Saturday, March 24, 2012

BRASÍLIA POÉTICA - FILME

RUH UND SCHWEIGEN - Georg Trakl

RUH UND SCHWEIGEN

Hinter begruben die Sonne im kahlen Wald.
Ein Fischer zog
In härenem Netz den Mond aus frierendem Weiher.

In blauem Kristall
Wohnt der bleiche Mensch, die Wang an seine Sterne gelehnt;
Oder es neigt das Haupt in purpurnem Schlaf.

Doch immer rührt der schwarze Flug der Vögel
Den Schauenden, das Heilige blauer Blumen,
Denkt die nahe Stille Vergessenes, erloschene Engel.

Wieder nachtet die Stirne in mondendem Gestein;
Ein strahlender Jüngling
Erscheint die Schwester in Herbst un schwarzer Verwesung.

Georg Trakl.


Mühlauer Friedhof

Me-
dita, a

branca
sombra da neve,
o nevo
desse silêncio, fendido: Trakl.

(Arde,
arde a folha
forasteira, o louro
latim das folhas,

o cego vento
ledor
das folhas).

Aberta, a
pedra interrogada.

Age de Carvalho [ de Arena, Areia - 1986 ]


STAUB UND SCHOTTER

Nur aus Staub und Schotter
wird dies Bahn eingebaut.
Keiner fährt über es hin.
Einige Teile davon
wird von dem Wald gefresst.
Andere, beim starke Regen gebisst.
Loch und Loch – Hinterhalt –
jede Stück.
Über dem fahre Ich, einsam,
und frage mich:
Hättet aus Staub und Schotter
meine ganze Lebenstrasse gewesen?

Marcos Freitas [ de Staub und Schotter - 2008 ]

Friday, March 23, 2012

POEMA DA CURVA


POEMA DA CURVA

Não é o ângulo reto que me atrai,
Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo o homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual.
A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios,
nas nuvens do céu,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o universo,
O universo curvo de Einstein.

Oscar Niemeyer.

http://www.avidaeumsopro.com.br/pt/niemeyer_depoimentos.php

Wednesday, March 21, 2012

Essa pequena, de Chico Buarque



Essa Pequena

Chico Buarque

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela

Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la

Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai

Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena


Um tempo sem nome
Rosiska Darcy de Oliveira, O Globo, 21/01/12

Com seu cabelo cinza, rugas novas e os mesmos olhos verdes, cantando madrigais para a moça do cabelo cor de abóbora, Chico Buarque de Holanda vai bater de frente com as patrulhas do senso comum. Elas torcem o nariz para mais essa audácia do trovador. O casal cinza e cor de abóbora segue seu caminho e tomara que ele continue cantando “eu sou tão feliz com ela” sem encontrar resposta ao “que será que dá dentro da gente que não devia”.

Afinal, é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos e cria os interditos que balizam o que supostamente é ou deixa de ser adequado a uma faixa etária. O olhar alheio é mais cruel que a decadência das formas. É ele que mina a autoimagem, que nos constitui como velhos, desconhece e, de certa forma, proíbe a verdade de um corpo sujeito à impiedade dos anos sem que envelheça o alumbramento diante da vida .

Proust, que de gente entendia como ninguém, descreve o envelhecer como o mais abstrato dos sentimentos humanos. O príncipe Fabrizio Salinas, o Leopardo criado por Tommasi di Lampedusa, não ouvia o barulho dos grãos de areia que escorrem na ampulheta. Não fora o entorno e seus espelhos, netos que nascem, amigos que morrem, não fosse o tempo “um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho“, segundo Caetano, quem, por si mesmo, se perceberia envelhecer? Morreríamos nos acreditando jovens como sempre fomos.

A vida sobrepõe uma série de experiências que não se anulam, ao contrário, se mesclam e compõem uma identidade. O idoso não anula dentro de si a criança e o adolescente, todos reais e atuais, fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia, hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem. E, se é verdade que o envelhecer é um fato e uma foto, é também verdade que quem não se reconhece na foto, se reconhece na memória e no frescor das emoções que persistem. É assim que, vulcânica, a adolescência pode brotar em um homem ou uma mulher de meia-idade, fazendo projetos que mal cabem em uma vida inteira.

Essa doce liberdade de se reinventar a cada dia poderia prescindir do esforço patético de camuflar com cirurgias e botoxes — obras na casa demolida — a inexorável escultura do tempo. O medo pânico de envelhecer, que fez da cirurgia estética um próspero campo da medicina e de uma vendedora de cosméticos a mulher mais rica do mundo, se explica justamente pela depreciação cultural e social que o avançar na idade provoca.

Ninguém quer parecer idoso, já que ser idoso está associado a uma sequência de perdas que começam com a da beleza e a da saúde. Verdadeira até então, essa depreciação vai sendo desmentida por uma saudável evolução das mentalidades: a velhice não é mais o que era antes. Nem é mais quando era antes. Os dois ritos de passagem que a anunciavam, o fim do trabalho e da libido, estão, ambos, perdendo autoridade. Quem se aposenta continua a viver em um mundo irreconhecível que propõe novos interesses e atividades. A curiosidade se aguça na medida em que se é desafiado por bem mais que o tradicional choque de gerações com seus conflitos e desentendimentos. Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão, oferecendo-nos ao mesmo tempo o privilégio e o susto de dela participar.

A libido, seja por uma maior liberalização dos costumes, seja por progressos da medicina, reclama seus direitos na terceira idade com uma naturalidade que em outros tempos já foi chamada de despudor. Esmaece a fronteira entre as fases da vida. É o conceito de velhice que envelhece. Envelhecer como sinônimo de decadência deixou de ser uma profecia que se autorrealiza. Sem, no entanto, impedir a lucidez sobre o desfecho.

