Friday, September 02, 2005

ARTERIOPOESIA

correr de destinos em ziguezagues
à margem de rios sinuosos e lentos

discorrer repentino, enxame
de abelhas vermelhas
a açucarar o dia-a-dia
melancolia
eterna de noites etéreas.

mover de silêncios:
ociosos ossos à sós
dos ofícios e cios.

arte de unir cada palavra:
avalovara
arte de moldar a crua matéria:
artéria
veia nua

Do livro "A Vida Sente a Si Mesma",
Edição do Autor-Gráfica Ibiapina, Teresina, 1ª edição, 2003, esgotada.

1 comment:

Lady Vanilla said...

schade dass ich nichts verstehe :o/