos, tendo lançado 7 CDs no Brasil e no exterior.
Em sua carreira solo, já registrou 5 CDs e um DVD gravado pelo Canal Brasil de televisão (Globosat).
O CD + do que Parece apresenta frutos de uma obra gerada em duas décadas de amizade e cumplicidade musical. Lucina estará acompanhada por Daniel Sant’ Ana ( violão e bandolim).
Túlio Borges se apresentará acompanhado da cantora Litieh Pacelle
Show “Eu venho vagando no ar” pianista Túlio Borges
Pianista por formação e tradutor por profissão, é na música que se completa; cultua a musa como nos tempos da delicadeza. Como compositor, foi premiado em diversos festivais Brasil afora, como o Prêmio Sesc de Música, em Brasília, e a Semana da Canção Brasileira, em São Paulo. Com seu primeiro disco, é escolhido pela Rádio Cultura de São Paulo o melhor cantor de 2010, entre as produções independentes. Na apresentação, entre outras músicas São João de sua autoria e do compositor Anthony Brito. Melhor música com letra do Festival de Música Nacional FM de Brasília.
A noite começa com o espetáculo “Pedro e o Lobo da Cia Titeritar.
Pedro e o Lobo
Unindo teatro e literatura, o espetáculo “Pedro e o Lobo”, cria o interesse pela leitura através da originalidade e vivacidade das marionetes e da influencia da linguagem do teatro na narrativa.
Grupo: Cia. Titeritar
Bonequeiros: Onildo Junior e Carlos Machado
Horário: 18h às 19h30
Debate Movimento Viva Arte
Participação confirmada do secretário de Cultura do DF
Hamilton Pereira da Silva
Debatedores: Vladimir Carvalho e Murilo Grossi
Moderador: Paulo José Cunha
Porta vozes do movimento Vicente Sá 8182-1628 e Gadelha Neto 8175-4038
Para saber mais sobre o Movimento Viva Arte acesse www.movimentovivaarte.com.br
Apresentação:
Mímico Miquéias Paz (Contato 61 9921-1302)
Contatos:
CANTORA LUCINA
Produtora Patricia Ferraz patiferrazproducao@gmail.comEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Tel. (21) 9167-2421 (21) 78532393
www.myspace.com/lucinamyspaceoficial
TEATRO DE BONECOS
Cia Titeritar (61) 8124-0859
cia.titeritar@gmail.comEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Titeritar.blogspot.com
CARLOS MACHADO amulengomulungu@yahoo.com (61) 8126-1667
TULIO BORGES
www.tulioborges.com.br
euvenhovagandonoar@gmail.com (61) 9154.5410
Serviço: Data: 03/03/11
Horário: 18 horas
Local: Açougue Cultural T-Bone
SCLN 312 Bl B Lj 27 Brasília-DF
Tel: 61- 3274-1665
ENTRADA FRANCA
Indicativa livre
Wednesday, February 23, 2011
Abertas inscrições para Festival de Filmes Curtíssimos
Redação | sexta-feira, 18 fevereiro 2011
Vai até 1º de abril o prazo para inscrições no IV Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, mostra internacional de filmes de até três minutos de duração, e também na Competição Nacional.
Podem participar filmes com até três minutos (fora título e créditos), em qualquer formato e concluídos em qualquer ano (não inscritos nas edições anteriores do Festival).
O festival é realizado, simultaneamente, em mais de 100 cidades de 20 países. No Brasil, acontece no Museu da República (Brasília-DF), de 6 a 8 de maio de 2011.
Mais informações e inscrições: www.filmescurtissimos.com.br.
Vai até 1º de abril o prazo para inscrições no IV Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, mostra internacional de filmes de até três minutos de duração, e também na Competição Nacional.
Podem participar filmes com até três minutos (fora título e créditos), em qualquer formato e concluídos em qualquer ano (não inscritos nas edições anteriores do Festival).
O festival é realizado, simultaneamente, em mais de 100 cidades de 20 países. No Brasil, acontece no Museu da República (Brasília-DF), de 6 a 8 de maio de 2011.
Mais informações e inscrições: www.filmescurtissimos.com.br.
Tuesday, February 22, 2011
N.Srª da Poesia volta à cena no INSP
Brasília, Fev., 2011 - O Projeto N.Srª da Poesia voltou à cena no último dia 16 de fevereiro, tendo o artista plástico, poeta e ambientalista Rômulo Andrade na condução deste primeiro encontro do ano, com a nova turminha de meninas atendidas pelo Instituto N.Srª da Piedade (INSP), da ordem de irmãs jesuítas, no Lago Sul.
Rômulo Andrade criou e doou à Biblioteca Maria Cláudia Del’Isola, do Instituto (onde ocorrem os encontros), um estandarte com uma imagem estilizada da Padroeira dos Poetas – a “N.Srª da Poesia”, surgida da inspiração do grupo de voluntários que iniciou o projeto no ano passado. A “entronização” da nova Padroeira, simbolizada por uma árvore cercada de estrelas, conduziu a conversa poética de Rômulo com as crianças, toda calcada na natureza.
Sementes - Este ano, o projeto recebe nova turma de meninas, um pouco menores do que as do grupo anterior, mas igualmente sensíveis e abertas ao conhecimento da matéria poética. Algumas poucas das que frequentaram as aulinhas no ano passado continuam na turma, e mostraram que a semente vingou: três recitaram poemas de suas próprias autorias, para surpresa dos adultos presentes.
Assistiram à vivência ministrada por Rômulo Andrade: Cristina Del' Isola, presidente do Movimento Maria Cláudia Pela Paz, e algumas de suas colaboradoras, além da coordenadora da Biblioteca, Rosângela Melo, das voluntárias Cristina Lins, Gabriela Melo, Katia Aguiar, de uma professora das crianças, e da jornalista e poeta Angélica Torres. Ao final do encontro, pães de queijo, bolo de chocolate e guaraná completaram a alegria das meninas, que ficaram surpresas e felizes em saber que toda quarta-feira, ao longo do ano, na creche, é dia de Poesia, com poetas e artistas diferentes.
PROJETO N.Sª DA POESIA – Toda 4ª, às 15h, no Instituto N.Srª. da Piedade (QI 5, Chác. 7, Lago Sul. Tel.: 3248.1520), sala da Biblioteca Maria Cláudia Del Isola. Próximos encontros agendados: 23.02: Rômulo Andrade; 16.03: o poeta e performer Paco Cac; dia 23.03: o cineasta Bernardo Bernardes; 30.03: a poeta Bic Prado. Demais datas a serem agendadas.
Monday, February 21, 2011
Nova Temporada da Ópera de Rua - "Auto do Pesadelo de Dom Bosco"
Já estão definidas as datas da Temporada 2011 do Grupo Ópera de Rua, de Brasília, com reapresentações do "Auto do Pesadelo de Dom Bosco", de Jorge Antunes. Com apoio do FAC-DF, o espetáculo ao ar livre será apresentado em 10 cidades do Distrito Federal, de 30 de abril a 5 de junho, todos os sábados e domingos às 16h00.
O "Auto do Pesadelo de Dom Bosco" é inspirado na tragicômica situação da política de Brasília.
Jorge Antunes, motivado pelos vídeos em que deputados recebem propina, e por fatos como a doação de panetones, concebeu a ópera em forma de cordel na qual os corruptos são julgados pelo povo, com história e personagens da Idade Média: Suseranos, Vassalos, Reverendos, Bruxa, etc.
A música mistura duas linguagens: a medieval e a nordestina. Ainda não é certo, mas Antunes pensa em acrescentar mais um personagem à ópera. Seria um nobre: H. Siél Maya, Cavaleiro da Ordem dos Sarneyentos.
O libreto completo está em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/opera-de-rua
Confira a reportagem da TV Globo:
http://www.youtube.com/watch?v=E7Jje9VM_VU
Eis o roteiro da nova temporada:
30 de abril- Recanto das Emas (Skate Park) 1º de maio- Samambaia (Estacionamento da Feira Permanente)
7 de maio- Ceilândia Sul (Praça do Restaurante Comunitário)
8 de maio- Taguatinga Centro (Praça do Relógio)
14 de maio- Guará (Praça da Administração)
15 de maio- Cruzeiro (Estacionamento da Feira Permanente)
28 de maio- Sobradinho (Feira da Lua)
29 de maio- Planaltina (Praça em frente ao Museu)
4 de junho- Santa Maria (Praça da Administração)
5 de junho- Gama (Praça do Cine Itapoã)
Siga Jorge Antunes pelo tweeter:
http://twitter.com/jorgeantunes
O "Auto do Pesadelo de Dom Bosco" é inspirado na tragicômica situação da política de Brasília.
Jorge Antunes, motivado pelos vídeos em que deputados recebem propina, e por fatos como a doação de panetones, concebeu a ópera em forma de cordel na qual os corruptos são julgados pelo povo, com história e personagens da Idade Média: Suseranos, Vassalos, Reverendos, Bruxa, etc.
A música mistura duas linguagens: a medieval e a nordestina. Ainda não é certo, mas Antunes pensa em acrescentar mais um personagem à ópera. Seria um nobre: H. Siél Maya, Cavaleiro da Ordem dos Sarneyentos.
O libreto completo está em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/opera-de-rua
Confira a reportagem da TV Globo:
http://www.youtube.com/watch?v=E7Jje9VM_VU
Eis o roteiro da nova temporada:
30 de abril- Recanto das Emas (Skate Park) 1º de maio- Samambaia (Estacionamento da Feira Permanente)
7 de maio- Ceilândia Sul (Praça do Restaurante Comunitário)
8 de maio- Taguatinga Centro (Praça do Relógio)
14 de maio- Guará (Praça da Administração)
15 de maio- Cruzeiro (Estacionamento da Feira Permanente)
28 de maio- Sobradinho (Feira da Lua)
29 de maio- Planaltina (Praça em frente ao Museu)
4 de junho- Santa Maria (Praça da Administração)
5 de junho- Gama (Praça do Cine Itapoã)
Siga Jorge Antunes pelo tweeter:
http://twitter.com/jorgeantunes
Friday, February 18, 2011
Hino da ASAGUAS - Associação dos Servidores da Agência Nacional de Águas
Hino: Às Águas, letra e música de Antonio Cardoso Neto.
Lançamento Especial - "Paco Yunque e outros relatos" de César Vallejo
César Vallejo é amplamente conhecido como autor de obras emblemáticas da poesia hispano-americana tais como Trilce (1922), Os Arautos negros (1919), Espanha, afasta de mim esse cálice (1940), que garantiram o respeito unânime da crítica mundial. Contudo, no Brasil, a sua obra em prosa é pouco divulgada, e raramente traduzida.
Paco Yunque e outros relatos, é a primeira recolha da sua prosa publicada no nosso país, e revela um autor versátil, lúcido e arrojado.
Nascido Em Santiago de Chuco, Peru, em 1892, e falecido em Paris, em 1938,Vallejo é rotulado como o poeta maior do seu país, e figura determinante da literatura latino-americana. Sua obra apresenta o mesmo grau de importância de autores tão díspares como Pablo Neruda, Jorge Luís Borges ou Gabriel García Marquez e pode mesmo figurar no panorama literário do continente como um precursor genuíno, como se poderá avaliar na leitura de alguns contos presentes nesta recolha.
Paco Yunque e outros relatos, demonstra-nos a sua versatilidade criativa, que era capaz de transitar do exercício meramente realista, até as explorações mais radicais da vanguarda. O conto que dá título a este volume foi escrito em 1931, e explora a denúncia social através do universo infantil. Tornou-se um clássico da literatura peruana e, hoje, está presente em qualquer antologia escolar. Há ainda outros contos antologiados a partir da sua obra dispersa.