”Meu tempo é curto e o tempo dela sobra”, lamenta-se o trovador, que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva. Nosso melhor amigo, que conhecemos melhor que nossa própria alma, companheiro dos maiores prazeres, um dia nos trairá, adverte o imperador Adriano em suas memórias escritas por Marguerite Yourcenar.

Todos os corpos são traidores. Essa traição, incontornável, que não é segredo para ninguém, não justifica transformar nossos dias em sala de espera, espectadores conformados e passivos da degradação das células e dos projetos de futuro, aguardando o dia da traição.Chico, à beira dos setenta anos, criando com brilho, ora literatura , ora música, cantando um novo amor, é a quintessência desse fenômeno, um tempo da vida que não se parece em nada com o que um dia se chamou de velhice. Esse tempo ainda não encontrou seu nome. Por enquanto podemos chamá-lo apenas de vida.

Show "Canteiros" - Homenagem a Fagner, Ednardo e Belchior - com George Durand e Jorge Macarrão

Tuesday, March 20, 2012

BRASIL PARTY NIGHT IN BERLIN - MIT LIVE MUSIK



Am Sonntag den 25.03.2012

Erleben sie feurige Rhythmen, atemberaubende Samba Black Beats, Forró, Samba Axé und Pagode, Tanz Animation und Live Musik.

LIVE MUSIK: AJADOU
ist die Synthese der Namen der beiden Musiker Abrao und Jabuti, gleichzeitig auch die Synthese der Vielfalt der brasilianischen Musik.

Jabuti und Abrao bieten uns mit ihrer feinfühligen musikalischen Gelassenheit den Einblick in die akustische Welt Brasiliens. Beim Hören der Musik von Ajaduo begibt man sich auf eine Reise durch die Geschichte und Moderne. Beide Musiker verstehen es durch Eigenkompositionen ihr Leben, in der europäischen Großstadt Berlin, mit ihren eigenen Wurzeln in Einklang zu bringen.

Dj. & TÄNZER: AILTON SILVA
spielt nur die aktuelle brasilianische Musik,von Samba, Forró, Funk, Samba-Axé, bis zu Baile Funk. Es wird nur das beste aus der brasilianischen Musikszene präsentiert!

KUNST, KULTUR ARTDANCE:
Befindet sich im beliebten Reuter-Kiez in Nord Neukölln.
Hobrechtstraße 65, 12047 Berlin
U7 und U8-Bahn- HERMANNPLATZ.
Bus Linie: M 29, M 41,171, 194, 344

AJA ENTERTAINMENT
Gilberto M. Fonteles (Künstler Name: Jabuti)
kontakt@jabutiband.de
www.ajamusic.de

Parada Poética - Dia Mundial da Poesia


Cerca de 50 artistas de Brasília celebrarão na Praça do Índio o Dia Mundial da Poesia com muito Samba, Poesia, Intevenção Urbana, Cinema, Grafite, comidinhas, troca de livros.

No dia vinte e quatro de março, cerca de cinquenta artistas de diferentes cidades do Distrito Federal se revezarão no palco da Parada Poética para festejar o Dia Mundial da Poesia, celebrado mundialmente no dia vinte e um desse mês. O caminhão-teatro, gentilmente cedido pelo Teatro Mapati, será o palco do evento no qual músicos, poetas, cineastas e artistas multimídia convidarão as pessoas a dar uma parada para apreciar poesia e pensar sobre sua importância em nosso cotidiano – principalmente nas relações sociais.

A Parada Poética, inicialmente, seria somente uma intervenção urbana na qual uma parada de seria transformada em um livro a céu aberto, sendo envelopada com páginas do livro Sarau Sanitário, da poeta e idealizadora do Parada Poética, Marina Mara. Porém, a adesão dos artistas foi tamanha que não teve como não fazer um evento do tamanho desse amor pela cidade. Nascia ali a Parada Poética, uma ação conjunta feita de amor e arte.

A intervenção na parada de ônibus visa promover a inclusão sociopoética dos usuários de transporte público. Essa intervenção, além de “embonitar” a cidade, também coloca em pauta a ocupação dos espaços públicos da cidade para fins artísticos, um pedido dos brasilienses que vem sendo pleiteado desde a época da Ditadura Militar, pelos artivistas do saudoso Concerto Cabeças. O evento será registrado por quatro pessoas com diferentes olhares para a realização de um documentário e uma exposição de fotos, além de ser transmitido ao vivo via Web TV.

A Parada contará com estrutura gourmet – idealizada pelo Balaio Café – que oferecerá ao público comidinhas e bebidas a preços e formatos poéticos. Até o coreto da Praça do Índio ganhará cara nova. Ele será grafitado por artistas locais durante a tarde e à noite se transformará no CineGrafite – um cinema para exibição de filmes brasilienses em parceria com o Coletivo Palavra. Outro diferencial da festa será a troca literária. Para participar, é só levar um livro legal e ir trocando até encontrar o seu novo amigo de ler e de levar pra casa. Cada um pode trocar quantas vezes quiser e aproveitar a ocasião para falar sobre o livro, trocar uma ideia, conhecer gente.

A Parada Poética é uma declaração de amor à cidade e a escolha da Praça do Índio se deve à necessidade de plantar poesia naquele local – que foi palco de tanta tristeza há exatos quinze anos. “Eu gostaria que as pessoas passassem pela Praça do Índio, que é tão linda, com um sentimento mais leve, como é alma de índio. O que se passou ali na Praça serviu para enfatizar o quanto as pessoas precisam de Poesia em suas vidas – ela lapida o espírito”, diz Marina Mara. A Parada está sendo realizada graças à adesão da classe artística local – que não cobrou cachê – e ao total apoio operacional da Administração de Brasília.

