5ª Edição do Chá com Letras
A 5ª
Edição do Chá com Letras será realizada na Embaixada da Índia, em Brasília,
nesta sexta-feira, dia 27 de maio de 2016, às 18 horas. O evento tem como
objetivo a integração entre Escritores e Poetas do Brasil e da Índia. É uma
iniciativa proposta pelo poeta e diplomata Sr. Abhay Kumar, Vice-chefe da
Missão. E conta com a condução do poeta brasileiro Marcos Freitas.
ANGÉLICA TORRES LIMA
Angélica Torres Lima nasceu em
Ipameri (GO), em 1952. Cursou Arquitetura e Urbanismo na Universidade de
Brasília (UnB) e Direção e Cenografia em Artes Cênicas, na Fefieg (atual
Unirio). Formou-se em Comunicação pela UnB e especializou-se em edição de
livros e periódicos pela Universidade de Wisconsin (EUA). Trabalhou em diversos
jornais, geralmente em editorias de cultura. Publicou Sindicato de
Estudantes (1986), pelo qual recebeu o Prêmio Mário Quintana de
Poesia, do Sindicato dos Escritores de Brasília, e Solares (poesias, 1988), com
o grupo Bric a Brac. É autora do texto de Koikwa, Um Buraco no Céu (Editora
UnB, 1999). Autora dos livros de poesia Paleolírica (Brasília: Alô
Comunicação, 1999) e O Poema quer ser Útil (Editora
LGE,2006).
Fortuna crítica
“Angélica Torres Lima estabelece sua
forma elíptica, fabricando, no momento mágico da criação, a interação exata
entre o dito e o feito. Essência e existência resultam instantâneas na
fulguração luminosa do poema”.
Reynaldo
Jardim, sobre Paleolírica.
“Anoiteceu é um poema que T.S. Eliot
assinaria. Girassol é magnífico. Admirável em sua contenção, em sua
essencialidade... Madrugada de agosto é esplêndido! Uma obra-prima! Lembra o
imortal poema da grande poeta Safo, de Mitilene. Ei-lo: ‘A lua declina, as
Plêiades no ocaso; a noite vai a meio; o tempo no seu fluxo, e eu, em meu
leito, sozinha’”. Oswaldino Marques,
sobre Paleolírica.
“O que compõe neste momento
minha totalidade – entidade e cavalo – é a sensação nítida do prazer de não ter
morrido e, de repente, ser eleito para estar nesta contra-capa por esta poeta
que me viu vindo por aí, enquanto construía (construía?) fazia (?) e vivia (!)
esta poesia de altíssima qualidade”. Ziraldo
Alves Pinto, sobre Sindicato de Estudantes.
“Seus poemas falam por si, têm luz
própria, atravessarão os séculos e daqui a 145 anos, um menino, numa tarde de
domingo, pegará o livro e será feliz por tê-lo lido, num dia perdido no tempo”. Nicolas Behr, sobre Solares.
Você não sabe, Angélica, mas quando
cheguei ao Rio, fui fazer uma conferência, de novo sobre a (in)utilidade da
poesia e, de repente, de memória, falei um poeminha do seu livro, de imenso e
lúdico significado: ‘Tomara que caia/ um haicai / na tua saia’. É isso. Poesia
é o que fica, é essa flor de palavras presa em nossa vida para sempre”. AffonsoRomano de Sant’Anna,
sobre O Poema Quer Ser Útil.
MENEZES Y MORAIS
Menezes
y Morais é o pseudônimo de José Menezes de Morais, jornalista e professor.
Nasceu e viveu a infância em Altos, Piauí. Está em Brasília desde 1980. Sua
estreia literária foi em 1975 com Laranja partida ao meio. É
um promotor cultural, liderando o Coletivo de Poetas, movimento criado em 1992
que leva amantes da poesia e da música para encontros em bares da cidade.
Menezes
tem 12 livros publicados nos gêneros poesia, conto, romance, teatro, ensaio
entre outros. A Íris do Olho da Noite (editora Theasurus, romance), Por favor,
diriga-se a outro guichê (teatro em um ato), O suicídio da mãe terra (contos),
O rock da massa falida (poeisa) e A balada do ser e do tempo (poeisa).
Tem
poemas publicados em dezenas de antologias, entre as quais Poetas Brasileiros (Sul
Americana editores, edição bilíngue, português/espanhol); Espejos de la Palabra
(Bianchi editores, edição bilíngue, português/espanhol), Todas as Gerações – o
conto brasiliense contemporâneo (LGE editora), Psiu Poético 25 e Baião de Todos
(editora corisco).
O
livro A Luta é de Todos – História do controle dos gastos públicos no Brasil
(Unacom), em coautoria com Terezinha Pantoja. Fundou o Coletivo de Poetas, em
1990, movimento pioneiro na realização de saraus no Distrito Federal, do qual
já organizou seis coletâneas, entre elas Poemas; Mais Uns; e Fincapé.