O livro Escalas melografiadas (traduzido aqui na totalidade) foi publicado em 1923, é composto por prosa poética e contos. Está dividido em duas partes: Cuneiformes, que compreende os contos “Muro Noroeste”, “Muro Antártico”, “Muro Leste”, “Muro Maciço”, “Nesga de Janela”, “Muro Ocidental”; a segunda parte é Coro dos ventos, com os contos “Para além da vida e da morte”, “Libertação”, “O Unigênito”, “Os Caynas”, “Mirtho” e “Cera”, classificado como um dos melhores da sua produção em prosa.
São o testemunho cabal da expressividade de um poeta que soube observar o seu tempo com o olhar lírico, crítico e atuante.
Para adquirir o livro:
http://www.editorareflexao.com.br/Site.aspx/Produto/163-PACO-YUNQUE-E-OUTROS-RELATOS?store=1
Mais sobre César Vallejo em:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/poesia_de_iberoamerica.html
Café Científico de Brasília, sobre “Mudanças Climáticas na Amazônia”
O quinto Café Científico de Brasília, sobre “Mudanças Climáticas na Amazônia”,
acontecerá na segunda-feira 21 de fevereiro de 2011, às 19h, no terraço do Café-Restaurante Daniel Briand.
Este Café conta com a presença do Dr. Carlos Nobre (MCT/INPE), do Dr. Francisco da Cruz (CNPq/USP), e do Dr. Eduardo Góes Neves (CNPq/USP/UFA).
Três breves palestras abrirão espaço para um debate e diálogo aberto entre todos os participantes, sob a mediação da jornalista ambiental Catarina Alencastro (do jornal O Globo). Durante o evento, o Daniel Briand agradará o paladar do todos os participantes com lanches e bebidas francesas.
O evento é grátis e aberto, é só comparecer!
Para conhecer os temas e palestrantes anteriores:
http://www.brasil.ird.fr/spip.php?page=rubrique_agenda_actu&id_rubrique=126&titre_mot_rub=agenda
CV dos palestrantes deste Café no link:
www.brasil.ird.fr
Thursday, February 17, 2011
Da Ditadura à Democracia – um guia conceitual para a libertação
Quando se fala em não-violência o primeiro nome que se vem à cabeça é o Mahatma Gandhi, herói da independência da Índia. Talvez o doutor Martin Luther King, conhecido por sua luta pelos direitos civis nos EUA. Um ou outro pode se lembrar de Henry David Thoreau, ideólogo da desobediência civil. Os manifestantes que derrubaram as ditaduras de Zine Ben Ali e Hosni Mubarak seguiram os ensinamentos de outro homem, no entanto: o cientista político americano Gene Sharp. O jornal americano The New York Times publicou um perfil sobre ele.
Sharp é o autor de “Da Ditadura à Democracia – um guia conceitual para a libertação”. O livro de apenas 93 páginas, disponível para download em 24 línguas ( há versões em inglês e espanhol, mas não em português) tem inspirado dissidentes em países como Mianmar, Bósnia, Estônia e Zimbábue – e agora, na Tunísia e no Egito.
De acordo com Ahmed Maher, um dos líderes do Movimento 6 de Abril, que organizou os protestos contra Mubarak, os dissidentes conheceram os textos de Sharp analisando o movimento sérvio Otpor, o qual ele influenciou. Mais tarde, quando o Centro Internacional sobre Conflitos Não-Violentos deu um wokshop no Cairo, alguns dos textos do cientista político foram traduzidos para o árabe.
De acordo com Dália Ziada, blogueiro egípcio e ativista pró-democracia, as ideias de Sharp – principalmente sobre atacar as fraquezas dos ditadores se tornou popular no movimento.
Sharp, de 83 anos, vive hoje em uma pequena casa em Massachusetts, comprada em 1968. Assistiu à revolução egípcia pela televisão. “O povo do Egito fez isso. Não eu.”, diz, sobre seu trabalho.
Na era da ‘revolução via Twitter e Facebook’, Sharp mal sabe ligar o computador. Em seu escritório há um post it colocado por sua assistente, Jamila Raquib, com um passo a passo sobre como enviar um Email. Mora com ele na casa também um Golden Retriever de nome Sally.
Sharp inspirou seu trabalho nos ensinamentos de Gandhi. Seus textos falam de desobediência civil, boicotes econômicos e luta por direitos civis. De acordo com ele, a não-violência é a melhor arma contra uma ditadura. “Se você luta com violência, está lutando com a melhor arma do seu inimigo”, diz. “Será um herói corajoso e morto”.
De olho nos acontecimentos no Oriente Médio, Sharp se diz emocionado pela atitude dos manifestantes egípcios, especialmente a coragem deles diante da ditadura. “Esse é um ensinamento de Gandhi. Se as pessoas não temem os ditadores, eles têm um problemão pela frente”.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-global/o-guru-dos-manifestantes-egipcios/
Livro em espanhol: http://www.aeinstein.org/organizations/org/DelaDict-1.pdf
Livro em inglês: http://www.aeinstein.org/organizations/org/FDTD.pdf
Sharp é o autor de “Da Ditadura à Democracia – um guia conceitual para a libertação”. O livro de apenas 93 páginas, disponível para download em 24 línguas ( há versões em inglês e espanhol, mas não em português) tem inspirado dissidentes em países como Mianmar, Bósnia, Estônia e Zimbábue – e agora, na Tunísia e no Egito.
De acordo com Ahmed Maher, um dos líderes do Movimento 6 de Abril, que organizou os protestos contra Mubarak, os dissidentes conheceram os textos de Sharp analisando o movimento sérvio Otpor, o qual ele influenciou. Mais tarde, quando o Centro Internacional sobre Conflitos Não-Violentos deu um wokshop no Cairo, alguns dos textos do cientista político foram traduzidos para o árabe.
De acordo com Dália Ziada, blogueiro egípcio e ativista pró-democracia, as ideias de Sharp – principalmente sobre atacar as fraquezas dos ditadores se tornou popular no movimento.
Sharp, de 83 anos, vive hoje em uma pequena casa em Massachusetts, comprada em 1968. Assistiu à revolução egípcia pela televisão. “O povo do Egito fez isso. Não eu.”, diz, sobre seu trabalho.
Na era da ‘revolução via Twitter e Facebook’, Sharp mal sabe ligar o computador. Em seu escritório há um post it colocado por sua assistente, Jamila Raquib, com um passo a passo sobre como enviar um Email. Mora com ele na casa também um Golden Retriever de nome Sally.
Sharp inspirou seu trabalho nos ensinamentos de Gandhi. Seus textos falam de desobediência civil, boicotes econômicos e luta por direitos civis. De acordo com ele, a não-violência é a melhor arma contra uma ditadura. “Se você luta com violência, está lutando com a melhor arma do seu inimigo”, diz. “Será um herói corajoso e morto”.
De olho nos acontecimentos no Oriente Médio, Sharp se diz emocionado pela atitude dos manifestantes egípcios, especialmente a coragem deles diante da ditadura. “Esse é um ensinamento de Gandhi. Se as pessoas não temem os ditadores, eles têm um problemão pela frente”.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-global/o-guru-dos-manifestantes-egipcios/
Livro em espanhol: http://www.aeinstein.org/organizations/org/DelaDict-1.pdf
Livro em inglês: http://www.aeinstein.org/organizations/org/FDTD.pdf
Melhor Pré-carnaval de Sampa
Wednesday, February 16, 2011
Ife Tolentino faz show em Brasília
O músico paulista Ife Tolentino, radicado em Londres, é a atração do Feitiço Mineiro no dia 18 de fevereiro, às 22h horas. Ele desembarca em Brasília e toca com os músicos brasilienses Pablo Fagundes (gaita), Rafael dos Santos (percussão) e Marcos Moraes (guitarra elétrica).
Os instrumentistas apresentam o show "Brasília Jazz" que faz referência a música brasileira que Ife divulga na Europa há 18 anos.
Brazilian Jazz é como os europeus se referem a esse tipo de música brasileira, com harmonias e melodias sofisticadas.
No repertório, além de composições próprias gravadas na Inglaterra e Islândia, estão incluídas interpretações rearranjadas de Tom Jobim, Toninho Horta, Clôdo, Climério e Clésio, Vinícius de Moraes, Petrúcio Maia, Lobão, Gershwin, Luiz Gonzaga, Beatles, Baden Powell e Geraldo Pereira.
SERVIÇO
"Brasília Jazz"
Show com Ife Tolentino, Pablo Fagundes, Rafael dos Santos e Marcos Moraes
Sexta, 18/02 - 22h
Feitiço Mineiro - 306 norte
R$20,00
Reservas: (61) 3272-3032
CLN 306, Bloco B, Lojas 45/51, Brasília-DF
DYCKIA MIRANDIANA, nova espécie de bromeliaceae descoberta no Brasil e reconhecida nos Estados Unidos da América homenageia o poeta Antonio Miranda.
Dyckia mirandiana Leme & Z. J. G. Miranda, sp. nov. Type: Goias, Alto Paraiso de Goias, ca. 20 km from the city toward Teresina de Goias, km 197 road GO 118, way to Poco Encantado, ca. 1,400 m elev., 24 July 2004, Z. J. G. Miranda s. n., fl. cult. E. Leme 6380. Holotype, HB.
Inter generis species valde singularis, a speciebus omnibus foliis
distichis vel fere, laminis foliorum utrinque distincte nervatis,
marginibus sparse spinosis, inflorescentia curvata, breviore,
floribus manifeste odoratis, sepalis atrovinoso-purpureis, petalis
flavidis, apice obtusis apiculatisque vel subacutis, antheris basi
connatis et apice petalorum aequantibus differt.
Plant terrestrial, flowering 20-25 cm high. Leaves 10-15, distichously arranged or nearly so, coriaceous; sheaths distinctly broader than the blades, the older ones forming a subglobose base, 3.4- x 4-5 cm, suborbicular-ovate, dark castaneous, lepidote; blades sublinear-attenuate, distinctly U-canaliculate, suberect-arcuate, 25-40 cm long, ca. 1 cm wide near the base, green to reddish toward apex, opaque, inconspicuously white-lepidote abaxially with trichomes disposed along the intercostal zones and not obscuring the color of the blades, adaxially glabrescent toward the apex, distinctly nerved on both sides, apex long acuminate-caudate, pungent, margins glabrous, sparsely spinose, spines 0.5-1 mm long, ca. 15 mm apart from each other, uncinate, retrorse to antrorse, castaneous, glabrous. Scape lateral, erect except for the curved apex, ca. 8 cm long, 0.4-0.5 cm in diameter, glabrous, sulcate, dark purplish-wine to blackish; scape bracts erect, dark purplish wine, distinctly nerved, bearing a central protruded longitudinal nerve but not at all carinate, sparsely to densely white-lepidote toward the apex, narrowly triangular, long acuminate-caudate, 12-18 x 6-8 mm, exceeding to equaling the internodes, margins microscopically and densely denticulate. Inflorescence strongly curved, ca. 6.5 cm long, laxly (at base) to subdensely (at apex) flowered, rachis straight, margins angular, dark purplish-wine to blackish, glabrous, 2-2.5 mm in diameter; floral bracts subtriangular, acuminate, bearing a protruded central nerve but not at all carinate, nerved, dark purplish-wine, sparsely white-lepidote, membranaceous, 7-10 x 5-6 mm, suberect with the flowers, exceeding (basal ones) to slightly shorter than the sepals, margins inconspicuously denticulate to entire. Flowers ca. 9 in number, ca. 12 mm long with extended petals, suberect anthesis, producing a strong sweet fragrance, pedicels inconspicuous, stout, ca. 1.5 mm long, ca. 3 mm in diameter at apex; sepals symmetric, acuminate, convex, ecarinate but bearing a protruded central nerve mainly toward the apex, 6-6.5 x 3.5-4 mm, dark purplish-wine, glabrous, entire, bearing a protruded central nerve toward the apex but not at all carinate; petals symmetric, broadly obovate-spatulate from a narrower base, apex obtuse and apiculate to subacute, connate at base for ca. 1.5 mm in a common tube with the filaments, ca. 10 x 7.5mm, ecarinate, yellow, erect anthesis and forming a tubular corolla ca. 3 mm in diameter at apex; stamens about equaling the petals but distinctly exposed at the apex of the corolla at anthesis; filaments complanate, yellow, connate at base for 1.5-3 mm and free above, but arranged closely together and forming a cylindrical tube ca. 8 mm long; anthers narrowly subtriangular, ca. 2 mm long, base distinctly sagittate, apex acute, strongly recurved toward the apex, fixed at base, adnate to each other at base and free toward the apex, forming a stellate structure well visible at the apex of corolla, ca. 2.5 mm in diameter, bearing a central entrance-hole ca. 0.5 mm in diameter; pistil ca. 6 mm long, completely hidden by the filaments tube; stigma conduplicate-spiral, blades subentire, yellow; style ca. 1 mm long, yellowish; ovary ovate, ca. 4 mm long, ca. 2 mm in diameter, greenish. Capsules unknown.