SERVIÇO
Onde é a Parada? Praça do Índio – 703/ 704 – W3 Sul
Quando? 24 de março de 2012
Que horas? 14h às 23h
Quanto custa? Um sorriso
Conselho? Leve um livro legal para ser trocado por outro livro legal

Apoio
Administração Regional de Brasília
Teatro Mapati
Balaio Café
Artistas de Brasília

HORÁRIO TIPO ARTISTA
14h CineGrafite no Coreto Coletivo Palavra
William Alves
Adirley Queirós
Joana Limongi
14h Roda de Capoeira
14h Olhares audiovisuais André Lavenère
Janaína André
Andréa dos Santos
14h Embonitamento da parada de ônibus (Intervenção Urbana)
Benetti Mendes
Beth Jardim
Clarice Gonçalves
Edith Domingues
Lígia Rachid
Marina Mara
Sabrina Moura
16h Palhaço Luciano Astiko (Payassu)
16h20 Poesia Fernando Freire
Bar do Escritor
Maíra Oliveira
Dina Brandão
16h40
Samba e Choro
Andréa dos Santos
Dudu Sete Cordas
George Lacerda
Márcio Marinho

17h10
Poesia
Pipocando Poesia
Beth Jardim
Alen Guimarães
Poeme-se

17h30
Som autoral
Lucas Soledade

17h50
Som autoral
Leandro Morais e banda
Cris Floresta
Fernando Rodrigues
Marcelo Lima
Thiago Cunha

18h20
Poesia
Lidiane Leão
Marcelo Caetano
Radicais Livres S.A

18h50
Brasilidades
Adriano Sargaço
Lieber Rodrigues
Maísa Arantes
Renato Matos
Vavá Afiouni

19h10
Poesia
Adeilton Lima
Carla Andrade
Isis Albuquerque

19h30
Faces da Gaita
Engels Espíritos

19h50
Diga How – Hip Hop
Magú
TG
Bruno Leite

20h30
Som autoral
Tiago Gasta

20h50
Música Regional
Andréa dos Santos
Bruno Yákalos
Gabriel Lourenço

21h10
Poesia
Cristiane Sobral
Jorge Amâncio
Marcos Freitas

21h30
Samba, Choro e Bossa
Fina Estampa

Idealização
Marina Mara
Poeta e Produtora Cultural Independente
Acesse: www.marinamara.com.br

Sarau das Águas



Dia 23 de março
das 18hs as 21hs
Escola da Natureza
Parque da Cidade Portão 5
Comemorar o Dia Internacional da Água e
Reinaugurar a Casa da Água
da Escola da Natureza
(Sexta feira)

Programação:
Grupo musical Mambembrincantes
Fernando Corbal (violão)
Ciranda das águas com Yara Magalhães
Esperançosa
Caldos e quitutes à venda

site: www.escoladanatureza.com.br
e-mail: escoladanatureza@gmail.com

Friday, March 16, 2012

Atividades homenageiam Augusto Boal e Teatro do Oprimido




Dramaturgo completaria 81 anos nesta sexta-feira (16)
15/03/2012
Da redação

Diversas atividades celebrarão, a partir desta sexta-feira (16), o Dia Mundial do Teatro do Oprimido. A escolha da data é uma homenagem ao criador do Teatro do Oprimido, o carioca Augusto Boal, que completaria 81 anos em 2012.

Nascido em 16 de março de 1931, o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta dedicou a vida e obra em favor das lutas sociais. Baseadas em uma estética preocupada com as questões políticas e sociais, as técnicas e práticas do dramaturgo foram difundidas em todo o mundo.

No Centro de Teatro do Oprimido (CTO), as atividades iniciam às 19h, com a apresentação de pouporrit musical do espetáculo Coisas do Gênero, com elenco do CTO. A exibição do documentário "Augusto Boal e o Teatro do Oprimido", do cineasta Zelito Viana, mostrará a trajetória de vida e obra do dramaturgo. O Centro do Teatro do Oprimido fica na Avenida Mem de Sá, 31, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.

A programação também contará com a apresentação de performance internacional com elenco da Guatemala, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, França, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil, e com o lançamento do livro "A Estética de Boal – Odisséia pelos Sentidos", de Flávio Sanctum.

Já no dia 17, haverá apresentação do Grupo de Teatro do Oprimido do Complexo da Maré – GTO Maré, às 15h no Museu da Maré. O grupo formado por adolescentes criou a peça "Quem pode leva", que levanta a discussão sobre o preconceito que os jovens sofrem por morarem na favela. O Museu da Maré está localizado na Avenida Guilherme Maxwell, 26, em frente ao PSF – Programa de Saúde da Família – Augusto Boal, uma homenagem da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Ainda nesta sexta-feira (16), será lançado o Projeto Centro Interuniversitário de Memória e Documentação (CIM), locado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A proposta, financiada pelo Ministério da Educação, é criar um espaço para a divulgação de acervos artísticos e científicos que potencialize ações e políticas de preservação do patrimônio material e imaterial brasileiro.

A data de lançamento foi escolhida em homenagem a Boal, já que a restauração e divulgação de seu acervo são projetos-piloto do CIM, em parceria com a Faculdade de Letras (FL), a Casa da Ciência, a Reitoria da UFRJ e o Instituto Augusto Boal.

De 16 a 23 de março serão realizados diversos eventos para resgatar a trajetória do artista, falecido em 2009. No último dia, será concedido a ele o título de doutor honoris causa (post mortem) pela Faculdade de Educação (FE) da UFRJ.