Um
dos seis escritores brasileiros convidados pelo governo da Alemanha para
participar da Feira Internacional do Livro de Frankfurt (1995). Exerceu o cargo
de vice-presidente e de presidente do Sindicato dos Escritores do DF.
A
maioria de sua produção é ainda inédita, incluindo romance, teatro, novela,
ensaio histórico e poesia. Como jornalista atuou, entre outros, no Jornal do
Brasil, Jornal de Brasilia, Correio Braziliense, O Globo, Visão, etc.
MÁRCIO BOMFIM
Marcio
Bomfim é uma presença constante no cenário artístico de Brasília desde os anos
90. Ele já atuou como compositor e intérprete nos principais palcos e projetos
de Brasília, outras cidades do Brasil e se apresentou em festival no México com
o espetáculo Somos una Misma Historia.
Compôs
trilhas para teatro como Dias Felizes e Bela Ciao de Mangueira Diniz, Moby Dick
de Humberto Pedrancini, o Boi Amalarelim de Murilo Eckhardt e chegou a receber
o prêmio de melhor trilha pelo trabalho em A História do Balão Vermelho do
grupo Celeiro das Antas.
Marcio
foi contemplado com o Prêmio Renato Russo de 1997 com a canção Todos os Tempos.
Participou também dos projetos Temporadas Populares (1998) e Classe Arte (1998)
e Arte Por Toda a Parte (1999) e Arte na Quadra (1999), promovidos pelo Governo
do Distrito Federal.
Em
2000 foi escolhido como cantor destaque do ano pelo Correio Braziliense.
Foi
o responsável pelo toque cultural de inúmeras Sessões Solenes da Câmara
Legislativa, incluindo a concessão do Título de Cidadão Honorário de Brasília
ao ex-presidente Lula, Carlos Mariguela, Jorge Amado, desvelamento do busto de
Salvador Allende, dia Internacional da Mulher (2000 e 2001), entre outros.
A
partir dos anos 2000, Marcio se concentra em duas frentes principais no
trabalho de intérprete, a parceria com Rodrigo Vivar e Jorge Macarrão, com quem
forma o trio Nosotros del Mundo, voltado para a música latino-americana e um
trabalho com banda que lhe deu oportunidade de desenvolver seus poderes vocais
e aprimorar as técnicas de guitarrista de rock.
Nos
últimos anos vem apresentando seu trabalho de pop-rock em lugares como o
Gabrielas Bar (Guará), Nosso Mar (Asa Norte), Feitiço Mineiro, Bar Devassa
(Águas Claras), Bar do Ferreira e é presença constante no Restaurante chileno
de seu amigo Rodrigo Vivar.
Como
parte dos eventos em comemoração ao 53º Aniversário de Brasília em 2013, Marcio
esteve ao lado do ator Adeilton Lima do Sarau Plural – Semana de Poesia na
Rodoviária.
Marcio
desfia sua técnica de guitarrista competente e vocalista privilegiado num
repertório eclético que passeia pelas décadas de 1970 a 1990, com ênfase nos
anos 80. Beatles, Pink Floyd, Stepenwolf, Led Zeppelin, além dos brasileiros,
Paralamas, Titãs e Lulu Santos, entre outros, são apresentados, ora em versões
fiéis aos originais, ora em releituras muito pessoais e cheias de energia.
ADEILTON LIMA
Graduado
em Letras pela Universidade de Brasília – 1998. Mestre em Teoria Literária pela
Universidade de Brasília – 2005/2007. Professor da Secretaria de Educação do DF
– 1999 – 2003. Professor substituto na Faculdade de Comunicação (DAP) – UnB –
2007/2009.