Paratype: Goias, Alto Paraiso de Goias, km 196 road GO 118, toward Teresina de Goias, 13[degrees]55'41.4"S 47[degrees]25'59.4"W, 1,473 m elev., Z. J. G. Miranda s. n.. (CEN).
This new species can be distinguished from all known taxa due to an unusual combination of morphological features, like the distichous arranged leaves, leaf blades distinctly nerved on both sides with margins sparsely spinose, inflorescence curved and short, flowers strongly fragrant, sepals acuminate and dark purplish-wine, petals yellow with an obtuse and apiculate to subacute apex, forming a tubular corolla, and by the anthers basaly connate and equaling the petals.
The distichous leaf arrangement of Dyckia mirandiana resembles the rosette structure of D. estevesii Rauh (D. mirandiana never forms large clumps whereas D. estevesii does). However, because of completely distinct flower morphologies, these two species are not closely related. Conversly, whilst the leaf rosettes of D. mirandiana and D. horridula are not alike, these two species do have some common floristic characters such as the strong sweet fragrance and the yellow petals. Also, their filaments form a tubular structure, despite their being completely connate in D. horridula, that has a campanulate corolla, but only connate at base in D. mirandiana that shows in contrast a tubular corolla. Finally, they share the anthers basally connate to each other, forming a stellate structure in a top view, and bearing a small central entrance-hole to the internal chamber formed by the filaments, which hides the female organs. That stellate structure formed by the anthers obstructs almost completely the entrance of the tubular corolla of D. mirandiana and is well visible above it.
Dyckia mirandiana was found growing terrestrially, as a heliophyte, on an almost flat or slightly inclined terrain, with the sub-globose basal portion of the plants completely sunk in sandy soil accumulated among quartzitic outcrops in Campos Rupestres vegetation. The specimens were observed growing isolated or in small groups of about five or more individuals, with populations severely affected by the annual fires. In field conditions, the strong sweet fragrance produced by its flowers was more intensively perceived between 10:00 to 12:00 am.
The name chosen for this new species honors the bromeliad collector and writer Antonio Miranda from the University of Brasilia, DF, who is an enthusiast of the bromeliad study and conservation in the Cerrado ecosystem of the Brazilian Central Plateau.
Literature cited
Forzza, R. C. and B. R. Silva (2004). "A new species of Dyckia (Bromeliaceae from Rio de Janeiro State, Brazil." Novon 14(2): 168-170.
Leme, E. M. C. and J. A. Siqueira-Filho (2007). Taxonomy of the bromeliads of the Atlantic Forest fragments of Pernambuco and Alagoas. Fragments of the Atlantic Forest of Northeast Brazil, Biodiversity, Conservation and the Bromeliads. Siqueira-Filho and E. M. C. Leme. Rio de Janeiro, Andrea Jakobsson Estudio: 191-381.
Luther, H. (2006). An alphabetical list of bromeliad binomials 10th edition. Sarasota, FL, Bromeliad Society International.
Strehl, T. (1994). "Bromelias que passam parte do ano submersas." Bromelia 1(3): 19-21.
--(2005). "Novas especies de Bromeliaceae do Rio Grande do Sul, Brasil." VidAlia 2(2): 26-36.
Authors
E.M.C. Leme: Herbarium Bradeanum, Rio de Janeiro, Brazil. e-mail: leme@tj.rj.gov.br
J.G. Miranda: Embrapa Cerrados, BR 020, km 18, Planaltina, DF, Brazil, CP 08223, 73310-970. e-mail: zenilton@cpac.embrapa.br
Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/dyckia_mirandiana.html
O Sol não Aparece, de Luciano Esposto
Novos autores precisam de persistência e coragem para publicar. Coragem para sair do papel. Persistência para acreditar que existe algo maior que os impulsiona a escrever. Algo pelo que vale a pena lutar. Eu não sei com quantos colegas já conversei pela rede. A verdade é que sempre procuro responder as mensagens que recebo e isso acontece desde 2004, quando decidi tirar meus escritos da gaveta. Foi assim que conheci muitas histórias. Autores que não sabiam registrar seus trabalhos no EDA e queriam apenas uma informação, outros que sondavam a participação em antologias, alguns admiravelmente engajados em atividades literárias, saraus, folhetins, outros sem recursos para custear uma simples participação em antologia. Vi muito desânimo por parte de quem enviou seu livro para análise vezes e vezes sem obter resposta. Vi pessoas com um sonho, mas sem condição de colocar a ideia no papel. Fiz amigos com quem compartilho um ideal. Amigos de quem falo com carinho e orgulho, pois apesar de toda e qualquer dificuldade no mercado editorial, são pessoas que simplesmente fazem acontecer. Não importa se hoje falta tinta na impressora ou dinheiro para postar um original e enviá-lo para avaliação; não importa se não obtiveram apoio de quem supostamente deveria apoiá-los. Sem uma condição financeira privilegiada ou o tal do quem indica, eles abrem espaço e tentam conquistar seu lugar. Estão apenas começando e por serem os novos nacionais, encontram grande resistência por parte dos leitores, no entanto, em muitos, a qualidade dos textos não se nega. Como também não se nega a capacidade de abrir caminho em meio às tantas portas fechadas com que nos deparamos ao longo do que significa escrever-publicar-ser lido.
Então, para o gênero e autor do "Feitiço" em fevereiro, tenho a alegria de postar o conto de um dos colegas que tanto admiro.
O SOL NÃO APARECEU
Luciano Esposto
Presidente Venceslau / SP
Antologia "Contos da Meia-noite"- Edição 2011, CBJE
Fonte: http://feiticoliterario.blogspot.com/2011/02/o-sol-nao-apareceu.html
Tuesday, February 15, 2011
OCUPAÇÃO explora a criação e a poética de Haroldo de Campos
Itaú Cultural e Casa das Rosas convidam
OCUPAÇÃO explora a criação e a poética de Haroldo de Campos
Instalações, ciclo de debates e objetos do arquivo pessoal do autor são algumas das atrações Ocupação Haroldo de Campos - H LÁXIA
A nona edição do projeto Ocupação homenageia o poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos. A exposição trata do processo criativo do escritor e apresenta instalações - conhecidas e também inéditas - baseadas em sua obra, além de registrar seu percurso intelectual e artístico. O evento também conta com um ciclo de debates e acontece na sede do Itaú Cultural e na Casa das Rosas , parceira da atividade, em São Paulo (veja abaixo a programação). A mostra se divide em vários núcleos. No Instituto Itaú Cultural, a instalação H LÁXIA, de Livio Tragtenberg, permite a imersão na obra de Haroldo, com a participação ativa do público, que pode gravar seus depoimentos. Já na "bibliocasa" de Haroldo, marginálias, edições especiais de seus livros, fotos, manuscritos, datiloscritos e edições anotadas e com dedicatórias.
A exposição OCUPAÇÃO Haroldo de Campos H LÁXIAS estará aberta ao público de 17 de fevereiro a 20 de abril no Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, São Paulo SP nos horários:
- terça a sexta das 9h às 20h
- sábado, domingo e feriado das 11h às 20h
Entrada franca.
A Ocupação Haroldo de Campos é uma parceria entre o Itaú Cultural, a Casa das Rosas e o Governo do Estado de São Paulo.
Veja em tela o resumo da programação no Itaú Cultural e na Casa das Rosas. Mais informações na página http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2841&cd_materia=1504
Programação no Itaú Cultural
quarta 16 fevereiro - Abertura do evento (somente para convidados)
20h Leitura de poemas de Haroldo de Campos (somente para convidados que receberam os convites impressos)
com Arnaldo Antunes, Frederico Barbosa e Livio Tragtenberg
sábado 12 domingo 13 março
20h Multitudo - Recital multimídia tece um panorama da obra poética de Haroldo de Campos.
por Coletivo Mallarmídia Lab
com Frederico Barbosa, Marcelo Ferretti e Susanna Busato
sábado 9 domingo 10 abril
10h PARALÁXIA - Oficina de criação multidisciplinar. Os participantes desenvolverão criações textuais, musicais, videográficas e performáticas.
por Livio Tragtenberg
20h Ga-Galáxias - Show musical e visual concebido e dirigido por Livio Tragtenberg, com base em fragmentos de Galáxias.