Leia também:
Entrevista: No palco, soluções para a vida real
http://www.brasildefato.com.br/node/1010

Zé Geraldo na Quinta Cultural no dia 29 deste mês

Wednesday, March 14, 2012

Feira do Livro de Bogotá terá a presença de 50 artistas brasileiros

France Presse
Publicação: 13/03/2012 21:19 Atualização:

Bogotá - O Brasil será o convidado de honra da 25 edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá, em abril, com a presença de 50 escritores, músicos e outros artistas brasileiros, destacaram nesta terça-feira (13/3) os organizadores do evento.

Entre os dias 18 de abril e 1º de maio, a participação do Brasil na Feira incluirá concertos, teatro, dança e cinema, nas ruas de Bogotá e no pavilhão de 3 mil metros quadrados que abriga a Feira.

O Brasil já é a sexta economia do mundo mas "falta demonstrar que também é uma potência cultural, e começará em Bogotá um ciclo de apresentações internacionais", disse o presidente da Câmara Colombiana do Livro, Enrique González.

Em 2013, o Brasil será o convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante do mundo.

Em Bogotá, o Brasil apresentará autores de várias gerações, como as novelistas Nélida Piñón (74 anos), prêmio Príncipe das Astúrias de 2005, e Adriana Lisboa (41 anos).

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é esperada para a inauguração da Feira, segundo seus organizadores.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/03/13/interna_diversao_arte,293199/feira-do-livro-de-bogota-tera-a-presenca-de-50-artistas-brasileiros.shtml

Ei, Rio+20, cadê a ciência?



Ei, Rio+20, cadê a ciência?

Publicado em 12/03/2012
Permalink
Tags: Rio+20, Video, Meio ambiente

Pesquisadores pontuam omissões nas discussões prévias da próxima conferência da ONU e reivindicam mais espaço para a comunidade científica.

Cientistas compartilham suas expectativas e frustrações sobre a próxima conferência da ONU.

“A ciência parece ter sido ignorada nos processos decisórios da Rio+20”, lamenta o físico José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Engenharia da Universidade de São Paulo.

Ao coro dos insatisfeitos, soma-se um número cada vez maior de pesquisadores. “Conferência vazia”, “agenda frouxa” e “turismo para diplomatas” são apenas algumas das expressões críticas que ecoam pelos corredores da academia.

Confira no vídeo abaixo as opiniões de alguns nomes da ciência nacional que, em entrevistas exclusivas à CH On-line, compartilham suas expectativas e frustrações acerca da próxima conferência da Organização das Nações Unidas.

http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2012/03/ei-rio-20-cade-a-ciencia

Tuesday, March 13, 2012

Lançamento de Atos Poéticos, de Cristiana Moura

Eduardo Rangel no Clube do Choro - Show de lançamento do CD “Estúdio”


sobre o show
Eduardo Rangel sobe ao palco do “Clube do Choro” para apresentar em Brasília o mesmo espetáculo aplaudido no Rio de Janeiro, em novembro e dezembro: o repertório do seu novo CD “Estúdio”.

O novo álbum, já nas lojas, tem participações de 29 músicos do primeiro time brasileiro, entre eles Leo Gandelman, Torcuato Mariano, Kiko Pereira e Milton Guedes.
Rangel estará acompanhado por Joaquim França nos teclados, Paulo Góes na guitarra, Kai Kundrat no contrabaixo, Renato Galvão na bateria e Ocelo Mendonça no violoncelo, sax e flauta. Os arranjos são de Léo Brandão e o violonista Rafael dos Anjos é o convidado especial do show.

indicado ao Prêmio Sharp de Música como melhor compositor, o artista mostrará canções inéditas do novo CD, composições suas conhecidas nas vozes de outros cantores, como "Viúva Negra" (gravada por Edson Cordeiro), além de releituras para os sucessos "Beatriz" e "Valsa Brasileira", músicas que integram o próximo álbum do cantor - interpretando a obra de Chico Buarque.

A cenografia do show estará a cargo de Cibele Bahia, Marcos Husky e Lauro Fialho (inspirada na arte do novo CD - de Romildo Souza e Shirley Saraiva). O figurino é de Cristina Cordeiro e Carlos Rangel.

O Clube do Choro fica no Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções. Tel: 3224-0599. Ingressos antecipados a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada), na bilheteria do teatro.


Eduardo Rangel

O cantor e compositor brasiliense gravou seu primeiro CD ao vivo "Pirata de Mim" na célebre casa carioca "Mistura Fina", sendo indicado ao Prêmio Sharp de Música por “Copacabana Blues“ e finalista do festival da Rede Globo "Canta Cerrado".
Seu segundo CD, "Eduardo Rangel & Orquestra Filarmônica de Brasília", foi gravado na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional, com 60 instrumentistas sob arranjos e regência do Maestro Joaquim França.

Recentemente, apresentou no Centro Cultural Banco do Brasil sua releitura para a obra de Chico Buarque com quarteto de cordas, matéria de seu próximo álbum.
Em 2011 cantou como convidado especial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional no concerto em Comemoração aos 51 anos de Brasília, e apresentou o show temático para o 44° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Rangel tem composições gravadas por Edson Cordeiro, Renata Arruda, Márcio Faraco (em parceria), Célia Porto, Antenor Bogea, Célia Rabelo, Mônica Mendes, Ju Cassou e Suzana Maris entre outros.