Cinema
Venceslaw
e a Árvore do Gramofone (2008) Curta: 35mm Direção: Adalberto Müller
Um
Certo Esquecimento (2007) Curta: 35mm Direção: André Carvalheira
Os
Dois Filhos de Francisco (2005) Longa: 35mm Direção: Breno Silveira
A
Lente e a Janela(2005) Curta: 35mm Direção: Marcius Barbieri
Pra
Onde (2002) Curta: 16mm Direção: Aurélio Aragão
Prêmios
da Câmara Legislativa de Brasília e Menção Honrosa do Júri Oficial do Festival
de Brasília do Cinema Brasileiro
A
Dança da Espera (1999) Curta: 16mm Direção: André Nascimento
Prêmio
de melhor fotografia no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Teatro
A
Conferência (2006/2007/2008) Texto e interpretação: Adeilton Lima Direção:
Cláudio Chinaski
Prêmio
Myriam Muniz de teatro (FUNARTE)
Pequenas
Tragédias (2004) Texto: Avelino Alves Direção: Adeilton Lima
Ary
Barroso, Cem Anos(2003) Show musical em homenagem ao Centenário de Ary Barroso
Eros(2003)
Poemas sobre o amor (vários autores) Direção e interpretação: Adeilton Lima e
Luis Orione (Lula)
Um
Artista da Forme (2002) Texto Original: Franz Kafka /
Performance/instalação
A
Arte de Ler – Raízes da Voz (1999-2003) Recital Poético (vários autores) Direção
e Interpretação: Adeilton Lima
Diário
de um Louco (1997 – 2003 – 2008 – 2011) Texto original: Nicolai Gogol
Adaptação:
Rubem Rocha Filho Interpretação:
Adeilton Lima (monólogo) Direção:
Cesário Augusto
O
Poeta Vivo: Quintanares (1996 – 1999) Textos: Mário Quintana Direção e Interpretação: Adeilton Lima
(monólogo)
Moby
Dick (1993) Texto: Herman Melville Interpretação: Grupo Celeiro das Antas Direção: Humberto Pedrancini
A
Raiz do Grito (1993) Texto: Alcione Araújo Intepretação: Adeilton Lima e Alice
Stèphanie Direção: José Delvinei
Para
Acabar com o Julgamento de Deus (1992-1994) Texto: Antonin Artaud Direção e Interpretação: Adeilton Lima
Hoje
sou um, amanhã outro (1992) Texto: Qorpo
Santo Interpretação: Grupo Retalhos Direção:
Romildo Moreira
Tabacaria
(1991) Texto: Fernando Pessoa Interpretação:
Adeilton Lima (monólogo) Direção: Heron Santiago
As
fábulas (1988) Textos: Esopo, La
Fontaine, Irmãos Grimm, Interpretação: Grupo Ar Cênico Direção: Heron Santiago
Cá
entre nós (1988) Interpretação: Grupo Ar
Cênico Direção: Heron Santiago
Cães
Ataquem (1988) Textos: criação coletiva Interpretação:
Grupo Ar Cênico Direção: Heron Santiago
O
projeto Cardápio Literário e ocupa Brasília foi
iniciado em 2002, quando o poeta Adeilton Lima lançou seu CD de poesias
intitulado Raízes da voz. A ideia veio após a boa experiência vivida na
participação de saraus nos anos 1990 como o Conversa com Verso, coordenado pelo
músico Marcio Bomfim, no Ki Filé, do saudoso Cavalcante, na quadra 405 Norte.
Na época, o repertório de textos memorizados de grandes poetas já era vasto.
Logo, a bagagem foi aproveitada para sair na noite e colocar o novo CD para
circular na noite brasiliense. Integrante da tradicional geração de poetas
brasilienses, o artista pretende incentivar a produção local e promover uma
troca com o público da cidade, além de expandir o alcance do próprio trabalho.
O poeta conta que a recepção do público era sempre uma incógnita e entre novidades
e contratempos, muitas amizades foram feitas. “A poesia é essa porta aberta
para o inusitado que alia o imaginário e a realidade”, afirma o autor. As
formas de abordar os espectadores surpresos são sempre diversas. “Primeiro,
sinto a energia do lugar, pode ser boteco, café, bar, escola, teatro etc com ou
sem um itinerário pré-definido. Posso oferecer o cardápio para que a pessoa
escolha o poema que quer ouvir ou optar por uma intervenção, algo de surpresa”,
conta. As duas formas costumam funcionar bem, tendo sempre em mente o respeito
pelo espaço do público presente. Adeilton lembra que é necessário sempre tatear
com muito cuidado, pedir licença e agradecer com gentiliza. “Quando a porta é
aberta, a poesia celebra”.
MAURÍCIO ANDRÉS
Maurício
Andrés Ribeiro. Arquiteto e Ecologista. Autor
dos livros Ecologizar (4ª edição- trilogia, Editora Universa, 2009),
Tesouros da Índia e Meio Ambiente & Evolução humana; e “Ecologizando a
cidade e o planeta” (Editora C/Arte, 2008). Foi Presidente do Instituto
de Arquitetos do Brasil- MG. Foi Secretário de Meio Ambiente de Belo
Horizonte, Presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais,
Diretor executivo do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente e de dezenas
de conselhos na área de meio ambiente. Participa de movimentos pela paz e o
federalismo mundial. Ex-Vice presidente da Fundação Cidade da Paz, Brasília. Professor
dos cursos de Gestão Ambiental da FUMEC-BH; de Gestão Ambiental Urbana da
Universidade Católica de Brasília e da Formação Holística de Base - Cultura
ambiental e cultura da paz, na UNIPAZ- RJ. Secretário Geral Adjunto, da Agência
Nacional de Águas – ANA.
SERVIÇO:
5ª Edição do Chá com Letras (Tee with letters)
Embaixada da Índia no Brasil – Brasília – DF
Dia 27 de maio de 2016
Horário: 18 horas.