por Livio Tragtenberg, José da Harpa Paraguaia, Peneira & Sonhador e banda
Programação na Casa das Rosas
domingo 20 fevereiro
17h mesa-redonda Ocupação Haroldo de Campos - H LAXIA - debate sobre a concepção do evento, o processo de criação de Haroldo, seu percurso poético, suas relações
com Frederico Barbosa, Gênese Andrade, Livio Tragtenberg e Marcelo Tápia
mediação Claudiney Ferreira
domingo 27 fevereiro
17h palestra Convívio de Poetas: Ernesto de Melo e Castro e Haroldo de Campos - a relação pessoal do poeta português com Haroldo, seu olhar como leitor e crítico e a recepção de sua própria obra pelo escritor
por Ernesto de Melo e Castro
apresentação Gênese Andrade
domingo 13 março
17h mesa-redonda Haroldo de Campos, Poesia e Música - Os músicos falam da experiência de trabalhar com Haroldo e da convivência com o poeta
por Cid Campos e Péricles Cavalcanti
apresentação Livio Tragtenberg
domingo 20 março
17h palestra Haroldo de Campos e o Cinema - Abordagem sobre a relação da obra de Haroldo com o cinema, especialmente o trabalho realizado por Julio Bressane
por Donny Correia
apresentação Marcelo Tápia
domingo 27 março
17h mesa-redonda Literatura em Exposição: Mostras sobre Escritores em Museus e Espaços Culturais - Discussão sobre o papel de instituições que têm se dedicado a fazer exposições relacionadas à literatura
por Antonio Carlos de Moraes Sartini e Claudiney Ferreira
mediação Frederico Barbosa
domingo 3 abril
17h mesa-redonda Editar Haroldo de Campos - Dois editores que acompanharam a publicação da obra de Haroldo falam sobre essa convivência no âmbito profissional e pessoal
por Jacó Guinsburg e Plínio Martins Filho
mediação Marcelo Tápia
domingo 10 abril
17h bate-papo Fotografar Haroldo de Campos - Juan Esteves, que fez importantes registros fotográficos de Haroldo de Campos, conversa sobre seus encontros com o poeta
por Juan Esteves
mediação Gênese Andrade
Locais:
- Casa das Rosas | Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura | Avenida Paulista 37 - Paraíso - São Paulo SP | informações: 11 3285 6986 e 3288 9447 | contato.cr@poiesis.org.br
- Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 | Paraíso - São Paulo SP [estação Brigadeiro do metrô] | contato itaucultural@comunicacaodirigida.com.br | Tel 11 3881-1710 e 8405-4664
Dá Licença Direitos Autorais
Debate sobre a necessidade de Reforma na Lei de Direitos Autorais
Link: http://migre.me/3Skgv
Dá Licença Direitos Autorais
- do Creative Commons à modernização da LEi de Direitos Autorais
presentes : GOG (rapper), Fábrio Pedroza (moveis coloniais), Jaqueline Fernandes (MPB- Música Pra Baixar e Griô Produções), Prenass (Marco Civil / hiperficie.wordpress.com), Daniel Carvalho (olharfeeerico.wordpress.com)
19h - recepção
19:30 as 23h - debate
23h - dicotecagem com Prenass e Esdras (Móveis Coloniais)
Local: Balaio CAfé - 201 norte
Entrada: Livre
mais infos: (61) 7814.4275
Monday, February 14, 2011
A distância entre autor e leitor na cadeia produtiva do livro
Por Lau Siqueira
É certo que a existência de políticas públicas é algo inegociável. Todavia é um pouco demais pensarmos que somente através de políticas públicas encontraremos o nirvana social e cultural do nosso país e do mundo. Os governos fazem parte da sociedade, mas nem sempre são representativos das classes dominantes, ou seja, do poder enquanto relação de classe. Ultimamente, nas discussões sobre a cadeia produtiva do livro e as políticas públicas de acesso ao livro e a leitura, nos deparamos com alguns paradigmas que precisam ser superados. O primeiro deles é que a existência de políticas públicas para o livro e para a leitura deva ser a salvação de uma “lavoura arcaica” tão irrigada quanto o mercado do livro. Precisamos não confundir as coisas. Quando falamos em políticas públicas para o livro e para a leitura, precisamos estar atentos a um fator determinante neste debate: quase sempre quem dá o ponta-pé inicial para a cadeia produtiva do livro e da leitura (o escritor ou a escritora) fica fora do debate. O mesmo destino é dado ao ponto final da mesma cadeia produtiva: sua excelência o leitor. Desta forma são os meios que se abastecem dos fins. Em algumas discussões sobre o livro e a leitura, temos a impressão que os livros são geridos por “incubadoras criativas”. O desprezo com que um autor fora do mercado é tratado, por exemplo, pelas livrarias, coloca esse debate num estado de alerta máximo no momento em que esse debate aflora em diversos fóruns. É como se um livro que esteja fora do mercado formal, não estivesse contribuindo com a lucratividade da mesma cadeia produtiva.
Nesse debate sobre a cadeia produtiva do livro, ou buscamos um tratamento global das questões ou estaremos definitivamente perdidos nas particularidades, nos interesses sempre muito individualizados e lacrimosos de todos os lados envolvidos. A relação chega a ser estranha em alguns casos. Enquanto alguns grupos empresariais do setor reclamam dos parcos lucros, a maioria dos autores paga caro para existir socialmente dentro da mesma cadeia produtiva. Precisamos de um ponto de partida: as políticas públicas para o livro e para a leitura não podem se resumir na ação de engorda dos lucros de um mercado que não pode se queixar de subnutrição, como o mercado do livro. Os números desse mercado hoje nos fazem relfetir sobre os investimentos públicos para a área, a gestão das políticas de leitura e os altos índices de analfabetismo real e funcional.
Precisamos começar a inverter esse debate. Não podemos apenas cair na esparrela de cobrar obrigações dos cofres públicos em suprir a insaciabilidade do mercado do livro. Mesmo com a isenção dos impostos concedida pelo governo o livro continua sendo um artigo de luxo. Será que é somente do poder público a obrigação de formar leitores e, conseqüentemente, clientes para esse comércio Cult? O mercado do livro faz parte de um setor que tem despontado com bastante vigor na economia mundial, abrindo alas para um debate sobre a realidade da chamada “economia criativa”. Na Inglaterra esse vetor já foi plenamente reconhecido pelo governo a partir da criação, pelo Primeiro Ministro Tony Blair, do Ministério das Indústrias Criativas, um nicho que está movimentando cerca de 7% da economia inglesa, empregando de forma satisfatória boa parte da população economicamente ativa. É dentro desse nicho que se abriga o coro dos descontentes livreiros, ainda que boa parte não esteja realmente preocupado com qualquer processo criativo, uma vez que se sustenta com Best Sellers e publicações de auto-ajuda. Portanto já está mais do que na hora, também, de cobrarmos desse mercado uma relação mais civilizada com as duas pontas da cadeia produtiva do livro: o autor e o leitor. Se o respiradouro desse mercado depende do poder público, sem gerar qualquer efeito cascata no destino dos seus lucros, alguma coisa está errada. Se o mercado é lucrativo e os livreiros, editores, escritores e eleitores estão falidos, o desastre está desenhado. Por outro lado, se vamos mesmo discutir o mercado do livro, precisamos discutir dentro dele os fatores que mais nos interessam: o autor, o leitor, a responsabilidade social e intelectual da atividade e, consequentemente, a necessária contrapartida ao investimento público num mercado que não pára de crescer e que pouco devolve para a população, até mesmo com relação a “sensibilidade” das tabelas de preços.
Os escritores precisam estar mais atentos e engajados nesta realidade. Afinal, a criação literária deve receber todos os investimentos intelectuais do autor, mas o livro (e muito especialmente o livro dos autores descredenciados pelo apartheid do mercado) não pode ser tratado como um girino perdido na Lagoa do Parque Solón de Lucena, apreciando as águas dançantes. Esta realidade é vislumbrada aqui em João Pessoa, mas corre o país e não é diferente em outros rincões do mundo. Precisamos começar a discutir formas de contrapartida que incluam o autor na promoção do livro e da leitura. Logicamente que isso irá resultar em formação de público para o mercado do livro, mas também irá contribuir para a formação de uma cidadania crítica e atenta aos seus direitos e deveres. Tudo na espessura do óbvio: o autor é o principal instrumento de divulgação do livro. Logo, desprezá-lo é um ato de insanidade e comodismo de um mercado balofo, cujo foco na passa do departamento financeiro das secretarias de educação. Optaram pelo fácil e não pelo simples.
Estamos vivendo momentos especialíssimos. A economia brasileira vai muito bem obrigado. Avançamos firmes na direção de nos tornarmos a quinta economia do mundo. Mas esse fator, isoladamente, não nos diz absolutamente nada. Portanto, desejamos que esse crescimento se dê em patamares menos desiguais dos que hoje determinam as misérias e as fortunas do país. Interessa-nos sim ver crescer o mercado do livro. Mas, alguns fatores precisam entrar em pauta. Entre eles a responsabilidade social das grandes editoras que faturam alto na venda de livros para o setor público. A visão fragmentada deste universo poderá nos deixar dormindo de touca dentro do redemoinho que balança a Bolsa de Valores e que sustenta ostentações infecundas. Precisamos colocar no debate os conteúdos desse mercado, pois, somos consumidores e ainda pagamos duplamente com a destinação dos nossos impostos. Se é verdade que o livro teve os seus impostos subtraídos, também é verdade que o cidadão e a cidadã consumidora de livros, não. O avanço necessário nesse debate, então, exige a presença insubstituível dos autores que se estabeleceram como fator de germinação desse mercado, repito, muitas vezes bancando suas próprias obras e até mesmo a circulação delas, formando em torno de si um ínfimo mercado cuja utilidade é diminuir substancialmente a fatalidade dos prejuízos de publicar um livro. Claro que para um autor seja ele jovem ou experimentado, este investimento é inevitável. Mas, também se faz imnprescindível o debate acerca de um setor que se coloca como vítima e na verdade vai vitimizando a cidadania cultural de cada um de nós. O acesso ao livro continua amoparado em um rosário de desculpas.
O que está posto nos revela que a relação entre os livreiros e os autores (seja qual for o grau de popularidade) precisa ser racionalizada de forma a estabelecer uma relação mais justa e mais profissional. O debate sobre o livro e a leitura não pode naufragar em reações corporativas. Seja de autores, editores, distribuidores, livreiros, gráficos, críticos, etc.. Existe uma profundidade a ser explorada na evolução cultural do nosso povo. O livro significa (ou deveria significar) literatura em termos de criação, de invenção literária. O livro não pode ser um naufrágio enquanto elemento de negociação de interesses entre a sociedade (ou setores dela) e os governos. Aliás, a democracia se constrói com questionamentos e não com absolutismos. A evolução de uma sociedade se dá na medida em que se aprofundam as construções do debate democrático, inclusivo que consiga diluir as distâncias entre a lucratividade do mercado do livro e a eliminação do analfabetismo funcional, por exemplo.
Portanto, se vamos discutir o mercado do livro, vamos deixar claro que temos interesses. Até para não misturar Paulo Coelho com Machado de Assis. Sobretudo nós, escritores, temos interesses nesse debate, mas temos também muito clara a responsabilidade de não fazer concessões ao chamado gosto público, às unanimidades construídas por conta de relações que não se dão exatamente com a palavra.
No momento em que os eventos ligados ao livro são amparados muito mais pela relação com os governos que com os desafios postos pela sedução de um público leitor, queremos debater as contrapartidas para que estejamos fomentando, verdadeiramente, uma civilização e não corroborando com a barbárie que bate nos portões do castelo onde guardamos os nossos sonhos. Não podemos cair na tentação do debate fácil. Estamos na era das velocidades. Existe uma realidade canônica evolutiva na literatura universal. Encontramos um Rimbaud tatuado em cada lan house alimentando um blog ou escrevendo versos no Orkut. Um Rimbaud que precisa ser educado por uma realidade onde o livro não seja um mero produto de prateleira, vendido no peso da capa, como mercadoria que hoje disputa espaço com pacotes de feijão e arroz e farinha nos supermercados. Estamos querendo exatamente discutir, se não uma civilização, pelo menos uma relação mais civilizada ou menos autofágica dentro da consagrada e manhosa república do livro e seus mercadores. Mas, não há como resistir a essa sensação que está tudo sempre começando e recomeçando o tempo todo. Queremos avançar.
Fonte:
blog: http://zonabranca.blog.uol.com.br
site: http://zonabranca.sites.uol.com.br
Segredo de Estado. O desaparecimento de Rubens Paiva.
Exposição sobre Rubens Paiva chega à Câmara dos Deputados nesta quarta (16)
Homenagem ao ex-deputado, que é um dos símbolos dos desaparecidos políticos brasileiros, terá também lançamento de livro na quarta (16).
http://www2.camara.gov.br/portal/Camara/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/exposicao-sobre-rubens-paiva-chega-a-camara-dos-deputados
Segunda-feira, 14/02/2011
Brasília(DF) - A Câmara dos Deputados convida para a abertura da exposição Não tens epitáfio, pois és bandeira, sobre o desaparecido político e ex-deputado Rubens Paiva, a ser realizada nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, às 11 horas, no Hall da Taquigrafia. Na ocasião, também será lançado o livro Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva, do jornalista e escritor Jason Tércio.