Ouça o CD no Facebook: www.facebook.com/eduardorangelmusicas?sk=app_2405167945

Serviço:
Show de Lançamento do CD Eduardo Rangel – Estúdio
Dia: 24 de março (sábado), 21h
Local: Clube do Choro
Endereço: Setor de Divulgação Cultural - Eixo Monumental (ao lado do Centro de Convenções)
Informações: (61) 3224-0599
Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada)
Vendas antecipadas: bilheteria do teatro, de 2ª a 6ª (10h às 22h) e sábado (19h às 22h)

Vídeos:
"Copacabana Blues" - "Teatro Solar de Botafogo", Rio de Janeiro: http://youtu.be/-fK1GujSIJA
"Beatriz" - "Teatro Solar de Botafogo", Rio de Janeiro: http://www.youtube.com/watch?v=QOFLjYcl1fc
"Carinhoso" - com a OSTN no Aniversário de Brasília: http://www.youtube.com/watch?v=4MWfnBW5iwY
"Clipe de Bicicleta": http://www.youtube.com/watch?v=HjO3seV3M2M
"Valsa Brasileira" - ao vivo no "Music Station", Brasília: http://www.youtube.com/watch?v=zdl0zOpdidI
"Noves Fora" - ao vivo, com a Orquestra Filarmônica de Brasília: http://www.youtube.com/watch?v=FT81YcEirxQ


Apoios do CD:
2a2 design | AbraVideo | FAC/Secretaria Cultura do DF | República Pureza | Tato Comunicação

WORKSHOP DE FOTOGRAFIA PARA CRIANÇAS - Olhó Passarinho!

Friday, March 09, 2012

Escritor Assis Brasil será homenageado pelo legislativo parnaibano



O vereador Reinaldo Castro teve seu Projeto de Decreto Legislativo aprovado, onde concede a Medalha do Mérito Legislativo ao escritor parnaibano Assis Brasil, pelos seus 80 anos de Vida.

Fonte: Ascom Câmara Municipal de Parnaíba

Lançamento do romance Lisboa para Sempre, de Mihai Zamfir

Show na Barca Brasília com Erasmo Dibell


Neste sábado e domingo, dias 10 e 11 de março, com partida às 17h do cais do Life Resort e Sertvice, a Barca Brasília apresenta o violonista, cantor e compositor maranhense, Erasmo Dibell. No show, mesclado com músicas do próprio artista e de outros grandes compositores da música popular brasileira, Erasmo Dibell interpreta seus discos, compositores do maranhão, contemporâneos e consagrados sucessos da nossa música brasileira.

Você é nosso convidado, convide familiares e amigos para um passeio inesquecível e conheça Brasília por ângulos diferenciados.
Ingressos limitados! Antecipe sua reserva!

SERVIÇO
Show na Barca Brasília com Erasmo Dibell
Data: 10 e 11 de março – sábado e domingo
Local de embarque: Cais do Life Resort localizado no Setor de Hotéis e Turismo Norte
(Próximo à Vila Planalto)
Partida: 17 hs; Previsão de chegada: 19hs.

VALOR DO PASSEIO: 40,00
PROMOCÃO: Casal paga somente R$70,00.
Couvert Artístico: R$10,00 por pessoa.
Consumo de alimentos e bebidas à parte.

Reservas e informações:
Telefones: (61) 3029 2011 | 8419 7192 | 8195 7551 (Edmilson Figueiredo).
www.barcabrasilia.com.br
passeio@barcabrasilia.com.br

Dicas e Normas:
1- Evento não indicado para menores de 18 anos desacompanhados.
2- Tenha à mão um agasalho.
3- Crianças de 0 a 2 anos não pagam, de 3 a 12 anos pagam meia, acima de 12 anos pagam como adulto.
4- Crianças até 12 anos uso obrigatório de colete salva-vida.
5- É proibido levar animais domésticos ao passeio.
6- O passeio poderá ser cancelado se as condições técnicas ou climáticas não favorecerem.
7- Chegue ao cais com antecedência de 20 minutos do horário previsto de partida.
8- Saída com o mínimo de 10 e máximo de 40 passageiros.

Thursday, March 08, 2012

Coral Alegria fará homenagem a Maria da Conceição Moreira Salles


Na próxima segunda-feira, dia 12 de março, o Coral Alegria terá a satisfação de participar de merecida homenagem a Maria da Conceição Moreira Salles, promovida pelo Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, dirigido pelo professor e ator Marco Antunes. Organizador de saraus que já fazem parte do cotidiano da vida cultural de Brasília, o sempre ativo Núcleo de Literatura da Câmara inicia suas atividades de 2012 com um Sarau inteiramente dedicado á memória dessa grande bibliotecária e importante promotora cultural de nossa cidade, que marcou a Biblioteca Demonstrativa de Brasília, local da referida homenagem, com um trabalho de grande alcance e reconhecida qualidade.

Informações: Nestor Kirjner, Diretor Musical do Coral Alegria.

CO.SER: diálogos em processo no formato EN.SAIO ABERTO



8 de março de 2012
19h30
Galeria da FAV/UFG
Goiânia - Goiás

Trânsitos entre monotipia, performance, dança, música e moda. Grupo de artistas, músicos, pesquisadores, professores, estudantes que laboratoriam processos de criação a partir das possibilidades poéticas do conceito de dobra.
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Pano de chão: suporte e matriz para monotipias. Paisagens da dobra. A dobra como negociação: não há talho, não há corte. O tecido se dobra para preservar uma origem e, ao mesmo tempo, para originar outras configurações. O pano no corpo, o corpo no chão: corpo de chão sob a dobra. Dispositivos têxteis que envolvem o movimento. Movimentos que dialogam com o som em tempo real. Processos compartilhados. EN.SAIO ABERTO.
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Com: Anna Behatriz Azevêdo, Gerson Passos, Ian Alves, Manoela dos Anjos Afonso, Mário Cavalcante, Maristela Novaes, Rita Andrade e Selma Parreira.

