Friday, August 21, 2015

CHICO CASTRO LANÇA “JOÃO GOULART, O TABU DA DITADURA” EM BRASÍLIA



por Menezes y Morais*
 Dando continuidade á sua pesquisa histórica, o poeta e pesquisador Chico Castro faz lançamento nacional às 17h do dia 26 de agosto, em Brasília, do livro João Goulart, O tabu da ditadura.
 O lançamento acontecerá na Biblioteca do Senado Federal, como parte da sessão solene em homenagem a Getúlio Vargas, que se suicidou em 24 de agosto de 1954.
 No programa, será inaugurada uma exposição sobre João Goulart, a cargo do instituto que leva o nome do ex-presidente, deposto pelo golpe militar (com apoio de lacaios civis) que instituiu a ditadura de 1964-85.
 JÂNIO QUADROS
 João Goulart assumiu a presidência da República após a renúncia do presidente Jânio Quadros, de quem era o vice. Jânio renunciou em 24 de agosto de 1961. Treze 13 dias depois da renúncia, as Forças Armadas, que monitoravam Jango desde sua queda como ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, permitiram sua posse, num governo parlamentarista, para desferir o golpe de Estado em 31 de março de 1964.
 Mas o ovo da serpente da ditadura militar fora gestado desde a década de 1950.Isto, porém, é outra história.
 O golpe militar (com o apoio de setores da sociedade civil) se consolida na madrugada do dia 3 de abril, com o preposto civil, deputado Ranieri Mazelli, presidente da Câmara, assumindo a Presidência da República.
 Um dia antes, rasgando a Constituição do Brasil, o senador Moura Andrade, presidente do Congresso Nacional, mente para os congressistas, afirmando que Goulart deixara a "nação acéfala" e "Assim sendo declaro vaga a Presidência da República". (Palmas prolongadas, seguidas do puxa-saquismo "Muito bem!" repetido).
 Jango, na verdade, viajara para o Rio do Sul, onde o governador Leonel Brizola liderara a resistência constitucional, com a Cadeia da Legalidade.
 No momento em que o fantoche civil Mazzilli assume o poder, pelo elevador privativo da Presidência da República sai a última resistência janguista, o ministro-chefe da Casa Civil, Darcy Ribeiro, e Waldir Pires, procurador-geral da República.
 ASSALTO AO PODER
 As Forças Armadas assaltaram o poder. Daí em diante as Forças Armadas revezam um general-ditador de plantão no Palácio do Planalto, até 15 de janeiro de 1985, quando Tancredo Neves é escolhido (eleição indireta) no Colégio Eleitoral, vencendo o governador Paulo Maluf.
 O general João Baptista Figueiredo deixa o Palácio do Planalto pela porta dos fundos, para evitar Tancredo, a quem chamava de "Tancredo Never".
 Para escrever João Goulart, O tabu da ditadura, Chico Castro consultou toda a grande imprensa do período, mais os anais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
 O resultado é um livro de 336 páginas, com o selo da Editora Nova Aliança. João Goulart, O tabu da ditadura, enriquece a bibliografia do pesquisador, autor, entre outros, de Marquês de Paranaguá (Câmara dos Deputados); A Coluna Prestes no Piauí; e A noite das Garrafadas (edições do Senado Federal).
 *Menezes y Morais
 Jornalista, professor, escritor, historiador.
FONTE

 

Thursday, August 13, 2015

Paulo Leminski: uma síntese


Sergio Sampaio - Cruel - Album Completo Full Album


BRASILIA - Sergio Sampaio

Quase que ando sozinho por todos os bares freqüento lugares,
Namoro suas filhas, Brasília
E posso dizer que começo a voar sossegado em seu avião, 
E mesmo com o ar desse jeito tão seco, consigo cantar no seu chão. 
Quase que me sinto em casa em meio a suas asas e "Dabliús" e "Éles" e

Eixos e ilhas, Brasília
Cidade que um dia eu falei que era fria sem alma nem era Brasil, 
Que não se tomava café numa esquina num papo com quem nunca viu. 
Sei que preciso aprender, quero viver pra saber, e conhecer, Brasília.

Ver o que há, Paranoá
Lago de sol, noite lua
O olho do amor desconhece a armadilha 
Assim vim ver Brasília

Quase que me sinto bem distraído em suas quadras tão bem arrumadas 
Com suas quadrilhas, Brasília.
Concreto plantado no asfalto do alto, o céu do planalto onde estou
Aqui na cidade dos planos conheço um cigano que não se enganou. 
Sei que preciso aprender, quero viver pra saber, e conhecer, Brasília. 