Rubens Paiva é um dos símbolos dos desaparecidos políticos brasileiros. Ex-deputado federal, empresário, cassado por defender o governo legítimo, pagou com sua vida pela solidariedade aos que eram perseguidos pela ditadura.
A mostra, iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade e seu objetivo é resgatar a trajetória de vida e a obra do ex-deputado, desaparecido em 1971 durante o regime militar. Não tens epitáfio, pois és bandeira já passou pelo Rio de Janeiro e agora traz à Câmara momentos da vida familiar e profissional de Rubens, assim como momentos na sua batalha pela democracia. A abertura da exposição será dia 16 de fevereiro, às 11 horas, e a visitação poderá ser feita até dia 25 de fevereiro, das 9 às 18 horas.
Registro para a históriaO livro "Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva" reconstitui todos os acontecimentos relacionados ao mais controvertido caso de desaparecimento político ocorrido durante o regime militar, há exatamente 40 anos. Escrito em linguagem literária, mesclando técnicas de romance, biografia, reportagem e crônica, a obra ressalta a dimensão humana do caso, entrelaçada ao contexto político e social do país, trazendo episódios inéditos, como os bastidores do Congresso Nacional antes e durante o golpe militar, o asilo de políticos e jornalistas na embaixada da Iugoslávia (hoje Sérvia), a fuga de Darcy Ribeiro e Waldir Pires de Brasília, graças a ajuda de Rubens.
O desaparecimentoNo dia 20 de janeiro de 1971, agentes da Aeronáutica invadiram a casa do ex-deputado, na Av. Delfim Moreira, Rio de Janeiro, prendendo também, no dia seguinte, sua mulher e uma das filhas. Os efeitos desses acontecimentos na família, a luta da viúva, Eunice, para encontrar Rubens, a versão oficial da fuga e os bastidores da repressão política da época são intercalados com os principais momentos da vida de Rubens Paiva como político, empresário e pai de família.
O livro, que demorou quatro anos e meio para ser escrito, é todo baseado em minuciosa pesquisa do autor em documentos dos órgãos de segurança e de arquivos particulares, depoimentos orais e inquéritos. Seu lançamento ocorrerá às 11 horas do dia 16 de fevereiro, como nova sessão de autógrafos às 18 horas.
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Serviço:
Exposição "Não tens epitáfio, pois és bandeira", sobre o ex-deputado Rubens Paiva
Abertura: 16 de fevereiro, às 11 horas
Visitação: de 16 a 25 de fevereiro, das 9 às 18 horas, no Hall da Taquigrafia, Anexo II.
Lançamento do livro Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva, do jornalista Jason Tércio.
Data: 16 de fevereiro de 2011, 11 horas, com nova sessão de autógrafos às 18 horas.
Local: Hall da Taquigrafia.
Realização: Câmara dos Deputados
A Incrível História de von Meduna e a Filha do Sol do Equador, de Edmar Oliveira
Do mesmo autor de “Ouvindo Vozes”. Enquanto no livro anterior os porões da psiquiatria brasileira foram abordados através das “histórias do Engenho de Dentro e lendas do Encantado”, recuperando para a vida pessoas soterradas na continuação do primeiro hospício do Brasil, no Rio de Janeiro, neste livro o autor “invenciona” a história de von Meduna no seu caso de amor à terra “Filha do Sol do Equador”.
Participante da Reforma Psiquiátrica que se instala em Teresina, como consultor, o autor, radicado no Rio de Janeiro, mas apaixonado por sua terra natal, mergulha na história da Psiquiatria no Piauí, se envolve emocionalmente com as aventuras dos loucos de sua infância, e apresenta um painel apaixonado de histórias da psiquiatria piauiense, da implantação de um modelo comunitário de assistência que se propõe substituir a internação psiquiátrica.
Não é um livro técnico, mas um romancear de quem toma partido contra uma psiquiatria repressiva que deve ser atacada no campo dos direitos humanos. Um livro para ser discutido por estudantes, profissionais, usuários, familiares, enfim, por toda à sociedade a quem é proposta uma nova ética de inclusão da loucura.
E como o modelo que foi combatido, o hospício, é o mesmo em qualquer lugar do planeta, não é um livro sobre o que acontece no Piauí, mas sobre o que faz a psiquiatria em todos os hospícios de qualquer cidade do Brasil e um elogio à forma de acontecer a Reforma Psiquiátrica, prática em saúde mental que vem substituindo o antigo manicômio em todo o país.
Paulo Tabatinga. Teresina, Piauí, Brasil.
Para adquirir o livro:TOCCATA - loja de cds e livraria
Rua Angélica, 1467 (por trás do mesmo local quando a Toccata era na N.S. de Fátima, no Jóquei), Teresina, Piauí. Tel 086-3233-5181
Mais sobre o autor:
http://piauinauta.blogspot.com/
Friday, February 11, 2011
Longos Trechos de Dias Líquidos, de Joyce Cavalcante
LONGOS TRECHOS DE DIAS LÍQUIDOS
CONTOS DE JOYCE CAVALCCANTE
SCORTECCI EDITORA/SER-Editorial REBRA
140 páginas
PREÇO DE CAPA R$ 28,00.
A venda em:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/busca/busca.asp?palavra=LONGOS+TRECHOS+DE+DIAS+L%CDQUIDOS&tipo_pesq=titulo&sid=93314610112829724782083511&k5=
B007049&uid=&limpa=0&parceiro=TITTAG&x=14&y=10
Entrevista:
http://www.radio.usp.br/programa.php?id=2&edicao=110212
“Recital Caipira” com Victor Batista na Barca Brasília
Para quem prefere um final de semana diferente a dica é um belíssimo passeio de barco no Lago Paranoá com direito a assistir e participar de 2 espetáculos: o show especial do múltiplo artista Victor Batista com muita música, poesia e causos que se intercalam de forma harmoniosa e o por do sol em um cenário de tirar o fôlego – o Lago Paranoá. A Barca Brasília zarpará do cais do Restaurante Retiro do Pescador (Clube da Imprensa), neste sábado (12) e domingo (13), sempre às 17hs.
Traga filmadora, máquina fotográfica e prepare-se para registrar uma explosão de cores e uma atmosfera fantástica no acender das luzes da cidade. Venha participar da programação cultural da Barca Musical! A equipe da Barca Brasília garante segurança, conforto e atendimento personalizado.
Ingressos limitados! Faça sua reserva antecipada!
SERVIÇO “Recital Caipira” com Victor Batista na Barca Brasília! Participe!
Data: 12 e 13 de fevereiro – sábado e domingo
Local de embarque: Cais do Restaurante Retiro do Pescador, Setor de Hotéis e Turismo Norte, no Clube da Imprensa (Próximo à Vila Planalto)
Partida: 17 hs
Previsão de chegada: 20hs
Valor do PASSEIO: 40,00
Valor do COUVERT ARTISTICO: R$10,00
Consumo de alimentos e bebidas à parte
Reservas e informações:
Telefones: 8419-7192 | 7812 6445 (Edmilson Figueiredo).
www.barcabrasilia.com.br
passeio@barcabrasilia.com.br
Evento não indicado para menores de 18 anos desacompanhados.
Obs.: Vista roupas leves, tenha à mão um agasalho.
Thursday, February 10, 2011
Atenção, Músicos do DF – Boicote pelo fim da OMB
Há mais de cinquenta anos a Ordem dos Músicos do Brasil vem arrecadando cerca de quatro milhões de reais em anuidades cobradas dos músicos de forma arbitrária. E pior, sem benefício algum que justifique o “investimento”. E você sabia que não é obrigatório o pagamento dessa taxa?
O único vínculo da Ordem com os músicos é uma carteirinha sem funcionalidade e distribuída por meio de duvidosos critérios de avaliação. E assim, quem dirá quem é ou não é músico – é o público. Em São Paulo e no Sul do país os músicos, unidos, derrubaram essa herança da ditadura militar.
E aqui no DF?
Para entender juridica, social e moralmente a questão, assista ao video-desabafo do músico e ativista que baixou o espírito de Engels.
Engels Espíritos dá a real
http://www.youtube.com/watch?v=kPPuOVw5PrkAcesse: www.marinamara.com.br
A Amazônia e o homem do aeroporto
09/02/2011 - 11h02
Por Dal Marcondes*, da Envolverde
O colunista Dal Marcondes conta aos leitores uma história que aconteceu com ele em uma das viagens que fez à Amazônia, desta vez para fazer uma série de reportagens sobre água e saneamento.
Esta história aconteceu em uma das viagens que fiz à Amazônia, desta vez para fazer uma série de reportagens sobre água e saneamento. Este é um dos temas problemáticos na região que detém o recorde de água doce superficial do planeta. Em Manaus a empresa que faz o tratamento e distribuição de água potável é a Águas do Amazonas, do grupo brasileiro Solvi, que comprou a parte da francesa Suez. Fui para lá porque acho que a gestão da privatização da água na capital do Amazonas é um case que merece atenção.
Bom, mas o que desejo contar aqui é sobre uma pessoa que conheci no aeroporto de Manaus. Numa quarta-feira fui para o aeroporto no final da tarde. Foram três dias de muito trabalho e muito ainda por fazer. Seu Olimpio, o motorista que me acompanhava me deixou na sala de espera do aeroporto às 19h30 e meu avião deveria sair para São Paulo à meia noite e meia. Enquanto isso abri o computador para trabalhar um pouco, responder emails, estas coisas. Numa TV à Minha frente o Fluminense jogava com alguém.
Ao meu lado sentou-se um rapaz (cerca de 30 a 35 anos) meio gordinho e falante. Do tipo que tem opinião sobre tudo. Ficou tentando puxar conversa um tempão, até que tirei os olhos do computador e olhei para ele. Foi a deixa para uma sequencia de perguntas: de onde você é? O que você faz? Porque veio à Amazônia? É a primeira vez?
Bom, expliquei que sou de São Paulo, sou jornalista, não é minha primeira vez na Amazônia e que tinha vindo trabalhar. Bom, daí para diante assisti a uma aula muito estranha sobre o que é a Amazônia. Com muita determinação e autoridade o moço me explicou alguns fatos da vida amazônica. O primeiro deles é que as ONGS são coisas de bandidos internacionais que querem tomar as terras brasileiras. Que para integrar a região é preciso acabar com esta bobagem de preservar a floresta, que isto só interessa a estrangeiros. Que o Brasil precisa acabar com esta besteira de terras indígenas, que eles tem de se virar como qualquer um. Onde já se viu ficar dando tanta terra para vagabundo.
A aula ia de Rondônia, onde as hidrelétricas do Madeira é que vão garantir o desenvolvimento de São Paulo, passando por Roraima, Onde a reserva Raposa do Sol só servia para proteger índio bandido que ataca fazendeiros bonzinhos e trabalhadores, até madeireiros que estão patrioticamente arrancando as árvores para dar caminho ao progresso. Enquanto eu olhava e imaginava se deveria dizer algo, ele começou a atacar o diploma de jornalista. Para ele qualquer um que saiba escrever tem o direito de escrever em qualquer jornal. Só radialista deveria ter diploma, não entendi bem porque, mas também não perguntei. Corria o risco de passar as horas seguintes ouvindo uma explanação sem nenhuma lógica ou ética sobre isto.