Tuesday, March 06, 2012

Coletivo de Poetas homenageia Oswald de Andrade e Orlando Tejo



Sarau tem participação de Rene Bonfim e será 17/3 no 2º Clichê

No sábado, 17 de março, das 19h às 22h, o Coletivo de Poetas fará a segundo edição do Sarau 2012 no Bar 2º Clichê (CLN 107). Serão homenageados os escritores e poetas Oswald de Andrade e Orlando Tejo, com o lançamento do livro “A Outra orelha de Van Gogh” (poesia, 2010), de José Roberto da Silva. O músico convidado é o cantor e compositor Rene Bonfim.

A homenagem ao poeta, escritor, ensaísta, polemista, teatrólogo, Oswald de Andrade será feita por Alceu Brito Corrêa, Jarbas Junior e Menezes y Morais. A escolha de Oswald enfoca o ícone do modernismo, na celebração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna (1923, São Paulo). Alceu, Jarbas e Menezes falarão um pouco da vida e da obra do autor do Movimento Antropofágico.

A homenagem a Orlando Tejo, autor do clássico “Zé Limeira, Poeta do Absurdo”, será feita pelo poeta, jornalista e pesquisador Nonato Freitas. Nonato é amigo de Orlando Tejo, poeta que morou e trabalho em Brasília, retornando a Pernambuco quando da aposentadoria. Nonato finaliza uma pesquisa história sobre Cantoria, para publicar este ano.

Também é poeta convidado Jorge Amâncio, professor, autor de “Negrojorgen” (poesia). Haverá sorteio de livros do Coletivo de Poetas e relançamento de Fincapé (Thesaurus, poesia, 2011). Será feita ainda a Poesia na Roda, quando todos os presentes são convidados pelo Coletivo de Poetas para declamar ou ler poesia.

Serviço
O que: Sarau do Coletivo de Poetas
2º Clichê Bar e Cachaçaria
CNL 107 Bl "C" lj 57 - (61) 3201-5749, das 19h às 22h.
Quando: sábado, 17 de março de 2012
Couvert artístico: R$ 7 (sete reais).

Saturday, March 03, 2012

Los caminos del Cajon

RUMO A UMA NOVA ESTRATÉGIA ESPACIAL PARA O BRASIL, de Meireluce Fernandes.



Acontecerá no dia 14 de março de 2012, quarta-feira, no horário de 18h30 às 22h00, no Foyer da Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional Claudio Santoro, o lançamento do livro: RUMO A UMA NOVA ESTRATÉGIA ESPACIAL PARA O BRASIL, da escritora Meireluce Fernandes.

Sobre o livro:
O livro oferece ao leitor um panorama detalhado do que ocorreu com o Programa Espacial Brasileiro, desde os ídos de 60 até os dias atuais, apresentando sugestões de melhoria para o Programa, considerando que a autora participa das atividades da Agência Espacial, desde a sua implantação, em 1994 e vem acompanhando os diversos modelos de gerência adotados.

Sobre a autora:
Meireluce é Doutora em Ciências da Terra pela Bircham International University (BIU-EU), Mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, Bacharel em Letras - Inglês/Português (UnB/UNIceub) e formada em Planejamento e Gerenciamento na área de Defesa pela National Defense University–NDU, Washington–EUA. É Chefe-Substituta e Assessora Técnica da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB). Foi Analista Sênior em Ciência e Tecnologia, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e no Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).

É Professora de Relações Internacionais e detentora de prêmios internacionais, dentre os quais, o outorgado pela American Society for Information Science (ASIS–EUA). Publicou seis livros nos gêneros: romance, poesia, contos e técnico. É autora de artigos em revistas nacionais e internacionais. Presidente Emérita e Vice-Presidente do Sindicato dos Escritores do DF.

Coordenou três antologias na área de literatura e participa de várias Academias em Brasília, como: Academia de Letras e Música do Brasil (ALMUB), Academia Internacional de Cultura (AIC), Academia de Letras do Brasil/seccional DF, Academia de Letras do DF (ALDF), entre outras.

SERVIÇO:
Data: 14 de março de 2012 (quarta-feira)
Horário: de 18h30 às 22h00
Local: Foyer da Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional Claudio Santoro - Brasilia - DF.

DEFININDO POESIA DIGITAL


Resenha de Antonio Miranda

ANTONIO, Jorge Luiz. Poesia digital: teoria, história, antologias. São Paulo: Navegar
Editora; FAPESP, 2010. 78 p. Inclui DVD.

Jorge Luis Antonio é o nosso maior especialista no tema da poesia digital e eletrônica, através de um estudo sistemático, a partir de um doutorado na prestigiosa PUC SP, no período de 2000 a 2005 . Anos de estudo levaram-no a dois livros capitais para o entendimento do tema em sua atualidade. O primeiro, de 2009, foi

ANTONIO, Jorge Luiz. Poesia eletrônica: negociações com os processos digitais. Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2008. 198 p.ilus. Inclui DVD ISBN 978-85-7926-015-5

O título mais recente, de 2010, avança na análise e revelação de um tema que vem ganhando crescente interesse da comunidade científica e dos amantes da poesia e da tecnologia. Jorge Luiz Antonio* encontra-se numa situação privilegiada para acompanhar a evolução da prática e da teoria da poesia visual e de vanguarda, a partir de uma biblioteca pessoal das mais representativas, pelas relações que mantém com teóricos e realizadores do setor (E.M. de Melo e Castro, Augusto de Campos, para citar apenas dois...) e por participar de eventos nacionais e internacionais em que se discute a questão. Agora está outra vez em pesquisa, no pós-doutorado na mesma Unicamp, na tentativa de acompanhar as transformações constantes na área da poesia experimental.

