Thursday, September 26, 2013

Brasília recebe em outubro exposições sobre sítio arqueológico piauiense

Evento engloba uma exposição museográfica com parte da coleção do Museu do Homem Americano, que fica em São Raimundo Nonato, no Piauí, com cerca de 50 peças arqueológicas e paleontológicas

Publicação: 25/09/2013 17:18 Atualização:
Em outubro, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que abriga um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, será tema de duas exposições e um ciclo de conferências em Brasília. O evento, chamado Serra da Capivara: Os Brasileiros com Mais de 50 Mil Anos, será inaugurado no dia 2 do próximo mês. O parque foi declarado patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

O evento engloba uma exposição museográfica com parte da coleção do Museu do Homem Americano, que fica em São Raimundo Nonato, no Piauí, com cerca de 50 peças arqueológicas e paleontológicas. Também haverá uma exposição de peças de cerâmica feitas pelos moradores de regiões vizinhas ao Parque Nacional da Serra da Capivara.

O ciclo de conferências trará discussões sobre arqueologia, turismo no Piauí, gestão de áreas protegidas e do patrimônio cultural e integração produtiva dos moradores da Serra da Capivara. A União Europeia, a Unesco, a Fundação do Homem Americano e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão entre os organizadores do evento.

Para a coordenadora da Fundação do Homem Americano, Rosa Trakalo, as exposições e palestras são importantes por informar como o legado do homem pré-histórico tornou-se motor do desenvolvimento de uma região extremamente pobre. “O destino de São Raimundo Nonato era desaparecer sem o parque nacional. Hoje, a região cresce e melhora. O objetivo deste evento é despertar o interesse das pessoas para a Serra da Capivara e seu artesanato, com a divulgação da região”, disse Rosa.

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O representante da Unesco no Brasil, Lucien Muñoz, destacou que a iniciativa vai promover a Serra da Capivara para o público brasileiro, contribuindo para incrementar a economia da região. “A Unesco considera que a melhor forma de proteger esse patrimônio arqueológico é promover o crescimento para que [a região] se transforme em polo de desenvolvimento para as comunidades em volta.”

“Se tem um lugar neste país em que história, natureza, cultura, arte e meio ambiente se encontram é na Serra da Capivara”, ressaltou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin. Para ele, o evento vai projetar o potencial que as unidades de conservação têm para proteger a biodiversidade e os recursos naturais e também para promover o desenvolvimento das comunidades locais.

O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 1979 para preservar os vestígios arqueológicos da mais remota presença do homem na América do Sul. Sua demarcação foi concluída em 1990. Por sua importância, foi inscrito pela Unesco na Lista do Patrimônio Mundial em 1991.

As exposições, com entrada gratuita, vão até de 2 de outubro a 15 de dezembro, no Espaço Israel Pinheiro, na Praça dos Três Poderes, de segunda a domingo, das 10h às 18h. As conferências serão às quarta-feiras, das 18h30 às 20h30, com entrada gratuita.


A poesia de Menezes y Morais é tema de Poemação no Beijódromo


Sarau do Beijo

A poesia de Menezes y Morais é tema de Poemação no Beijódromo

Em 1º de outubro (terça-feira) acontece mais uma edição do Sarau do Beijo. Dessa vez o homenageado é o professor, jornalista, escritor e poeta José Menezes de Morais.

Piauiense de Altos, Menezes Y Moraes, nasceu em 29 de julho de 1951. Formado em História pela Universidade de Brasília – UnB está na capital federal desde 1980. Promotor cultural, Militante na imprensa, sindicalista, professor universitário, Menezes foi um dos líderes do Coletivo de Poetas, movimento criado em 1992, em Brasília, com o intuito de promover o encontro de amantes da poesia e música em bares da Capital. Sua estréia literária foi no ano de 1975 com o livro Laranja Partida ao Meio. Desde então publicou 11 livros, o mais recente é A íris do olho da noite (Editora Thesaurus).

O encontro com a novíssima geração de poetas de Brasília terá como representantes: Ádyla Maciel, Gabriela Ziegler, Nanda Pimenta, Nina Toledo, Maria Coeli e o poeta Francisco K. Participam dessa edição também o mambembrincante Chico Nogueira e o músico Marcio Bomfim.

