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Nível
  dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste tem nova queda
   
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Água ocupa apenas 35,54% da
  capacidade de armazenagem em usinas, segundo o ONS, o mais baixo desde
  novembro de 2012 
O nível dos
  reservatórios continua em nível preocupante. De acordo com o Operador
  Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entre as usinas das regiões Sudeste e
  Centro-Oeste, o nível de armazenamento caiu de 35,6% para 35,54% entre os
  dias 15 e 16 de fevereiro. No mesmo período, as do Sul subiram de 42,8% para
  43,05%, assim como as do Norte ( de 72,4% para 73,6%). No Nordeste, os
  reservatórios ficaram estáveis em 42,4%. 
Foi de olho nesse
  cenário, em debate feito na manhã desta segunda-feira pela Coppe/UFRJ, no
  Rio, que especialistas lembraram que o setor elétrico brasileiro deve se
  preparar para períodos menos chuvosos e com temperaturas elevadas . Para
  eles, essa combinação será cada vez mais comum. 
Segundo Gilvam
  Sampaio, professor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o
  cenário atual é muito semelhante ao de 2001, quando o governo teve de fazer o
  racionamento de energia. Para ele, o Brasil vive hoje um "extremo
  climático", em um fenômeno chamado de bloqueio atmosférico. Sampaio
  explica que, assim como ocorreu há 13 anos, o sistema de alta pressão da
  atmosfera, em vez de se formar no oceano, acaba se formando no continente,
  impedindo a formação de nuvens durante o verão. 
- Essa alta
  pressão impede a formação de nuvens. Por isso, não chove. Isso ocorre
  principalmente na Região Sudeste do Brasil. Além disso, quando uma frente
  fria consegue furar esse bloqueio, o que vemos são chuvas muito intensas e
  concentradas. Mas no geral o volume de chuva não aumenta e a temperatura alta
  permanece. Hoje, todas as previsões indicam aumento na temperatura futura.
  Esse aumento na temperatura facilita a formação desses bloqueios, embora não
  conseguimos prever com que frequência eles podem ocorrer. E, visto isso, como
  o sistema elétrico pode se preparar para conviver com esses extremos do
  clima? - questiona Sampaio. 
Sampaio diz ainda
  que o século XXI será o "século dos extremos climáticos", com
  períodos de muitas chuvas em alguns locais e períodos de intensa seca em
  outros. Segundo ele, o nível dos reservatórios deve baixar ainda mais no
  país: 
- Pelo histórico,
  o volume de chuvas de março para abril cai pela metade - lembra Sampaio. 
Luiz Pinguelli
  Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, e Roberto D' Araújo, diretor do Instituto
  Ilumina, lembraram ainda dos problemas envolvendo a falta de linhas de
  transmissão entre as usinas de energia eólica. 
- A execução do
  planejamento é preocupante. O modelo atual exige uma reflexão. Em 2001, por
  exemplo, Itaipu tinha energia, mas não tínhamos linha de transmissão. Hoje,
  temos eólicas, sem as linhas - disse Pinguelli. 
O professor da
  Coppe Sérgio Henrique da Cunha, disse ainda que é preciso mais investimentos
  para se aumentar a confiabilidade do sistema elétrico. 
Custo em patamar
  elevado 
Na última
  sexta-feira, o ONS divulgou um documento que indica que o custo marginal de
  energia no Brasil manteve-se em um patamar elevado, o que exigiria, pelas
  normas do governo, um racionamento energético. O órgão, no entanto, decidiu
  não determinar o corte, destacando a probabilidade de chuvas nos próximos
  dias. 
As informações
  estão presentes no Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação (PMO)
  para a semana de 15 a 21 de fevereiro. Segundo a Resolução Homologatória nº
  1.667 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os altos custos
  demandam um racionamento de 5%, para evitar impactos financeiros elevados no
  sistema. 
"Todavia, as
  regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte encontram-se em pleno período
  úmido, o que conduz à expectativa de reversão do atual cenário
  hidrológico", afirma o documento, que indica que a demanda será
  totalmente atendida. "Os valores obtidos para a função de Custo de
  Déficit não inplicam acionamento de medidas de redução compuslória de
  consumo", destaca o ONS. 
Esta é a segunda
  vez seguida que o documento indica valores na energia marginal que superam o
  limite de déficit da Aneel mas sem que o ONS determinasse o racionamento. O
  documento, publicado na noite desta sexta-feira, indica que o consumo de
  energia em fevereiro será 13,8% superiro registrado ao mesmo mês do ano
  passado, por causa da ausência do feriado de carnaval neste mês e pela onda
  de calor. Na semana anterior, o documento previa uma alta de consumo ainda
  maior: 15%. 
(Bruno Rosa/O
  Globo) 
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Wednesday, February 19, 2014
Nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste tem nova queda
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