Cabe assinalar uma diferença de procedimentos: os estudos sobre poesia experimental estão mais no âmbito das tecnologias do que das teorias, desde que nos descolamos dos cânones da poesia concreta na entrada do século 21. Os manifestos, as teorias e os “ismos” que consubstanciavam práticas a partir de propostas conceituais deram lugar a uma práxis mais fluida, aplicada, de experimentações e práticas acopladas e dependentes de tecnologias da informação, no mais das vezes. Lógico que poesia sempre dependeu das tecnologias de seu tempo. É o caso do uso de letras set, de normógrafos, de tipografias e colagens ao alcance dos criadores. Mas agora existe o fator da “convergência tecnológica” que integra digitalmente animação, imagem, voz e texto numa plástica amalgamada, dependente de programas e aplicativos, de suportes e canais específicos. Mutantes.

Jorge Luiz Antonio fez o esforço extraordinário de traçar os antecedentes deste processo tecnológico da poesia desde os precursores até o estado da arte atual, sabendo que isso vai exigir um esforço contínuo de atualização.

As definições cabem em duas categorias: as ontológicas, tentando universalizar conceitos, e as consuetudinárias, que definem a partir do objeto, dependendo de seu estado e estágio de desenvolvimento, como no caso da poesia digital. O que se estende a toda prática contemporânea, não apenas à poesia experimental, que é um reflexo e um aplicativo das tecnologias disponíveis, sem descartar novas teorias e experimentações como vêm ressaltando Antonio Risério e Roland de Azevedo Campos, sem esquecer dos mestres Décio Pignatari, Wlademir Dias-Pino e Philadelpho Menezes, entre tantos.

Celebrando o novo livro de Jorge Luiz Antonio, que faz uma atualização e dá um aporte significativo no entendimento do fenômeno, cabe destacar a tentativa de definição a que chegou:

Ao fim de um levantamento de denominações de poesia digital, pudemos chegar a um conceito geral:

A poesia digital, em suas diferentes fases, é composta por uma linguagem tecno-artística-poética e é sob esse viés que ela pode ser lida e apreciada.

A poesia digital é um tipo de poesia contemporânea -formada de palavras, formas gráficas, imagens, grafismos, sons, elementos esses animados ou não, na maior parte das vezes interativos, hipertextuais e/ou hipermidiáticos e constituem um texto eletrônico, um hipertexto e/ou uma hipermidia. Ela existe no espaço simbólico do computador (internet e rede), tendo como forma de comunicação poética os meios eletrônico-digitais que se vinculam a esses componentes. De um modo geral, ela só existe nesse meio e só se expressa, em sua plenitude, por meio dele. (p.41)

Não foi possível chegar a uma denominação geral, capaz de abranger todos os fenômenos, mas sim escolher uma delas e delimitar o objeto de estudo a partir dessa seleção. E que cada denominação traz consigo um componente tecnológico de um determinado momento e, de certa forma, traz poucas semelhanças com outro componente que surgirá em seguida. Assim, adotamos a denominação de poesia digital por diversas razões: é mais abrangente, pois engloba experimentações poéticas com outros processos eletrônico-digitais; é a mais aceita por poetas, grupos de poetas e pesquisadores; é tema central de congressos, títulos de livros e antologias; etc. (p. 59)

Entender e apreciar a poesia digital como uma das manifestações artísticas da cibercultura é uma forma de podermos compreender o mundo contemporâneo em suas mais variadas expressões, à semelhança do que fazemos ao estudar as manifestações poéticas do séculos anteriores. (p. 59)

*Cabe assinalar que JLA já publicou outros livros a partir de suas pesquisas no campo da poesia, destacando-se os títulos dedicados à poesia de Augusto dos Anjos e Cesário Verde:

ANTONIO, Jorge Luiz. Ciencia, arte e metáfora na poesia de Augusto dos Anjos. São Paulo: Navegar Editora, 2004. 137 p.
ANTONIO, Jorge Luiz. Cores, forma, luz, movimento: A Poesia de Cesário Verde. São
Paulo: Musa Editora / FAPESP, 2002. 349 p. (Col. Musa infopoesia, 3).

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/definindo_poesia_digital.html

Friday, March 02, 2012

Brasília será palco de festa cultural para homenagear filhos e amantes do Rio São Francisco


Evento terá lançamento de livro, show, exibição de filme e espaço para reunir
ex-moradores das margens do Velho Chico e que hoje moram no Distrito Federal

Brasília será palco de uma grande festa para celebrar as pessoas que nasceram ou possuem família nas cidades ribeirinhos do Rio São Francisco e que hoje moram na capital federal. O evento “Homenagem ao Velho Chico” terá o lançamento do livro Os Chicos – Prosa e Fotografia (Nitro Editorial), dos mineiros Gustavo Nolasco e Leo Drumond e show de Aloísio Brandão, filho do sertão sanfranciscano radicado em Brasília há cerca de 30 anos. O grande encontro acontecerá no dia 06 de março, no Espaço Cultural Balaio Café (CLN 201 Norte – Bloco B), com entrada gratuita.

“Já fizemos o lançamento do livro em sete cidades brasileiras, mas este será uma festa especial para reunir amantes do Velho Chico e os filhos daquela região que estão espalhados por Brasília. Espero que seja uma noite inesquecível de reencontros e lembranças das margens do São Francisco”, afirma Nolasco, um dos autores do livro Os Chicos.

Os Chicos
O livro Os Chicos – Prosa e Fotografia, do jornalista Nolasco e do fotógrafo Drumond, surgiu da pesquisa realizada de 2007 a 2011, quando os autores percorreram as margens do Rio São Francisco, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Em homenagem ao nome do rio e para satisfazer suas veias de repórteres, os dois impuseram o instigante desafio de percorrer as comunidades ribeirinhas à caça apenas de personagens que se chamassem Francisco ou Francisca.

A caixa com dois livros – um de prosa e outro de fotografias - traz leituras poéticas de histórias do Rio São Francisco contadas pelos próprios ribeirinhos. Durante o evento “Homenagem ao Velho Chico”, a caixa será vendida por R$ 50,00. Os autores ainda doarão 30 exemplares para bibliotecas públicas do Distrito Federal e entorno.