Lá pelas tantas, do mesmo jeito que chegou, o cara levantou-se e foi embora. Na minha cabeça de paulista ficaram muitas dúvidas. A principal delas talvez seja: quanta gente pensa assim? Que Amazônia é essa que tem gente que dá a vida por suas florestas e gente que mata para arranca-las?
Cheguei em São Paulo e entrei no trânsito, na rotina da metrópole e do dia a dia da redação da Envolverde. Hoje me assombrou o homem do aeroporto. Quantos será que eles são? Tem jeito de falar com eles? Que língua eles falam?
Pois é, se o homem do aeroporto não puder ser convencido de que a Amazônia é valiosa com a floresta em pé, com os índios em suas reservas e com seus recursos explorados de forma sustentável, não sei se tudo o que fazemos pode dar certo. (Envolverde)
*Dal Marcondes é jornalista, diretor da Envolverde, passou por diversas redações da grande mídia paulista, como Agência Estado, Gazeta Mercantil, Revistas Isto É e Exame. Desde 1998 dedica-se a cobertura de temas relacionados ao meio ambiente, educação, desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental empresarial. Recebeu por duas vezes o Prêmio Ethos de Jornalismo e é reconhecido como um "Jornalista Amigo da Infância" pela agência ANDI.
**Publicado originalmente na coluna do autor no site da revista Carta Capital - http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/a-amazonia-e-o-homem-do-aeroporto
(Envolverde/Carta Capital)
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Saturday, February 05, 2011
5 de fevereiro de 1974 - A morte de Mestre Bimba, um filho de Zumbi
Morreu em Goiás, aos 73 anos, Manoel dos Reis Machado, o baiano Mestre Bimba, considerado como verdadeiro divisor de águas na história da capoeira, que introduziu elementos de boxe, jiu-jitsu e catch aos gestos coreográficos da capoeira de angolana. Com sua morte, desaparece um dos elos mais fortes que ligavam a capoeira às usas origens históricas.
Bimba foi um divisor de águas na história da Bahia. Revolucionou a concepção conservadora que se tinha da Capoeira, e criou seu estilo próprio, introduzindo valores da classe média num meio cujas normas implícitas permaneciam mais ligadas ao pathos pré-Abolição da Bahia. Ele incorporou à capoeira os golpes mais agressivos de lutas estrangeiras - a antropofagia cultural de que falava Oswald de Andrade não lhe era estranha na prática. Montou uma academia para ensinar a sua arte a jovens filhos da classe média, prováveis descendentes de antigos donos de escravos. E seguiu com rigor as regras educacionais, que incluía uniforme, exames, formatura, diploma e medalha. Tudo formalizado por uma autorização da Secretaria de Educação estampada na parede da academia, a primeira a ser legalizada no Brasil. "Ninguém pode mexer comigo", sorria.
O jogo da capoeira permaneceu nele, em sua fala, em seu corpo, em seu berimbau, como um valor essencial de sua gente, sustentado pelos orixás do Candomblé, dos quais era fiel temeroso. Foi um herói dos que se movem num dos muitos planos simbólicos e contraditórios que atravessam a formação social brasileira.
Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php
Friday, February 04, 2011
O Delta do Parnaíba e o clima
03/02/2011 - 10h02
Por Alexandre Kemenes*, da Embrapa
Os ambientes costeiros são encontrados em todo o Planeta e são compostos de ecossistemas aquáticos diversos como manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas ocupadas com Mata Atlântica, rios e igarapés. De modo geral, são vastos depósitos de carbono orgânico, ferramentas ambientais essenciais para o equilíbrio climático do planeta. Estes locais receberam o apelido por alguns pesquisadores de “Carbono Azul”, por sua habilidade extrema em sequestrar e armazenar o carbono atmosférico na forma de matéria orgânica do solo.
A quantidade de carbono fixada por um ambiente costeiro como o manguezal pode chegar a ser cinco vezes superior à que é fixada por uma floresta tropical como a Amazônia, sendo que a velocidade de fixação pode chegar a ser até 50 vezes maior. Na maioria dos ecossistemas aquáticos naturais, o carbono fixado retorna rapidamente à atmosfera pela decomposição, este fenômeno pouco ocorre em áreas de manguezais, pois, boa parte do carbono sintetizado é armazenada e permanece presa em meio às camadas de sedimento por centenas e até milhares de anos, ficando pouco disponível para a decomposição e ao processo de aquecimento global.
Aos poucos o Planeta vem perdendo estes valiosos estoques naturais de carbono devido ao desmatamento, contaminação, mudança no uso de terra e água e ocupação imobiliária. Estes locais vêm sendo degradados num ritmo assustador, cerca de 2% ao ano, com isso, se nada for feito, em cinqüenta anos não existirá mais este importante ecossistema. A perda de um manguezal pode ter um valor ainda mais significativo do que a perda de uma mesma área de floresta tropical para o processo de Aquecimento Global. Para cada hectare perdido deste ambiente costeiro, milhões de toneladas de um carbono milenar são emitidas para atmosfera, além de paralisar um importante elo no ciclo global do carbono.
Conhecer, respeitar, conservar e até mesmo reconstituir estes frágeis ecossistemas costeiros é um desafio necessário, que deverá trazer amplos benefícios à mitigação das emissões de gases de efeito estufa e ao processo de mudanças climáticas, assim como importantes reflexos junto à biodiversidade e para o sustento das populações tradicionais.
Estes ambientes costeiros estão largamente espalhados pelo mundo tropical, na região NE do Brasil temos importantes representantes, sendo o Delta do Parnaíba um dos mais representativos. É considerada uma área de extrema importância ecológica. O ambiente é rico em diversidade biológica e apresenta diversos ecossistemas aquáticos, tanto de água doce e salobra quanto salgada. O Rio Parnaíba após percorrer um longo trajeto (1.484 km) deságua no Oceano Atlântico, mas antes de entrar no mar divide-se em três braços, separados por dezenas de ilhas repletas de floresta tropical, formando um acidente geográfico conhecido como Delta do Parnaíba. Sua área é estimada em cerca de 2.700 km2, se inicia numa forma retangular e abre-se num leque com mais de 15 km de extensão. Alguns pesquisadores afirmam que o Delta se inicia a cerca de 20 km acima da cidade de Parnaíba. É um produto não só do rio, mas uma combinação dinâmica com o mar, originando uma comunidade biológica única.
Num breve passeio de barco de quatro horas pelo Delta do Parnaíba podemos registrar algumas informações importantes em relação à paisagem local, composta por matas tropicais, dunas, manguezais, ilhas cortadas por canais, praias e restingas numa combinação complexa. A vegetação é abundante, variada, apresentando nos terrenos mais baixos palmeiras e manguezais; nas inúmeras ilhas aparecem matas com madeiras de Lei e diversas espécies de palmeiras, ocorrendo frequentemente extensos cajueiros até mesmo nos terrenos mais baixos. Mas a maior extensão do Delta é ocupada por manguezais, que parecem não ter fim, são impressionantes e emolduram toda a paisagem.
Estes ecossistemas costeiros constituem um grande potencial para o sequestro do carbono atmosférico, ou seja, para a mitigação do processo de aquecimento global. As alterações antrópicas junto a estes ecossistemas podem trazer enormes prejuízos ao equilíbrio da dinâmica do balanço regional de carbono e com profundos reflexos em relação às mudanças climáticas globais.
O funcionamento deste sistema oferece uma boa oportunidade para a criação de novos mecanismos de incentivo à proteção ambiental, preservação e valoração da região costeira do Brasil e do mundo. Estes podem ser estruturados dentro dos mesmos moldes de projetos REED+ (Reduções das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), mecanismo criado para a preservação de florestas tropicais, e que funcionam pelo pagamento do carbono fixado anualmente por hectare em áreas de florestas tropicais preservadas.
Os ambientes costeiros, principalmente os manguezais, têm a vantagem da eficiência na fixação de carbono por metro quadrado, podendo chegar a ser centenas de vezes superior que nas florestas tropicais, sendo que o valor da tonelada de carbono seqüestrado deve permanecer o mesmo para estes dois ambientes. Entretanto, hoje existe pouco conhecimento nesta área de estudo, em todo mundo, assim, para chegar a valores quantitativos de seqüestro de carbono nas áreas costeiras, serão necessários amplos investimentos em longas pesquisas científicas a fim de determinar o potencial real destes locais na mitigação do processo de aquecimento global.
*Alexandre Kemenes é pesquisador da Embrapa Meio Norte e do Programa LBA do INPA.
(Envolverde/ECO 21)
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Thursday, February 03, 2011
Terças Inesquecíveis: revivendo nossas e outras bossas
Dia 08 de Fevereiro (terça feira) das 20 às 23 horas, no “Camarão do Elias”, o projeto REVIVENDO NOSSAS E OUTRAS BOSSAS, com Fátima Castelo Branco interpretando clássicos do chorinho, do samba, da bossa, além de músicas autorais. No mesmo projeto, (uma terça no mês), será dedicado ao pessoal das “Letras”: Escritores, Poetas e Compositores.
Voz: Fátima Castelo Branco
Violão e cavaco: Marcell Régis
Contrabaixo: Tuca Maia
Flauta e sax: Flaubert
Bateria: Rhafael Viana
Restaurante Camarão do Elias
Av. Pedro Almeida, 457
Bairro São Cristovão, Teresina-PI
Telefone: (86) 3232-5025
Reynaldo Jardim. Poeta.
“Reynaldo não foi apenas poeta, o que já seria muito, foi um militante da cultura brasileira, um alargador de horizontes, um fecundador – e um dos sujeitos mais agradáveis e sensíveis que conheci. Axé, Reynaldo, você foi útil para o mundo. E poucos podem se orgulhar disto.”
Ottaviano De Fiore.
A palavra de ordem
Acima dos gritos perdidos
desespero e lágrimas
sereno – aguarde
Tranquilo não tema
nem grito de noite.
Acima da maldade
aguarde –
sereno e grave
A palavra de ordem
aguarde.
na boca de fome
o pão é a palavra
Sereno e grave
aguarde
Reynaldo Jardim.
Sangradas Escrituras. Brasília. Ed. do Autor, 2009. ISBN 978-85-98839-07-3
Ottaviano De Fiore.
A palavra de ordem
Acima dos gritos perdidos
desespero e lágrimas
sereno – aguarde
Tranquilo não tema
nem grito de noite.
Acima da maldade
aguarde –
sereno e grave
A palavra de ordem
aguarde.
na boca de fome
o pão é a palavra
Sereno e grave
aguarde
Reynaldo Jardim.
Sangradas Escrituras. Brasília. Ed. do Autor, 2009. ISBN 978-85-98839-07-3
Wednesday, February 02, 2011
25 livros imprescindíveis em sustentabilidade
02/02/2011 - 10h02
A minha lista de 25 livros imprescindíveis em sustentabilidade
Por Ricardo Voltolini*, da Ideia Sustentável
O primeiro artigo da coluna Pensamento Sustentável de 2011, com o título “Para botar em dia a leitura sobre sustentabilidade”, gerou elogios, bons comentários e uma provocação que invariavelmente sucede a publicação de textos sobre livros, mas também filmes e até empresas sustentáveis. Resultado da fixação das pessoas por listas e rankings – que o sociólogo italiano Umberto Eco capturou bem no seu mais recente livro, a Vertigem das Listas -, alguns leitores cobraram deste especialista a indicação de um ranking dos “10 melhores livros” já publicados sobre sustentabilidade.