Chico Nogueira é músico autodidata. Participou da criação da primeira orquestra de viola caipira do Brasil. Tocou com o Carroça de Mamulengos e criou o grupo Mambembrincantes, que tem três CDs lançados. Poeta e violeiro, Chico Nogueira participou de diversos filmes e documentários nacionais, como: No Palácio da Rainha e Quilombos Quilombolas, Maio nosso Maio, entre outros.

Francisco K nasceu no Recife, em 1961. Veio para Brasília aos 5 anos de idade. Formado em Letras e com mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília – UnB, participou da criação e performance dos eventos multimídias Labirinto Transparente (no grupo Heleura, 1987), Afrofuturismo (várias edições, de 1999 a 2003) e Obranome II (Museu Nacional de Brasília, 2008). Publicou os livros de poesia Aresta / Hagoromo (Thesaurus, 1990), 1001 (Noosfera, 1997), eu versus (7 Letras, 1999), Poesia Aporia (7 Letras, 2002) e Diz (Casa das Musas, 2007).

Gabriela Ziegler nasceu em 23 de setembro de 1993, filha dos poetas Paula Ziegler e Francisco K. É pianista amadora. Publicou seu primeiro livro "Por Enquanto, Por Um Canto, Por Encanto", aos 12 anos, com uma compilação de poemas feitos na infância. Seu último projeto de livro, "Caleidoscópio", está arquivado desde 2011, com design e fotografia feita por amigos. Atualmente, escreve no blog raindropwings.blogspot.com, onde dialoga com outras referências e linguagens artísticas.

Maria Coeli é mineira de Belo Horizonte. Escritora, produtora e fotógrafa reuniu na publicação “É triste, mas não é de soluçar” quase 50 anos de sua poesia num único volume. Além da literatura, Maria Coeli se dedicou durante vários anos, à produção de vídeos, nesse universo realizou vários trabalhos sobre a história oral em torno de Brasília.

Nanda Pimenta é artista cênica, utiliza o corpo como sua linguagem. É atuante no movimento contracultural Supernova.

Ádyla Macielé poetisa de Planaltina. Participou do IV CONTRA IN-VERSOS.
Nina Toledo é professora e integrante do grupo Poetas Botam Banca.

A apresentação musical será de Marcio Bonfim com seus poemas musicados.

O poeta Nicolas Behr, um dos curadores do Sarau do Beijo, conduzirá uma entrevista com o poeta, escritor, jornalista e professor Menezes Y Moraes, homenageado da noite.

O evento tem a curadoria dos poetas Marcos Freitas e Jorge Amancio e ocorre toda a primeira terça feira do mês no Memorial Darcy Ribeiro, o Beijódromo, ao lado da reitoria da UnB.

Sarau do Beijo
Serviço:
Poemação no Beijódromo
Dia 1º de outubro de 2013 – Terça feira
Das 19:00 as 21:00
Entrada Franca

R. Almirante Alexandrino, 1991 – Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ– 20241-263
Tel/Fax: (21) 2507-7475 / 6086 | fundar@fundar.org.br | www.fundar.org.br
Praça Maior, Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília – UnB – 70910-900
Tel/Fax: (61) 3107-0582 / 0585 | memorial@fundar.org.br

Friday, September 20, 2013

Sarau - Cursos Livres Musicais, com Carlos Pial



Sarau-CLM

Pial









Olá a todos os amigos que nos acompanham.
O Sarau de Sábado (21/09/2013) será as 09h25 e as 15h25 com o renomado músico, compositor, percusionista e professor de nosso curso de percussão, Carlos Pial. 