O livro encerra a primeira etapa do Projeto Os Chicos (www.oschicos.com.br), que teve o patrocínio do Governo Federal, da Cemig, Copasa, do Governo de Minas Gerais, do Banco BMG, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Grupo Orguel. Contou ainda com o apoio da General Motors.

A segunda etapa do projeto se inicia em 2013, numa nova expedição ao longo do Rio São Francisco para a produção e filmagem de um vídeo documentário.

Aloísio Brandão
Baiano da cidade de Santana dos Brejos, sertão do Sudoeste baiano, onde morou até os 17 anos, Aloísio Brandão está radicado em Brasília desde 1980. Jornalista, músico, compositor e agitador cultural, é membro do Movimento Viva Arte, um observatório da cultura permanente que tem como objetivo mobilizar todas as forças das artes de Brasília.

Suas composições e músicas carregam de forma visceral a poesia do sertanejo brasileiro. Entre os seus parceiros de composição estão Climério Ferreira, Luli, Lucina, Ivan Braga, Olivá Apolinário e o genial poeta Vicente Sá. Está produzindo seu disco “O sobrevivente” (título provisório).

Para o evento “Homenagem ao Velho Chico”, Aloísio Brandão preparou um repertório especial tendo como inspiração o Rio São Francisco e sua gente.

SERVIÇO
Evento: “Homenagem ao Velho Chico”
Data: 06 de março de 2012
21h – Projeção de fotos de Leo Drumond, produzidas junto às comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco
21h15 – Exibição do curta-metragem “Os Chicos” (Leo Drumond e Gustavo Nolasco)
21h30 – Lançamento dos livros Os Chicos – Prosa e Fotografia e sessão de autógrafos com os autores Gustavo Nolasco e Leo Drumond
22h – Show do cantor e compositor Aloísio Brandão
Local: Espaço Cultural Balaio Café (CLN 201 Norte – Bloco B)
ENTRADA GRATUITA

Thursday, March 01, 2012

Lançamento da Antologia Bar do Escritor - Terceira Dose

Opinião - A regulamentação de um estado de exceção

Correio Braziliense - 01/03/2012

Edmar Oliveira

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado se prepara para votar o Projeto de Lei (PLS) 111/10, que permite a internação compulsória do usuário de drogas, bastando para isso a autorização de um laudo médico. A proposta do PLS foi apresentada por senador do DEM, que previa originalmente a prisão do usuário. Dois outros senadores, da oposição, "melhoraram" o texto original trocando a prisão pela "internação compulsória", num ato falho que expõe o caráter repressivo do recolhimento. Mais grave ainda é a avaliação dos senadores para a facilidade da aprovação do PL, já que o Ministério da Saúde autoriza a "tese" (sic), na interpretação dos políticos de oposição às recentes declarações do ministro da Saúde sobre o tema.

Duas consequências serão inevitáveis se tal projeto tornar-se lei. Primeiro, desfigura-se a Lei 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais. Nela já se permite a internação involuntária, por ato médico, mas é necessário ao Judiciário determinar a internação compulsória, pois tal instrumento necessita de processo jurídico. Mesmo na internação involuntária, a 10.216 (número da legalidade já decorado pelos defensores da reforma psiquiátrica) obriga o internante a comunicar ao Ministério Público, que zela pela garantia dos direitos individuais.

Isso possibilita ao internado requerer sua defesa se se sentir lesado. Portanto não são sinônimos como às vezes se quer fazer acreditar por má-fé. A internação involuntária deve ser uma indicação clínica extrema, e provisória, para um paciente que será assistido pelo médico requisitante, conforme determina a lei, e com direitos de garantia de posterior discordância do internado. Na internação compulsória, cessam-se os direitos individuais e, por isso, a Lei 10.216 exige um processo jurídico e determinação judicial. Aprovada a PLS 111/10, parte significativa e essencial da proteção legislativa aos portadores de transtornos mentais será eliminada.

Segundo, haverá uma consequência trágica para o estado democrático. Aprovado o PLS 111, o Estado se coloca no direito de tirar o cidadão das ruas por uso de drogas com o Recolhimento Involuntário de pessoas indesejáveis à sociedade. Por isso os autores da "melhoria da lei" traíram-se na proposta de emenda. Não se troca "prisão" por "internação". Mas "prisão" por "recolhimento", o que vem a ser o mesmo. E compulsórios os dois.

Para os que não viveram os anos de chumbo, relembro um acontecimento de abusos do "poder médico", entre outros. No Rio de Janeiro, durante a ditadura militar, uma clínica particular da Zona Oeste tinha por prática recolher mendigos e bêbados nas ruas da Zona Sul e, posteriormente, levar os recolhidos para obter "autorização de internação" nos postos de saúde do antigo Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social). Tais autorizações eram dadas por médicos que trabalhavam na referida clínica, quando não eram sócios nessa promiscuidade público-privada. Fazia-se dos desvalidos o lucro dos descarados. Mas eram anos de chumbo. E essas práticas ficaram envergonhadas diante do vigor de uma democracia que construímos nas lutas que fizeram o antigo regime desmoronar. Reclamávamos todos, os democratas, do uso da psiquiatria como prática repressiva de Estado, como acontecia no stalinismo.

Vivemos uma democracia que possibilitou nosso crescimento como nação. De fato, o país vem crescendo e se desenvolvendo como nunca. Para os incluídos. Aos excluídos urbanos a democracia pode estar regulamentando um Estado de exceção — usando a psiquiatria como instrumento repressivo do Estado como se fez nas ditaduras. Isso é grave.

Fonte: http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=790706