Tarefa complexa, por três razões. Primeira: sustentabilidade é um campo de conhecimento novo, multidisciplinar e compreende uma infinidade de subtemas e enfoques que, para serem perscrutados em sua totalidade, exigiriam um conhecimento, na maioria dos casos, muito específico em cada uma das diferentes Ciências – Exatas, Biológicas e Humanas. Em segundo lugar: a “audácia” de escolher os “10 melhores” só pode ser cometida, a rigor, por alguém que tenha lido senão todos, a grande maioria dos títulos sobre o tema. Não é o meu caso. Não creio que seja o de ninguém.
Em terceiro: à falta óbvia de indicadores objetivos e universalmente consagrados (maior vendagem não significa necessariamente maior qualidade), o processo de seleção de livros é e sempre será algo subjetivo. Livros diferentes provocam impactos diferentes em diferentes leitores.
Feitas tais ressalvas, e afastada, portanto, a pretensão de parir “a” lista, fico à vontade para eleger os “meus” 25 melhores de sustentabilidade. O leitor certamente terá os dele.
Para essa tarefa, convém recorrer a Waine Visser, professor do programa de Liderança em Sustentabilidade da Universidade de Cambridge, que já se deu ao trabalho de elaborar uma lista. Tem sua coordenação uma obra chamada Top 50 Livros de Sustentabilidade (editora Greenleaf, 2009). A partir de uma pesquisa feita com cerca de três mil líderes, ex-alunos da famosa universidade, Visser levantou os 50 melhores livros (veja lista ao final do artigo), registrando, nesse inusitado compêndio, o que considera o melhor do pensamento já produzido em sustentabilidade. Muitos desses livros já foram publicados no Brasil. A maioria pode ser obtida pela Amazom.com.
Uma segunda lista merece menção. Trata-se daquela em que a WiseEarth recomenda as 25 melhores obras (ver também ao final do artigo). Fundada por Paul Hawken, autor do famoso Ecologia do Comércio, um clássico lembrado com justiça na lista, essa organização global com mais de 20 mil integrantes se propõe a conectar pessoas interessadas na sustentabilidade. É uma comunidade de gente antenada com o tema.
Cruzando as duas listas, a acadêmica e a de especialistas, há seis livros comuns, cinco dos quais figuram no meu ranking pessoal dos “imprescindíveis.” Quatro estão na categoria “clássicos”, pois marcaram época, representando importante avanço no debate sobre as questões ambientais: (1) Do Berço ao Berço, de William McDonough e Michael Braungart; (2) Capitalismo Natural, de Paul Hawken, Amory e Hunter Lovins; (3) Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, e ainda (4) A Ecologia do Comércio, de Hawken – este último livro, vale lembrar, influenciou decisivamente Ray Anderson na famosa revolução verde que ele promoveu em sua InterfaceFlor. O quinto título, Colapso, de Jared Diamond, associa a extinção de algumas civilizações com desrespeito aos limites do meio ambiente.
Dos “top 50” da Universidade de Cambridge, incluiria na minha lista seis “clássicos”: (1) Gaia, de James Lovelock; (2) Small is Beautiful, de EF Schumacher; (3) Nosso Futuro Comum, de Gro Bruntland; (4) Desenvolvimento como Liberdade, de Amartya Sen, (5) Banqueiro dos Pobres, de Muhamad Yunus; e (6) Canibais com Garfo e Faca, de John Elkington. E também outras sete obras que considero, cada uma a seu modo particular, provocativas e inspiradoras. São elas: (1) O Relatório Stern, de Nicholas Stern; (2) O Capitalismo na Encruzilhada, de Stuart Hart; (3) O Fim da Pobreza, de Jefrrey Sachs; (4) Riqueza na Base da Pirâmide, de C.K. Prahalad e (5) o inspirador Espírito Ávido, de Charles Handy. Os outros dois, (6) A Corporação, de Joel Bakan, e (7) Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, acabaram transpostos para o cinema, resultando em filmes polêmicos e interessantes.
Dos “top 25” da WiseEarth, tomo de empréstimo três para a minha estante essencial: (1) A Economia Verde, de Joel Makower; (2) A Vantagem da Sustentabilidade, de Bob Willard e (3) Plano B 4.0 – livro que tive a honra de editar no Brasil, em 2011, pela Ideia Sustentável.
Não constam de nenhuma das duas listas, mas certamente não faltariam na minha cesta básica da bibliografia da sustentabilidade, outros quatro títulos: (1) Inteligência Ecológica, de Daniel Goleman; (2) The Natural Step, de Karl-Henrik Robert; (3) A Empresa Sustentável, de Andrew Savitz; (4) Verde que Vale Ouro, de Daniel Easty e Andrew Winston.
Se essa lista servir para provocar o debate sobre livros, já terá cumprido sua função. Listas não devem ser objeto de consenso. Monte você também a sua. E, mais do que isso, comece a ler os livros que vão fazer diferença na sua formação.
Em artigos posteriores, contextualizarei e justificarei algumas das minhas escolhas.
A lista Top 50 de Cambridge
(1) O Banqueiro dos Pobres, Muhammad Yunus (1999)
(2) Biomimetismo, Janine Benyus (2003)
(3) Blueprint para uma Economia Verde, David Pearce, Markandya Anil e Edward B. Barbier (1989)
(4) Business as Insólito, Anita Roddick (2005)
(5) Canibais com Garfo e Faca, John Elkington (1999)
(6) Capitalismo: Como se o Mundo Importa, Jonathon Porritt (2005)
(7) O Capitalismo na Encruzilhada, Stuart Hart (2005)
(8) Mudando o Rumo: uma Perspectiva Empresarial Global sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, Stephan Schmidheiny e o WBCSD (1992)
(9) O Ponto do Caos: o Mundo na Encruzilhada, por Ervin Laszlo (2006)
(10) A Corporação Civil: A Nova Economia da Cidadania Empresarial, Simon Zadek (2001)
(11) Colapso, Jared Diamond (2005)
(12) A Corporação, Joel Bakan (2005)
(13) Do Berço ao Berço, William McDonough e Michael Braungart (2002)
(14) O Sonho da Terra, Thomas Berry (1990)
(15) Desenvolvimento como Liberdade, por Amartya Sem (2000)
(16) A Ecologia do Comércio, Paul Hawken (1994)
(17) A Economia das Alterações Climáticas: o Relatório Stern, Nicholas Stern (2007)
(18) O Fim da Pobreza, Jeffrey Sachs (2005)
(19) Fator Quatro: um Relatório para o Clube de Roma, Ernst VonWeizsäcker, Amory B. Lovins e L. Hunter Lovins (1998)
(20) O Falso Amanhecer: os Equívocos do Capitalismo Global, John Gray (2002)
(21) Fast Food Nation, Eric Schlosser (2005)
(22) Um Destino Pior que a Dívida: a Crise Financeira Mundial e os Pobres, Susan George (1990)
(23) Para o Bem Comum: o Redirecionamento da Eeconomia para Comunidade, Meio Ambiente e Futuro Sustentável, Herman Daly e John Cobb (1989)
(24) Riqueza na Base da Pirâmide, CK Prahalad (2004)
(26) Gaia, James Lovelock (1979)
(27) A Globalização e os seus Malefícios, Joseph Stiglitz (2002)
(28) Calor: Como Parar a Queima do Planeta, George Monbiot (2006)
(29) Escala de Desenvolvimento Humano: Concepção, Aplicação e as Novas reflexões, Manfred Max-Neef (1991)
(30) O Espírito Ávido, Charles Handy (1999)
(31) Uma Verdade Inconveniente, Al Gore, 2006
(32) Os Limites do Crescimento, Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jorgen Randers (1972)
(33) Maverick, Ricardo Semler (1993)
(34) O Mistério do Capital: Por que o Capitalismo Triunfa no Oeste e Falha em Toda a Parte, Hernando De Soto (2000)
(35) Capitalismo Natural, Paul Hawken, Amory Lovins e L. Hunter Lovins (2000)
(36) Sem Logo, Naomi Klein (2002)
(37) Sociedade Aberta: Reformar o Capitalismo Global, George Soros (2000)
(38) Manual de Operação para Espaçonave Terra, Buckminster Fuller (1969)
(39) Nosso Futuro Comum, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987)
(40) The Population Bomb, Paul Ehrlich (1968)
(41) Presença, Peter Senge, Otto Scharmer, Joseph Jaworski e Betty Sue Flowers (2005)
(42) A River Runs Black: O Desafio Ambiental para o Futuro da China, Elizabeth C. Economy (2004)
(43) Sand County Almanac, Aldo Leopold (1949)
(44) Primavera Silenciosa, Rachel Carson (1962)
(45) O Ambientalista Cético, Bjorn Lomborg (2001)
(46) Small is Beautiful, EF Schumacher (1973)
(47) Staying Alive: Mulher, Ecologia e Desenvolvimento, por Vandana Shiva (1989)
(48) The Turning Point, Fritjof Capra (1984)
(49) Unsafe at Any Speed, Ralph Nader (1965)
(50) Quando as Corporações Regem o Mundo, David Korten, 2001
Os Top 25 da WiseEarth
(1) Biomimetismo, Janine Benyus (2003)
(2) Confissões de um Industrial Radical, Ray Anderson (2009)
(3) Do Berço ao Berço, William Mc Donough e Michael Braungart (2002)
(4) Capitalismo Natural, Paul Hawken, Amory e Hunter Lovins (2000)
(5) Primavera Silenciosa, Rachel Carson (1962)
(6) Estratégia para a Sustentabilidade, Adam Werbach (2009)
(7) A Economia Verde, Joel Makower (2009)
(8) Indicadores de Sustentabilidade: Medindo o Imensurável?, Simon Bell e Stephen Morse (1999)
(9) Valor Sustentável, Chris Lazlo (2008)
(10) A Ecologia do Comércio, Paul Hawken (1994)
(11) O Fim da Natureza, Bill McKibben (1989)
(12) O Colar da Economia Verde, Van Jones (2008)
(13) The Natural Step for Business, Brian Nattrass e Mary Altomare (1999)
(14) A vantagem da Sustentabilidade, Bob Willard (2002)
(15) Tripple Bottom Line, de Andrew Savitz e Karl Weber (2006)
(16) A verdade sobre o Green Business, Gil Friend, Nicholas Kordesch e Benjamin Privitt (2009)
(17) Walking the Talk, Chad Holliday, Stephan Schimidheinny e Philip Watts (2002)
(18) Capitalismo: Como se o Mundo Importa, Jonathon Porrit (2005)
(19) Colapso, Jared Diamond (2005)
(20) Criando um Negócio Social, Muhammad Yunus (2009)
(21) Prosperidade sem Crescimento, Tim Jackson (2009)
(22) O Zeedbook: Soluções para um Mundo Cada Vez Menor, Dunster, Simmons & Gilbert (2007)
(23) Plenitude: a Nova Economia da Verdadeira Riqueza, Juliet Schor (2010)
(24) Plano B: 4.0, Lester Brown (2009)
(25) Permacultura, David Holmgren (2001)
*Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Sustentável e diretor da consultoria Ideia Sustentável. Twitter: @ricvoltolini. Topblog: http://www.topblog.com.br/sustentabilidade
(Envolverde/Idéia Sustentável)
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Desenvolvido por AW4 Tecnologia
A minha lista de 25 livros imprescindíveis em sustentabilidade
Por Ricardo Voltolini*, da Ideia Sustentável
O primeiro artigo da coluna Pensamento Sustentável de 2011, com o título “Para botar em dia a leitura sobre sustentabilidade”, gerou elogios, bons comentários e uma provocação que invariavelmente sucede a publicação de textos sobre livros, mas também filmes e até empresas sustentáveis. Resultado da fixação das pessoas por listas e rankings – que o sociólogo italiano Umberto Eco capturou bem no seu mais recente livro, a Vertigem das Listas -, alguns leitores cobraram deste especialista a indicação de um ranking dos “10 melhores livros” já publicados sobre sustentabilidade.