Ver o que há, Paranoá
Lago de sol, noite lua
O olho do amor desconhece a armadilha
Assim vim ver Brasília



Friday, August 07, 2015

Di Melo apresenta uma das obras mais obscuras do soul brasileiro

Show em comemoração aos 40 anos do lançamento do disco Di Melo acontece na sexta-feira (7)





postado em 06/08/2015 07:37

Ao escutar os primeiros compassos do disco Di Melo, lançado em 1975, é quase instintiva a vontade de fazer a ligação entre esse inexplorado petardo da soul music brasileira e a sonoridade produzida por monstros do gênero, como Jorge Ben, Wilson Simonal e, claro, Tim Maia. Apesar de as semelhanças com Tim serem óbvias – não só na sonoridade, mas também na personalidade debochada e expansiva –, elas não contam toda a fascinante história do pernambucano que, amanhã, fará show no Amsterdam Street. “Estarei aí com a banda Dom Casamata, de Goiânia. Vamos mesclar sons antigos com novos. Será um show alegre, com altas pegadas e levadas inteligentes”, descreveu Di Melo, ao Correio, com sua característica empolgação e bom-humor.

Roberto de Melo Santos começou a fazer nome no cenário musical de São Paulo, durante os anos 1960, tocando em bares e clubes noturnos. O cultuado disco, o único da carreira, que tem participações de Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte, foi gravado pela EMI-Odeon e apresenta uma sonoridade que vai além do suingue e do balanço, contando, também, com pitadas de tango, baladas e até elementos progressivos. “É um disco à frente de seu tempo”, bem definiu Charles Gavin, baterista do Titãs, em participação no documentário Di Melo: o imorrível, de Alan Oliveira e Rubens Pássaro, que conta um pouco da trajetória do artista.

Com todos os (merecidos) superlativos direcionados à obra, por que então Di Melo não atingiu o mesmo nível de reconhecimento e estrelato que seus contemporâneos? “Eu era muito jovem e achava que estava ganhando pouco frente ao sucesso que estava fazendo. Minhas músicas tocavam na rádio, eu tinha até composição no disco do Wando. Faltou um pouco de serenidade, de jogo de cintura para entender o mercado. Só posso culpar a mim mesmo”, respondeu, resignado.

O imorrível
Após se retirar, desiludido, do cenário musical, Di Melo retornou para Pernambuco onde, pouco tempo depois, sofreu um acidente de moto. Ter sobrevivido ao episódio foi o que, supostamente, lhe rendeu o apelido de “imorrível”. No entanto, a verdadeira segunda vida do artista veio após ter conhecido Jô Abade, esposa e atual empresária, com quem tem uma filha, Gabriela. “Nos conhecemos há 15 anos, durante uma festa de carnaval, e além de minha produtora, ela tem sido uma verdadeira mentora da minha carreira e da minha vida “, relatou.

Di Melo
Show em comemoração aos 40 anos do lançamento do disco Di Melo, no Amsterdam Street 211 (SCRN 211 Bloco D - subsolo). 
Amanhã, às 22h. Ingressos: R$ 20. Não recomendado para menores de 18 anos.

Tuesday, August 04, 2015

SARAIVA LANÇA LIVRO "U'YARA, RAINHA AMAZONA", de Margarida Patriota




SARAIVA LANÇA LIVRO "U'YARA, RAINHA AMAZONA"
Título aborda emancipação feminina e igualdade de gêneros

São Paulo, maio de 2015 - A história de U'Yara, rainha amazona, publicada pela Saraiva, transcorre na tribo Og, lugar em que as mulheres mandam e os homens obedecem - feitos apenas para realizar tarefas como varrer, limpar e catar piolhos.
É neste paraíso para mulheres que nasce U'Yara, uma garota destemida, cheia de boas intenções e ideias pioneiras sobre igualdade, que, para se tornar rainha, vai ter de superar várias adversidades.
Um de seus desafios será o de mudar crenças e tradições ultrapassadas . Além disso, ela terá de promover a justiça e a igualdade, pois só assim valerá a pena ser uma rainha amazona.
A tarefa se torna mais complicada quando Murumu'Xaua tenta tirar o direito de U'Yara governar.
O livro é indicado para jovens a partir dos 14 anos e mostra, com boa dose de humor, a importância da igualdade de gêneros na sociedade.

Sobre a escritora:
Autora de romances, contos e ensaios, bem como de títulos voltados para o público juvenil, Margarida Patriota foi professora da Universidade de Brasília de 1976 a 2003. Desde 1997, comanda o programa Autores e Livros, da Rádio Senado.