Para quem não conhece o nosso Sarau, ele é um projeto que acontece todo Sábado (no hall de nossa sede) sempre no mesmo horário, com duração de aproximadamente 15 minutos, onde professores e alunos têm a oportunidade de demonstrar um pouco de seus conhecimento musicais e instrumentos.
Segue a prévia do que será a apresentação:
Video Youtube - Carlos Pial
Cursos Livres Musicais
(61) 3033-6064

Wednesday, September 18, 2013

Lançamento do livro Florestas do meu Exílio, de João Capiberibe


Primeiros finalistas do 55º Prêmio Jabuti são anunciados




Primeiros finalistas do 55º Prêmio Jabuti são anunciados
Daniel Galera, Luis Fernando Verissimo e Fabricio Carpinejar estão entre os indicados
A comissão organizadora do Prêmio Jabuti se reuniu nesta terça-feira para validar as indicações dos finalistas das 27 categorias da sua 55ª edição. Os resultados completos e oficiais serão divulgados nesta quarta-feira, mas já foram anunciados os finalistas nas categorias Romance, Conto/Crônica, Poesia, Biografia e Infantil. As informações são do Estadão.
Os vencedores da premiação, uma das mais importantes do cenário literário no Brasil,  serão revelados no dia 17 de outubro e, na cerimônia de 13 de novembro, serão conhecidos os autores do "Livro do Ano" de ficção e não ficção.
Concorrem nesta 55ª edição somente obras editadas no país entre janeiro e dezembro de 2012. Elas disputam, além do troféu, o prêmio de R$ 3,5 mil. Os livros do ano de ficção e o de não ficção recebem R$ 35 mil a cada um.
 
Confira a lista de finalistas, com destaque para os gaúchos indicados:
Romance
1.º - O Mendigo Que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam, de Evandro Afonso Ferreira (Record)
2.º - Barba Ensopada de Sangue, de Daniel Galera (Companhia das Letras)
3.º - O Que Deu Para Fazer em Matéria de História de Amor, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)
4.º - Mar Azul, Paloma Vidal (Rocco)
5.º - Sagrada Família, de Zuenir Ventura (Alfaguara)
6.º - O Céu dos Suicidas, Ricardo Lísias (Alfaguara)
7.º - Quiçá, Lusia Geisler (Record)
8.º - Valentia, de Deborah Kietzmann Goldemberg (Grua)
8.º - Carbono Pautado, Rodrigo de Souza Leão (Record)
9.º - Era Meu Esse Rosto, Marcia Tiburi (Record)
10.º - Glória, de Victor Heringer (Viveiros de Castro)
Conto/Crônica
1.º - Diálogos Impossíveis, de Luis Fernando Verissimo (Objetiva)
2.º - Páginas Sem Glória, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)
3.º - Aquela Água Toda, de João Anzanello Carrascoza (Cosac Naify)
4.º - Essa Coisa Brilhante Que é a Chuva, de Cintia Moscovich (Record)
5.º - Garranchos, de Graciliano Ramos (Record)
6.º - Bem-vindo - Histórias Com as Cidades de Nomes Mais Bonitos e Misteriosos do Brasil, de Fabricio Carpinejar (Bertrand)
6.º - Cheiro de Chocolate e Outras Histórias, de Roniwalter Jatobá (Nova Alexandria)
7.º - A Verdadeira História do Alfabeto, de Noemi Jaffe (Companhia das Letras)
8.º - O Tempo em Estado Sólido, de Tércia Montenegro (Grua)
9.º - Réveillon e Outros Dias, de Rafael Gallo (Record)
10.º - Vento Sobre Terra Vermelha, de Caio Riter (8Inverso)
Poesia
1.º - A Voz do Ventríloquo, de Ademir Assunção (Edith)
2.º - Porventura, de Antonio Cicero (Record)
3.º - Raymundo Curupyra, o Caypora, de Glauco Mattoso (Tordesilhas)
4.º - Deste Lugar, de Paulo Franchetti (Ateliê)
5.º - Formas do Nada, de Paulo Henriques Britto (Companhia das Letras)
6.º - Um Útero é do Tamanho de Um Punho, de Angélica Freitas (Cosac Naify)
7.º - O Amor e Depois, de Mariana Ianelli (Iluminuras)
7.º - A Praça Azul e Tempo de Vidro, de Samarone Lima (Paes)
8.º - Vário Som, de Elisa Andrade Buzzo (Patuá)
9.º - Variações do Mar, de Josoaldo Lima Rêgo (7Letras)
10.º - A Cicatriz de Marilyn Monroe, Contador Borges (Iluminuras)
Biografia
1.º - Marighella, de Mário Magalhães (Companhia das Letras)
2.º - A Carne e o Sangue, de Mary Del Priore (Rocco)
3.º - Entre Sem Bater - A Vida de Aparício Torelly, o Barão de Itararé, de Cláudio Figueiredo (Casa da Palavra)
4.º - O Triunfo do Fracasso, de Maria Lucia Garcia Pallares-Burke (Unesp)
5.º - Getúlio: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder, 1882-1930, de Lira Neto (Companhia das Letras)
6.º - José Bonifácio, de Miriam Dolhnikoff (Companhia das Letras)
7.º - Dolores Duran, de Rodrigo Faour (Record)
8.º - O que os Cegos Estão Sonhando?, de Noemi Jaffe (34)
9.º - A Queda, de Diogo Mainardi (Record)
10.º - Todo Mundo Tem uma História Pra Contar, obra do Museu da Pessoa (Olhares)
Infantil
1.º - Felizes Quase Sempre, de Antonio Prata (34)
2.º - Os 33 Porquinhos, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta (Objetiva)
3.º - Ela Tem Olhos de Céu, de Socorro Accioli (Gaivota)
4.º - A Pedra na Praça, de Sofia Mariz e Tatiana Mariz (Rovelle)
5.º - Os Meninos de Marte, Ziraldo (Melhoramentos)
5.º - A Ilha do Crocodilo - Contos e Lendas do Timor Leste, de Geraldo Costa (FTD)
5.º - Visita à Baleia, de Paulo Venturelli (Positivo)
5.º - Era Uma Vez Duas Linhas, de Alonso Alvarez (Iluminuras)
5.º - Contos da Terra do Gelo, de Rogério Andrade Barbosa (Editora do Brasil)
5.º - Caixinhas de Guardar o Tempo, Alessandra Roscoe (Gaivota)
6.° - Psssssiu!, de Silvana Tavano e Daniel Kondo (Callis)
7.º - Primeira Palavra, de Tino Freitas (Abacatte)
8.º - Tom, de André Neves (Projeto)
8.º - Com Alfeto e Algabeto, Dilan Camargo (Edelbra)
9.º - Estrelas de São João, de Graziela Bozana Hetzel (Manati)
10.º - Cultura, de Arnaldo Antunes (Iluminuras)
Fonte:
 