Tarefa complexa, por três razões. Primeira: sustentabilidade é um campo de conhecimento novo, multidisciplinar e compreende uma infinidade de subtemas e enfoques que, para serem perscrutados em sua totalidade, exigiriam um conhecimento, na maioria dos casos, muito específico em cada uma das diferentes Ciências – Exatas, Biológicas e Humanas. Em segundo lugar: a “audácia” de escolher os “10 melhores” só pode ser cometida, a rigor, por alguém que tenha lido senão todos, a grande maioria dos títulos sobre o tema. Não é o meu caso. Não creio que seja o de ninguém.
Em terceiro: à falta óbvia de indicadores objetivos e universalmente consagrados (maior vendagem não significa necessariamente maior qualidade), o processo de seleção de livros é e sempre será algo subjetivo. Livros diferentes provocam impactos diferentes em diferentes leitores.
Feitas tais ressalvas, e afastada, portanto, a pretensão de parir “a” lista, fico à vontade para eleger os “meus” 25 melhores de sustentabilidade. O leitor certamente terá os dele.
Para essa tarefa, convém recorrer a Waine Visser, professor do programa de Liderança em Sustentabilidade da Universidade de Cambridge, que já se deu ao trabalho de elaborar uma lista. Tem sua coordenação uma obra chamada Top 50 Livros de Sustentabilidade (editora Greenleaf, 2009). A partir de uma pesquisa feita com cerca de três mil líderes, ex-alunos da famosa universidade, Visser levantou os 50 melhores livros (veja lista ao final do artigo), registrando, nesse inusitado compêndio, o que considera o melhor do pensamento já produzido em sustentabilidade. Muitos desses livros já foram publicados no Brasil. A maioria pode ser obtida pela Amazom.com.
Uma segunda lista merece menção. Trata-se daquela em que a WiseEarth recomenda as 25 melhores obras (ver também ao final do artigo). Fundada por Paul Hawken, autor do famoso Ecologia do Comércio, um clássico lembrado com justiça na lista, essa organização global com mais de 20 mil integrantes se propõe a conectar pessoas interessadas na sustentabilidade. É uma comunidade de gente antenada com o tema.
Cruzando as duas listas, a acadêmica e a de especialistas, há seis livros comuns, cinco dos quais figuram no meu ranking pessoal dos “imprescindíveis.” Quatro estão na categoria “clássicos”, pois marcaram época, representando importante avanço no debate sobre as questões ambientais: (1) Do Berço ao Berço, de William McDonough e Michael Braungart; (2) Capitalismo Natural, de Paul Hawken, Amory e Hunter Lovins; (3) Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, e ainda (4) A Ecologia do Comércio, de Hawken – este último livro, vale lembrar, influenciou decisivamente Ray Anderson na famosa revolução verde que ele promoveu em sua InterfaceFlor. O quinto título, Colapso, de Jared Diamond, associa a extinção de algumas civilizações com desrespeito aos limites do meio ambiente.
Dos “top 50” da Universidade de Cambridge, incluiria na minha lista seis “clássicos”: (1) Gaia, de James Lovelock; (2) Small is Beautiful, de EF Schumacher; (3) Nosso Futuro Comum, de Gro Bruntland; (4) Desenvolvimento como Liberdade, de Amartya Sen, (5) Banqueiro dos Pobres, de Muhamad Yunus; e (6) Canibais com Garfo e Faca, de John Elkington. E também outras sete obras que considero, cada uma a seu modo particular, provocativas e inspiradoras. São elas: (1) O Relatório Stern, de Nicholas Stern; (2) O Capitalismo na Encruzilhada, de Stuart Hart; (3) O Fim da Pobreza, de Jefrrey Sachs; (4) Riqueza na Base da Pirâmide, de C.K. Prahalad e (5) o inspirador Espírito Ávido, de Charles Handy. Os outros dois, (6) A Corporação, de Joel Bakan, e (7) Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, acabaram transpostos para o cinema, resultando em filmes polêmicos e interessantes.
Dos “top 25” da WiseEarth, tomo de empréstimo três para a minha estante essencial: (1) A Economia Verde, de Joel Makower; (2) A Vantagem da Sustentabilidade, de Bob Willard e (3) Plano B 4.0 – livro que tive a honra de editar no Brasil, em 2011, pela Ideia Sustentável.
Não constam de nenhuma das duas listas, mas certamente não faltariam na minha cesta básica da bibliografia da sustentabilidade, outros quatro títulos: (1) Inteligência Ecológica, de Daniel Goleman; (2) The Natural Step, de Karl-Henrik Robert; (3) A Empresa Sustentável, de Andrew Savitz; (4) Verde que Vale Ouro, de Daniel Easty e Andrew Winston.
Se essa lista servir para provocar o debate sobre livros, já terá cumprido sua função. Listas não devem ser objeto de consenso. Monte você também a sua. E, mais do que isso, comece a ler os livros que vão fazer diferença na sua formação.
Em artigos posteriores, contextualizarei e justificarei algumas das minhas escolhas.
A lista Top 50 de Cambridge
(1) O Banqueiro dos Pobres, Muhammad Yunus (1999)
(2) Biomimetismo, Janine Benyus (2003)
(3) Blueprint para uma Economia Verde, David Pearce, Markandya Anil e Edward B. Barbier (1989)
(4) Business as Insólito, Anita Roddick (2005)
(5) Canibais com Garfo e Faca, John Elkington (1999)
(6) Capitalismo: Como se o Mundo Importa, Jonathon Porritt (2005)
(7) O Capitalismo na Encruzilhada, Stuart Hart (2005)
(8) Mudando o Rumo: uma Perspectiva Empresarial Global sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, Stephan Schmidheiny e o WBCSD (1992)
(9) O Ponto do Caos: o Mundo na Encruzilhada, por Ervin Laszlo (2006)
(10) A Corporação Civil: A Nova Economia da Cidadania Empresarial, Simon Zadek (2001)
(11) Colapso, Jared Diamond (2005)
(12) A Corporação, Joel Bakan (2005)
(13) Do Berço ao Berço, William McDonough e Michael Braungart (2002)
(14) O Sonho da Terra, Thomas Berry (1990)
(15) Desenvolvimento como Liberdade, por Amartya Sem (2000)
(16) A Ecologia do Comércio, Paul Hawken (1994)
(17) A Economia das Alterações Climáticas: o Relatório Stern, Nicholas Stern (2007)
(18) O Fim da Pobreza, Jeffrey Sachs (2005)
(19) Fator Quatro: um Relatório para o Clube de Roma, Ernst VonWeizsäcker, Amory B. Lovins e L. Hunter Lovins (1998)
(20) O Falso Amanhecer: os Equívocos do Capitalismo Global, John Gray (2002)
(21) Fast Food Nation, Eric Schlosser (2005)
(22) Um Destino Pior que a Dívida: a Crise Financeira Mundial e os Pobres, Susan George (1990)
(23) Para o Bem Comum: o Redirecionamento da Eeconomia para Comunidade, Meio Ambiente e Futuro Sustentável, Herman Daly e John Cobb (1989)
(24) Riqueza na Base da Pirâmide, CK Prahalad (2004)
(26) Gaia, James Lovelock (1979)
(27) A Globalização e os seus Malefícios, Joseph Stiglitz (2002)
(28) Calor: Como Parar a Queima do Planeta, George Monbiot (2006)
(29) Escala de Desenvolvimento Humano: Concepção, Aplicação e as Novas reflexões, Manfred Max-Neef (1991)
(30) O Espírito Ávido, Charles Handy (1999)
(31) Uma Verdade Inconveniente, Al Gore, 2006
(32) Os Limites do Crescimento, Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jorgen Randers (1972)
(33) Maverick, Ricardo Semler (1993)
(34) O Mistério do Capital: Por que o Capitalismo Triunfa no Oeste e Falha em Toda a Parte, Hernando De Soto (2000)
(35) Capitalismo Natural, Paul Hawken, Amory Lovins e L. Hunter Lovins (2000)
(36) Sem Logo, Naomi Klein (2002)
(37) Sociedade Aberta: Reformar o Capitalismo Global, George Soros (2000)
(38) Manual de Operação para Espaçonave Terra, Buckminster Fuller (1969)
(39) Nosso Futuro Comum, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987)
(40) The Population Bomb, Paul Ehrlich (1968)
(41) Presença, Peter Senge, Otto Scharmer, Joseph Jaworski e Betty Sue Flowers (2005)
(42) A River Runs Black: O Desafio Ambiental para o Futuro da China, Elizabeth C. Economy (2004)
(43) Sand County Almanac, Aldo Leopold (1949)
(44) Primavera Silenciosa, Rachel Carson (1962)
(45) O Ambientalista Cético, Bjorn Lomborg (2001)
(46) Small is Beautiful, EF Schumacher (1973)
(47) Staying Alive: Mulher, Ecologia e Desenvolvimento, por Vandana Shiva (1989)
(48) The Turning Point, Fritjof Capra (1984)
(49) Unsafe at Any Speed, Ralph Nader (1965)
(50) Quando as Corporações Regem o Mundo, David Korten, 2001
Os Top 25 da WiseEarth
(1) Biomimetismo, Janine Benyus (2003)
(2) Confissões de um Industrial Radical, Ray Anderson (2009)
(3) Do Berço ao Berço, William Mc Donough e Michael Braungart (2002)
(4) Capitalismo Natural, Paul Hawken, Amory e Hunter Lovins (2000)
(5) Primavera Silenciosa, Rachel Carson (1962)
(6) Estratégia para a Sustentabilidade, Adam Werbach (2009)
(7) A Economia Verde, Joel Makower (2009)
(8) Indicadores de Sustentabilidade: Medindo o Imensurável?, Simon Bell e Stephen Morse (1999)
(9) Valor Sustentável, Chris Lazlo (2008)
(10) A Ecologia do Comércio, Paul Hawken (1994)
(11) O Fim da Natureza, Bill McKibben (1989)
(12) O Colar da Economia Verde, Van Jones (2008)
(13) The Natural Step for Business, Brian Nattrass e Mary Altomare (1999)
(14) A vantagem da Sustentabilidade, Bob Willard (2002)
(15) Tripple Bottom Line, de Andrew Savitz e Karl Weber (2006)
(16) A verdade sobre o Green Business, Gil Friend, Nicholas Kordesch e Benjamin Privitt (2009)
(17) Walking the Talk, Chad Holliday, Stephan Schimidheinny e Philip Watts (2002)
(18) Capitalismo: Como se o Mundo Importa, Jonathon Porrit (2005)
(19) Colapso, Jared Diamond (2005)
(20) Criando um Negócio Social, Muhammad Yunus (2009)
(21) Prosperidade sem Crescimento, Tim Jackson (2009)
(22) O Zeedbook: Soluções para um Mundo Cada Vez Menor, Dunster, Simmons & Gilbert (2007)
(23) Plenitude: a Nova Economia da Verdadeira Riqueza, Juliet Schor (2010)
(24) Plano B: 4.0, Lester Brown (2009)
(25) Permacultura, David Holmgren (2001)
*Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Sustentável e diretor da consultoria Ideia Sustentável. Twitter: @ricvoltolini. Topblog: http://www.topblog.com.br/sustentabilidade
(Envolverde/Idéia Sustentável)
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