 

Sancionada lei que incentiva economizar água


A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que aprova incentivo à economia no consumo de água. A Lei 12.862, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 18, altera a Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Uma das alterações feitas inclui a adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água como princípio fundamental dos serviços públicos de saneamento básico.

Além disso, a nova lei diz que a União, no estabelecimento de sua política de saneamento básico, observará, entre várias diretrizes, o estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos economizadores de água. Por fim, diz que são objetivos da política federal de saneamento básico incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução do consumo de água e promover educação ambiental voltada para a economia de água pelos usuários.

http://br.noticias.yahoo.com/sancionada-lei-incentiva-economizar-%C3%A1gua-104200952.html

10 Artigos de Marcos Airton de Sousa Freitas - Engenheiro Civil - Especialista em Recursos Hídricos


1. FREITAS, M. A. S. Alocação negociada de águas na bacia hidrográfica do Rio Gorutuba (Reservatório Bico da Pedra) - Minas Gerais. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... Porto Alegre: ABRH, 2003.

2. FREITAS, M. A. S. Análise de risco e incerteza na gestão hidroambiental. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... Porto Alegre: ABRH, 2003.

3. FREITAS, M. A. S. A Previsão de secas e a gestão hidroenergética: o caso da bacia do Rio Parnaíba no Nordeste do Brasil. IN: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REPRESAS Y OPERACIÓN DE EMBALSES, 2004, Puerto Iguazú. Anais... Buenos Aires: CACIER, 2004.

4. FREITAS, M. A. S. Regras de Operação dos Reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul / Sistema Guandu. IN: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REPRESAS Y OPERACIÓN DE EMBALSES, 2004, Puerto Iguazú. Anais... Buenos Aires: CACIER, 2004. v. 1. p.1 - 1.

5. FREITAS, M. A. S. Um Sistema de suporte à decisão para o monitoramento de secas meteorológicas em regiões semi-áridas. Revista Tecnologia, Fortaleza, v. 19, n. 19, p. 19- 30, 1999. Republicado em Revista Tecnologia - ISSN 0101-8191, Fortaleza. Suplemento Comemorativo de 25 anos, p. 85 - 95, 2005.

6. FREITAS, M. A. S. Usos múltiplos da água na bacia hidrográfica do Rio Guaribas (Estado do Piauí). IN: SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE, 6., 2002, Maceió, AL. Anais... Porto Alegre: Editora da ABRH, 2002. v. 1.

7. FREITAS, M. A. S.; SILVEIRA, P. B. M. Políticas de operação de reservatório visando minimizar os impactos sócio-econômicos em situações de escassez. IN: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REPRESAS Y OPERACIÓN DE EMBALSES, 2004, Puerto Iguazú. Anais... Buenos Aires: CACIER, 2004.

8. GONCALVES, R. W.; PINHEIRO, P. R.; FREITAS, M. A. S. Métodos multicritérios como auxílio à tomada de decisão na bacia hidrográfica do Rio Curu - Estado do Ceará. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... Porto Alegre: ABRH, 2003.

9. LOPES, A. V.; FREITAS, M. A. S. Avaliação das demandas e ofertas hídricas na bacia do rio São Francisco usando modelo de rede de fluxo. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... Porto Alegre: ABRH, 2003.

10. SILVA, L. M. C.; FREITAS, M. A. S.; SILVEIRA, P. B. M. Aplicativo para operação de reservatório em situações de escassez - fase II. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... Porto Alegre: ABRH, 2003. v. 1.

Tuesday, September 17, 2013

Seca no semiárido



13/9/2013 - 02h08

Seca no semiárido deve se agravar nos próximos anos

por Elton Alisson, da Agência Fapesp


Pesquisadores alertam para necessidade de executar ações urgentes de adaptação e mitigação aos impactos das mudanças climáticas previstos na região. Foto: Fred Jordão/Acervo ASACom

Agência Fapesp – Os problemas de seca prolongada registrados atualmente no semiárido brasileiro devem se agravar ainda mais nos próximos anos por causa das mudanças climáticas globais. Por isso, é preciso executar ações urgentes de adaptação e mitigação desses impactos e repensar os tipos de atividades econômicas que podem ser desenvolvidas na região.
A avaliação foi feita por pesquisadores que participaram das discussões sobre desenvolvimento regional e desastres naturais realizadas no dia 10 de setembro durante a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima).
Organizado pela FAPESP e promovido em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa e Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), o evento encerra-se hoje (13), no Espaço Apas, em São Paulo.
De acordo com dados do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), só nos últimos dois anos foram registrados 1.466 alertas de municípios no semiárido que entraram em estado de emergência ou de calamidade pública em razão de seca e estiagem – os desastres naturais mais recorrentes no Brasil, segundo o órgão.
O Primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) – cujo sumário executivo foi divulgado no dia de abertura da Conclima – estima que esses eventos extremos aumentem principalmente nos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga e que as mudanças devem se acentuar a partir da metade e até o fim do século 21. Dessa forma, o semiárido sofrerá ainda mais no futuro com o problema da escassez de água que enfrenta hoje, alertaram os pesquisadores.
“Se hoje já vemos que a situação é grave, os modelos de cenários futuros das mudanças climáticas no Brasil indicam que o problema será ainda pior. Por isso, todas as ações de adaptação e mitigação pensadas para ser desenvolvidas ao longo dos próximos anos, na verdade, têm de ser realizadas agora”, disse Marcos Airton de Sousa Freitas, especialista em recursos hídricos e técnico da Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo o pesquisador, o semiárido – que abrange Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí e o norte de Minas Gerais – vive hoje o segundo ano do período de seca, iniciado em 2011, que pode se prolongar por um tempo indefinido.
Um estudo realizado pelo órgão, com base em dados de vazão de bacias hidrológicas da região, apontou que a duração média dos períodos de seca no semiárido é de 4,5 anos. Estados como o Ceará, no entanto, já enfrentaram secas com duração de quase nove anos, seguidos por longos períodos nos quais choveu abaixo da média estimada.
De acordo com Freitas, a capacidade média dos principais reservatórios da região – com volume acima de 10 milhões de metros cúbicos de água e capacidade de abastecer os principais municípios por até três anos – está atualmente na faixa de 40%. E a tendência até o fim deste ano é de esvaziarem cada vez mais.
“Caso não haja um aporte considerável de água nesses grandes reservatórios em 2013, poderemos ter uma transição do problema de seca que se observa hoje no semiárido, mais rural, para uma seca ‘urbana’ – que atingiria a população de cidades abastecidas por meio de adutoras desses sistemas de reservatórios”, alertou Freitas.

Ações de adaptação

Uma das ações de adaptação que começou a ser implementada no semiárido nos últimos anos e que, de acordo com os pesquisadores, contribuiu para diminuir sensivelmente a vulnerabilidade do acesso à água, principalmente da população rural difusa, foi o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC).
Lançado em 2003 pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) – rede formada por mais de mil organizações não governamentais (ONGs) que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida –, o programa visa implementar um sistema nas comunidades rurais da região por meio do qual a água das chuvas é capturada por calhas, instaladas nos telhados das casas, e armazenada em cisternas cobertas e semienterradas. As cisternas são construídas com placas de cimento pré-moldadas, feitas pela própria comunidade, e têm capacidade de armazenar até 16 mil litros de água.
O programa tem contribuído para o aproveitamento da água da chuva em locais onde chove até 600 milímetros por ano – comparável ao volume das chuvas na Europa – que evaporam e são perdidos rapidamente sem um mecanismo que os represe, avaliaram os pesquisadores.
“Mesmo com a seca extrema na região nos últimos dois anos, observamos que a água para o consumo da população rural difusa tem sido garantida pelo programa, que já implantou cerca de 500 mil cisternas e é uma ação política de adaptação a eventos climáticos extremos. Com programas sociais, como o Bolsa Família, o programa Um Milhão de Cisternas tem contribuído para atenuar os impactos negativos causados pelas secas prolongadas na região”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Como a água tende a ser um recurso natural cada vez mais raro no semiárido nos próximos anos, Rodrigues defendeu a necessidade de repensar os tipos de atividades econômicas mais indicadas para a região.
“Talvez a agricultura não seja a atividade mais sustentável para o semiárido e há evidências de que é preciso diversificar as atividades produtivas na região, não dependendo apenas da agricultura familiar, que já enfrenta problemas de perda de mão de obra, uma vez que o aumento dos níveis de educação leva os jovens da região a se deslocar do campo para a cidade”, disse Rodrigues.
“Por meio de políticas de geração de energia mais sustentáveis, como a solar e a eólica, e de fomento a atividades como o artesanato e o turismo, é possível contribuir para aumentar a resiliência dessas populações a secas e estiagens agudas”, afirmou.
Outras medidas necessárias, apontada por Freitas, são de realocação de água entre os setores econômicos que utilizam o recurso e seleção de culturas agrícolas mais resistentes à escassez de água enfrentada na região.
“Há culturas no semiárido, como capim para alimentação de gado, que dependem de irrigação por aspersão. Não faz sentido ter esse tipo de cultura que demanda muito água em uma região que sofrerá muito os impactos das mudanças climáticas”, afirmou Freitas.

Transposição do Rio São Francisco

O pesquisador também defendeu que o projeto de transposição do Rio São Francisco tornou-se muito mais necessário agora – tendo em vista que a escassez de água deverá ser um problema cada vez maior no semiárido nas próximas décadas – e é fundamental para complementar as ações desenvolvidas na região para atenuar o risco de desabastecimento de água.
Alvo de críticas e previsto para ser concluído em 2015, o projeto prevê que as águas do Rio São Francisco cheguem às bacias do Rio Jaguaribe, que abastece o Ceará, e do Rio Piranhas-Açu, que abastece o Rio Grande do Norte e a Paraíba.
De acordo com um estudo realizado pela ANA, com financiamento do Banco Mundial e participação de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, entre outras instituições, a disponibilidade hídrica dessas duas bacias deve diminuir sensivelmente nos próximos anos, contribuindo para agravar ainda mais a deficiência hídrica do semiárido.
“A transposição do Rio Francisco tornou-se muito mais necessária e deveria ser acelerada porque contribuiria para minimizar o problema do déficit de água no semiárido agora, que deve piorar com a previsão de diminuição da disponibilidade hídrica nas bacias do Rio Jaguaribe e do Rio Piranhas-Açu”, disse Freitas à Agência FAPESP.
O Primeiro Relatório de Avaliação Nacional do PBMC, no entanto, indica que a vazão do Rio São Francisco deve diminuir em até 30% até o fim do século, o que colocaria o projeto de transposição sob ameaça.
Freitas, contudo, ponderou que 70% do volume de água do Rio São Francisco vem de bacias da região Sudeste, para as quais os modelos climáticos preveem aumento da vazão nas próximas décadas. Além disso, de acordo com ele, o volume total previsto para ser transposto para as bacias do Rio Jaguaribe e do Rio Piranhas-Açu corresponde a apenas 2% da vazão média da bacia do Rio São Francisco.
“É uma situação completamente diferente do caso do Sistema Cantareira, por exemplo, no qual praticamente 90% da água dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari são transpostas para abastecer a região metropolitana de São Paulo”, comparou.
“Pode-se argumentar sobre a questão de custos da transposição do Rio São Francisco. Mas, em termos de necessidade de uso da água, o projeto reforçará a operação dos sistemas de reservatórios existentes no semiárido”, afirmou.
De acordo com o pesquisador, a água é distribuída de forma desigual no território brasileiro. Enquanto 48% do total do volume de chuvas que cai na Amazônia é escoado pela Bacia Amazônica, segundo Freitas, no semiárido apenas em média 7% do volume de água precipitada na região durante três a quatro meses chegam às bacias do Rio Jaguaribe e do Rio Piranhas-Açu. Além disso, grande parte desse volume de água é perdido pela evaporação. “Por isso, temos necessidade de armazenar essa água restante para os meses nos quais não haverá disponibilidade”, explicou.
As apresentações feitas pelos pesquisadores na conferência, que termina no dia 13, estarão disponíveis em: www.fapesp.br/conclima.

* Publicado originalmente no site Agência Fapesp.
(Agência Fapesp)




Monday, September 16, 2013

Tércia Montenegro está na final do Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2013




A escritora cearense Tércia Montenegro é finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, um dos principais troféus literários da língua portuguesa. O anúncio dos 12 autores que vão disputar o grande prêmio em três categorias foi feito na noite da última segunda-feira (09/09/2013).

Tércia, que também é professora da Universidade Federal do Ceará e articulista do O POVO, chegou à final na categoria conto/crônica junto com Sérgio Sant´Anna (Páginas sem glórias), Cintia Moscovich (Essa coisa brilhante que é a chuva) e Noemi Jaffe (A verdadeira história do alfabeto). A autora cearense concorre com "O tempo em estado sólido", editado pela Grua.
Os outros finalistas são José Luiz Passos, Daniel Galera, Miguel Sanches Neto e Valter Hugo Mãe, na categoria romance; e Angélica Freitas, Antonio Cicero, Eucanaã Ferraz e Paulo Henriques Britto, em poesia. Ao todo, foram inscritas 450 obras. Os vencedores de cada categoria receberão R$ 50 mil e concorrem ao Grande Prêmio Telecom, que vai premiar o autor vencedor com outros R$ 50 mil. O anúncio está marcado para novembro.

"O Tempo em Estado Sólido" foi lançado no ano passado em Fortaleza.Também foi vencedor do Prêmio Nacional Ideal Clube de Literatura e do Prêmio Governo do Estado de Minas Gerais. A solidão, assim como no restante da obra da autora, é um dos temas presentes no livro.“Você pode ter duas perspectivas.Ver a solidão como um traço de abandono, de desamparo, a personagem coitada,que é geralmente o que as pessoas veem.Mas também tem a solidão como busca, quer dizer, você só pode se autoconhecer se estiver resguardado das multidões,você só consegue se ouvir quando não há ninguém por perto”, afirmou Tércia em entrevista ao O POVO quando do lançamento do livro em 2012.